Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.508
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • Espíritos e Fantasmas - parte I
    Iniciado por F.Leite
    Lido 2.800 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
     Durante alguns anos (1992/1995) fui médium doutrinador num centro espirita em Gondomar. Não vou ser mais preciso porque não é permitido colocar moradas. Esse facto permitiu-me falar com muitas almas desencarnadas e a aperceber-me do estado mental em que ficaram na vida pós morte.

    Em relação às almas que eram levadas aos trabalhos notei uma predominância de almas que simplesmente viviam os momentos da morte. Vou tentar explicar usando exemplos.

1 - Aparecia o individuo que morreu num acidente e estava num estado em que via uma multidão a rodear o seu carro. Mantinha-se afastado a olhar e com receio de ir ver o que se passava embora soubesse que era o carro dele que ali estava. Tinha parado no tempo vivendo ininterruptamente essa imagem.

2 – Alguns casos de indivíduos que viviam revoltados pois a família simplesmente deixara de lhe falar. Viviam na casa que era dele mas agiam como se não o vissem, como se ele simplesmente não existisse.

3 -  Almas que simplesmente vagueavam pelo além sem rumo nem norte. Sabiam que a morte os levara de cá mas eram incapazes de tomar decisões, de optar por um caminho.

4 – Almas que estavam presas ao remorso e que procuravam comunicar com os vivos para pedirem desculpa. Esses viviam assolados na ideia do castigo provocado  pelos seus atos.

5 -  Em pequeno número foram os que procuravam vingança sobre aqueles que odiavam. E esses era normalmente fácil levá-los a desistir da vingança e de seguir para a luz.

    A taxa de sucesso nestes trabalhos rondava os 70% a 80%. Mesmo aqueles que chegavam irados e raivosos e a ameaçar tudo e todos, era relativamente fácil fazê-los desistir dos seus intentos.

    Havia uma situação comum a todos eles. A capacidade de serem sugestionados. Se lhes disséssemos que estavam ali seres de branco irradiando luz e que esses os iriam ajudar, eles logo confirmavam que os estavam a ver. Se afirmássemos que estavam ali os familiares queridos que haviam partido antes deles, logo eles confirmam que viam seres a aproximar-se e que sim, que eram a mãe ou o pai ou outro qualquer familiar ou amigo que os chamavam.

    Qualquer um de vós vai pensar que é maravilhoso termos alguém à nossa espera do outro lado, mas a verdade é que eles não tinham ninguém à espera, era simplesmente essa imagem que eu lhes introduzia na mente, qual hipnose. Nunca senti que alguém se aproximasse nesses momentos. Somente quando pedia que se abrisse para eles o caminho da luz é que sentia que algo esquisito se passava, mas por muito que tente  não sei explicar o que é. Ultrapassa-me os sentidos.

    Havia os outros, os que não nos aceitavam os conselhos e que simplesmente não partiam. Esses, bloqueavam de algum modo a sua mente e não viam o que os doutrinadores queriam que eles vissem. Na gíria podemos considerar esses como os piores dos maus, mas era raro aparecerem. Estes sabiam prever as nossas intenções e retrucavam ao que lhes diziamos. Sabiam ver o estado emocional do doutrinar e o impacto que as ameaças que proferiam provocavam nele. Em suma eram ardilosos.

    Duas formas totalmente diferentes de viver a vida espiritual. Uns vivem de memórias do passado, os outros simplesmente vivem exactamente como se estivessem vivos e no mesmo plano que nós.

    E depois, no fim dos trabalhos, vinha sempre o espírito de luz. Numa voz melada, agradecia o trabalho feito por todos os presentes em prol das almas sofredoras. Sempre com uma linguagem bem articulada mas onde não se destacavam as variações de sentimentos típicas de quando se fala de coisas boas ou de coisas más. Linguagem típica de igreja.

    O que está exposto, só por si deveria fazer pensar muito a todos os que se interessam por estas coisas da alma e dos trabalhos espíritas. Pensar no porquê das coisas serem assim é um óptimo desafio que vos proponho, enquanto escrevo a parte II deste tema.

Este tema provoca-me muitas dúvidas e perguntas!

