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  • O que é que se recebe num transplante de órgãos?
    Iniciado por Cassandra
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O que é que se recebe quando se faz um transplante de um órgão? A resposta parece óbvia, mas alguns receptores de transplantes referem ter recebido mais do que o próprio órgão.

Uma explicação sugerida para as mudanças verificadas nas personalidades dos receptores de transplantes é a teoria da Memória Celular:
CitaçãoTransplante Modifica Personalidade??
Quem nunca ouviu falar de alguém que fez um transplante de órgãos e teve uma mudança na personalidade ou até mesmo passou a gostar de coisas que não gostava antes?
De acordo com estudos realizados pelo Dr. Gary Schwartz, pode-se dizer que todos os sistemas vivos são por natureza portadores de informação (memória) do que eles são e de como funcionam. Desta forma, todas as células têm energia, portanto todas elas contém e partilham informações. O coração é o principal gerador desta informação pois, ele nunca para de transmitir padrões de energia informativa que regula todos os órgãos e células do corpo inteiro
No nosso corpo, existem milhares de receptores que carregam informações e depois à transferem para vários órgãos fazendo com que eles iniciem sua ação. Esses carregadores de informação são chamados de ligands, que são responsáveis por 98% de transferência de dados no corpo e no cérebro. Já os outros 2% são feitos pelos neurônios através de sinapse realizadas no cérebro.
Desta forma pode-se notar que o corpo é um grande "armazenador" de informações, tanto de situações nas quais você já viveu ao longo de sua vida mas também, de memórias vindas de nossas famílias (hereditariedade). Por isso, acredito que através de um transplante, podemos sim adquirir hábitos que não eram comuns à pessoa.

Parece estranho? Tal como referido na citação acima, um dos grandes defensores desta teoria é o doutor Gary Schwartz, que aponta para o coração como o principal responsável por este fenómeno. O coração tem sido ligado à espiritualidade ao longo da história da Humanidade, uma ponte que nos permite aceder ao mundo espiritual.

CitaçãoOs cientistas Gary Schwartz, PhD, e Linda Russek, PhD, da Universidade do Arizona, (autores do livro "The Living Energy Universe"), propõem a hipótese da memória universal viva na qual "todos os sistemas armazenam energia dinamicamente, e esta informação continua como um sistema vivo e envolvente mesmo depois que a estrutura física é desestruturada. " Eles acreditam que isso poderia explicar como a informação e energia do tecido do doador poderia estar presente consciente ou inconscientemente no receptor.

O doutor Paul Pearsall, Ph.D., psicólogo, autor do livro The Pleasure Prescription e The Heart's Code, vai além em suas especulações e afirma que "o coração tem um código de conhecimento que nos conecta a tudo e a todos em torno de nós. Esse conhecimento seria o nosso espírito e alma. O coração é um órgão de comunicação para nossos sentimentos e pensamentos. E alega que células doadas permanecem energeticamente conectadas ao doador". Para chegar a essa conclusão ele entrevistou aproximadamente 150 transplantados de coração e outros órgãos. Ele acredita que células de tecido vivo tem uma certa capacidade de memória.

Conjuntamente com os pesquisadores Schwartz e Russek, Pearsall conduziu um estudo publicado em 2002 no "Journal of Near-Death Studies", entitulado, "Changes in Heart Transplant Recipients That Parallel the Personalities of Their Donors." O estudo consistiu de entrevistas com 10 receptores de coração ou coração/pulmão, além de seus familiares ou amigos e os próprios familiares e amigos de seus doadores. Os pesquisadores reportaram paralelos impressionantes em cada um dos casos. Abaixo alguns exemplos:

Num dos casos, um jovem de 18 anos que escrevia poesia, tocava música e compunha canções morreu num acidente de carro. Um ano depois que ele morreu seus pais encontraram algumas de suas composições gravadas e entre estas uma canção entitulada, "Danny, My Heart is Yours," (Danny, meu coração é seu) que falava sobre como ele sentia que "estava predestinado a morrer e dar seu coração para alguém". A receptora de seu coração,"Danny", acabou sendo uma jovem de 18 anos chamada Danielle. Quando ela conheceu os pais do doador, eles tocaram algumas de suas músicas e ela apesar de nunca tê-las ouvido antes conseguia completar as frases da letra.
Em outro caso, um garoto de sete meses de idade recebeu o coração de um bebê de 1 ano e quatro meses que tinha morrido afogado. O doador tinha uma forma leve de dano cerebral em seu lado esquerdo. O receptor, que não mostrava nenhum sintoma antes do transplante, desenvolveu a mesma rigidez e agitação no lado esquerdo.

