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  • Quinta do Brandão - Alenquer
    Iniciado por Ana Borges
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Ola a todos!

Sou nova por aqui mas sempre tive muita curiosidade e interesse no mundo paranormal, apesar de não possuir nada especial nem sentir nada, respeito muito quem o faz.

Sou do concelho de Alenquer  e desde pequena que esta Quinta sempre me fascinou.
Já ali passo há mais de 20 anos e nunca ninguém lá morou, já teve para ser comprada montes de vezes, a  ultima foi em Novembro de 2015 quando foi para leilão avaliadas em quase 1 milhão mas a base de licitação estava em 300mil. Apesar de vários interessados e muitas ofertas no fim ninguém consegui ficar com a casa. Não sei porque pois apenas sabia do leilão porque eu própria estava interessada num projeto para a casa.
Neste momento a Quinta pertence ainda á CM de Alenquer.

Quando era mais nova, no dia que fiz 16 anos mais precisamente, eu e dois amigos entramos na casa. Na altura havia um buraco nos anexos ao lado que davam para a entrada da casa principal e ali conseguimos entrar pela porta da frente que com um simples encosto abriu.

Lembro-me de ir agarrada a eles toda arrepiada! A casa por dentro naquela altura (quase á 10 anos atrás) estava em relativamente bom estado por dentro, pois tinham tentado restaura-la mas as obras pararam do nada sem explicação, por isso conseguimos passar pela casa toda. Não me recordo de nada muito violento para alem de mudanças de temperatura e arrepios constantes.
No entanto houve uma parte da casa que me deixou intrigada que foi uma capela, que lá existo no piso térreo, onde esta uma janela enorme com um vitral todo colorido. Lembro-me de ser o único sitio onde não quis entrar e fiquei a porta enquanto os rapazes la foram.
Não conseguimos ficar lá muito tempo pois começamos a ouvir sons vindos de fora, atenção podia ter sido o caseiro que guarda a casa, e saímos de lá a correr.

Nunca mais voltei á casa ate ao ano passado, não me recordo o mês, estava a caminho da minha casa com algumas amigas e elas ficaram admiradas com a beleza da casa, então tentamos ir lá pelo menos tirar fotos da parte de fora mas mal chegamos vindo do nada apareceu o tal caseiro, pelos vistos continua vivo, e correu conosco de lá. (consegui tirar uma foto que mais logo vos deixo aqui).

Em Outubro estive na CM de Alenquer a apresentar um projeto para a tal casa a uma engenheira amiga da família e ela apesar de ter ficado super entusiasmada disse que a casa estava novamente para venda mas desta vez em leilão, e que quando soubesse uma resposta me ligava, continuo á espera....

Fora isto ouve-se as historias normais de ser assombrada dai nunca ter sido vendida ou habitada, dizem que o próprio caseiro sabe o que se passa lá dentro dai correr com toda gente de lá sem sequer deixar explicar nada.

Infelizmente não conheço a historia da casa nem tenho provas se tem alguma atividade paranormal por ali mas gostava de saber as vossas opiniões?!

Aqui ficam fotos que não foram tiradas por mim mas assim que conseguir posto as minhas e tento tirar mais umas.




   




Fica na subida a seguir ao quartel dos bombeiros, do lado esquerdo no meio de um arvoredo.

Coordenadas:
39°02'45.6"N 9°00'30.4"W

#1
Antes de mais, Ana, devo dizer que temos uma coisa em comum: também eu nunca senti nada relacionado com o paranormal, mas tenho um enorme interesse e respeito por essa área! :)

Quanto à quinta em si... como muitos lugares supostamente assombrados em Portugal, é um lugar bonito! É uma pena que muitos destes sítios sejam deixados assim, ao abandono. É normal existirem "histórias", pois muitas vezes é precisamente devido a essas histórias que um lugar cria a sua "fama" de ser assombrado. Se elas têm algum fundo de verdade, claro, isso é outro mistério.