Quando diz:
Citação de: F.Leite em 25 maio, 2017, 12:46

2 – Alguns casos de indivíduos que viviam revoltados pois a família simplesmente deixara de lhe falar. Viviam na casa que era dele mas agiam como se não o vissem, como se ele simplesmente não existisse.

significa que há espíritos que não sabem da sua atual condição e por isso agem como se ainda estivessem vivos? Será por isso que se falam nas casas assombradas pelos seus donos porque não sabem que morreram e continuam a morar lá como se ainda estivessem vivos?

Se não existem familiares à espera do espírito que acaba de morrer, o que ele sente quando repara que afinal a morte não é o fim? Para onde vai?

Existe mesmo aquilo que chamam de "ir em direção à luz"? Se eles vão, não voltam mais?

E em relação à reencarnação, algum espírito disse-lhe que ia reencarnar?


Você faz-me interromper o meu período de reflexão...

Obrigado pela partilha da sua experiência, é bastante interessante.
Quanto a mim, o que descreveu não me causa estranheza, tudo encaixa no meu modo de pensar.

Constato que temos diferentes formas de encarar algumas questões:
Citação de: F.Leite em 25 maio, 2017, 12:46
     Havia uma situação comum a todos eles. A capacidade de serem sugestionados. Se lhes disséssemos que estavam ali seres de branco irradiando luz e que esses os iriam ajudar, eles logo confirmavam que os estavam a ver. Se afirmássemos que estavam ali os familiares queridos que haviam partido antes deles, logo eles confirmam que viam seres a aproximar-se e que sim, que eram a mãe ou o pai ou outro qualquer familiar ou amigo que os chamavam.

     Qualquer um de vós vai pensar que é maravilhoso termos alguém à nossa espera do outro lado, mas a verdade é que eles não tinham ninguém à espera, era simplesmente essa imagem que eu lhes introduzia na mente, qual hipnose. Nunca senti que alguém se aproximasse nesses momentos. Somente quando pedia que se abrisse para eles o caminho da luz é que sentia que algo esquisito se passava, mas por muito que tente  não sei explicar o que é. Ultrapassa-me os sentidos.
Para mim, é uma questão de sugestão mas não de hipnose ou fantasia por parte dessas almas. Penso que todos estão em condições para partir, desde que entendam que é isso que devem fazer. Todos são "chamados" após a morte, seja lá por quem for.
Uns ouvem e aceitam ir, estão leves e esse chamado chega até eles claramente.
Outros, pelos mais diversos motivos, estão "surdos" e não conseguem ouvir o chamado e por isso vão ficando cá, tal como descreveu. Estes precisam de um empurrãozinho vindo do mundo terreno (o mundo a que eles estão ligados) para avançar, de alguém que lhes chame a atenção para o chamado vindo "do outro lado" que eles estão a ignorar. Daí que o ver alguém ali à espera deles seja assim tão imediato. Esse alguém sempre esteve ali à espera, a alma é que estava incapaz de ver ou ouvir.
Penso também que quem faz esse serviço de vir buscar as almas pode assumir formas (de "seres" ou de familiares), caso isso seja necessário e conforme a sugestão oferecida e aceite pela alma que está a ser encaminhada.

Citação de: F.Leite em 25 maio, 2017, 12:46
     E depois, no fim dos trabalhos, vinha sempre o espírito de luz. Numa voz melada, agradecia o trabalho feito por todos os presentes em prol das almas sofredoras. Sempre com uma linguagem bem articulada mas onde não se destacavam as variações de sentimentos típicas de quando se fala de coisas boas ou de coisas más. Linguagem típica de igreja.
Se é a um tom neutro que se refere, faz-me sentido - sem associações a igrejas ou a outros seres que são apontados como possíveis fundadores de religiões...
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

#3
Citação de: anascorpion em 25 maio, 2017, 13:14
Este tema provoca-me muitas dúvidas e perguntas!

Quando diz:
significa que há espíritos que não sabem da sua atual condição e por isso agem como se ainda estivessem vivos? Será por isso que se falam nas casas assombradas pelos seus donos porque não sabem que morreram e continuam a morar lá como se ainda estivessem vivos?

