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  • Sexo e Amarrações
    Iniciado por F.Leite
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     Um dos temas mais lidos e discutidos por aqui é sobre as amarrações. Uns a favor e outros contra, uns a pedirem se alguém faz e outros para verem se alguém desfaz. O interessante é que nos relatos que apresentam existe sempre a pobre coitada de uma vitima inocente.

     Acontece que neste assunto não existem vitimas inocentes, quem é amarrado é-o porque se pôs a jeito ou fez algo para o ser. Podem achar que eu sou rude ao dizer isto, mas é a mais pura das verdades.

     Senão vejamos:

    Pergunta 1: - Porque é que este tipo de feitiço não funciona para "amarrar" um filho aos estudos?

    Resposta 1: - Porque o puto não está minimamente virado para isso. A cabeça dele está virada é para curtir e gozar a vida e qualquer feitiço no sentido de estudar é bloqueado logo à partida.

     Pergunta 2: - Se os feitiços se fazem porque é que um ditador (por exemplo) não é vitima de um feitiço que o faça ficar doente ou morrer?

     Resposta 2: - Porque um ditador tem a mente focada no objetivo de dominar e qualquer feitiço que o tente  impedir de alcançar esse objetivo é bloqueado.

     São só 2 exemplos que servem para mostrar que feitiço só pega se houver fraqueza na mente de quem é enfeitiçado. Uma mulher só consegue amarrar um homem se este  mentalmente a desejar ou já a tiver desejado, nem que seja pela simples ideia do "eu fazia e acontecia com ela".

     Um feitiço é uma mensagem que nos penetra na mente, mas para que se agarre, tem que ter na mente da pessoa algo a que se possa agarrar, alguma memória que lhe sirva de adubo para que o feitiço germine. Se essa memória não existir ou se a pessoa tiver objetivos definidos que pretenda alcançar na vida, o feitiço esbarra num bloqueio e perde todo o seu efeito.

     Uma amarração não é difícil de fazer. Eu converso com muitos homens e o que mais vejo é que ao passar uma mulher é raro não ouvir o "eu fazia e acontecia". Isto é pôr-se a jeito para uma amarração. Difícil é desamarrar, pois a relação impingida criou raízes e fechou a mente à razão.

     Ninguém é coitadinho nesta história e bom seria que as pessoas aprendessem a respeitar os outros e a saberem dar-se ao respeito. E o dar-se ao respeito seria desistirem daquele ou daquela que por amarração ou não o/a trocou por outro ou outra. Por isso eu não me meto a ajudar nestes assuntos, não só porque a pessoa se está amarrada fez por isso, assim como, porque algumas vezes duvido das reais intenções de quem pede ajuda para casos destes. Entendo que mais vale só que mal acompanhado/a, além de não faltam homens e mulheres neste mundo. Difícil é saber escolher.

     O problema reside no desejo animal de sexo que existe em nós, na necessidade que o nosso organismo nos impõe de tentar procriar, seduzindo-nos com a ideia do prazer e do delírio de um orgasmo. Vamos a pôr também amor nisso e começar a respeitar a nós e aos outros.

     Bem dizia o outro que pecamos por "pensamentos e desejos", podia era ter-se dado ao trabalho de explicar também como é que a coisa funciona. Mas fica aqui a explicação para quem estiver interessado em não cair nas redes das amarrações.

     Vivam a vida e sejam felizes porque hoje é sábado.

E as ditas "amarrações" partem sempre de uma base sexual? Quer dizer, já reparei que a maior parte dos anúncios a esses serviços são sobre "ter o amor de volta", indicando que a existência no passado de uma relação sexual com essa pessoa é condição sine qua non. E tal como disse o feitiço de amarração usa o "eu fazia e acontecia" como adubo. Mas pode utilizar outras emoções?

