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  • Pressinto a morte
    Iniciado por AnaX
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Olá a todos.

Desde miúda que tenho "pressentimentos"... mas os pressentimentos relacionados com a morte são aqueles que mais me assustam.

A minha primeira experiência aconteceu por volta dos meus 8 anos.
Passo a descrever:
A minha avó paterna estava internada há vários meses. A minha mãe ia visitá-la todos os dias (e quando digo todos, é mesmo todos os dias, fizesse chuva ou sol). Como na altura, com 8 anos, não podia entrar como visita no hospital costumava ficar com a minha irmã mais velha em casa.
Um dia a minha mãe avisou-nos que se sentia adoentada e não iria à visita. Era verão, eu estava de férias da escola e ao contrário dos outros dias, não tinha vontade de ir brincar, não me conseguia concentrar em nada. Passei o dia com uma sensação de angustia, de ansiedade, doía-me o peito, não conseguia respirar e só conseguia pensar na minha avó. A imagem dela não me saia do pensamento e era como se uma força superior me fizesse sentir que algo não estava bem. Passei o dia a "melgar" a minha mãe para que fosse à visita e após muita insistência da minha parte, a minha mãe acabou por ir. Entretanto como a minha irmã mais velha já não estava em casa, a minha mãe levou-me com ela.
Assim que chegámos ao hospital, a minha ansiedade disparou e era como se sentisse o coração bater fora do peito. Involuntariamente, só conseguia pensar "Morreu. Ela morreu". Estas palavras ecoavam na minha mente repetidamente, não conseguia pensar noutras coisas. Quando chegámos ao quarto da minha avó, a cama dela estava vazia. A minha mãe achou normal e questionou a enfermeira se a tinham levado para fazer algum exame ou analise. Ao que a enfermeira respondeu "Essa senhora faleceu hoje de manha. Ninguém vos telefonou a avisar?"...

Como devem imaginar, lidar com esta experiência aos 8 anos não foi fácil. Não sabia porque é que tinha sentido aquilo e estava confusa. Na altura, não contei aos meus pais, mas anos mais tarde tentei falar com a minha mãe sobre o sucedido e não correu muito bem... pelo que daí em diante, optei por guardar estas coisas só para mim.
A minha avó morreu de um enfarte resultante de um cancro de mama em fase terminal... daí eu sentir um peso no peito e a dificuldade em respirar.

A experiência mais recente aconteceu o ano passado.
A avó do meu marido estava internada há cerca de uma semana, os médicos estavam em fase de analises e exames porque ainda não tinham um diagnóstico. Eu e o meu marido fomos visitá-la num sábado ao fim do dia.
Eu tinha passado bem o dia, estava bem e sentia-me "normal" mas assim que entrámos no quarto tudo mudou em segundos. De repente comecei-me a sentir mal disposta, doía-me o estômago, apetecia-me vomitar, as pernas a tremer, com suores frios e quentes. Involuntariamente, só surgia uma coisa no meu pensamento "Morte. Ela vai morrer". Recordo-me perfeitamente de pensar "Que parva! porque é que estás a pensar nisso!? Pensa noutra coisa" mas as palavras ecoavam na minha mente, repetidamente, sem parar.
A avó do meu marido estava bem, levantou-se quando chegámos, saíu da cama, andou pelo quarto, conversou, lanchou...
O mais curioso é que sempre que eu olhava para ela via-a em "cinzento". Ela não tinha "cor", estava cinzenta...  
Quando acabou a visita, assim que saí do quarto comecei a chorar. Só me apetecia chorar, tinha o pressentimento que ela ia morrer e disse isso ao meu marido. Ele ficou assustado,não reagiu bem e só dizia "Estás maluca! Ela está bem! Porque é que estás a dizer essas coisas!?"
Passei o resto do dia angustiada e ansiosa.
Nessa noite, a avó dele apareceu-me em sonhos...
Tocou-me no nariz e eu despertei (mas ainda continuava a dormir), disse-me "Não te assustes!". E a partir daí tudo se desenrolou como se fosse um filme. Os pormenores (o vestido cintado com flores, o penteado, a cor das unhas, o colar de pérolas que usava sempre), as cores... Não me apareceu com a idade real (tinha 82anos), no sonho devia ter cerca de 30 anos.
Uma voz masculina narrava a história, falava-me sobre o seu percurso de vida. Mas eu não ouvia essa voz, não havia som, eu "sentia".
Via-a passear numa espécie de campo/jardim e ela mostrava-me que ali ninguém ficava doente (em criança tinha tido um acidente e ficou com uma perna mais curta e que não dobrava) mostrando-me orgulhosamente que a sua perna estava boa e conseguia caminhar normalmente. Terminou dizendo que estava melhor ali naquele lugar e que não podia ir embora sem se despedir da bisneta (a minha filha). Nesse instante, eu e o meu marido acordámos em sobressalto com o choro da nossa filha, que gritava assustada que tinha sonhado com "uma velha"... Penso que também terá aparecido no sonho da minha filha.