Se não existem familiares à espera do espírito que acaba de morrer, o que ele sente quando repara que afinal a morte não é o fim? Para onde vai?

Existe mesmo aquilo que chamam de "ir em direção à luz"? Se eles vão, não voltam mais?

E em relação à reencarnação, algum espírito disse-lhe que ia reencarnar?

   Parece-me mais que há almas que não se querem dar conta de que faleceram. Ao falar com eles nota-se que vivem em confusão e alguns até em pânico. Não raro e após lhes ser explicado o que lhes aconteceu alguns acabam por admitir que "bem lhes parecia que lhes tinha acontecido alguma coisa". Assim como se devido ao medo evitassem assumir a realidade, mas aqui já é a minha opinião.

    Nessa altura eu vivia extasiado pela possibilidade de falar com almas e de os ajudar, o que me toldava o raciocínio. Embora me apercebesse das diferenças entre eles, não me questionava a ponto de procurar respostas. Simplesmente aceitava que era assim. Só mais tarde, já num grupo desafecto a doutrinas é que as coisas passaram a ser diferentes. Na continuação falarei disso.

    Os fantasmas que assombram as casas, não são propriamente almas que não sabem que morreram (embora possa haver alguns casos em que acontece), mas sim almas que se "escondem" nessas casas. A intenção por traz da assombração é de que ninguém para lá vá para assim poderem estar sós e o motivo principal (à outros motivos) é pensarem que dessa forma escapam à justiça a que se julgam condenados por conta dos erros que cometeram. Embora as pessoas tenham medo das casas assombradas, fica-me a sensação de que as almas que lá estão têem mais medo de que quem lá possa ir os possa prejudicar.

    Existem inclusive casas onde as almas que lá vivem, interagem com quem para lá foi habitar, pois constataram ser uma forma de não viver na solidão e de conservarem as suas memórias. A excepção é com aquelas casas que são locais de reuniões dos espíritos.

    Após a morte, quase todos aqueles a quem perguntei, observaram uma luz forte que como que os atraía. Como resistiram a essa atracão não sei. Apercebi-me sim é que ficaram por terem um desejo em mente, portanto um motivo que os prende cá, normalmente relacionado com quem cá fica. Outros foram ajudados por espíritos para não seguirem para a luz.

    Na minha experiência de doutrinador (é uma forma de falar pois nunca doutrinei ninguém), nunca tive uma alma que dissesse que tinha entrado nessa luz ou me falasse de vidas passadas. Os espíritos ditos "superiores" que eu invoquei em trabalhos, falaram da reencarnação, inclusive falaram da minha e da de outros do grupo. O problema é que o falaram dando um ênfase de missão, enaltecendo capacidades que a meu ver exortam à vaidade e a um excesso de auto-confiança. Ao principio deixei-me levar nessa vaidade (admito), mas quando voltei a assentar os pés na terra e os comecei a confrontar com as minhas teorias do contra, a resposta deles foi: "tu sabes mais do que o que devias saber, faz como entenderes!".

    Só acreditarei na reencarnação quando tiver provas de que é uma realidade e as almas nunca me falaram de tal acontecimento nas suas vidas.

    São esclarecimentos baseados nas minhas experiências e contacto com espíritos e almas desencarnadas. Por certo haverá quem tenha tido experiências diferentes e através das quais tenha chegado a diferentes conclusões. Seria bom que aqueles que as vivenciaram as descrevessem para que pudéssemos ter uma visão mais abrangente do que é a vida das almas. É na partilha que se encontra o conhecimento e se descobrem coisas novas.

Citação de: Cassandra em 25 maio, 2017, 14:27
Constato que temos diferentes formas de encarar algumas questões:Para mim, é uma questão de sugestão mas não de hipnose ou fantasia por parte dessas almas. Penso que todos estão em condições para partir, desde que entendam que é isso que devem fazer. Todos são "chamados" após a morte, seja lá por quem for.
Uns ouvem e aceitam ir, estão leves e esse chamado chega até eles claramente.
Outros, pelos mais diversos motivos, estão "surdos" e não conseguem ouvir o chamado e por isso vão ficando cá, tal como descreveu.

