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  • Ayahuasca
    Iniciado por Resurgam
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Pra quem não conhece, aqui no Brasil essa erva é muito popular e faz parte do culto do "Santo Daime":

Ayahuasca, nome quíchua de origem inca, refere-se a uma bebida sacramental produzida a partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica: o cipó Banisteriopsis caapi (caapi ou douradinho), que serve como IMAO e folhas do arbusto Psychotria viridis (chacrona) que contém o princípio ativo dimetiltriptamina.
É também conhecida por yagé, caapi, nixi honi xuma, hoasca, vegetal, Santo Daime, kahi, natema, pindé, dápa, mihi, vinho da alma, professor dos professores, pequena morte, entre outros. O nome mais conhecido, ayahuasca, significa "liana (cipó) dos espíritos".
Utilizada pelos incas e também por pelo menos setenta e duas tribos indígenas diferentes da Amazônia. É utilizada em paises como Peru, Equador, Colômbia, Bolívia e Brasil.
Seu uso se expandiu pela América do Sul e outras partes do mundo com o crescimento de movimentos religiosos organizados, sendo os mais significativos o Santo Daime, A Barquinha, Natureza Divina e a União do Vegetal, além de dissidências destas e grupos (núcleos ou igrejas) independentes que o consagram em seus rituais.



Efeitos

Segundo algumas correntes de defensores do seu uso religioso e ritualístico, a ayahuasca não é um alucinógeno. Seus defensores preferem utilizar o termo enteógeno (gr. en- = dentro/interno, -theo- = deus/divindade, -genos = gerador), ou "gerador da divindade interna" uma vez que seu uso se dá em contextos ritualísticos específicos. Para seus críticos, contudo, a opção sócio-cultural do usuário ou a tolerância religiosa de alguns países ao seu princípio ativo, o DMT, não altera sua classificação, uma vez que o objetivo continua sendo o de induzir visões pessoais e estados alterados por meio da ingestão de uma substância.
Segundo os relatos dos usuários, a ayahuasca produz uma ampliação da percepção que faz com que se veja nitidamente a imaginação e acesse níveis psíquicos subconscientes e outras percepções da realidade, estando sempre consciente do que acontece — as chamadas mirações. Os adeptos consideram esse estado como supramental "desalucinado" e de "hiperlucidez".
Num contexto religioso, tais fenômenos são atribuidos à clarividência, projeção da consciência, acesso a registros etéricos (arquivos akáshicos) ou contatos espirituais. Noutras experiências, dependendo da formulação de cada grupo e tolerância particular, o estado alterado se dá pelas visões interiores próximas de um estado meditativo, em que o usuário consegue distinguir tais "mirações" pessoais da "realidade exterior".
Cientificamente, a propriedade psicoativa da ayahuasca se deve à presença, nas folhas da chacrona, de uma substância alucinogéna denominada N,N-dimetiltriptamina (DMT), produzido naturalmente (em doses menores) no organismo humano, Rick Strassman especulou que a Glândula pineal seja o seu produtor no corpo humano, contudo, não existem estudos clínicos que o comprovem de fato . O DMT é metabolizado pelo organismo por meio da enzima monoamina oxidase (MAO), e não tem efeitos psicoativos quando administrado por via oral. No entanto, o caapi possui alcalóides capazes de inibir os efeitos da MAO: harmina, tetraidroarmina e harmalina, principalmente. Desse modo, o DMT fica ativo quando administrado por via oral e tem sua ação prolongada.
A ayahuasca provoca alteração da consciência sem causar danos físicos. Muitos consumidores atribuem à substância propriedades curativas, como reativar órgãos danificados e melhoras em quadros de dependência química, por exemplo. De fato, não há dependência física conhecida, ainda que a necessidade intrínseca do uso da planta em todos os ritos para se atingir estados alterados seja visto por alguns como manifestação de uma dependência psíquica bastante estimulada pelo contexto religioso e social. Existe também um estudo, realizado com desenho duplo-cego controlado com placebo, que demonstrou que a ayahuasca, administrada de forma aguda para consumidores com larga experiência com a bebida, reduz sinais relacionados ao pânico, diminui a desesperança e não altera os sinais relacionados com a ansiedade.


