A Segunda Vinda de Cristo?

Uma boa amiga, de quem há muito tempo não tinha contacto, mandou-me uma mensagem em resposta a outra minha em que, de algum modo, me desafiou para contar mais um caso que se tivesse passado comigo.
Pois aqui vai e espero que gostem.


Então verão vir o Filho do homem em uma nuvem, com poder e grande glória.” Lucas 21:27

"Eis que Jesus vem com as nuvens, e todos os olhos O contemplarão, até mesmo os daqueles que O traspassaram. E todas as nações da Terra se lamentarão sobre Ele. Sim. Amém" (Apocalipse, 1:7).

"Mas, naqueles dias, após aquela tribulação, o sol escurecerá e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes celestes serão abalados'. "Então verão o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. E ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu." Marcos 13:24-27


Quem nunca leu estas passagens bíblicas? Todas elas referem a vinda de Jesus (a Segunda), no fins dos tempos. Vindo Ele com as nuvens.
Quem me conhece, e os meus relatos que aqui já publiquei, sabe que já passei por alguns momentos e experiências singulares. Por vezes tenho tido experiências tão fortes que me deixam perturbado durante meses. Uma dessas experiências foi esta que passo a relatar.

Não sei ao certo quando tive este "sonho", chamemos-lhe assim, mas já foi na idade adulta, penso que durante a casa dos 20. Adormeci e durante o meu sono tive uma experiência muito marcante. "Sonhei" que estava numa zona rural, via-me com uma aparência mais velha, mas era eu seguramente. Estava sobre um campo de pasto, plano, e com umas casas dispersas ao longe. Nada de veículos, nada de estradas no horizonte visível. Encontravam-se outras pessoas pelo campo, mas não sei bem o que faziam, se andavam nos seus lavores ou simplesmente de passagem, pois a minha atenção focou-se numa sensação muito estranha que me chegava aos sentidos e provinha de todo o ambiente, incluindo a atmosfera; ou seja, de tudo o que me envolvia. Um desassossego começou a inquietar-me e a apoderar-se de mim, de modo gradual mas intenso. O céu estava límpido, claro, sem nuvens. Mas havia algo que eu não sabia explicar e que me perturbava. Comecei a olhar para todos os lados e de todos os lados, sem nada ver de anormal, me chegavam sensações de angústia e inquietação, como se pressentíssemos na alma uma tragédia. Era algo interno, das nossas entranhas. De súbito, e agudizando-se esses sintomas de inquietação, vejo que o ambiente começa a mudar. Na verdade, começa o céu a ficar com uma tonalidade mais escura, gradualmente. Todas as pessoas param. A escuridão acentua-se mais. De repente, começam a formar-se nuvens no horizonte distante para onde eu estava virado. Atrás de mim tudo continuava igual. As transformações no céu só aconteciam lá ao fundo, à minha frente. E começaram, essas nuvens, a enegrecer e a avançar na minha direcção. A sensação de inquietação e de desassossego, que eu nesse momento comecei a notar nas outras pessoas também, deu origem a um sentimento de pânico. Todos corriam espavoridos para algum lugar errático, querendo fugir a uma ameaça latente mas cuja origem e dimensão desconheciam. Eu mantive-me parado, em inquietação e angústia, no mesmo lugar, enquanto observava o desenrolar daqueles acontecimentos perturbadores. Lá ao fundo, o horizonte era já todo pleno de nuvens negras, cada vez mais negras e que, agora, avançavam na minha direcção em grande velocidade como se o vento de uma gigantesca tempestade as empurrasse. Eu estava estarrecido, sem perceber o que aquilo fosse, um cenário medonho, em que as nuvens eram carregadas de negro, com trovoada e relâmpagos que agora ribombavam em grande estrondo.
Ao fundo, à minha esquerda e à minha direita, tudo era escuridão. A única claridade naquele local provinha ainda do céu atrás de mim, que ainda não tinha sido engolido pela tempestade.
Tudo aconteceu em poucos minutos.
As nuvens negras já me tinham alcançado e estavam a conquistar o resto do céu. Eu estava estarrecido, num turbilhão de sensações angustiantes. Foi quando, olhando para o fundo de onde tinha começado aquele cenário dantesco, começo a perceber um brilho entre as nuvens, uma claridade cada vez mais intensa, que contrastava de modo dramático com a medonha negrura das nuvens, ao ponto de se tornar brilhante, quase ferindo os olhos. E nesse espaço brilhante, cada vez mais intenso em brancura e luminosidade, se começa a abrir um espaço de onde surge, majestoso, gigante, o rosto inconfundível de Jesus entre aquelas nuvens alvas, que avançava na minha direcção, com rumo para a parte que ficava na minha retaguarda. O Seu olhar era sério, determinado e triunfante, como o de um General marchando num campo de batalha convicto da vitória.
Sei que me viu e olhou para mim. Eu, como reacção, ao vê-Lo aproximando-se de mim, agachei-me numa pequena depressão no terreno na expectativa de que passasse por cima de mim e não me fizesse mal algum, numa espécie de acção instintiva, de sobrevivência.
Foi nesse momento, por causa da intensidade das emoções, que acordei. Não consegui dormir mais nessa noite, e andei meses com essa mistura de sentimentos angustiantes dentro de mim.
Foi demasiado real, demasiado vivo para ter sido um sonho.
Tenho para mim, que tenho tido muitos sonhos, que esta experiência, à semelhança de algumas outras similares que também tive, foi algo mais que um simples sonho.
Este, deixou marcas.
Mais alguém teve este "sonho"?


