Será que se deve contar uma visão

Todos nós já tivemos uma visão seja uma coisa pequena ou uma coisa mais grave.
Eu tive uma visão de uma pessoa conhecida a casar-se, e aqui vem a minha preocupação, quando fui contar á pessoa em questão o que tinha visto, a atitude dessa pessoa mudou ficou radiante porque a pessoa que estava no altar era a pessoa com quem ela namorava, eu pensei que tinha feito uma coisa boa mas devido ao comportamento dela incessante sobre casamento e tudo isso a relação acabou.
Até esta altura a pessoa em questão culpa-me pelo fim da relação, e já tive várias pessoas que me disseram que eu tinha cometido um erro porque visões não se devem contar porque fazem com que as pessoas mudem o destino e isso trás consequências tanto para a pessoa em questão como para quem tem a visão.
A questão é que consequências podem haver ao contar uma visão e cortar o destino?

Também me confronto muito com essa pergunta...

Já tive várias e nenhuma delas disse antes. Nunca avisei ninguém para ter cuidado ou para estar atento porque alguma coisa boa ia acontecer. Talvez tenha feito a coisa errada, mas também não tenho 100% a certeza que o que sinto vai mesmo acontecer, também talvez seja por isso que não conto, mas esta minha atitude se calhar não é correta, até porque depois acontece mesmo. Confesso que tenho o receio que tenham uma reação menos boa e que o facto de saberem que alguém tenha tido uma visão faça com que tentem mudar e essa coisa já não acontece e depois dizerem que afinal não tínhamos razão... Acho que independentemente de ser uma boa ou má visão é sempre arriscado contar. Eu por exemplo uma vez soube de uma coisa e fui dando sinais à pessoa em questão e quando se confirmou o que eu senti, então aí é que lhe disse e expliquei-lhe o porquê de andar com aqueles "sinais". No meu caso tive mais sorte que tu, porque ela reagiu muito bem. Por outro lado já tive outras visões que não foram positivas, e essas nunca cheguei a dizer, mas aconteceram, ou então só disse depois, o que não prova que senti antes de acontecer, sobretudo se for alguém que não acredita.

Acho que as consequências ao contar uma visão dependem da pessoa a quem contamos, acho que só devemos contar não só a alguém que saiba que é frequente termos visões como também ser alguém com quem podemos confiar e nos sintamos bem. Só que claro que nunca é fácil contar...

Concordo que ás vezes só devemos contar a pessoas que tenham a capacidade de lidar com isso no caso dessa pessoa aquilo não aconteceu porque eu também lhe tinha avisado que não é por eu ver hoje que acontece amanhã.
Mas até que ponto é que se vi eles casados e agora estão separados após contar até que ponto nós mudamos o destino, tu a não contares na altura fazes o correto e deixas o destino seguir o seu curso

Possolo,

Penso que o problema não foi tu contares, mas a atitude da pessoa em relação ao que lhe contaste. Acho que foi ela que "cortou" o destino deles.
Confia em Deus que, se eles tiverem de casar, isso acontecerá.

possollo as visões que envolvem terceiros devem ser bem ponderadas e analisadas para serem partilhadas, pois não é tanto uma questão de se lhes "cortar" o destino (se é que isso existe), mas sim a recetividade e compreensão por parte desta. Por isso, o melhor mesmo é termos bom senso e ir analisando caso a caso. Quando temos visões ou premonições, devemos sempre partilhar a quem nos pede para o fazer. Você não deve ajudar alguém que não lhe peça ajuda, pois ai sim estará a interferir no livre-arbítrio da pessoa. Mesmo que a pessoa peça, tem que ter cuidado com aquilo que diz, ou seja, a forma pois às vezes, o problema não está no conteúdo, mas na forma como se comunica.

Tudo de bom!

pois não é tanto uma questão de se lhes "cortar" o destino (se é que isso existe), mas sim a recetividade e compreensão por parte desta

Eu estou um pouco em desacordo pois o "destino" existe. Existe sim senhor!... O destino é igual a Karma. Esse karma com que nascemos e escolhemos/aceitamos antes de nascer. Cortar o destino, evidentemente que não o podemos fazer, mas podemos criar alguns desvios para a sua concretização. O karma é como o percurso de um rio. Não o podemos parar mas, podemos construir algumas represas, desviá-lo do seu curso... mas... no fim ... ele irá desaguar ao mar.
Quanto a dizer ou não dizer, dependerá sempre de vários factores:

- O primeiro de todos, é a confiança que nos merecem as nossas visões.
- Depois, analisarmos bem o beneficio/malefício que elas poderão trazer aos envolvidos
- E ainda... o previsível impacto que irão criar.

