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  • Sunismo vs Xiismo
    Iniciado por Gens
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Será que haverá uma guerra generalizada em todo o Médio Oriente e Norte de África?

Para a percebermos temos de entender as diferenças entre sunitas, xiitas, sufistas, cristãos do Médio Oriente e judeus...

As fronteiras do Médio Oriente foram impostas, como toda a gente sabe, pelo acordo Sykes-Picot no fim da I Guerra Mundial e tentavam equilibrar as pretensões da Inglaterra e da França. As fronteiras da África do Norte são a consequência de uma guerra de conquista, que começou em meados do século XIX com o último rei de França, Luís Filipe, e em que pouco a pouco se envolveram a Inglaterra, a Itália e mesmo a Alemanha de Guilherme II. Nenhuma destas divisões e redivisões considerou a religião ou a afinidade tribal da gente que ia dispersando pelo mundo a régua e a esquadro, como se ela não valesse mais do que peças sem valor num jogo que não podia de toda a evidência jogar. As coisas correram bem até à guerra contra Hitler e à emergência do petróleo como a principal fonte de energia do Ocidente.   

Dali em diante as grandes potências tiveram de evacuar, a bem ou mal, o Médio Oriente e a África do Norte e deixaram para trás países sem qualquer espécie de viabilidade como o Iraque, ou a Líbia, geralmente governados por velhos funcionários do colonialismo ou por indígenas de confiança, que acabaram por ser submersos por uma civilização primitiva, dirigida pelo fanatismo e pela violência. Hoje o Médio Oriente é o campo livre para as guerras religiosas do islão e naturalmente as facções detestam a interferência do Ocidente em querelas para que o dito Ocidente não é chamado, que não percebe e que vem sempre perturbar com a sua superioridade económica e militar.  Os terroristas de Nova Iorque, de Londres, de Copenhaga ou de Paris querem ficar sozinhos para se exterminarem em paz.

Hoje as duas maiores potências regionais deslizaram para uma situação de guerra não declarada, mas que está em perigo de se tornar uma catástrofe para o Médio Oriente, para o Norte de África e para o mundo. Ora a Europa não tem meios para reagir a essa ameaça. Se o choque entre o Irão (xiita) e a Arábia (sunita) não for evitado, acabará por se estender da Turquia a Marrocos, e provavelmente à Índia e à Ásia central, e não existe força alguma capaz de o sufocar ou reter. Em Portugal, a preocupação com o governo Costa e a campanha presidencial não permitem a menor consciência dos riscos que hoje dia a dia corremos. Mas, consciente ou inconscientemente, sofreremos como o resto da Europa as consequências do conflito que vai crescendo à nossa porta.

https://www.publico.pt/mundo/noticia/a-nossa-porta-1720431
                     

Os muçulmanos xiitas estão espalhados por todas as partes do mundo, mas alguns países têm uma concentração particularmente forte: o Irão é quase totalmente xiita, e no Iraque, um país onde cerca de 95% da população é muçulmana, cerca de dois terços são xiitas. Eles eram oprimidos pelo partido Baath, de Saddam Hussein, composto sobretudo por sunitas.

Encontram-se também grandes populações de xiitas no Paquistão (20%), na província oriental da Arábia Saudita (15%), no Bahrein (70%), no Líbano (27%), no Azerbaijão (85%), no Iêmen (50%) na Síria, na Turquia. Entre as comunidades islâmicas que residem no Ocidente também é possível encontrar minorias xiitas.




Os xiitas dos Doze Imãs acreditam que Muhammad al-Mahdi encontra-se escondido e que regressará no fim do mundo. Este Imã oculto (escondido) é capaz de enviar mensagens aos fiéis. Alguns xiitas iranianos acreditavam que o falecido Aiatolá Khomeini (não confundir com Aiatolá Khamenei, o actual aiatolá supremo do Irã) teria recebido inspiração do 12º e último Imã.

Os crentes divergem quanto ao que irá acontecer ao último Imã quando regressar (apesar de algumas seitas reservarem esse título para Isa). Acredita-se normalmente que o último Imã será acompanhado pelo profeta Jesus e que irá revelar a mensagem do Islão à humanidade. No islão xiita é obrigação de cada muçulmano seguir um Marja vivo. Há vários Marjas xiitas vivos hoje, com: Aiatolá Khamenei, Aiatolá Ali al-Sistani, Aiatolá Fazil Linkarani, Aiatolá Sadiq Sherazi, Aiatolá Fadlullah etc.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Xiismo


C'est dans l'air.