    É um fio de cabelo que separa a sugestão da hipnose. Se eu aceitar o que me sugerem como verdade absoluta fico hipnotizado por essa sugestão e deixarei de procurar provas que a ponham em causa como verdade. Acontece quando nos tornamos fanáticos de uma ideia, de um principio, de uma forma de viver.

    Não me parece que algo ou alguém nos chame, mas sim que algo nos atrai, como se fosse algo do qual nós fazemos parte integrante. Assim como a agua de um rio que corre para o mar a que pertence. Não é o mar que atrai o rio, mas sim as forças da natureza que fazem com que o que está acima tenha que descer. As almas que por cá ficam seriam como a agua do rio que fica retida nas represas e lagos até que se evapore.

    Nas almas acontece algo idêntico pois quantos mais anos por cá andam, de mais pormenores da vida que cá fizeram se vão esquecendo, chegando a já nem saberem dizer quem eram nem o que por cá faziam quando em vida. Assim como se partes da sua alma se evaporassem.



   

É interessante ver uma abordagem diferente e pessoal sobre este tema, o que não é muito comum de se ver. O fleite diz que pela sua experiência isso o leva a não acreditar na reencarnação, então na  sua opinião o que sucede quando morremos, no sentido fisico é claro, para onde vai alma? (se existe é claro)
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

#5
Citação de: moonchild em 25 maio, 2017, 17:45
...diz que pela sua experiência isso o leva a não acreditar na reencarnação, então na  sua opinião o que sucede quando morremos, no sentido fisico é claro, para onde vai alma? (se existe é claro)



    Pelas experiências que já vivi, eu acredito que temos alma, ou antes que somos um corpo e uma alma. Não me revejo é na ideia de alma ser somente a consciência e o resto do corpo paisagem.

    Não é fácil de explicar, mas vou tentar.

    Eu vejo a vida (no conjunto de todas as coisas que nascem, crescem, que se reproduzem e por fim morrem) como uma força da natureza. Assim a modos como que a gravidade, que sendo uma força universal (existe em toda a parte) só uma pequena parte dessa força incide sobre cada corpo. Não é portanto a pequena parte da força de gravidade que a mantém a si presa à terra, a mesma que me mantém a mim nas mesmas condições, mas sim um "bocado" de gravidade diferente, embora vindo da mesma força comum. Em suma, a sua gravidade não é a minha nem de mais ninguém.

    A vida para mim tem origem na "força da vida" e a pequena parte dessa força que afecta o meu corpo é a alma, que enquanto no meu corpo é somente minha e de mais ninguém.

    Não é o corpo que sustenta a alma, que lhe dá a vida, mas sim a alma que alimenta o corpo e de tal forma que o corpo sofre de acordo com os estados de alma e quando o corpo fracassa e advém o seu fim, a alma terá tendência a ligar-se de novo à força de que faz parte integrante. Enquanto esteve ligada ao corpo, a alma adensou-se, nutrida que foi pela experiência de vida porque passou, experiência essa que lhe somou memórias e sentimentos dando-lhe forma e substância.

    Um dia terá que regressar à "força da vida" e aí, julgo eu, perderá a sua individualidade, passando a fazer parte do todo dessa força. Um novo corpo que surge, tem a semente da alma na alma dos seus pais, e à medida que o corpo cresce vão-se juntando, por atracção, mais átomos provenientes da "força da vida", crescendo a alma com o corpo, para que assim nenhuma célula fique desprotegida e sem alma.

    É desta forma que eu penso que a vida e a alma acontecem. Teoria sem provas e sem doutrinas, mas simples, tão simples que dá que pensar, mas não dá para acreditar. Simplesmente por ser tão simples.