Um bem-haja do Arph.


PS: Templa, um respeitoso beijo.

Já tive sonhos sobre o "fim do mundo", mas nunca com conotações religiosas.

Portanto, esse sonho não tive. Mas curiosamente ontem tive um sonho cuja interpretação me levou precisamente a essas paragens biblicas e à impressão que o "fim" pode estar ao virar da esquina. O fim, mas não o do mundo.

Muitos encaram o Apocalipse como o relato de uma visão sobre o fim do mundo, mas eu cada vez me convenço mais que o Apocalipse é um acontecimento pessoal. Os quatro evangelhos do Novo Testamento são contados recorrendo à simbologia, e dado o presumível autor do Apocalipse ser um discípulo desse modo de falar dos mistérios, porque haveria a descrição do fim do mundo ser a descrição objectiva de factos que vão acontecer? Não será tudo aquilo também uma forma simbólica de falar de algo? Há uns anos apresentaram-me esta possibilidade e só aí o texto do Apocalipse começou a fazer algum sentido - coisa que nunca tinha tido até então, por muita teoria que lesse sobre o significado do texto.

A conclusão a que cheguei ontem sobre o sonho que tive e onde isso me levou é que há algo que vai acontecer, não ao mundo mas a mim, porque quando se caminha numa certa direcção há momentos chave - não lhes quero chamar "testes", são apenas momentos em que tendo chegado a um certo nível de compreensão ou de desenvolvimento, isso proporciona que algo aconteça. E nestas ocasiões ou se dá o salto em frente e se avança ou se recua, porque as responsabilidades ou consequências de avançar serão de tal forma que depois não se pode retornar à vida e vá, a um certo estado de ignorância em que estavamos antes. A vida muda nestes momentos e nem toda a gente está preparada para essas mudanças, mesmo que tenham pensado que sim até aquele momento e tenham trilhado o caminho até ali.

São momentos de Julgamento, são momentos em que o mundo interior que conheciamos acaba. Isso pode ser atemorizante, o momento em que enfrentamos o Juíz e pesamos o que nos vai na consciência, as nossas escolhas e a coragem ou determinação de prosseguir naquela direcção.

Assim, não vejo o teu sonho como o fim do mundo físico e a volta de Cristo à Terra, mas como um momento de viragem pessoal, um momento de Julgamento interior. Estás num campo plano, sem nada à volta. Só tu e o imenso céu por cima - não podias estar mais exposto, não é?
Se eu tivesse tido esse sonho, as perguntas que faria a mim mesma seriam: porque te escondes do olhar de Jesus? O que é que receias que ele veja que ele não conheça já?
Viste-te mais velho, talvez fosse uma forma de te dizerem para te ires preparando para esse Julgamento. E tanto tempo depois de o teres tido, aqui estás tu a contar-nos este sonho.
Terá chegado o momento?