Talvez não seja assim tão estranho que o caseiro "corra" com as pessoas de lá. Pode ter apenas medo que as "visitas" queiram roubar alguma coisa, ou pode simplesmente ser um daqueles "reclusos" anti-sociais. Eu pessoalmente já fui corrido por um e nem estava numa propriedade privada. ;D

O que acho mais estranho é o facto de, supostamente, a quinta nunca ter sido habitada. Se isso for verdade, cheira-me a uma história trágica (talvez quem a construiu tenha falecido antes sequer de conseguir viver nela?). E se for esse o caso, talvez o caseiro seja uma pessoa que, de facto, sabe toda a verdade e não quer que ninguém descubra o "segredo" triste ou talvez até sangrento da quinta?

Sei que posso já estar a fazer um grande "filme" (o homem pode apenas estar lá porque não tem mais nenhum lugar onde possa morar,) mas acho sempre estranho quando uma pessoa, o único habitante de um lugar supostamente assombrado não quer que ninguém fique lá por muito tempo.

Uma boa "solução" seria fazer uma pequena "entrevista" ao caseiro em questão e perguntar-lhe o que é que ele sabe sobre as histórias da quinta e o que é que ele ainda faz por ali, mas, claro, não me parece que estejamos a falar de uma pessoa que ficasse muito feliz por ser abordada com esse tipo de perguntas...
"Dovahkiin, Dovahkiin,
naal ok zin los vahriin
wah dein vokul mahfaeraak ahst vaal..."

Pela pesquisa genealógica que fiz, a Quinta tem uma história igual à de tantas outras, em termos de heranças:

António Maria Blanc de Moura Teles era o proprietário da Quinta do Brandão em 1873, e aí morador.  Em 1 de Abril desse mesmo ano, em Alenquer, António Maria Blanc fez aprovar o seu testamento. À cabeça dos bens que descreve está a referida quinta, registada pelo valor de dez contos de réis. Com as ampliações e benfeitorias que foram feitas  ao longo dos anos, a quinta passou a valer muito mais.
António Maria Blanc veio a falecer no ano seguinte, sendo o seu testamento aberto no dia 5 de Setembro de 1874. Era viúvo de D. Vitória José da Costa de Sousa de Macedo, de quem não teve sucessão.
Do referido testamento podemos colher as seguintes informações:
- Instituiu como seu testamenteiro o Conde de Alte, seu primo e enteado.
- Declarou ter um filho, António, "a quem ponho o cognome de Maria e deverá usar dos meus apelidos 'Blanc de Moura Teles", havido de mulher solteira, sendo já viúvo havia anos, que nasceu a 20.10.1867 e foi baptizado a 08.11.1867 na paróquia de S. Pedro de Alcântara, concelho de Belém, que perfilhou, declarando no acto do baptismo ser seu pai e a quem instituiu, depois de entregues alguns legados, como herdeiro de todos os seus bens.
- Deixou determinadas quantias em dinheiro (os referidos legados) a seus sobrinhos, filhos de sua irmã D. Maria d'Arrábida da Costa de Sousa de Macedo: D. Tomás de Noronha, D. José Francisco de Noronha, D. António Maria de Noronha (seu afilhado), D. Maria Carlota de Noronha, D. Maria José de Noronha, e ainda a D. Ana de Noronha, filha do referido sobrinho D. José Francisco.
- Determinou que se seu filho falecesse antes de completar 14 anos, seria substituído na herança: em 1.º lugar pelo Conde de Alte; em 2.º pela irmã D. Maria d'Arrábida; e em 3.º pelos sobrinhos, filhos desta.
Sucede que António Maria Blanc (filho) faleceu com cerca de 20 anos, solteiro e sem descendência. Por essa altura já o Conde de Alte teria falecido. D. Maria d'Arrábida falecera em 1885 e, como tal, terão sido os seus filhos, entre eles D. Maria Carlota, a herdar os bens dos Moura Teles.
O último morador foi o único filho de D. Maria Carlota, que a herdou da mãe e viveu lá com a mulher e filhos.
Depois disso a quinta sofreu sucessivas vendas, até ter sido adquirida pela Câmara de Alenquer.
Quando os herdeiros são muitos, os patrimónios das famílias dispersam-se.

