Portugueses testam rede de vigilância marítima europeia (13-11-09)

Uma rede de partilha de dados de vigilância marítima à escala europeia, que vai ser testada em Portugal até Março, irá permitir identificar e seguir mais facilmente o percurso de um navio suspeito ou em apuros.

O sistema, para a Agência Europeia de Defesa, vai ser testado laboratorialmente em Lisboa, onde o grupo tecnológico internacional GMV, que venceu o concurso do projecto, tem um Centro de Excelência de Segurança do Transporte Marítimo.

Uma série de computadores simulando os 15 Estados-membros da Agência, incluindo Portugal, vai estar ligada a uma central que "recebe e transmite os dados" sobre o tráfego marítimo, explicou à Lusa o gestor do projecto, José Freitas.

Na prática, o projecto, com duração de cinco meses e com um custo de 450 mil euros, funcionará como o protótipo da futura Rede de Vigilância Marítima da Agência Europeia de Defesa, a implementar até 2015, recorrendo às tecnologias mais avançadas de detecção de navios, incluindo sistemas de monitorização de radar e de observação terrestre por satélite.

José Freitas esclareceu que o "sistema integrado de dados" permitirá uma actuação "mais rápida" dos Estados-membros em caso de emergência e tornar "mais seguros os mares".

É, por isso, uma ferramenta importante, por exemplo, em operações de busca e salvamento, no combate ao contrabando, tráfico de droga ou pirataria, já que, adiantou o responsável, a rede de troca de mensagens marítimas entre diferentes países "facilita a identificação de comportamentos suspeitos" de navios "ao longo dos mares".

Um navio "passa a ser sempre seguido" pelos Estados-membros da Agência Europeia de Defesa, precisou José Freitas.

Com sede em Madrid, Espanha, o grupo GMV actua nas áreas aeronáutica, espacial, defesa, segurança, transporte, telecomunicações e tecnologias de informação, tendo filiais em Portugal, Polónia, Alemanha, Estados Unidos, Coreia do Sul e Malásia.

Portugal é membro da Agência Europeia de Defesa desde a sua criação, há cinco anos, fazendo parte o Ministério da Defesa do grupo de trabalho do programa de vigilância marítima.


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