Uso em rituais
Segundo linhas tradicionais de uso, a ingestão dessa bebida pode provocar a absorção do "Espírito da Planta". Usuários relatam, dentre outras sensações, ter os sentidos expandidos, os processos mentais e as emoções tornarem-se mais profundos. A experiência vivenciada pode mover-se em muitas dimensões: "o vôo da alma", uma sensação de partida do espírito do corpo físico e sensação de flutuar, etc.
A experiência pode em algum ponto revelar visões notáveis, insights, produzir catarses e conseqüentes experiências de renovação e de renascimento; visões arquetípicas, de animais, de espíritos elementais, de cenas de vidas passadas, de divindades etc. Abre-se o portal para outras formas de realidade.
Nem todos recebem visões na primeira vez que experimentam. O trabalho com ayahuasca é um processo que exige exame, dedicação, disciplina, perseverança e tempo para um benefício mais completo. Às vezes são necessárias várias sessões para se conseguir uma experiência válida.
Uma vez iniciado o processo da renovação e transformação, estas continuam. O grande passo no trabalho com a ayahuasca é a assimilação dos ensinamentos espirituais e a prática na vida diária.
À ayahuasca atribui-se a cura de males físicos, psicológicos, mentais e espirituais. Há estudos científicos preliminares sobre aplicações médicas e psicoterapêuticas, contudo não conclusivas.
No Peru os xamãs evocam guardiães, protetores espirituais. Evocam carcanas (escudos protetores) por meio de cânticos de poder (ícaros), fumo de tabaco, uma poção de limpeza (vomitiva), camalonga, e algumas águas perfumadas (água de Florida, flores de Kananga) que atraem os espíritos.
A jornada com ayahuasca leva à exploração tanto deste mundo ordinário como de mundos paralelos, que estão além de nossa percepção corrente. Podem ocorrer sensações de liberação dos limites normais de espaço-tempo.
Na verdade, em um sentido mais profundo, nem nascemos e nem morremos. São as identidades e sonhos que vão mudando...

Onde podemos encontrar esta bebida, para fins espirituais aqui em portugal ou próximo??
Obrigado.

O Sting na sua Autobiografia refere em dada altura numa das suas estadias no Brasil, uma ida a uma cerimónia religiosa numa espécie de igreja  num sitio circundante ao Rio de Janeiro onde foi servido esta planta numa infusão, e segundo ele induziu-lhe visões extraordinárias e sensações fisicas indescritiveis.
O texto está extraordinariamente bem descrito, se tiverem oportunidade de ler está na primeiras páginas da biografia, é uma descrição do ritual todo em cerca de 22 páginas.
O livro chama-se "Sting as minhas memórias " da editora bizancio
Abraço

Muito obrigado pelo comentário, embora concretamente não tenha sido isso que procurava.
Garanto-lhe que vou ler a autobiografia do Sting, parece-me pelas suas palavras ser interessante.
Alguém sabe onde fazer o tratamento espiritual com ayahuasca??
Obrigado.

Fausto
HEI-DE EXPRIMENTAR, JÁ OUVI FALAR BEM, ATÉ HÁ CULTOS QUE UTILIZAM ESSA POÇÃO , PRINCIPALMENTE NO bRASIL, MAS TB AQUI EM pORTUGAL. uNIDADE vEGETAL.
Citação de: Resurgam em 05 dezembro, 2009, 03:45
Pra quem não conhece, aqui no Brasil essa erva é muito popular e faz parte do culto do "Santo Daime":

Ayahuasca, nome quíchua de origem inca, refere-se a uma bebida sacramental produzida a partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica: o cipó Banisteriopsis caapi (caapi ou douradinho), que serve como IMAO e folhas do arbusto Psychotria viridis (chacrona) que contém o princípio ativo dimetiltriptamina.
É também conhecida por yagé, caapi, nixi honi xuma, hoasca, vegetal, Santo Daime, kahi, natema, pindé, dápa, mihi, vinho da alma, professor dos professores, pequena morte, entre outros. O nome mais conhecido, ayahuasca, significa "liana (cipó) dos espíritos".
Utilizada pelos incas e também por pelo menos setenta e duas tribos indígenas diferentes da Amazônia. É utilizada em paises como Peru, Equador, Colômbia, Bolívia e Brasil.
Seu uso se expandiu pela América do Sul e outras partes do mundo com o crescimento de movimentos religiosos organizados, sendo os mais significativos o Santo Daime, A Barquinha, Natureza Divina e a União do Vegetal, além de dissidências destas e grupos (núcleos ou igrejas) independentes que o consagram em seus rituais.