Vamos imaginar outra situação, são dois colegas de trabalho ou vizinhos entre os quais nunca aconteceu nada nem houve interesse sexual por parte da pessoa a amarrar, mas sempre houve amizade, confiança, admiração, etc. Esse "eu fazia e acontecia" pode ser substituído por um "não faz o meu tipo mas também não é assim tão feia e pelo menos é fiel/tem um bom emprego/é dedicada à família/é inteligente e determinada" ou qualquer outra qualidade que a pessoa a amarrar admire em quem faz a amarração?

Citação de: ASantos em 24 fevereiro, 2019, 12:04
E as ditas "amarrações" partem sempre de uma base sexual? Quer dizer, já reparei que a maior parte dos anúncios a esses serviços são sobre "ter o amor de volta", indicando que a existência no passado de uma relação sexual com essa pessoa é condição sine qua non. E tal como disse o feitiço de amarração usa o "eu fazia e acontecia" como adubo. Mas pode utilizar outras emoções?

Vamos imaginar outra situação, são dois colegas de trabalho ou vizinhos entre os quais nunca aconteceu nada nem houve interesse sexual por parte da pessoa a amarrar, mas sempre houve amizade, confiança, admiração, etc. Esse "eu fazia e acontecia" pode ser substituído por um "não faz o meu tipo mas também não é assim tão feia e pelo menos é fiel/tem um bom emprego/é dedicada à família/é inteligente e determinada" ou qualquer outra qualidade que a pessoa a amarrar admire em quem faz a amarração?


     Uma amarração não é mais que um feitiço e é nessa perspetiva que deve ser estudado, como um feitiço. E um feitiço para "pegar" tem que atingir um ponto fraco na vitima. Um feitiço simplesmente altera a forma como a vitima vê e se vê no mundo que a rodeia. Um feitiço altera o comportamento da vitima, levando-a a fazer coisas que até aí não fazia o que prova que um feitiço altera o comportamento da mente. Sendo assim um feitiço só pega se encontrar um ponto fraco na mente da vitima. E esse ponto fraco só pode ser uma sintonia entre a mensagem do feitiço e os desejos da vitima.

     Faz-se uma amarração para ter um homem ou uma mulher obedientes e para que a vitima de forma inconsciente aceite essa subjugação, tem que ser seduzida pelo prazer.  Terá que ter existido algo que provocasse a tal sintonia, nem que fosse um simples jogo de sedução ou imaginação de prazer por parte da vítima.

     Não fosse assim e qualquer mulher ou homem fariam uma amarração com o tipo ou tipa famosos e cheios de pasta e o gajo/a caía como um patinho nos lençóis do carrasco. Bastava que o bruxo fosse bom e o caso ficava arrumado. Mas não é isso que acontece. Temos que observar bem o mundo que nos rodeia e ver como as pessoas se comportam nele, para chegarmos a conclusões.

     Todos temos o nosso mundo particular, cheio de virtudes externas e de vícios privados e são esses vícios privados a porta de entrada dos feitiços. Um feitiço pega se encontrar na mente da vitima um vicio, um desejo ou mesmo uma ambição que dêem prazer ao serem concretizados, ou que explorem os medos íntimos da vitima.

     Isto foi o que constatei através do contacto com vitimas de feitiços. Nos casos de amarrações sempre observei devaneios mentais da vitima com o carrasco e até de mulheres que amarraram o marido para que ele não andasse com outras, mas entre essas o sexo já existia antes da amarração. Não me parece que o simples facto de sermos admirados por alguém seja suficiente para se conseguir amarrar essa pessoa.

     Mas nisto ainda há muita coisa que eu não sei.

Citação de: ASantos em 24 fevereiro, 2019, 12:04
E as ditas "amarrações" partem sempre de uma base sexual? Quer dizer, já reparei que a maior parte dos anúncios a esses serviços são sobre "ter o amor de volta", indicando que a existência no passado de uma relação sexual com essa pessoa é condição sine qua non. E tal como disse o feitiço de amarração usa o "eu fazia e acontecia" como adubo. Mas pode utilizar outras emoções?