Um homem branco de 47 anos recebeu o coração de um jovem negro de 17 anos. O receptor ficou surpreso após a cirurgia com sua nova paixão pela música clássica. O que ele descobriu mais tarde foi surpreendente: Seu doador, que adorava música clássica e tocava violino, tinha morrido num acidente de carro onde o estojo de seu violino foi comprimido contra seu peito.

Uma mulher que era lésbica e consumidora de fast food de 29 anos recebeu o coração de uma jovem vegetariana de 19 anos que era "louca por homens". A receptora relatou que após a cirurgia de transplante que carne agora lhe deixa enjoada e ela não tem mais atração por mulheres, pelo contrário, já fala em se casar com um homem.

Outra história impressionante relatada por Pearsall, é a de uma menina de 8 anos de idade que recebeu o coração de uma garota de 8 anos que tinha sido assassinada. Depois do transplante a paciente que recebeu o coração passou a ter terríveis pesadelos de um homem asssassinando sua doadora. Os sonhos eram tão traumáticos que a família buscou ajuda com um psiquiatra. As imagens que a menina via em seus sonhos eram tão específicas que o psiquiatra e a mãe relataram o facto à polícia. De acordo com o psiquiatra, "Usando a descrição da criança, eles encontraram o assassino. Ele foi facilmente condenado a partir das provas que a paciente forneceu ao descrever seus pesadelos. A hora, a arma, o lugar, as roupas que ele vestia, o que a garota assassinada tinha dito para ele, tudo que a criança havia reportado foi comprovado."


Mas bem, as alterações de comportamento nos receptores de transplantes não acontecem apenas em quem recebeu um coração, aparecem relatos de transplantes de órgão diferentes, como por exemplo:
CitaçãoA operação foi um sucesso, mas logo depois coisas estranhas começaram a acontecer com a mulher que recebeu o fígado no transplante:
- "Dois dias depois do transplante, eu pedi ao meu marido: compre amendoim, compre salgadinho de queijo para mim. Só que eu nunca gostei de comer isso. Passei três ou quatro meses comendo essas coisas, sem parar. Aí comecei a fantasiar: será que era isso que o doador gostava de comer?"
Debbie voltou ao hospital para tentar conseguir informações sobre o doador. Ela perguntou a uma enfermeira: é um homem? Uma mulher? A enfermeira respondeu: é um garoto. Só disse isso. Houve outra mudança nos hábitos de Debbie depois do transplante: ela começou a praticar luta. Ela pensou: será que o doador gostava de lutar? Dois anos depois da operação, ela finalmente conheceu a família do doador. As irmãs do jovem confirmaram: sim, ele gostava de lutar, e dava chutes iguais ao dela.
- "Parece que é ele usando o corpo dela. É como se ele quisesse provar a todo mundo que continua vivo", diz a irmã.

Será que o coração é mesmo o órgão de ligação ao mundo espiritual?
Como explicar que alterações na personalidade surjam noutros transplantes que não de coração?
Será que esta memória celular existe noutros órgãos para além do coração?

Vale a pena repetir que estas alterações de personalidade, de comportamento, não são relatadas em todos os casos de transplantes, mas para quem estuda estes fenómenos, os casos já são muitos para serem considerados apenas "coincidências"... nestes casos, o que mais está a receber o receptor de um órgão transplantado?


A propósito de questões relacionados com transplante de órgãos: https://portugalparanormal.com/index.php/topic,10766.5.html
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Assim muito superficialmente diria da possibilidade de os nossos orgãos estarem impregnados de informação nossa.

O receptor do orgão recebe também a "informação" que ele contém do corpo dador.

Se o receptor altera comportamentos dever-se-à à densidade da informação. No entanto, muito de psicológico haverá no transplantado.

Não creio haver diferença entre o coração e os restantes orgãos. Pode é acontecer que uns armazenem mais ou diferente informação do que outros.

     Interessante o tema.

     Só se pode falar de hipóteses, o que dá liberdade à imaginação e por isso podemos deixar divagar a nossa mente.

     Há duas formas de retirar um órgão de um dador para transplante. Imediatamente após a morte, quando esta ocorre em ambiente hospitalar, ou mantendo vivo artificialmente o dador desligando as máquinas somente após a extracção do órgão.

     Se houvesse no estudo relatado uma relação estatística entre a forma de extracção do órgão e os resultados de possíveis alterações comportamentais no paciente, poderíamos falar de forma mais concreta, como não temos, posso simplesmente supor que a energia espiritual (inteligente), ficou presa ao órgão extraído porque foi esse o único que ressuscitou ao ser ligado a um novo corpo.