Efeitos

Segundo algumas correntes de defensores do seu uso religioso e ritualístico, a ayahuasca não é um alucinógeno. Seus defensores preferem utilizar o termo enteógeno (gr. en- = dentro/interno, -theo- = deus/divindade, -genos = gerador), ou "gerador da divindade interna" uma vez que seu uso se dá em contextos ritualísticos específicos. Para seus críticos, contudo, a opção sócio-cultural do usuário ou a tolerância religiosa de alguns países ao seu princípio ativo, o DMT, não altera sua classificação, uma vez que o objetivo continua sendo o de induzir visões pessoais e estados alterados por meio da ingestão de uma substância.
Segundo os relatos dos usuários, a ayahuasca produz uma ampliação da percepção que faz com que se veja nitidamente a imaginação e acesse níveis psíquicos subconscientes e outras percepções da realidade, estando sempre consciente do que acontece — as chamadas mirações. Os adeptos consideram esse estado como supramental "desalucinado" e de "hiperlucidez".
Num contexto religioso, tais fenômenos são atribuidos à clarividência, projeção da consciência, acesso a registros etéricos (arquivos akáshicos) ou contatos espirituais. Noutras experiências, dependendo da formulação de cada grupo e tolerância particular, o estado alterado se dá pelas visões interiores próximas de um estado meditativo, em que o usuário consegue distinguir tais "mirações" pessoais da "realidade exterior".
Cientificamente, a propriedade psicoativa da ayahuasca se deve à presença, nas folhas da chacrona, de uma substância alucinogéna denominada N,N-dimetiltriptamina (DMT), produzido naturalmente (em doses menores) no organismo humano, Rick Strassman especulou que a Glândula pineal seja o seu produtor no corpo humano, contudo, não existem estudos clínicos que o comprovem de fato . O DMT é metabolizado pelo organismo por meio da enzima monoamina oxidase (MAO), e não tem efeitos psicoativos quando administrado por via oral. No entanto, o caapi possui alcalóides capazes de inibir os efeitos da MAO: harmina, tetraidroarmina e harmalina, principalmente. Desse modo, o DMT fica ativo quando administrado por via oral e tem sua ação prolongada.
A ayahuasca provoca alteração da consciência sem causar danos físicos. Muitos consumidores atribuem à substância propriedades curativas, como reativar órgãos danificados e melhoras em quadros de dependência química, por exemplo. De fato, não há dependência física conhecida, ainda que a necessidade intrínseca do uso da planta em todos os ritos para se atingir estados alterados seja visto por alguns como manifestação de uma dependência psíquica bastante estimulada pelo contexto religioso e social. Existe também um estudo, realizado com desenho duplo-cego controlado com placebo, que demonstrou que a ayahuasca, administrada de forma aguda para consumidores com larga experiência com a bebida, reduz sinais relacionados ao pânico, diminui a desesperança e não altera os sinais relacionados com a ansiedade.


Uso em rituais
Segundo linhas tradicionais de uso, a ingestão dessa bebida pode provocar a absorção do “Espírito da Planta”. Usuários relatam, dentre outras sensações, ter os sentidos expandidos, os processos mentais e as emoções tornarem-se mais profundos. A experiência vivenciada pode mover-se em muitas dimensões: "o vôo da alma", uma sensação de partida do espírito do corpo físico e sensação de flutuar, etc.
A experiência pode em algum ponto revelar visões notáveis, insights, produzir catarses e conseqüentes experiências de renovação e de renascimento; visões arquetípicas, de animais, de espíritos elementais, de cenas de vidas passadas, de divindades etc. Abre-se o portal para outras formas de realidade.
Nem todos recebem visões na primeira vez que experimentam. O trabalho com ayahuasca é um processo que exige exame, dedicação, disciplina, perseverança e tempo para um benefício mais completo. Às vezes são necessárias várias sessões para se conseguir uma experiência válida.
Uma vez iniciado o processo da renovação e transformação, estas continuam. O grande passo no trabalho com a ayahuasca é a assimilação dos ensinamentos espirituais e a prática na vida diária.
À ayahuasca atribui-se a cura de males físicos, psicológicos, mentais e espirituais. Há estudos científicos preliminares sobre aplicações médicas e psicoterapêuticas, contudo não conclusivas.
No Peru os xamãs evocam guardiães, protetores espirituais. Evocam carcanas (escudos protetores) por meio de cânticos de poder (ícaros), fumo de tabaco, uma poção de limpeza (vomitiva), camalonga, e algumas águas perfumadas (água de Florida, flores de Kananga) que atraem os espíritos.
A jornada com ayahuasca leva à exploração tanto deste mundo ordinário como de mundos paralelos, que estão além de nossa percepção corrente. Podem ocorrer sensações de liberação dos limites normais de espaço-tempo.

Tenho investigado um pouco sobre este assunto.

O grande problema é que o Ayahuasca é considerado em Portugal e penso que em quase todos os paises da Europa (incluindo Holanda) como uma droga.

Nao se conhecem efeitos secundarios mas ainda nao há demasiados estudos sobre os efeitos.

No fundo é uma fonte e acelerador de produçao de DMT como por exemplo é o LSD. O DMT é uma substancia natural que nós proprios produzimos em pequenas quantidades quando por exemplo estamos a sonhar.

Antes de Julgar, procura ser justo; antes de falar, aprende. Eclesiástico cap 18 verc 19