Vamos imaginar outra situação, são dois colegas de trabalho ou vizinhos entre os quais nunca aconteceu nada nem houve interesse sexual por parte da pessoa a amarrar, mas sempre houve amizade, confiança, admiração, etc. Esse "eu fazia e acontecia" pode ser substituído por um "não faz o meu tipo mas também não é assim tão feia e pelo menos é fiel/tem um bom emprego/é dedicada à família/é inteligente e determinada" ou qualquer outra qualidade que a pessoa a amarrar admire em quem faz a amarração?
Isso não se chama de "amarração". Chama-se dar uma oportunidade ao "amor".
DeepGirl

Citação de: DeepGirl em 24 fevereiro, 2019, 20:37

Isso não se chama de "amarração". Chama-se dar uma oportunidade ao "amor".

Será mesmo isso amor? Ou apenas um atração física, paixoneta ou..não usarei outros termos....

Existe forma de prevenir/ desfazer a nós próprios?
Como uma pedra na água, como um pássaro no céu, Como uma criança para o seu pai, tu nunca perguntas "porquê", apenas segues a corrente até morreres.

Citação de: darksmile em 24 fevereiro, 2019, 20:41
Será mesmo isso amor? Ou apenas um atração física, paixoneta ou..não usarei outros termos....

Existe forma de prevenir/ desfazer a nós próprios?
O que ele disse no último parágrafo leva-me a interpretar que não é uma paixoneta, mas sim o desejo de amar na outra pessoa o que se valoriza em si mesmo, para além do aspecto físico.
DeepGirl

Citação de: darksmile em 24 fevereiro, 2019, 20:41
Será mesmo isso amor? Ou apenas um atração física, paixoneta ou..não usarei outros termos....

Existe forma de prevenir/ desfazer a nós próprios?


          Se existe forma de prevenir?

     Eu entendo que sim, se a pessoa tiver objectivos firmados na vida. Se a pessoa for solteira e estipular metas a alcançar na sua vida e lutar por elas, dificilmente algo ou alguém se conseguirá interpor nesses objectivos. Terá a mente focada numa meta o que cria por si só um bloqueio ao que for diferente ou contrário aos objectivos a alcançar.

     Se o individuo for casado, a forma de se proteger é aprender a amar a esposa e principalmente a respeitá-la. Isso cria na mente uma necessidade dela como se a esposa fosse um complemento necessário para a sua vida o que da mesma forma referida em cima cria idêntico bloqueio.

     Existe forma de desfazer em nós próprios?

     Infelizmente não. Seria necessária uma força de vontade hercúlea para o conseguir. Seria assim como que um viciado em droga querer deixar o vicio sem tomar qualquer remédio. Além de que quem está de verdade amarrado nunca se apercebe que o está, tal a forma como a coisa funciona. Para ele o que faz é normalíssimo.

     A melhor forma de curar é ser a mesma pessoa que fez o trabalho a desfazê-lo e aqui refiro-me a ser o mesmo bruxo, médium ou feiticeiro. Só ele sabe a mensagem que usou e por isso saberá enviar a mensagem oposta para inverter a situação. Tanto mais que é a voz dele que lá está, bem fundo na mente da vitima, a incitar a ver a "amarrante" como uma deusa.

     A outra forma é através da hipnose, mas para isso é necessário que a vitima aceite o tratamento. Num transe hipnótico, a vitima relatará tudo o que passou a fazer de diferente e dar-se-á conta de que algo está errado. Dessa forma despoleta memórias do passado (anterior à amarração) e será ela mesma a querer esse passado de volta. O hipnotizador só tem que o fazer esquecer da mensagem que lhe foi enviada para a mente. Normalmente a pessoa ficará com complexos de culpa e até de raiva contra quem o subjugou o que irá requerer tratamentos adicionais até recuperar para uma vida normal.