Na manhã seguinte, domingo, bem cedo, um familiar ligou a informar que a avó do meu marido tinha falecido durante a madrugada.
Faleceu de complicações derivadas de um cancro no estômago. Daí eu sentir-me maldisposta e com dores de estômago quando a fui visitar.

Penso que, no meu caso, os espíritos comunicam comigo através do que me fazem sentir e pensar.

Ás vezes, gostava de poder contar estas experiências maravilhosas aos meus amigos e familiares, mas acabo sempre por me fechar pois sinto que as pessoas que me rodeiam não estão recetivas.
Quando tento falar sobre isto com o meu marido, ele não fala, não pergunta, não responde, não mostra interesse, muda de assunto. Tenho a certeza que ele pensa que eu sou maluca....

Já alguém se sentiu assim!?  

#1
Citação de: AnaX em 05 outubro, 2015, 11:38
Penso que, no meu caso, os espíritos comunicam comigo através do que me fazem sentir e pensar.
Olá AnaX


Bem vinda e bem hajas pela tua partilha


Pensas bem :) Começa a lapidar o que sentes e concerteza que desenvolves a tua mediunidade ajudando quem te rodeia e a ti mesma.

No entanto sempre que sentires algo do genéro novamente reza por exe o Pai Nosso para ajudar o espirito a encontrar Luz e força

Tudo de Bom!
A verdade doi, mas liberta

Tua mediunidade é bastante aguçada.
Já tive aviso de mortes na família, mas sempre por sonho.
Teu marido não te questionou depois, como sabias que a avó morreria, já que tu disseste isso a ele quando saíram do hospital?
Ao menos ele acreditaria em você, diminuindo um pouco seu fardo, pois dividir o que te acontece ajuda muito.

Falei com ele no hospital, falei com ele no dia em que recebemos a noticia e voltei a falar dias mais tarde, quando os ânimos já estavam mais calmos, mas ele não quer, simplesmente rejeita e pede para eu parar. Acho que ele tem medo ou então não acredita.
Não insisto porque fico frustrada, parece que estou a tentar convence-lo de uma coisa que para mim é óbvia mas que para ele não existe.

Logo após a morte da senhora, eu sentia-a com muita frequência na nossa casa, quase todos os dias.
Via o seu vulto passar, sentia ela a passar-me a mão pelo cabelo. Ás vezes ela apaga e acende as luzes, mexe objectos (em vida, ela era muito atrevida).
Para alguém que não acredita nestas coisas, pode ser muito assustador... por isso eu respeito a liberdade de escolha do meu marido.
Com o passar do tempo, tenho-a sentido cada vez menos.

Aconteceram algumas situações engraçadas, comigo e com a minha filha (e acho que ele fica mais assustado porque também a envolve a ela).

Uma vez, à noite, estávamos as duas sozinhas em casa, no quarto dela a ler uma história, a prepararmo-nos para depois ir dormir. Todas as luzes da casa estavam apagadas. No quarto só estava acesa uma luz de presença na mesinha de cabeceira. De repente a luz da casa de banho (que fica mesmo ao lado do quarto dela) acendeu-se sozinha, ficou acesa durante 3 ou 4 segundos e depois apagou-se novamente sozinha. Ela viu e ficou super assustada, nesse dia não conseguiu adormecer sozinha.

Outra vez, tinha-a ido buscar à escola. Estávamos no carro, de regresso a casa. Eu estava a conduzir, em silêncio, e ela falou qualquer coisa que eu não percebi. Olhei para trás e pedi para ela repetir. Ela respondeu." Não estava a falar contigo. Estava a falar com a avó Lizete".

Ownnnnn
Que fofa! Ensine-a não ter medo. Ensine a fazer preces e mentalizar luz.
Quanto a teu marido penso ser como o meu. Crê na vida após a morte, mas não crê que os Espíritos podem se comunicar. Ele repudia qualquer tema nesse assunto. Sempre há brigas quando me ponho a estudar. Triste não é?
Ficamos ilhadas. Este fórum tem me ajudado muito.
Qualquer coisa estamos aqui!
☝🏻️

AnaX, obrigada pela partilha do seu tópico.

Quando falamos sobre a morte, parece que tudo se transforma dentro de nós. Mas a morte é um conceito altamente cultural e, partindo desse princípio, tudo tem que ser relativizado. Porque será que a morte nos mete tanto medo, enquanto para outros a morte é libertação? Na verdade é mesmo uma experiência altamente subjetiva e ela tem o valor que lhe queremos conferir.

As suas experiências com a morte começaram muito cedo, o que significa que com 8 anos não é possível compreender-se a dimensão da morte. Há pessoas bem mais velhas que não lidam bem com ela. Por isso, tudo passa pela compreensão que fazemos sobre a morte e os medos e inseguranças que lhe atribuímos. Talvez por isso o episódio da sua avó tenha sido vivenciado de forma tão intensa e, dada a sua sensibilidade, essa vivência ainda se tornou mais intensa.

