Digam não ao barulho

Boa noite.

Deixo-vos este mensagem para reflexão. Em Portugal nos últimos anos assistimos a uma enorme proliferação de música ambiente em todos os centros comerciais, supermercados, salas de espera e até em muitas ruas e praças do país. A música pode ser classificada em música ligeira e música erudita. Obviamente, a música que se ouve em espaços públicos em Portugal é a ligeira, mormente os últimos êxitos pop, rock ou house publicitados pela poderosa máquina da indústria musical americana ou europeia.

Platão na sua obra adverte-nos sobre os perigos da música do povo: fazendo o paralelismo histórico, é a equivalente da moderna música ligeira. Actualmente sabe-se alguma coisa sobre os earworms, composições musicais que o ouvinte não consegue «tirar da sua cabeça». São aquelas música que ouvimos uma vez na rádio, e não conseguimos esquecer. Ora essas músicas podem funcionar para passar mensagens que a indústria musical quer incutir nas massas. Ter um refrão musical que se repete dezenas ou centenas de vezes na cabeça de alguém é uma poderosa ferramenta para alterar atitudes e comportamentos. Este efeito é certamente amplificado por imagens que são utilizadas nos vídeos musicais de estrelas acarinhadas pela indústria musical, como Justin Bieber, Lady Gaga ou Nicki Minaj.

Felizmente a maior parte da música ligeira é composta sem intenções obscuras de doutrinação das massas. Contudo, ser bombardeado diariamente com música deste tipo em todo o lado acaba por prejudicar o nosso cérebro e a nossa mente. Temos uma capacidade limitada de aprendizagem diária ou de processamento de estímulos visuais ou sonoros. Se não soubermos evitar estes estímulos, o nosso cérebro acabará cansado e paulatinamente perderemos capacidades cognitivas. Para além disso, será cada vez mais complicado conseguirmos levar a cabo exercícios de concentração ou de meditação.

Contudo, o assunto é bem mais complexo. Emoções são energias, e a música tem a capacidade de influenciar as nossas emoções. Não só influencia as nossas emoções, como tem a capacidade de alterar a nossa vibração. A música tem um poder enorme e muita haveria para dizer sobre esta temática do ponto de vista esotérico, mas fiquemos por aqui...

Ficam aqui os meus conselhos:

1) Abstenham-se sempre que possível de ouvir música ligeira, e se o fizeram, optem por música ao vivo, com letras positivas, que transmitam emoções bonitas, cantadas por artistas «limpos», e com instrumentos musicais verdadeiros.

2) Nunca idolatrem artistas musicais, jamais sejam fãs, jamais tenham ídolos.

3) Evitem grandes concertos ou festivais, pois muitos funcionam como grandes rituais da indústria com motivações obscuras.

4) Aprendam a apreciar a beleza do silêncio ou dos sons da natureza, do mar, da água a correr nos rios, o canto das aves, a brisa a passar sobre uma seara...

5) Tentem ouvir ao vivo música erudita de grandes compositores como Bach, Mendelssohn, Wagner...


Entretanto, gostaria que fossem organizadas iniciativas no nosso país para nos livrarmos desta verdadeira poluição sonora que é a música ambiente em espaços comerciais e públicos. Que acham?

Olá,eu como músico (música erudita) tinha de deixar a minha opinião

Eu não vejo mal nenhum na música pop, claro que a música pop é comercial e consegue ficar presa nas nossas cabeças de forma enervante por vezes

Acho que não devemos excluir a músicas pop porque até nós músicos que passamos o dia inteiro em contacto com música erudita gostamos de ouvir música pop ou rock ou de outros géneros para distrair.
Mas claro que o que é demais é exagero, não devemos ouvir apenas música erudita,nem apenas rock temos que ouvir de tudo um pouco.

Existem excelentes artistas de músicas pop, nas superfícies comercias a música é um golpe de marketing mas isso não quer dizer que a música não seja boa lá no fundo.

Bem, eu muitas vezes ouço música erudita e é das coisas que mais gosto de ouvir. Mas também ouço rock gótico

Estou como o cody, sem exageros, tudo se pode ouvir

Que há golpes de marketing com a música? Sim. Mas não quer dizer que seja tudo mau.

Mas olhem que, nas superfícies comerciais, não havendo a música, há taaaanta gente a falar que é muito barulho e mais valia a música!

Ainda há dois ou três dias, fui a um bar com a Smooth FM de fundo, e eu bem gostava de a ter ouvido, mas as pessoas falavam tão alto

Ah e sim, há músicas que conseguem ser demasiado irritantes na cabeça. Dou por mim com músicas dos DAMA, Quim barreiros e coisas aleatórias, na cabeça, dos quais eu não gosto (atenção, não estou a dizer que é mau! Só não gosto :p) o dia tooooooodo!