     Eu por exemplo, não possuo capacidades mentais para fazer um trabalho destes (limpeza de amarração) à distância. Limitações mentais que eu não consigo ultrapassar de momento.

Citação de: DeepGirl em 24 fevereiro, 2019, 20:37

Isso não se chama de "amarração". Chama-se dar uma oportunidade ao "amor".

Não estava a falar necessariamente de amor mas de estimular outras emoções que não o desejo sexual. Emoções que podem até nem ser muito "bonitas" como a acomodação ou o interesse.

Eu não faço ideia de como estas coisas funcionam, que me tenha dado conta nem nunca vi nenhum caso ao vivo, mas em meu entender as amarrações não tem a ver com amor, e até têm pouco a ver com paixão. Têm a ver com poder e controlo. Como disse o F.Leite trata-se de "encontrar um ponto fraco na vitima e explorá-lo". Assim sendo é lógico que esse ponto fraco possa ser outra coisa. Por exemplo, para uma mulher "encostada" a mensagem, em vez de estimular o desejo sexual, pode estimular um desejo do tipo "o.k. ele não é lá muito giro, mas tem um bom emprego e um bruto carrão, portanto se eu ficar com ele sou sustentada e não preciso de trabalhar". E nesta lógica esse ponto fraco poderia ser qualquer coisa: o desejo de segurança (medo do abandono), o desejo de estatuto social, etc.

Era isto que queria dizer. Mais uma vez, eu sou um leigo que nada percebe disto, mas analisando apenas de um ponto de vista lógico ou de uma relação causa-efeito, o "descobrir um ponto fraco" e "despertar uma sensação de prazer" não têm de ser necessariamente sexuais.

Claro, se essa parte for essencial para que, por exemplo, as energias de um e de outro entrem em sintonia (troca de fluidos) aí já falamos de outra coisa e não há volta a dar, mas apenas como forma de controlo através do prazer, bem, há vários tipos de prazer. Ás vezes umas férias nas caraíbas podem "amarrar" mais que uma noite de sexo, daí que haja tantas raparigas novas com velhos ricos. Trata-se de descobrir o estimulo adequado e "explorar o ponto fraco".

Acho que agora me fiz entender...

Citação de: ASantos em 25 fevereiro, 2019, 01:02
Não estava a falar necessariamente de amor mas de estimular outras emoções que não o desejo sexual. Emoções que podem até nem ser muito "bonitas" como a acomodação ou o interesse.

Eu não faço ideia de como estas coisas funcionam, que me tenha dado conta nem nunca vi nenhum caso ao vivo, mas em meu entender as amarrações não tem a ver com amor, e até têm pouco a ver com paixão. Têm a ver com poder e controlo. Como disse o F.Leite trata-se de "encontrar um ponto fraco na vitima e explorá-lo". Assim sendo é lógico que esse ponto fraco possa ser outra coisa. Por exemplo, para uma mulher "encostada" a mensagem, em vez de estimular o desejo sexual, pode estimular um desejo do tipo "o.k. ele não é lá muito giro, mas tem um bom emprego e um bruto carrão, portanto se eu ficar com ele sou sustentada e não preciso de trabalhar". E nesta lógica esse ponto fraco poderia ser qualquer coisa: o desejo de segurança (medo do abandono), o desejo de estatuto social, etc.

Era isto que queria dizer. Mais uma vez, eu sou um leigo que nada percebe disto, mas analisando apenas de um ponto de vista lógico ou de uma relação causa-efeito, o "descobrir um ponto fraco" e "despertar uma sensação de prazer" não têm de ser necessariamente sexuais.