Olá, Cassandra.

Uma bela análise psicológica, que agradeço.

As interpretações são sempre subjectivas, no particular enquadramento deste "sonho", e, por isso, inúmeras.
Também me questionei, desde o início, sobre o meu agachamento, que foi uma das coisas, senão a principal, no meu comportamento que mais me intrigou. Poderia estar relacionada, de facto, com a questão da Culpa/Julgamento. Um eventual aviso de mudança interior, comportamental, de objectivos. Sim, tudo é possível. Mas cheguei há muito à conclusão que o facto de me ter agachado não foi por medo de um julgamento em consequência do meu sentimento de culpa, mas antes pelo esmagamento que todo aquele "monstruoso" panorama influiu sobre mim. De notar que eu disse que havia mais pessoas, que fugiram, espavoridas. Eu permaneci no mesmo lugar, sempre, até ao fim, sem fugir, sem ter perdido o domínio de mim mesmo e sucumbir a sentimentos de culpa grave face ao Julgador ali presente... se os houvesse.
A minha atitude de permanecer ali de pé, enquanto todos fugiam em pânico, e sobretudo quando percebo o rosto luminoso de Jesus olhando para baixo e para mim, e não fujo descontrolado, poderá significar, outrossim, a minha resignação ao Julgamento que eu percebi que era para o Mundo e não só para mim.
Eu estava exposto num campo, mas de campos de cultivo e com mais pessoas e, curiosamente, eu marquei a diferença ao resistir. Por isso, e na tua análise psicológica que fizeste (igualmente válida no mundo da subjectividade), poderia entender-se de modo diverso do teu entendimento, ou seja, que eu, único a não fugir, estava preparado para o julgamento e a ele me pus disponível e aguardei o momento, agachando-me (preciso aqui que a pequena depressão no terreno não me deixava oculto, fora de exposição, mas apenas uma ligeira protecção aos ventos fortes que acompanhavam a tormenta).
Só percebendo a grandiosidade e monstruosidade dramática daquele cenário se poderá ter a percepção necessária e exigível a uma leitura correcta do comportamento do agachamento, o qual nunca poderá ser dissociado da análise comportamental de jamais ter fugido e nunca ter entrado em pânico que me levasse, como estranhamente a todos os demais levou, a uma fuga descontrolada.

Seja o que tenha sido, tenho a certeza que sonho não foi. E a ter sido sonho, tem que estar num tipo muito diferenciado do vulgar sonho.

Obrigado.

Seja o que tenha sido, tenho a certeza que sonho não foi. E a ter sido sonho, tem que estar num tipo muito diferenciado do vulgar sonho.

Oh, conheço bem essa sensação...

Assim como compreendo bem o que queres dizer, essa sensação de estar perante algo que é muito maior do que nós mesmos e que nos faz sentir "esmagados", mas não com medo.

Temos vários momentos de julgamento na vida e todos somos julgados, quer tenhamos consciência disso ou não. Nem sempre somos sujeitos a julgamento porque temos culpas e comportamentos a modificar. Às vezes o julgamento acontece porque isso nos vai ajudar a compreender a força que existe dentro de nós, ajuda-nos a ter uma visão mais clara daquilo que tem sido a nossa vida e qual é o nosso carácter, porque nem sempre as pessoas se dão o valor que realmente têm.
Mas quando chega a hora, quem tem bom coração pode sentir o poder imponente do juiz, mas não teme o julgamento.

Dada a análise que fizeste, parece-me que o teu sonho cumpriu o objectivo que tinha.

Dada a análise que fizeste, parece-me que o teu sonho cumpriu o objectivo que tinha.

Não faço a mínima ideia, sinceramente.

Olá Arph. Pois eu, uma toupeirinha confessa  nas questões do paranormal, apesar de ter um ou dois acontecimentos, um deles um sonho, realmente diferente dos vulgares acontecimentos físicos e dos sonhos, nunca fui tão  longe nas minhas visões oníricas. Embora tenha alguns sonhos bem engraçados que às vezes me dou ao trabalho de escrever. Vou ver se encontro algum para postar. Gosto sempre muito dos teus relatos. Faz o favor de não guardares só para ti este teu lado B.