Espero ter ajudado.


Muito Obrigada pela história Flavio2.

O que te parece a casa?

Vou ver se ponho mais fotos.

CitaçãoUma boa "solução" seria fazer uma pequena "entrevista" ao caseiro em questão e perguntar-lhe o que é que ele sabe sobre as histórias da quinta e o que é que ele ainda faz por ali, mas, claro, não me parece que estejamos a falar de uma pessoa que ficasse muito feliz por ser abordada com esse tipo de perguntas...

Quanto ao caseiro Iuri97, ele não fala mesmo com as pessoas nem dá hipotece de podermos explicar o que ali estamos a fazer, começa logo aos gritos e a atiçar o cão a nós. 

Citação de: Ana Borges em 10 fevereiro, 2016, 12:38
Quanto ao caseiro Iuri97, ele não fala mesmo com as pessoas nem dá hipotece de podermos explicar o que ali estamos a fazer, começa logo aos gritos e a atiçar o cão a nós. 

Pois... tal como eu imaginava. Uma pessoa assim nunca iria concordar em sentar-se com alguém e responder a uma meia dúzia de "perguntas" sobre a quinta. E claro, isso também dificulta qualquer "visita" que se queira fazer à quinta. Mesmo que ele saia de lá (para comprar alguma coisa, por exemplo), há sempre a hipótese de ele deixar o cão solto. É sempre um sarilho quando um destes lugares tem "obstáculos" deste tipo. Dificulta muito mais uma possível "investigação".
"Dovahkiin, Dovahkiin,
naal ok zin los vahriin
wah dein vokul mahfaeraak ahst vaal..."

#5
Olá ! Também eu sou apaixonada pelo paranormal e desde que conheci o PP que sigo os debates e as historias que publicam. Esta casa e linda mas acho que pela primeira vez que vejo fotos de casas me senti incomodada, acho a muito sombria. De qualquer modo o caseiro deve ser pago pelo seu trabalho. Quem lhe pagara o salário?

Citação de: Flavio2 em 09 fevereiro, 2016, 15:33
Pela pesquisa genealógica que fiz, a Quinta tem uma história igual à de tantas outras, em termos de heranças:

António Maria Blanc de Moura Teles era o proprietário da Quinta do Brandão em 1873, e aí morador.  Em 1 de Abril desse mesmo ano, em Alenquer, António Maria Blanc fez aprovar o seu testamento. À cabeça dos bens que descreve está a referida quinta, registada pelo valor de dez contos de réis. Com as ampliações e benfeitorias que foram feitas  ao longo dos anos, a quinta passou a valer muito mais.
António Maria Blanc veio a falecer no ano seguinte, sendo o seu testamento aberto no dia 5 de Setembro de 1874. Era viúvo de D. Vitória José da Costa de Sousa de Macedo, de quem não teve sucessão.
Do referido testamento podemos colher as seguintes informações:
- Instituiu como seu testamenteiro o Conde de Alte, seu primo e enteado.
- Declarou ter um filho, António, "a quem ponho o cognome de Maria e deverá usar dos meus apelidos 'Blanc de Moura Teles", havido de mulher solteira, sendo já viúvo havia anos, que nasceu a 20.10.1867 e foi baptizado a 08.11.1867 na paróquia de S. Pedro de Alcântara, concelho de Belém, que perfilhou, declarando no acto do baptismo ser seu pai e a quem instituiu, depois de entregues alguns legados, como herdeiro de todos os seus bens.
- Deixou determinadas quantias em dinheiro (os referidos legados) a seus sobrinhos, filhos de sua irmã D. Maria d'Arrábida da Costa de Sousa de Macedo: D. Tomás de Noronha, D. José Francisco de Noronha, D. António Maria de Noronha (seu afilhado), D. Maria Carlota de Noronha, D. Maria José de Noronha, e ainda a D. Ana de Noronha, filha do referido sobrinho D. José Francisco.
- Determinou que se seu filho falecesse antes de completar 14 anos, seria substituído na herança: em 1.º lugar pelo Conde de Alte; em 2.º pela irmã D. Maria d'Arrábida; e em 3.º pelos sobrinhos, filhos desta.
Sucede que António Maria Blanc (filho) faleceu com cerca de 20 anos, solteiro e sem descendência. Por essa altura já o Conde de Alte teria falecido. D. Maria d'Arrábida falecera em 1885 e, como tal, terão sido os seus filhos, entre eles D. Maria Carlota, a herdar os bens dos Moura Teles.
O último morador foi o único filho de D. Maria Carlota, que a herdou da mãe e viveu lá com a mulher e filhos.
Depois disso a quinta sofreu sucessivas vendas, até ter sido adquirida pela Câmara de Alenquer.
Quando os herdeiros são muitos, os patrimónios das famílias dispersam-se.