Claro, se essa parte for essencial para que, por exemplo, as energias de um e de outro entrem em sintonia (troca de fluidos) aí já falamos de outra coisa e não há volta a dar, mas apenas como forma de controlo através do prazer, bem, há vários tipos de prazer. Ás vezes umas férias nas caraíbas podem "amarrar" mais que uma noite de sexo, daí que haja tantas raparigas novas com velhos ricos. Trata-se de descobrir o estimulo adequado e "explorar o ponto fraco".

Acho que agora me fiz entender...

Isso já tem nome, chamam-se relacionamentos por interesse.😅
Fora de brincadeira, acho que as coisas não funcionam dessa maneira (embora eu não domine o assunto), há mulheres (e homens também) que são especialistas em detetar e abusarem dos outros apenas por interesse, eu chamo-os de "burlões emocionais", porque basicamente o que lhes interessa é mesmo o que o outro lhe pode dar e nada mais...
Este tipo de pessoa já tem armas para apanhar as suas vítimas, e não necessitam de fazerem amarrações, existe até uma expressão brasileira que é "chá de perereca", do género "não sei o que aquele cara viu naquela fulana, tá na cara que ela só esta com ele por interesse, até parece que ele tomou um "chá de perereca".

#9
Citação de: ASantos em 24 fevereiro, 2019, 12:04
E as ditas "amarrações" partem sempre de uma base sexual? Quer dizer, já reparei que a maior parte dos anúncios a esses serviços são sobre "ter o amor de volta", indicando que a existência no passado de uma relação sexual com essa pessoa é condição sine qua non. E tal como disse o feitiço de amarração usa o "eu fazia e acontecia" como adubo. Mas pode utilizar outras emoções?

Vamos imaginar outra situação, são dois colegas de trabalho ou vizinhos entre os quais nunca aconteceu nada nem houve interesse sexual por parte da pessoa a amarrar, mas sempre houve amizade, confiança, admiração, etc. Esse "eu fazia e acontecia" pode ser substituído por um "não faz o meu tipo mas também não é assim tão feia e pelo menos é fiel/tem um bom emprego/é dedicada à família/é inteligente e determinada" ou qualquer outra qualidade que a pessoa a amarrar admire em quem faz a amarração?

As amarrações têm efeito se na mente da "vitima" existir já o desejo, e o desejo pode-se apresentar de multiplas formas.
Na minha opinião existem dois tipos da amarrações; as que se fazem a nivel espiritual e a nivel psicológico, ou seja, alguém que é capaz de sugestionar a mente da "vitima" ao ponto de a subjugar completamente às suas vontades.
As duas têm como ponto em comum resultarem somente se na mente da pessoa que sofre a amarração existir um ponto fraco.
A maioria das pessoas preocupa-se muito com as amarrações espirituais, mas devo dizer que as amarrações feitas através de jogos psicológicos, podem ser muito mais perigosas e dificeis de resolver.
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente

Uma das melhores explicações que já ouvi sobre amarrações.

#11
Citação de: ASantos em 25 fevereiro, 2019, 01:02
Não estava a falar necessariamente de amor mas de estimular outras emoções que não o desejo sexual. Emoções que podem até nem ser muito "bonitas" como a acomodação ou o interesse.

Eu não faço ideia de como estas coisas funcionam...

    É um problema que existe e existirá sempre. As pessoas não sabem como as coisas funcionam e acomodam-se no não saber em lugar de procurarem respostas que justifiquem os acontecimentos. Isto não é uma critica, mas simplesmente a constatação do que acontece no dia a dia.

    Eu de momento só falei das amarrações que são verdadeiras amarrações, isto é, daquelas que surtem efeito a 100 % e fazem da vitima alguém sem sentido critico da sua situação e sem vontade própria para se libertar da amarração. Situações essas que para acontecerem têem que ter o sexo como pretexto, devido às alterações que a química sexual provoca no cérebro. Não nos podemos esquecer que o nosso corpo é totalmente formado por células que reagem de acordo com reações químicas. A forma como pensamos está ela também condicionada a reações químicas, basta ver a forma como alguns medicamentos psicotrópicos– que são produtos químicos- alteram a forma como vemos e nos vermos no mundo.  

