Conteúdos de caráter terrorista na Internet vão ser bloqueados

Os países do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) e os gigantes da Internet acordaram um plano para bloquear os conteúdos online de caráter "terrorista".

Os representantes do Google, do Facebook e do Twitter, e os ministros do Interior dos países do G7 reuniram-se, na quinta e sexta-feira, em Ischia (Itália), e tomaram a decisão de "aplicar em conjunto" um plano de ação que visa bloquear "os conteúdos de caráter terrorista", declarou à imprensa o ministro italiano Marco Minniti.

"É a primeira vez" que os países do G7 e os representantes dos principais operadores de Internet e redes sociais se sentam juntos à mesma mesa, afirmou o ministro do Interior italiano, recordando que a Internet é "um importante meio de recrutamento, treino e radicalização de combatentes estrangeiros".

Minniti lamentou que a organização terrorista Estado Islâmico (EI) circule na Internet "como um peixe na água".

"É tarefa dos autores de conteúdos, dos governos e também da sociedade civil fazer com que a Internet seja novamente um vetor de paz", declarou por seu lado o seu homólogo francês, Gérard Collomb.

"Temos de fazer mais", sublinhou Elaine Duke, Secretária de Segurança Interna interina dos Estados Unidos, agradecendo às grandes redes sociais pela colaboração.

A queda de Raqa, um dos últimos redutos do EI na Síria, "é uma derrota militar muito dura, mas isso não significa que o grupo tenha deixado de existir", alertou Minniti.

A reunião desta sexta-feira começou com uma troca de opiniões precisamente sobre a ameaça dos combatentes estrangeiros em fuga, após a queda de bastiões do EI na Síria e no Iraque.

"Abordámos em pormenor as atividades de prevenção e discutimos a forma de lutar contra o regresso dos combatentes estrangeiros" aos seus países de origem, explicou o ministro italiano.

"Decidimos recolher a informação em conjunto e partilhá-la", completou.

Após a libertação de Raqa, a preocupação virou-se para os cerca de 25.000 a 30.000 combatentes estrangeiros, cinco mil dos quais provenientes da Europa, que formam um contingente altamente treinado e que pode disseminar-se por todo o planeta.

fonte: http://www.msn.com/pt-pt/noticias/tecnologia/conte%c3%bados-de-car%c3%a1ter-terrorista-na-internet-v%c3%a3o-ser-bloqueados/ar-AAtLO3F?ocid=ientp

É interessante relembrar o quanto eram importantes as fronteiras e as alfandegas em qualquer país. Hoje, a Internet é um meio que não necessita fronteiras para, num segundo, estar com uma mensagem em simultâneo em vários países e impactando milhões. Quando utilizada por qualquer bando terrorista não necessita ultrapassar as fronteiras físicas e é difícil detectar a origem da infecção que provoca. Nunca, o mundo esteve tão vulnerável e as velhas escutas e PIDES são uma imagem obsuleta, quando nos recordamos da"censura do lápis azul" das buscas para encontrarem um panfleto "subversivo?" do PCP ou até um mero romance como as "cartas de soror Mariana Alcaforado".

É quase "assustador" a evolução que temos nesse campo... mas será que há solução?

O que me assusta mais é pensar em algumas possibilidades, como:

Hoje já é possível reproduzir através de uma impressora um objecto em 3D. Com esta caminhada evolutiva, quem nos diz que se pode fazer esse mesmo objecto, através de uma mensagem SMS, um mail....esse objecto poderá até ser uma arma, pronta a disparar sobre um alvo. Assim , nem sequer será necessária a presença física do autor.
Também no caso dos drones, que possíveis comandos lhe poderão ser programados?...
O terrorismo agora, tem pernas para andar...
A solução é voltarmos ao tempo das cavernas...

Os tempos mudam... só temos que aceitar e caminhar com eles e ao mesmo tempo termos cuidado com os novos perigos. 😉
Mas assim, dá que pensar...