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  • As Mistificações como evitar????
    Iniciado por Moreno Wilson
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Como orienta Kardec, NÃO HÁ COMUNICAÇÃO MÁ QUE RESISTA A UMA CRÍTICA RIGOROSA.

Temos que usar sempre o discernimento, o julgamento das comunicações mediúnicas, a critica construtiva e positiva, não podemos aceitar nada sem exame, tudo tem que ser analisado com muito cuidado e critérios.
Temos que passar pelo crivo severo da razão e da lógica as informações dada pelos espíritos desencarnados, qualquer ofensa a razão, a lógica e ao bom senso denúncia a presença de espíritos atrasados e inferiores.
Um exemplo, os espíritos de luz ou espíritos elevados não precisam de coisas matérias como velas, despachos, bebidas alcoólicas, cigarros, charutos, somente espíritos ainda apegados a matéria é que pedem essas coisas, espíritos sem luz, sem esclarecimentos.
Entidades que bebem e fumam não merecem nenhuma confiança, elas são espertas, maliciosas, mentirosas, sabem manipular as palavras para enganar as pessoas, muitos desses espíritos embusteiros e mistificadores usam nomes falsos, venerados e pomposos para enganar e usam quase sempre uma linguagem melosa, doce e meiga para SEDUZIR e iludir.
O plano deles é seduzir.
Os espíritos de luz ou espíritos bons e elevados só tratam de assuntos nobres, dignos, elevados, eles procuram MORALIZAR as pessoas, incentivando elas a seguirem o caminho do bem, das virtudes, da elevação moral, da caridade e do respeito.
Os espíritos de luz pregam as Virtudes e a elevação Moral, os espíritos ainda apegados a matéria geralmente tratam de questões terra a terra, questões vulgares sem pureza moral, assuntos como amarração, volta da pessoa amada, como ganhar dinheiro ou ficar rico sem trabalho, como conseguir mulheres, sorte no jogo etc...
Os espíritos de luz nunca vão incentivar uma pessoa a beber, fumar ou fazer despachos, oferendas e sacrifícios de pobres animais.
OS ESPÍRITOS DE LUZ PREGAM O RESPEITO E O AMOR PELOS ANIMAIS.

Temos que entender que no mundo espiritual existem muitos espíritos mentirosos, enganadores, espertos, hipócritas, sedutores, não podemos confiar abertamente neles, temos que examinar tudo de forma racional, sem empolgações ou entusiasmos, qualquer vacilo eles nos enganam.
Vejamos as colocações de Allan Kardec sobre essas questões.


"Segue-se que a opinião de um Espírito sobre um princípio qualquer não é considerada pelos espíritas senão como uma opinião individual, que pode ser justa ou falsa, e não tem valor senão quando é sancionada pelo ensino da maioria, dado sobre os diversos pontos do globo". (Revista Espírita, 1865)

"Mas nunca será demasiado repetir: não aceiteis nada cegamente. Que cada fato seja submetido a um exame minucioso, aprofundado e severo." (O Livro dos Médiuns – Kardec – item 98)



Caríssimos, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus, porque são muitos os falsos profetas, que se levantaram no mundo. (João, Epístola I, cap. IV: 1).

Os fenômenos espíritas, longe de confirmarem os falsos cristos e os falsos profetas, como algumas pessoas gostam de dizer, vêm, pelo contrário, dar-lhes o último golpe. Não soliciteis milagres nem prodígios ao Espiritismo, porque ele declara formalmente que não os produz. Da mesma maneira que a Física, a Química, a Astronomia, a Geologia, revelaram as leis do mundo material, ele vem revelar outras leis desconhecidas, que regem as relações do mundo corpóreo com o mundo espiritual. Essas leis, tanto quanto as científicas, pertencem também à natureza. Dando, assim, a explicação de uma ordem de fenômenos até agora incompreendidos, o Espiritismo destrói o que ainda restava do domínio do maravilhoso.

Como se vê, os que fossem tentados a explorar esses fenômenos em proveito próprio, fazendo-se passar por enviado de Deus, não poderiam abusar por muito tempo da credulidade alheia, e bem logo seriam desmascarados. Aliás, como já ficou dito, esses fenômenos nada provam por si mesmos: a missão se prova por efeitos morais, que nem todos podem produzir. Esse é um dos resultados do desenvolvimento da ciência espírita, que pesquisando a causa de certos fenômenos, levanta o véu de muitos mistérios. Os que preferem a obscuridade à luz, são os únicos interessados em combatê-la. Mas a verdade é como o Sol: dissipa os mais densos nevoeiros.

O Espiritismo vem revelar outra categoria de falsos cristos e de falsos profetas, bem mais perigosa, e que não se encontra entre os homens, mas entre os desencarnados. É a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios, que passaram da Terra para a erraticidade e se disfarçam com nomes veneráveis, para procurar, através da máscara que usam, tornar aceitáveis as suas idéias, freqüentemente as mais bizarras e absurdas. Antes que as relações mediúnicas fossem conhecidas, eles exerciam a sua ação de maneira mais ostensiva, pela inspiração, pela mediunidade inconsciente, auditiva ou de incorporação. O número dos que, em diversas épocas, mas sobretudo nos últimos tempos, se apresentaram como alguns dos antigos profetas, como o Cristo, como Maria, e até mesmo como Deus,é considerável.

São João nos põe em guarda contra eles, quando adverte: "Meus bem amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus; porque muitos falsos profetas se têm levantado no mundo". O Espiritismo nos oferece os meios de experimentá-los, ao indicar as características pelas quais se reconhecem os bons Espíritos, características sempre morais e jamais materiais. (Ver o Livro dos Médiuns, Caps. 24 e segs.). É sobretudo ao discernimento dos bons e dos maus Espíritos, que podemos aplicar as palavras de Jesus: "Reconhece-se à árvore pelos seus frutos; uma boa árvore não pode dar maus frutos, e uma árvore má, não pode dar bons frutos". Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como a árvore pela qualidade de seus frutos.

* O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 21 - Tradução de José Herculano Pires