Deduzo também que após o episódio da sua avó apenas tenha novamente tido um episódio idêntico o ano passado, ou seja 26 anos depois, correto? No fundo, não deixam de ser dois episódios relativamente a pessoas com quem você era próxima, podendo isso justificar-se pela afinidade de relação que tinha com essas pessoas. Dois episódios, com estas caraterísticas, não poderão ser sinónimo de alguma coisa mais para além disso.

Digo-lhe isto porque eu desde muito nova que tenho alguns dos sintomas que relatou, mas nem sempre relativamente a pessoas conhecidas. Também me acontece com pessoas que nem sequer conheço, o que acaba por ser mais complicado de gerir. A ligação que temos com as pessoas sejam familiares ou não é uma realidade ao nível espiritual e, por esse motivo, o melhor sempre é nessas alturas, conhecendo bem os sintomas e compreendendo que eles não fazem parte de nós, mas que os percecionamos de alguma forma, é orar e pedir ajuda aos Mestres de Luz para ajudarem a pessoa na transição. Muitas vezes, essas pessoas desencarnam e aparecem-nos em sonho, mais novas, sem problemas de saúde e afins, para nos agradecerem pelo facto de termos orado por elas. Isso é simplesmente maravilhoso.

Por isso, se eventualmente lhe acontecer novamente uma situação destas, eleve o seu pensamento a Deus e aos Mestres de Luz pedindo ajuda pela pessoa. Nada mais poderá fazer e acredite que isso já é muito.

Tudo de bom e obrigada pela sua partilha.
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Ola bem vinda...tambem me acontece o mesmo, com o tempo aprendes a lidar com isso ;) .
O mais dificil de lidar para mim actualmente, sao as dores de cabeça que sinto quando estou em algum lugar com muita gente, ultimamente até na missa sinto essas dores de cabeça...parece que estou mais sensivel as energias das pessoas.
Bem vinda!! Espero que gostes de estar aqui :)
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

Citação de: moonchild em 05 outubro, 2015, 14:22
Ola bem vinda...tambem me acontece o mesmo, com o tempo aprendes a lidar com isso ;) .
O mais dificil de lidar para mim actualmente, sao as dores de cabeça que sinto quando estou em algum lugar com muita gente, ultimamente até na missa sinto essas dores de cabeça...parece que estou mais sensivel as energias das pessoas.
Bem vinda!! Espero que gostes de estar aqui :)

A dor de cabeça pode ser sobrecarga energética, por isso o melhor mesmo é fazer uma proteção quando vai a locais onde está muita gente.

Tudo de bom
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Obrigada pelos vossos conselhos e sugestões. ;)

#9
Olá, li com atenção o seu caso, não se preocupe com o assunto, somos um grupo de médiuns e acontece frequentemente a cada um de nós. Como tem mediunidade ativa sempre que acontece um desenlace o espirito de quem esta preste a partir tem que comunicar com alguem  que é o seu caso, claro que transmite-lhe a dor e o mal que estava a passar senão não identificava como seria natural. Claro como nós não é agradavel sentir de vez em quando essas sensações complicadas, mas com as reuniões e adquirindo mais conhecimento tudo se vai colocando no lugar certo. Algumas entidades demonstram-se dias antes, pois o espirito já se vai tendo a capacidade de o fazer.

Não sei se o que foi contar pode ser considerado percepção da morte, mas cá vai:
A minha avó paterna faleceu em 1985 (um dia depois do Doc. Brown fazer a viagem no tempo :-\).
Eu raramente lá ficava mais que o tempo necessário de dizer olá e trocar meia dúzia de palavras.
Como ela gostava de ter tudo limpo e arrumado e eu era bastante irrequieto, andava sempre a ver o que eu fazia e onde estava, pelo que preferia ir para casa da minha avó materna que me deixava fazer tudo! :D
Naquele dia, inexplicavelmente quis lá passar o dia. Almoçar, lanchar, jantar. A última vez que a vi viva foi no final do dia ao despedir-me dela.  Fui o último neto a despedir-me dela.
A história repetiu-se com o meu avô paterno e avós maternos, sendo eu sempre o último neto a despedir-me pouco antes da sua morte.

Aqui no seu caso passa-se exatamente como em outros casos, desde que esteja na presença de um médium bem esclarecido, chama essa entidade e encaminha e deixa de ter essas percepções que provem de uma entidade. Exatamente como casos identicos que tenho assistido, como exemplo, ainda ha pouco uma amiga previa tudo o que ia acontecer inclusive um desastre do marido, desde que se encaminhou essa entidade nunca mais previu nada, porque esse espirito fazia acontecer. São os espiritos que fazem com que aconteça determinadas situações e algumas que conheço muito graves, que para nós parecem estranhos.