O fim dos nossos dias - o adeus à Natureza

Para "divagarem" sobre o que tem acontecido a este planeta que nunca foi nosso.

Testes de misseis que provocam sismos de um lado, icebergues gigantes que se descolam do outro, incêndios monstruosos seguidos de chuvadas que só trazem mais destruição.
A humanidade cada vez mais egoísta, mais fanática, mais doente.

A Natureza revolta-se e ninguém dá importância, aliás, dão muita durante nas primeiras semanas pois é moda falar daquele assunto. Depois passa, depois esquece, mas o problema continua lá e só agrava mais e mais.

Onde é que errámos enquanto seres em evolução? Em que ponto virámos as costas ao bem mais precioso de todos os seres vivos, a "nossa" terra?

Penso que o problema comecou precisamente quando comecámos a pensar no planeta como nosso, quando comecámos a olhar para os outros seres como inferiores e estando cá para nos servir (já é um problema muito, muito, muito antigo...)

O problema é o erro de acharmos que podemos destruir tudo hoje porque amanhã já cá não estamos e os problemas de amanhã já serão de outros que não nós.

O problema é não compreendermos que o tempo não avança em linha recta, mas em espiral: os eventos repetem-se, nós incluídos.

O problema é espiritual, filosófico, metafísico, vai para além de questões educativas ou tecnológicas. Quando se perde o "norte espiritual", perde-se tudo.

É incrível como as civilizações ditas "primitivas" conseguiam viver em harmonia e respeito pela natureza, usavam o mínimo necessário. Agora que estamos "evoluídos", nada disso acontece, é usar sem olhar a meios nem consequências. Não seremos  afinal "nós" os "primitivos"? Houve toda uma consciência que se perdeu no caminho.

São também consequências do crescimento e reforço do ego.

A definição de evolução e primitivo depende da perspectiva. Sim, tecnologicamente podiam ser mais primitivos, mas espiritualmente eram mais evoluídos. Nós somos tecnologicamente mais evoluídos mas espiritualmente somos muito mais primitivos.
Há uma relação de proporcionalidade inversa aqui. As pessoas espiritualmente iluminadas são as que de menos objectos precisam.

Não é previsível uma inversão da tendência actual, já nem de si as pessoas cuidam quanto mais do planeta ou dos seus outros habitantes.

Fiquemos tranquilos, um dia destes a Mãe Natureza recoloca tudo em equilíbrio.

Fiquemos tranquilos, um dia destes a Mãe Natureza recoloca tudo em equilíbrio.

Sem duvida, mas o preço a pagar por isso será elevado (para nós humanidade claro).

Sem duvida, mas o preço a pagar por isso será elevado (para nós humanidade claro).

Nem poderíamos esperar outra coisa

Nem poderíamos esperar outra coisa

É verdade, mas lamento que também acabe por pagar quem pouca culpa tem nisto (embora ninguém seja totalmente inocente).

A culpa, apesar de nunca ter mãe, está na inveja, no poder,na ambição, no consumismo...
Numa ou 2 gerações se nota uma evolução destruidora. Posso dizer-vos que quando eu era miúdo, qualquer criança tinha um carro de esferas - concebido por ele próprio - feito com reaproveitamentos de madeira e esferas, que saía a custo Zero e lhe dava oportunidades enormes de engenho e diversão. Para além dos jogos tradicionais- bola, tiro ao alvo, corda. marionetas ... - desenhavam-se jogos na terra ou no asfalto. Tudo isto sem custos e com uma boa oportunidade de uma vida saudável. Hoje, temos os jogos "de sofá" - consolas, computadores, telemóvel, smartfones... - tudo a custos exorbitantes e que despertam ambições e consumismo desregrado. Tudo é concebido para uma vida curta. Na minha juventude uma máquina de lavar - grande inovação na época - era concebida para durar pelo menos 20 anos, agora têm uma vida média de 5. A pasta da escola, feita de cabedal, durava desde a infantil até à faculdade, altura em que era trocada por uma pasta de doutor. Agora têm de comprar-se mochilas todos os anos  ou até mais se se quiser estar na moda. A indústria do vidro, fazia garrafas e garrafões para tudo e estas eram trocadas em todas as aquisições. Agora deitamos fora diariamente milhões de garrafas de plástico e a maioria envenena o planeta porque não chega à reciclagem. Ninguém pensa hoje em comprar uns sapatos para utilizar nos próximos anos, compra-se para utilizar numa Estação do ano... Depois... Lixo!... E este consumismo desregrado, de que falo com pequenos exemplos, faz com que transformemos a atmosfera com fábricas e queimas desnecessárias, que consumamos água como se as reservas fossem ilimitadas, com que não amemos a Terra e a utilizemos parcamente. Não semeemos o que deveríamos e apenas o que dá lucro, enterremos toneladas de produtos - frutos, batatas, cebolas... - apenas porque não podem ser comercializados porque não tem o peso ideal. Tudo isto quando existe fome.
E, se o homem esqueceu em apenas 2 gerações tanto, o que terá perdido nos últimos séculos e o que perderá no futuro?