    Existem também as amarrações falhadas, aquelas que não conseguem fazer da vitima um ser totalmente dependente do mandante da amarração. Essas amarrações têem várias causas para não surtirem efeito total e entre elas destacam-se a falta do imperativo sexual na vitima e a incapacidade de quem faz o feitiço para penetrar bem fundo na mente da vitima.

    Nestes casos a vitima passa a sentir uma atração, um desejo de estar com o amarrador, mas sente que há algo que não está certo. Existe uma luta interna a nível mental pois sente-se impelido a fazer algo que sabe não ser aquilo que na verdade deseja. As suas respostas emocionais passam a ser incongruentes com a sua personalidade e a pessoa torna-se infeliz. Nestes casos não era o desejo pelo prazer do sexo que movia a vitima, mas somente algo que o amarrador possuía em si mesmo e que era motivo de admiração  ou de adoração. (Este tipo de veneração (digamos assim) que algumas pessoas têem por outras é muito perigoso e mereceria ser estudado em particular pois é a causa de muita infelicidade sem que para isso seja necessário qualquer tipo de amarração.)

    O que acontece é que não existiam as condicionantes mentais para que a mensagem da amarração se instalasse e apagasse o acesso ao sentido critico do cérebro. A mensagem fica na mente da vitima e quando se consegue impôr, leva a vitima a adorar o amarrador, mas logo que o sentido critico entra em acção a vitima sente que está errada e que não é aquilo que quer, mas não se consegue libertar de forma definitiva daquela adoração.

    Isto também acontece quando e apesar de existir o contexto sexual na vitima, a mensagem que o amarrador enviou para a sua mente não estava formatada de forma a ser incisiva por falta de como e de porquês. Como em todas as profissões, também aqui existem os que sabem aquilo que fazem e os que fazem somente porque os ensinaram a fazer e não têm a mínima ideia daquilo que fazem. Têem é a capacidade de conseguir chegar à mente de terceiros e de os influenciar a ter atos e atitudes alheios à sua vontade. E para isso não precisam de espíritos para nada, embora felizmente, julguem que são os espíritos que fazem o trabalhinho todo por eles.

    Este tipo de amarrações não totalmente conseguidas, são passiveis de serem tratadas somente com trabalhos de sugestão mental, nos quais se procura uma forma de "apagar" a mensagem da amarração revertendo-lhe os propósitos.

Citação de: F.Leite em 26 fevereiro, 2019, 11:56
Situações essas que para acontecerem têem que ter o sexo como pretexto, devido às alterações que a química sexual provoca no cérebro.

Pois, era aí mesmo que queria chegar. Tal como disse, explorar o desejo como ponto fraco parecia demasiado vago, o desejo assume várias formas. Se tem a ver com a química cerebral aí já faz sentido que o impulso sexual seja essencial.

Então e o oposto? Qual é a ciência por detrás de causar uma separação? Ou seja, se uma amarração causa a libertação de químicos que estimulam o desejo como se induz o efeito oposto?

Citação de: cosmos seed em 25 fevereiro, 2019, 11:41


Isso já tem nome, chamam-se relacionamentos por interesse.😅
Fora de brincadeira, acho que as coisas não funcionam dessa maneira (embora eu não domine o assunto), há mulheres (e homens também) que são especialistas em detetar e abusarem dos outros apenas por interesse, eu chamo-os de "burlões emocionais", porque basicamente o que lhes interessa é mesmo o que o outro lhe pode dar e nada mais...
Este tipo de pessoa já tem armas para apanhar as suas vítimas, e não necessitam de fazerem amarrações, existe até uma expressão brasileira que é "chá de perereca", do género "não sei o que aquele cara viu naquela fulana, tá na cara que ela só esta com ele por interesse, até parece que ele tomou um "chá de perereca".