     Tal como numa EQM o espírito regressa ao corpo, neste caso regressaria forçadamente ao novo corpo por estar ligado a esse órgão que embora transplantado  ainda continua vivo. Eu tenho uma teoria sobre a ligação corpo alma que justifica as memórias guardadas pela mente como sendo somente as que foram vividas pelo espírito e subconsciente ao mesmo tempo. Sonhos que são vividos pelo espírito ou pelo subconsciente (ninguém sabe qual dos dois sonha), só são recordados quando o sentimento que provocaram deixaram marcas sentimentais.

     Nestes casos pode acontecer que a energia espiritual do dador se impregne na energia espiritual do receptor deixando somente transparecer do primeiro as memórias que sentimentalmente o marcavam com uma força superior às que o segundo. tinha sobre o mesmo assunto. Por exemplo a senhora que passou a gostar de tocar violino, não era era alguém que adorasse rock da pesada e por isso o gosto por musica clássica foi fácil de assumir predominância e deixar assim marcas no subconsciente que o assume como adquirido.

     Hipóteses somente mas o assunto é muito interessante, pena é não termos conhecimentos para o desenvolver.

Um orgão tem informação genética de outra pessoa... Ou receber esse orgão introduz-se essa informação noutro organismo. Há estudos que dizem que há "memória" nos genes. Coisas que podem remontar à propria vida e vidas passadas. Se isso for realmente comprovado, ao receber um orgao..recebe-se parte da vida dessa pessoa.

Citação de: credatis em 21 dezembro, 2015, 23:43
Se isso for realmente comprovado, ao receber um orgao..recebe-se parte da vida dessa pessoa.

O orgão contém, está impregnado, de informação do dador. Ao receber um orgão... recebe-se a informação que ele conserva inicialmente (não faço a mínima ideia por quanto tempo) do corpo dador.

Citação de: credatis em 21 dezembro, 2015, 23:43
Um orgão tem informação genética de outra pessoa... Ou receber esse orgão introduz-se essa informação noutro organismo. Há estudos que dizem que há "memória" nos genes. Coisas que podem remontar à propria vida e vidas passadas. Se isso for realmente comprovado, ao receber um orgao..recebe-se parte da vida dessa pessoa.

Recebe-se parte da vida dessa pessoa e a nossa  mantém-se, portanto são memórias de duas pessoas juntas.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Citação de: cleopatra em 22 dezembro, 2015, 18:51
Recebe-se parte da vida dessa pessoa e a nossa  mantém-se, portanto são memórias de duas pessoas juntas.
Era isso que queria dizer. Pode ter ficado confuso

I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

Citação de: F.Leite em 21 dezembro, 2015, 21:09
Se houvesse no estudo relatado uma relação estatística entre a forma de extracção do órgão e os resultados de possíveis alterações comportamentais no paciente, poderíamos falar de forma mais concreta, como não temos, posso simplesmente supor que a energia espiritual (inteligente), ficou presa ao órgão extraído porque foi esse o único que ressuscitou ao ser ligado a um novo corpo.
Na página de um dos autores, Paul Pearsall, encontra-se a descrição dos 10 relatos que surgem no artigo "Changes in Heart Transplant Recipients That Parallel the Personalities of Their Donors". Trata-se de acidentes, afogamentos, quedas e tiroteios.


Citação de: cleopatra em 22 dezembro, 2015, 18:51
Recebe-se parte da vida dessa pessoa e a nossa  mantém-se, portanto são memórias de duas pessoas juntas.
Memórias que, aparentemente, podem levar a mudanças importante na personalidade do receptor. Recupero uma das frases que citei:

Citação- "Parece que é ele usando o corpo dela. É como se ele quisesse provar a todo mundo que continua vivo", diz a irmã.

Vi num programa uma senhora que falava de coisas que ela passou a gostar, coisas que passou a sentir por pessoas que não conhecia. Nesse mesmo programa, estava também o relato de uma jovem de 17 ou 18 anos, sem nenhum interesse por construção e bricolage que, depois do transplante, passou a ser capaz de mudar torneiras, montar trituradores do lixo em lava-loiças, fazer e montar prateleiras... enfim, tudo o que ela ou quem a conhecesse precisasse, ela sabia fazer.

Se ainda consigo "encaixar" a doação da parte mais emocional, baralha-me a passagem de competências, sobretudo quando o receptor nunca manifestou interesse ou jeito para essas competências.
E no caso daquela rapariga, eram competências de uma vida inteira de construir e montar coisas - é muita informação.

Eu sei pouco sobre o funcionamento destas coisas, mas isto a mim dá-me que pensar  :-\
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)