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  • Sobre "servidores mágicos"
    Iniciado por ASantos
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Recentemente durante as minhas deambulações pela Internet encontrei um artigo muito interessante sobre aquilo a que se chama "servidores mágicos".

https://medium.com/@projetoxaoz/servidores-5fb6865d045a

Aqui fica o artigo. Não tenho a certeza se as regras do fórum permitem a partilha de conteúdo externo mas uma vez que está aí tudo explicado resolvi arriscar. Senão basta uma rápida pesquisa para saberem do que estou a falar.

Após esta leitura fiquei com algumas questões, a mais óbvia sendo "o que é exactamente um servidor". Eles são caracterizados como uma construção criada por um mago para servir um determinado propósito. Porém são também associados a entidades já conhecidas, sendo o exemplo mais flagrante os demónios da goetia. Assim, onde acaba um e começa o outro? Ou seja, se criar um servidor à imagem de um demónio goetico até que ponto estou a "criar" e não a "conjurar" uma entidade já existente?

O que me leva à segunda questão: se são fruto da criação de alguém porquê a necessidade de um contrato que limite a sua actividade? Se eu o criei para uma finalidade específica esse servidor deveria à partida ser desprovido de vontade. Deveria ser como uma extensão da minha própria vontade, uma ferramenta. Ou estamos perante uma espécie de "monstro de Frankenstein"?

Depois disto a pergunta óbvia será de que forma esse contrato é vinculativo? Eu estaria basicamente a dizer "está aqui um contrato que te obriga a servir-me, vou assina-lo por ti e agora tens de fazer o que eu mando". Como pode uma entidade dar o seu consenso e submeter-se de livre vontade? Porque se o fizer ou não existe ou não possui livre arbítrio e nesse caso umas grilhetas são apenas um exercício de futilidade. Mas se realmente existir e tiver vontade não se irá submeter a isso sem nada em troca. Estão a ver a pescadinha de rabo na boca?

E finalmente a pergunta mais óbvia, porquê fazê-lo? Se realmente são criações fruto da energia de um mago e alimentadas por este qual é o propósito? Por exemplo, se quero ter sorte ao jogo não seria melhor focalizar a minha energia em alcançar esse objectivo em vez de criar uma entidade que o alcance por mim? Parece uma volta desnecessária.

Do meu ponto de vista, e digam se concordam, um servidor não será unicamente fruto da energia e criação de um mago. Julgo que será mais um aproveitamento de energia (ou entidades) "soltas", como por exemplo os espíritos dos falecidos, que são capturadas e "moldadas" noutra coisa.

A discussão está lançada, agora digam de vossa justiça. O que pensam sobre isto? Já alguém daqui criou ou usou um servidor?

Muito interessante, desconhecia tal prática.

Analisando mais aprofundamente e tentando fazer um paralelismo com a realidade próxima, não é isso que se faz nas ditas "bruxarias"?

Utilisam-se almas perdidas para terem influência nas almas encarnadas.
DeepGirl

Entretanto aprofundei um pouco mais a pesquisa.

Segundo parece é uma prática popular entre praticantes de Magia do Caos e o principal objetivo ao criar uma destas entidades será manter um efeito constante num trabalho mágico. Voltando a pegar no exemplo de "ganhar a lotaria" posso delegar no servidor a tarefa de monitorizar permanentemente o concurso dado que me seria impossível ficar 24 horas em meditação com essa finalidade. E o mesmo é verdade para qualquer outra finalidade que exija uma ação permanente, como por exemplo influenciar um empregador a escolher o meu CV entre os de outros candidatos.

Quanto à alimentação, para além da energia do mago utilizada na sua criação, deverá ser definida outra fonte de energia, tal como o sol, fogo, ou emoções específicas.

Finalmente a questão do contrato. Segundo li, se forem deixadas "à solta" estas entidades acumulam cada vez mais poder e inteligência. Assim, devem obedecer a regras concretas quanto à sua atuação e deverão ser destruídas quando se tornarem desnecessárias ou no máximo ao completarem um ano desde a sua criação.