Citação de: F.Leite em 25 maio, 2017, 16:59
    Não me parece que algo ou alguém nos chame, mas sim que algo nos atrai, como se fosse algo do qual nós fazemos parte integrante. Assim como a agua de um rio que corre para o mar a que pertence. Não é o mar que atrai o rio, mas sim as forças da natureza que fazem com que o que está acima tenha que descer. As almas que por cá ficam seriam como a agua do rio que fica retida nas represas e lagos até que se evapore.    
Gosto da comparação com a água. Também a água tem um ciclo e conforme a água se move nesse ciclo, vão-se acrescentando à sua composição básica outros compostos que nela se dissolvem conforme o local onde se encontra e que lhe dão características próprias.
Características próprias mas momentâneas, pois assim que ela mudar de local também as suas características mudam. E assim que mudar de local, o local e as características que tinha anteriormente deixam de interessar. O fundamental é a base, o H2O.

Felizmente para a água, ela sabe bem onde pertence, é uma substância física não há-que enganar.
Infelizmente para nós o nosso caso não é assim tão simples e é-nos diíficil perceber o que somos, de onde viemos, o que estamos cá a fazer e para onde vamos.

Já manifestei a minha opinião em relação a este assunto noutros tópicos e por isso acho que não vale a pena repetir.
Compreendo o sentido da sua perspectiva quase naturalista da alma, mas a minha vivência faz-me ter outra opinião.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Riclif
#7
Sr. F. leite.

Vou-lhe colocar uma questão que gostava se possivel que me respondesse com a maior das sinceridades.

Como já lhe contei desde muito novo que sinto, vejo e oiço "entidades".
Contudo também desde há uns anos atrás, começou-me a acontecer o seguinte;

Se por ventura estou a falar com alguém sobre uma pessoa que já faleceu, por vezes e sem qualquer tipo de iniciativa da minha parte, enquanto falo com essa mesma pessoa, começo ao mesmo tempo a visualizar o que essa mesma pessoa me diz posteriormente que era a imagem ou figura do falecido.
Visualizo também o lugar onde o presumivel espirito do falecido se encontra e o mais engraçado é que na maioria das vezes (se eu de facto estiver em contacto com o espirito da pessoa falecida) se encontra a "viver" na casa onde vivia enquanto vivo.
Isso criou-me alguma confusão, porque pensava que o espirito se elevava e iria para algum outro local a nivel espiritual...mas afinal, a maioria continua a fazer a mesma "vida" que fazia enquanto vivo.
Não vou contar nenhum episódeo em especifico, mas as pessoas posteiormente validam os locais onde eu visualizei o espirito (enquanto corpo fisico), locais esses em que nunca estive, assim como o aspecto fisico que os espiritos tinham em vida...algo que tambem me seria impossivel saber.
Já me aconteceu estar a falar com uma colega de trabalho e posteriormente visualizar uma figura que julgo ser de alguem que faleceu (apresentou-se-me assim) mas parece que queria que eu transmitisse uma mensagem a essa minha colega...acho que da presença dele, não sei.
O facto é que não aprofundei isso, a possivel mensagem...e essa imagem não me sai da cabeça.
Passado uns meses dessa visualização, que foi de um homem de idade, muito bem vestido, de fato e gravata, agarrado a uma mesa...a minha colega de trabalho engravidou e irá ter um filho (rapaz).
Bem, não sei..é estranho...será impressão minha? é que eu tenho tendencia a questionar-me...sou muito céptico principalmente em relação a mim.
Mas se for impressão minha, como é possivel eu visualizar, locais especificos por exemplo de uma casa, de alguem se eu nunca lá estive nem vi a  pessoa em vida?


Citação de: Riclif em 25 maio, 2017, 22:30

Vou-lhe colocar uma questão que gostava se possivel que me respondesse com a maior das sinceridades.

Como já lhe contei desde muito novo que sinto, vejo e oiço "entidades".
Contudo também desde há uns anos atrás, começou-me a acontecer o seguinte;

...

     No primeiro caso trata-se de uma visão do pensamento de outrem. A pessoa que lhe fala em alguém que faleceu e que a conhecia fisicamente, tem a imagem do falecido na mente e a mente está constantemente a buscar nas memórias visuais os elementos necessários para fundamentar o que diz. Precisa portanto de se lembrar de alguém para poder falar desse alguém.

     O que vê é essa imagem mental do parceiro de conversa. É normal que essa imagem esteja acompanhada de locais pois a memória visual guarda tudo o que vê. Se a recorda situações com o falecido passadas em casa, será nessa casa que a memória o lembra. Tudo depende do quando e do onde vem a lembrança.