Eu chamo de pessoas manipuladoras. Daí não acreditar em amarrações. Apenas existem pessoas mais fortes e outras mais fracas a nível emocional e de personalidade. E as mais fortes dominam quem se quer deixar dominar ou que não se sabe defender da dominação e não se sabe afirmar.
DeepGirl

#14
Citação de: ASantos em 26 fevereiro, 2019, 13:31


Pois, era aí mesmo que queria chegar. Tal como disse, explorar o desejo como ponto fraco parecia demasiado vago, o desejo assume várias formas. Se tem a ver com a química cerebral aí já faz sentido que o impulso sexual seja essencial.

Então e o oposto? Qual é a ciência por detrás de causar uma separação? Ou seja, se uma amarração causa a libertação de químicos que estimulam o desejo como se induz o efeito oposto?

    A coisa é complexa mas vou tentar explicar da forma como eu vejo as coisas acontecerem.

    Tudo o que nos acontece é guardado no nosso cérebro como memória e acontecimentos houve que foram mais marcantes na nossa vida e devido aos quais passamos a assumir um tipo diferenciado de atitudes que definiram a nossa personalidade. Esses acontecimentos marcados por sentimentos e emoções mais fortes, despertaram químicos específicos na nossa mente que fizeram com que fossem guardados numa zona especifica do cérebro que determina o nosso comportamento. É nessa zona do cérebro que o nosso subconsciente procura as condicionantes para o que fazemos ao longo da vida.

    Tomemos como exemplo uma pessoa submissa. Ela até se pode sentir mal em o ser e desejar impor-se perante os outros, mas no momento em que o pretende fazer e vai abrir a boca para falar, o subconsciente impede a consciência de se assumir porque nessas memórias está gravado que a pessoa é submissa e não se impõe perante os outros. O nosso cérebro funciona assim para que tenhamos um comportamento constante, caso contrário seriamos seres totalmente imprevisíveis que tão depressa fariam festas como andariam à pancada. Devido a esta forma do nosso subconsciente funcionar, nós só mudamos o nosso comportamento quando algo fora do comum acontece que nos desperta sentimentos e emoções, que pela sua força, produzem químicos mais fortes que fazem essas memórias do acontecimento serem guardadas como mais importantes  e a ter em conta em detrimento das anteriores.

    A chamada de amarração é nessa zona do cérebro que deixa a sua mensagem gravada e o subconsciente tem-na sempre em conta como prioritária, como algo que tem que ser feito em qualquer circunstância.

     A mecânica necessária para inverter a situação terá forçosamente que passar por criar na vitima emoções e sentimentos, capazes de abrirem essa zona de memorias e colocar lá uma mensagem que tenha a força necessária para anular a força da mensagem da amarração.

    Quando se hipnotiza uma pessoa e se faz com que ela se lembre de acontecimentos importantes do seu passado, as memórias que em primeiro lugar lhe ocorrem são essas que por algum motivo mais forte se gravaram nessa zona do cérebro e que funcionam como condicionantes do comportamento. Dá para ver da importância que o subconsciente lhes atribui e prova que o subconsciente não esquece nunca o que connosco aconteceu no passado e que usa essas memórias como exemplo a ter em conta na forma de agir no presente.

    Portanto a forma de inverter o processo será influenciar o subconsciente a assumir um amor maior por algo (algo esse que pode ser a própria vida), em detrimento do pseudo-amor pelo mandante da amarração. Digamos que uma mensagem nova a ser tida em conta pelo subconsciente como verdadeira, fará com que a primeira mensagem passe a ser uma mentira.

    Por isso é que é tão difícil desfazer uma amarração e mesmo os que estão habituados a fazê-las dificilmente as conseguem desfazer. Isto porque as amarrações e os feitiços em geral, não interferem com a alma mas sim com a mente que comanda o corpo mesmo à revelia da consciência.