Espero ter ajudado.



Olá ! Também eu sou apaixonada pelo paranormal e desde que conheci o PP que sigo os debates e as historias que publicam. Esta casa e linda mas acho que pela primeira vez que vejo fotos de casas me senti incomodada, acho a muito sombria. De qualquer modo o caseiro deve ser pago pelo seu trabalho. Quem lhe pagara o salário?

Citação de: E.Sidall em 10 fevereiro, 2016, 22:36
Olá ! Também eu sou apaixonada pelo paranormal e desde que conheci o PP que sigo os debates e as historias que publicam. Esta casa e linda mas acho que pela primeira vez que vejo fotos de casas me senti incomodada, acho a muito sombria. De qualquer modo o caseiro deve ser pago pelo seu trabalho. Quem lhe pagara o salário?
Olá ! Também eu sou apaixonada pelo paranormal e desde que conheci o PP que sigo os debates e as historias que publicam. Esta casa e linda mas acho que pela primeira vez que vejo fotos de casas me senti incomodada, acho a muito sombria. De qualquer modo o caseiro deve ser pago pelo seu trabalho. Quem lhe pagara o salário?

Obviamente será a Câmara Municipal, actual proprietária da Quinta.

Boas pessoal,

Tal como prometido tenho aqui mais fotos, ainda não consegui foi ir lá mais perto ou mesmo lá dentro para tirar fotos.

Depois digam o que acham!  ;)




















Citação de: Ana Borges em 24 fevereiro, 2016, 15:56
Boas pessoal,

Tal como prometido tenho aqui mais fotos, ainda não consegui foi ir lá mais perto ou mesmo lá dentro para tirar fotos.

Depois digam o que acham!  ;)




















A segunda foto tem algo numa das janelas. Alguém pode ajudar a identificar o que seja? Ao longe parece uma cabeça, mas eu sou demasiado pitosca para perceber se é ou não.

Sim realmente parece algo na janela mas também não consigo perceber muito bem...

Gostava de lá voltar mas sozinha já não tenho coragem


Citação de: Ana Borges em 16 março, 2017, 17:58
Sim realmente parece algo na janela mas também não consigo perceber muito bem...

Gostava de lá voltar mas sozinha já não tenho coragem

Na janela que tem tipo uma grade Certo?
"Aprendi a dizer não à custa de muito "sim" que agradava a todos menos a mim"

Citação de: taniadias em 20 março, 2016, 15:27
A segunda foto tem algo numa das janelas. Alguém pode ajudar a identificar o que seja? Ao longe parece uma cabeça, mas eu sou demasiado pitosca para perceber se é ou não.
Eu vejo nada de paranormal. Mais o sol na janela... =)
Aude id scire, memento, ut obliviscatur!
https://www.facebook.com/tutuga.fotografia.7?fref=ts

Citação de: PouPou em 19 março, 2017, 21:16
Eu vejo nada de paranormal. Mais o sol na janela... =)
Se for na janela que questionei faz uma forma um tanto ou quanto estranha mas sim pode ser isso
"Aprendi a dizer não à custa de muito "sim" que agradava a todos menos a mim"