     Eu já aqui mencionei noutro tópico que, a meu ver, a mediúnidade pode ter tido origem pela necessidade de comunicação entre pessoas e não propriamente com a especificidade de comunicar com espíritos.

     Ao contrário do que parece ter entendido, são uma minoria as almas que ficam por cá. A grande maioria parte e segue para a luz. Ainda bem que assim acontece.

     Em relação a quem aparece e lhe diz que faleceu, pedindo depois para retransmitir uma mensagem poderá ter várias leituras. No entanto o pormenor de o ver agarrado a uma mesa destoa da normal visão de um espírito. Se a intenção era pedir-lhe ajuda deixava a mesa em casa e não a trazia com ele. Já para ser você a ir mentalmente ao encontro dele, teria que o invocar ou no mínimo mentalizar a sua imagem e ser peremptório em querer vê-lo, mas para isso precisava de o conhecer.

     Parece mais relacionado com uma visão que com o uso da mediúnidade para ver espíritos.  Com o tempo talvez eu aprenda um pouco mais e saiba responder melhor a perguntas como a sua.

Fleite, gostei muito da maneira como colocou as coisas, de maneira simples mas quase poetica. Eu coloquei essa questão, porque é algo que hoje em dia me faz ter mais duvidas que certezas, houve um tempo em que acreditei piamente em vidas passadas...mas depois há coisas que não encaixam para mim, por exemplo, se tivemos vidas passadas por que não nos lembramos? Uns dirão que é para nosso bem,e blá, blá, e para não lembrarmos antigas inimizades, mas para mim não faz sentido, não era melhor recordarmos tudo para não voltar a cometer os mesmos erros do passado?  Outros dirão que tem a ver com o carma, ou seja, aprender pelo sofrimento, no entanto estas pessoas são contra a violência por exemplo que era exercida nas escolas antigamente, mas então os alunos não aprendiam com o sofrimento? (estou a ser ironica)
Há quem fale de hipnose e regressão a vidas passadas, mas a nossa mente é tão sugestionavel e volatil, que praticamente para mim invalida essa possibilidade...
Sei que estou a sair um pouco do tópico :P
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

Riclif
Citação de: F.Leite em 26 maio, 2017, 00:20
     No primeiro caso trata-se de uma visão do pensamento de outrem. A pessoa que lhe fala em alguém que faleceu e que a conhecia fisicamente, tem a imagem do falecido na mente e a mente está constantemente a buscar nas memórias visuais os elementos necessários para fundamentar o que diz. Precisa portanto de se lembrar de alguém para poder falar desse alguém.

     O que vê é essa imagem mental do parceiro de conversa. É normal que essa imagem esteja acompanhada de locais pois a memória visual guarda tudo o que vê. Se a recorda situações com o falecido passadas em casa, será nessa casa que a memória o lembra. Tudo depende do quando e do onde vem a lembrança.

     Eu já aqui mencionei noutro tópico que, a meu ver, a mediúnidade pode ter tido origem pela necessidade de comunicação entre pessoas e não propriamente com a especificidade de comunicar com espíritos.

     Ao contrário do que parece ter entendido, são uma minoria as almas que ficam por cá. A grande maioria parte e segue para a luz. Ainda bem que assim acontece.

     Em relação a quem aparece e lhe diz que faleceu, pedindo depois para retransmitir uma mensagem poderá ter várias leituras. No entanto o pormenor de o ver agarrado a uma mesa destoa da normal visão de um espírito. Se a intenção era pedir-lhe ajuda deixava a mesa em casa e não a trazia com ele. Já para ser você a ir mentalmente ao encontro dele, teria que o invocar ou no mínimo mentalizar a sua imagem e ser peremptório em querer vê-lo, mas para isso precisava de o conhecer.

     Parece mais relacionado com uma visão que com o uso da mediúnidade para ver espíritos.  Com o tempo talvez eu aprenda um pouco mais e saiba responder melhor a perguntas como a sua.

Obrigado pela sua resposta e pela ajuda