Eu estou um pouco em desacordo pois o "destino" existe. Existe sim senhor!... O destino é igual a Karma. Esse karma com que nascemos e escolhemos/aceitamos antes de nascer. Cortar o destino, evidentemente que não o podemos fazer, mas podemos criar alguns desvios para a sua concretização. O karma é como o percurso de um rio. Não o podemos parar mas, podemos construir algumas represas, desviá-lo do seu curso... mas... no fim ... ele irá desaguar ao mar.
Quanto a dizer ou não dizer, dependerá sempre de vários factores:

- O primeiro de todos, é a confiança que nos merecem as nossas visões.
- Depois, analisarmos bem o beneficio/malefício que elas poderão trazer aos envolvidos
- E ainda... o previsível impacto que irão criar.

Oculto, apenas para clarificar.

Eu não disse que o destino não existia, mas "cortar o destino" é que me parece que não existe. A frase entre parêntesis refere-se ao "cortar o destino" e não apenas ao "destino".

lhes "cortar" o destino (se é que isso existe)

Estimada Faty, desculpe a interpretação mas  se não era isso que queria dizer, deveria ter colocado "cortar o destino" (se é que isso existe) na frase  que escreveu, se perguntar ao verbo pelo (sujeito) "quem é que existe?" terá o sujeito= o destino..

Pois tem toda a razão Oculto, coloquei entre aspas o "corte" e não o "destino".

Bem-haja.

Sempre que sentimos ou pressentimos algo que envolva outra pessoa devemos ter o discernimento para perceber se o vamos transmitir e a forma como o fazemos.
Primeiro vamos analisar a forma provável dessa pessoa reagir á informação. Se a pessoa parece um bocadinho ansiosa por concretizar o casamento, nós ao afirmarmos que tivemos uma visão e a vimos no altar com o namorado, certamente ainda iremos aumentar essa pressão e tal como o descrito o desfecho provável altera-se por isso. Agora podemos por exemplo abordar o assunto de outra forma: "Senti que o teu relacionamento vai por um bom caminho, não necessitas de ficar tão ansiosa, relaxa."

Outro exemplo: Sentes que alguém está com uma doença grave, não vais dizer "Você está a morrer com uma doença" mas podes afirmar "Senti que algo não está bem consigo a nível de saúde, aconselho a procurar um médico e ver o que se passa". No primeiro caso, vais criar o pânico nessa pessoa, no segundo aumentar a probabilidade de se resolver a situação.

Todas as visões ou premonições devem ser muito bem ponderadas na forma como serão ou não transmitidas pois têm influência no desfecho, na acção/reacção da pessoa em causa, em certos casos até é preferível não dizer nada.

Eu reparei que quando conto a alguém sobre as visões geralmente já não acontecem...

Eu reparei que quando conto a alguém sobre as visões geralmente já não acontecem...

estranho , alguma vez te apercebeste o porquê??

Eu reparei que quando conto a alguém sobre as visões geralmente já não acontecem...

Será que está a influenciar as escolhas dos envolvidos?

Será que está a influenciar as escolhas dos envolvidos?

Então e quando nem tem nada a ver com eles? :/

"Visões" não são factos e conceitos como destino e karma são mal compreendidos. Alguém aqui já se deu ao trabalho de ler o karma sutra (no joke!)? Nem eu!
Quem tem a habilidade de sentir dessa maneira também deve tomar em conta que também tem a capacidade de se prevenir e sentir se deve ou não contar o quê e a quem. Não se vê o futuro, sente-se um evento que ainda não existe mas que pode existir. Aliás, muitas vezes, é da nossa imaginação que o criamos para o universo e não o contrário. Não nos devemos simplesmente deixar levar pelo entusiasmo e dar fé ao que ainda não existe de facto. Por outro lado, a imaginação é flexível e é possível alterar o evento antes dele acontecer (um pouco como fazer as alterações ainda no projecto) mas essa flexibilidade não é garantia de um qualquer efeito sobre o evento se o "visionário" não tiver capacidade para acreditar nessas modificações. Prever e fazer acontecer confundem-se aqui, reparem no que estamos a falar a realidade não se limita nem por muito nem por pouco à nossa acção física, o mundo é feito de palavras e ideias também. Vemos uma prova clara disso neste caso, por contar o que vemos podemos sim alterar a realidade, é uma maneira como interagimos com o mundo. Mas por vezes, com pensamentos mais controlados e a noção de que o que nos vai na imaginação não são apenas fantasias (mas não desfazendo as fantasias que também são precisas... ) mas parte integrante do universo, podemos melhorar ou piorar o evento que ainda não existe consoante seja a nossa intenção. Agora, isto também acontece sem intenção...