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  • Loucos anos 20
    Iniciado por Cassandra
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Este sonho já tem uns anitos bons. É um daqueles que me deixou a pensar e que hoje partilho convosco para me darem a vossa opinião.

A Maria é uma grande amiga que tive na adolescência.

O sonho foi o seguinte:
Estou com a Maria, estamos a usar vestidos brancos, somos jovens, adolescentes. Estamos numa cidade, perto de uns carris, e estamos a falar de pessoas, de como é quase impossível encontrar uma pessoa decente em quem confiar. Ela pergunta-me se eu não gostaria de encontrar alguém para namorar ou casar e digo que sim, mas não já.

Estamos a fazer tempo para ir apanhar um comboio, e dirigimo-nos para a plataforma de embarque. Estivemos a falar de qualquer coisa entretanto, mas já não recordo o quê.
Entretanto, tenho de ir à casa-de-banho, e no seguimento da conversa que não recordo, concluímos que não é preciso irmos aos pares - uma daquelas coisas que as raparigas gostam de fazer!

São 15:21 e o comboio sai às 15:31, pelo que combinamos encontrarmo-nos na plataforma a essa hora para então apanharmos o comboio. Dirijo-me ao WC que fica num piso subterrâneo, a que se acede por umas escadas e vejo um grupo de raparigas vestidas de branco que estão à espera, em fila.

Tudo tem um ar "anos 20": a estação, as instalações sanitárias, os vestidos brancos que estamos a usar, com aqueles chapéus que parecem toucas...

À saída, aparece uma rapariga desse grupo. É loira e parece ser "menina-bem", também tem um vestido branco saído dos anos 20, de alças e saia por baixo do joelho. Está com um rapaz. Dizem-me que vão contar às outras pessoas o que fiz: acusam-me de a ter raptado e engravidado.
Digo-lhes que não estou a ver como é que eu poderia ter feito isso (porque sou uma rapariga!). Estou completamente confusa, mas ela continua a insistir e a ameaçar-me.

De repente, para grande espanto meu no sonho, dou-me conta que eu já não sou eu. Neste momento sou um rapaz aí com 18 anos, com bom aspecto por acaso, vestido com roupas também com ar antigo.

Os outros dois ameaçam agora fazer mal à minha "querida" (a Maria) se eu não entrar numa das carruagens com eles. Faço o que dizem, dizendo-lhes que se lhe tocam vão-se arrepender.
Entretanto o comboio chega ao seu destino. Aparecem alguns polícias – também saídos dos anos 20. A loira repete a sua história: raptei-a naquela carruagem (em que fui obrigado a subir pelo rapaz que a acompanha), engravidei-a e sou preso.

Vejo-me agora numa cela com pouca luz. A loira volta a aparecer. Não sei porque é que ela está a fazer isto (eu não lhe toquei, é tudo inventado). Digo-lhe que quando souber o que se está a passar o meu pai vai tirar-me dali (este pai não é o meu pai actual).

No sonho sei que ela de facto engravidou mesmo. Continua a dizer que fui eu que lhe fiz isso, sem ela querer. Repito que o meu pai me vai tirar dali. Ela acaba por ir embora, confiante que eu não vou sair dali. Antes de acordar, fico com a sensação que fiquei preso durante muito tempo, porque terei sido dado como culpado.

Vejo-me a "sair" do sonho, vejo o rapaz que há pouco era eu, sozinho, sentado naquela cela que está no meio de uma sala que só tem uma lâmpada pendurada no tecto como iluminação.

Vejo aquela imagem a afastar-se... e acordei.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)