Abraço

Templa

A mim também me parece que esse sonho foi muito mais do que um sonho, mas sinto de alguma forma que toda a experiência se pode ter tratado de ti, do teu próprio interior.Claro que isto é apenas a forma como vejo a coisa ao lêr-te, o que não significa que esteja certa nesta minha percepção.

Certo dia também sonhei com jesus.Ele estava à minha frente, com as suas vestes brancas e aquele belo rosto com que foi caracterizado.A pele clara, os olhos azuis côr do céu, o longo cabelo alourado...enfim como se jesus pudesse ter tido essas características físicas, quando não nasceu europeu.E eu ali estava, olhando aquela majestosa figura, tão cheia de amor.Foi então que nesse meu estado lúdico, tão pacífico e tão entregue, o vejo dirigir-se a mim com o dedo indicador quase espetado no meu peito, dizendo estas palavras: Filhos de israel, se acaso julgais que me esqueci de vós, estais enganados porque nunca vos esquecerei.Mas a forma como aquelas palavras soaram no meu sonho, foi tão sinistra e irónica que cheguei a sentir medo, sentimento esse que imediatamente se tornou em terror porque após dizer isto, jesus soltou a gargalhada mais sombria que já ouvi em toda a minha vida, dormindo ou acordada.

Sei que despertei, ainda com aquele som desconcertantemente oposto ao que jesus na altura, ainda significava para mim.

Tenho essa imagem e esse som ainda tão em mente.

Quantos Apocalipses já terão existido, noutros planetas com vida inteligente?
Terá o Jesus da Biblia, conhecido outras espécies inteligentes no Universo?
Se ninguém sabe ao certo como Jesus era nessa época... será que já estará entre nós?
Se os homens e as mulheres são feitos à imagem de Deus, será Deus semelhante a nós?

Outra questão que me deixa curioso é: Porque os "Anjos" de Deus tiveram necessidade de procriar com as mulheres deste mundo?

Se eles procriaram por cá, possivelmente têm ADN compativeis / iguais e orgãos reprodutores como nós humanos...

Eu acredito na Biblia, porém, acredito também que muita coisa foi ocultada e retirada das escrituras originais.

Não faço a mínima ideia, sinceramente.

Hum, então terás de acreditar em mim. 

Sei que despertei, ainda com aquele som desconcertantemente oposto ao que jesus na altura, ainda significava para mim.

"Muitos virão em meu nome e dirão "sou eu", e enganarão a muitos".
A energia que um avatar representa não se limita ao fato que ela pode vestir, muitos enganos começam assim.

Vou ver se encontro algum para postar.

Templa, pois, caríssima, cá esperamos a tua sempre deliciosa prosa, da qual já tenho saudades.

Hum, então terás de acreditar em mim. 

Cassandra, isto é tudo tão enigmático; tantas vezes sem sentido nenhum. Pena não termos uma máquina Enigma, para nos ajudar a decifrar estes mistérios da vida.

A mim também me parece que esse sonho foi muito mais do que um sonho, mas sinto de alguma forma que toda a experiência se pode ter tratado de ti, do teu próprio interior.Claro que isto é apenas a forma como vejo a coisa ao lêr-te, o que não significa que esteja certa nesta minha percepção.

LuaMoliSh, claro que tudo é possível. Como poderei eu, com certeza, dizer que não?!

Quantos Apocalipses já terão existido, noutros planetas com vida inteligente?
Terá o Jesus da Biblia, conhecido outras espécies inteligentes no Universo?
Se ninguém sabe ao certo como Jesus era nessa época... será que já estará entre nós?
Se os homens e as mulheres são feitos à imagem de Deus, será Deus semelhante a nós?

Outra questão que me deixa curioso é: Porque os "Anjos" de Deus tiveram necessidade de procriar com as mulheres deste mundo?

Se eles procriaram por cá, possivelmente têm ADN compativeis / iguais e orgãos reprodutores como nós humanos...

Eu acredito na Biblia, porém, acredito também que muita coisa foi ocultada e retirada das escrituras originais.

Indigo, abriste a Caixa de Pandora. É dos temas que mais me fascinam. Tens que abrir um tópico