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  • Vamos falar sobre o amor?
    Iniciado por F.Leite
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     João amava a Cláudia mas separaram-se porque ele não tolerava o feitio dela. Maria amava o Pedro, mas passou a odiá-lo quando soube que ele tinha um caso com outra. Joana fez uma amarração para prender o Nuno, seu namorado, não fosse ele perder-se de amores por outras.

    Será que em situações como as descritas alguma vez existiu amor? Talvez que tudo dependa da forma como o amor é interpretado por cada um e da forma como cada um se preocupa em defender da solidão e buscar o prazer.

    O amor, da forma como a maioria o imagina e desejava viver, simplesmente não é possível de alcançar para quem vive consciente dos seus atos e atitudes. Para viver em pleno um amor pelos outros teríamos que não nos amar a nós mesmos e amar-mo-nos a nós mesmos é imprescindível para podermos amar alguém. Parece complicado de entender mas vocês sabem tanto como eu que é assim.

    Não se consegue amar quem não nos respeita. Isso é confundir amor com dependência, com a necessidade de ter alguém que nos apoie e nos ampare. Acontece que se não nos respeitam estão a falhar nas premissas do amor e então o que fazemos é tolerar essas atitudes de acordo com os benefícios que a relação proporciona.

    Até podemos dizer que amamos mas como podemos amar alguém se não gostamos das atitudes que esse alguém tem para connosco? Amar é muito mais que gostar e se não gostamos de algo no parceiro como podemos amá-lo de verdade?

    O amor parece mais, não um sentimento, mas o somatório de muitos sentimentos onde a falta de um é compensada pela presença de outro.
    "Ele passa mais tempo e conversa mais com os amigos que comigo, mas não deixa que me falte nada em casa". O conforto material, sentimento de bem estar económico, supera a falta de dedicação a família.
    "Ele berra comigo, mas não deixa que digam mal de mim". O sentimento de proteção tolera a falta de respeito. E muitos mais exemplos poderiam ser dados.

    Acontece que não fomos feitos para amar os outros mas para nos adaptar-mos ao convívio com os outros de forma a suprirmos as nossas necessidades físicas e emocionais. O amor é como as nuvens, pois vai-se dissolvendo aquando das tempestades provocadas por atos e atitudes do parceiro e o que fica é uma acalmia que a necessidade que temos do outro nos leva a tolerar e aceitar.

   Instinto de sobrevivência em acção.

Infelizmente, isso não é amor e sim sentimento de posse, que é totalmente diferente mas que ainda a muitos confunde.

Citação de: Lilibluemoon em 26 agosto, 2018, 16:44
Infelizmente, isso não é amor e sim sentimento de posse, que é totalmente diferente mas que ainda a muitos confunde.


    A intenção do tópico é mesmo levar as pessoas a interiorizarem-se e a aprenderam a amar, pois amar é algo que se aprende, ao contrário da paixão que é o resultado da libertação de hormonas e de outros químicos que o organismo produz para levar o corpo a satisfazer as suas necessidades básicas.

     Desculpem lá falar assim mas é a realidade por muito que nos custe a aceitar.

É verdade sim, também concordo.
Amar aprende-se realmente, por isso aquilo do "amor à primeira vista" não é amor e sim paixão.
Abraço

#4
Tanto se teria a dizer sobre o "Amor". Milhares escreveram, milhões leram sobre o amor. Mas penso que pouco ainda se aprendeu. Para se amar alguém, tem que se amar o "eu" primeiro, e aceitar o "outro", depois. Hoje em dia, o "eu" tem tanta supremacia, que já nem se consegue amar o "outro".

Excelente análise, F.Leite.
DeepGirl

Citação de: F.Leite em 26 agosto, 2018, 11:16
      Acontece que não fomos feitos para amar os outros mas para nos adaptar-mos ao convívio com os outros de forma a suprirmos as nossas necessidades físicas e emocionais. O amor é como as nuvens, pois vai-se dissolvendo aquando das tempestades provocadas por atos e atitudes do parceiro e o que fica é uma acalmia que a necessidade que temos do outro nos leva a tolerar e aceitar.

    Instinto de sobrevivência em acção.
E disse o outro "Crescei e multiplicai-vos", porque aparentemente é isso que importa, a multiplicação.

E isso do amor só atrapalha esta coisa da multiplicação. É que se as pessoas se amassem de facto, seriam muito mais exigentes na escolha de um parceiro. E seriam mais exigentes com as escolhas que fazem na vida, de um modo geral.

Que imperativo é este para a multiplicação? Será tudo apenas e só uma questão de instinto?

Enquanto andamos preocupados com a multiplicação e com os "quê" e os "como" que a ela levam, o que é que andamos a perder ou a não fazer?
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

#6
Está tudo dito.

Acrescento que há um "ingrediente" muito importante nos dias de hoje que nada mais é que o "estatuto" que as pessoas sentem simplesmente por terem alguém a seu lado.

O processo de seleção é sempre aquele que acrescenta mais benefício.

Antigamente quando me falavam em amizade numa relação achava estranho porque amigo/a é diferente de marido/mulher mas hoje percebo...

Não é à toa que relações longas e felizes sobrevivem da amizade e companheirismo...

Citação de: Luzeamor em 17 janeiro, 2019, 21:24
Não é à toa que relações longas e felizes sobrevivem da amizade e companheirismo...
E quem achar o contrário (que parece que há todo um movimento "moderno" contrário a isto) está muito baralhado das ideias!
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Citação de: Cassandra em 18 janeiro, 2019, 09:35
E quem achar o contrário (que parece que há todo um movimento "moderno" contrário a isto) está muito baralhado das ideias!

Está pois!

É mais fácil ir-se na onda do amor fugaz e explosivo do que na construção de sentimentos.