Interessante.
Óptima partilha.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

O xiismo, segundo se diz, é ramo do Islão mais «próximo» do cristianismo.

O príncipe Aga Khan vem para cá!

No dia 03 de junho de 2015 foi assinado o acordo, na presença do então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e do ministro dos Negócios Estrangeiros Rui Machete, onde se decidia o estabelecimento da sede ismaelita em Lisboa. Ou seja juntamente com a sede da doutrina religiosa vista como parte do ramo xiita do Islão que congrega 15 milhões de crentes em todo o mundo, virá o seu líder espiritual e Imam, o príncipe Aga Khan.

Ora, para atrair Aga Khan e o Imamat Ismaili foram necessários conceder alguns benefícios fiscais. Apesar disso o acordo foi aprovado no Parlamento apenas com a abstenção do PCP.

No entanto, segundo dá conta o Jornal de Negócios, a congregação e o seu líder vão, por exemplo, ficar isentos de grande parte dos impostos ou não serão sujeitos a tribunais tributários num acordo que é irrevogável para os próximos 25 anos. Estes benefícios são maiores do que os previstos na Lei da Liberdade Religiosa ao nível dos atribuídos aos Estados estrangeiros e aos seus corpos diplomáticos. Em troca destas vantagens espera-se receber mais dinheiro e mais emprego, conta o Negócios.


http://observador.pt/2016/01/14/beneficios-fiscais-ao-principe-aga-khan-ao-nivel-um-estado-estrangeiro/


À semelhança dos outros muçulmanos, os ismaelitas acreditam num único deus e no profeta Maomé como mensageiro divino. Partilham com os outros xiitas a crença que Ali foi nomeado por Maomé para líder a comunidade muçulmana, devido à sua capacidade para interpretar a mensagem de Deus, dom que foi transmitido aos seus descendentes.

Contudo, ao contrário dos outros xiitas, os ismaelitas seguem um imã vivo, o qual é denominado como "Hazir Imam". Os nizaritas têm como seu imã o Aga Khan.

O pensamento ismaelita apresenta igualmente uma visão cíclica, desenrolando-se a história ao longo de sete eras. Cada uma destas eras é iniciada por um profeta, que traz consigo uma escritura sagrada. Cada profeta é acompanhado por um companheiro silencioso, que revela os aspectos esotéricos da escritura. Os seis primeiros ciclos estiveram associados aos profetas Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Maomé. O companheiro silencioso de Maomé foi Ismael, que regressará no futuro para ser o profeta do sétimo ciclo. Este sétimo ciclo implicará o fim do mundo. Até esse momento o conhecimento oculto deve ser preservado em segredo e revelado apenas a iniciados.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Ismaelismo

Os nizaris são os fiéis do ismailismo nizari (em árabe: النزاريون - an-Nizāriyyūn), um caminho (tariqah) do islamismo xiita que enfatiza a justiça social, o pluralismo e a razão humana dentro de uma tradição mística do islã. Os nizaris são o segundo maior grupo de xiitas e são a maioria dos ismailitas (em árabe: اسماعیلیه). Há um número estimado de 15 milhões de ismailitas vivendo em mais de 25 países e territórios.

Os ensinamentos dos nizaris afirmam o testemunho islâmico da chahada de que "Não existe nenhum outro deus senão Alá e Maomé é o Seu profeta". Como todos os xiitas, os nizaris acreditam que o primo de Maomé, Ali, foi selecionado por um decreto divino para suceder ao Profeta como imam (líder espiritual) da comunidade muçulmana. A instituição do "imanato" continua numa linha contínua hereditária através de Ali e de Fátima, a filha de Maomé, até os dias de hoje. O imam atual, o príncipe Xá Karim al-Husayni, dito Aga Khan IV, é o 49º imam nizari.

Os nizaris são os descendentes espirituais do Califado Fatímida (909 - 1094), através do filho do califa al-Mustansir Nizar, e da seita subsequente dos "Assassinos" de Alamut sob o dai Hassan aṣ-Ṣabbaḥ (1094-1124)


https://pt.wikipedia.org/wiki/Nizaris
C'est dans l'air.