Excelente tópico e excelente discussão

A culpa, apesar de nunca ter mãe, está na inveja, no poder,na ambição, no consumismo...
Numa ou 2 gerações se nota uma evolução destruidora. Posso dizer-vos que quando eu era miúdo, qualquer criança tinha um carro de esferas - concebido por ele próprio - feito com reaproveitamentos de madeira e esferas, que saía a custo Zero e lhe dava oportunidades enormes de engenho e diversão. Para além dos jogos tradicionais- bola, tiro ao alvo, corda. marionetas ... - desenhavam-se jogos na terra ou no asfalto. Tudo isto sem custos e com uma boa oportunidade de uma vida saudável. Hoje, temos os jogos "de sofá" - consolas, computadores, telemóvel, smartfones... - tudo a custos exorbitantes e que despertam ambições e consumismo desregrado. Tudo é concebido para uma vida curta. Na minha juventude uma máquina de lavar - grande inovação na época - era concebida para durar pelo menos 20 anos, agora têm uma vida média de 5. A pasta da escola, feita de cabedal, durava desde a infantil até à faculdade, altura em que era trocada por uma pasta de doutor. Agora têm de comprar-se mochilas todos os anos  ou até mais se se quiser estar na moda. A indústria do vidro, fazia garrafas e garrafões para tudo e estas eram trocadas em todas as aquisições. Agora deitamos fora diariamente milhões de garrafas de plástico e a maioria envenena o planeta porque não chega à reciclagem. Ninguém pensa hoje em comprar uns sapatos para utilizar nos próximos anos, compra-se para utilizar numa Estação do ano... Depois... Lixo!... E este consumismo desregrado, de que falo com pequenos exemplos, faz com que transformemos a atmosfera com fábricas e queimas desnecessárias, que consumamos água como se as reservas fossem ilimitadas, com que não amemos a Terra e a utilizemos parcamente. Não semeemos o que deveríamos e apenas o que dá lucro, enterremos toneladas de produtos - frutos, batatas, cebolas... - apenas porque não podem ser comercializados porque não tem o peso ideal. Tudo isto quando existe fome.
E, se o homem esqueceu em apenas 2 gerações tanto, o que terá perdido nos últimos séculos e o que perderá no futuro?

Em todos os temas que tocaste o que mais mexeu comigo foi os alimentos.
Ainda perguntam porque existem tantos cancros nos dias de hoje.
Se soubessem, por exemplo, que as pêras que compramos nos supermercados têm mais de 50 aplicações de produtos químicos anuais.....

Decerto todos passariam a ter um pequeno quintal em casa.

Em todos os temas que tocaste o que mais mexeu comigo foi os alimentos.
Ainda perguntam porque existem tantos cancros nos dias de hoje.
Se soubessem, por exemplo, que as pêras que compramos nos supermercados têm mais de 50 aplicações de produtos químicos anuais.....

Decerto todos passariam a ter um pequeno quintal em casa.

Hum, duvido, só o trabalho que isso dá, faria logo muita gente desistir.

Plantar ou preferir a alternativa biológica - tendo o cuidado necessário pois também aí há aldrabice - se bem que o custo dos produtos afasta muita gente.

No entanto, se há quem realmente não possa comportar a diferença de custos, no caso de muitas e muitas pessoas vejo-as a reclamarem do preço dos produtos biológicos mas a não se importarem de gastar dinheiro em tretas. São opções.

Hum, duvido, só o trabalho que isso dá, faria logo muita gente desistir.

E por acaso consegue se alguma coisa na vida sem trabalho?

Com o devido respeito, a mim dá-me um enorme prazer. E não tenho um quintal. O meu quintal tem 8 hectares.

Plantar ou preferir a alternativa biológica - tendo o cuidado necessário pois também aí há aldrabice - se bem que o custo dos produtos afasta muita gente.

No entanto, se há quem realmente não possa comportar a diferença de custos, no caso de muitas e muitas pessoas vejo-as a reclamarem do preço dos produtos biológicos mas a não se importarem de gastar dinheiro em tretas. São opções.

E se eu disser que os biológicos são só o nome.
Se soubessem a quantidade de produtos que colocam nos biológicos também,

Até o mais pequeno agricultor usa pesticidas para que os seus produtos não sejam destruídos pelas pragas. Tudo isto é complicado.
Para termos a certeza que é 100% biológico temos que ser nós a cultivar.