Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.509
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • Resumo da Doutrina Budista
    Iniciado por sofiagov
    Lido 5.203 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
sofiagov
1-As Quatro Nobres Verdades
Existe o Sofrimento. Sofrimento é: nascimento, velhice, doença, morte, estar na presença do que se detesta, estar longe do que se gosta, não obter o que se deseja, perder o que se deseja. "Sofrimento" significa a natureza insatisfatória de todas as experiências que vivemos.
2-Causas do Sofrimento
Os três venenos da mente são a causa de todo sofrimento: ignorância, desejo e aversão (alguns autores incluem também a indiferença).

3-A Cessação do Sofrimento. Cessando os três venenos.
O Caminho para Cessação do Sofrimento.
É o Nobre Caminho Óctuplo.


4-O Nobre Caminho Óctuplo
1-Compreensão Correcta.
Saber distinguir os nutrientes saudáveis dos não saudáveis, o pensamento erróneo do correcto, a fala errónea da correcta, etc. Compreender as Quatro Nobres Verdades, o karma, a impermanência e o não-eu. É também uma profunda confiança no Caminho, e uma visão adequada da realidade.

2-Pensamento Correcto. É o pensamento que está de acordo com a compreensão correcta. Reflecte a realidade das coisas, sem distorções subjectivas. É o pensamento que não provém e nem alimenta os três venenos da mente: ignorância, desejo, aversão. É cultivar uma mente de altruísmo, uma mente que busca o Caminho Iluminado.


3-Fala Correcta.
Falar de forma calma e amorosa e ouvir com atenção e compaixão. Não mentir, caluniar, distorcer os fatos ou exagerar. Não ferir nenhum ser através das nossas palavras. Não falar inutilmente. Não semear a discórdia. Não falar mal dos outros. As nossas palavras devem estar sempre de acordo com o Caminho, devem sempre ser benéficas.

4-Acção Correcta.
Não cometer actos violentos; não roubar; não ter má conduta sexual; comer, beber e consumir apropriadamente.
Modo de Vida Correcto. Encontrar uma forma de viver que não o obrigue a matar, cometer fraude, mentir, vender armas, drogas, bebidas ou escravos; não tirar a sorte.

5-Esforço Correcto.
É diligência, a perseverança no Caminho. Há quatro práticas ligadas ao esforço correcto: não alimentar sementes não-sadias na nossa consciência; abandonar as sementes não-sadias já manifestas; alimentar as sementes sadias; manter as sementes sadias já manifestas. Esforço correcto é abandonar a visão errónea e adoptar a visão correcta; abandonar o pensamento, a fala e a acção errónea e adoptar o pensamento, a fala e a acção correcta. Esforço correcto, acima de tudo, é domar a nossa mente.


6-Atenção Plena Correcta. Atenção plena significa estar em pleno contacto com o nosso corpo, sensações, emoções, pensamentos, formações mentais e estados de consciência. É a prática de observar e cuidar de tudo o que aparece em nós, seja positivo ou negativo.

7-Concentração Correcta.
É a prática da meditação, zazen. É permanecer profundamente absorto aqui-e-agora, onde toda a dualidade desaparece. A concentração correcta é o resultado natural da prática dos outros pontos do Caminho. Cada um dos aspectos do Caminho contém os outros sete.

Os itens 1 e 2 correspondem à Sabedoria; os itens 3, 4, 5 à Ética; e os itens 6, 7, 8 à Meditação.


Elementos Básicos do Budismo

Impermanência.
Todas as coisas são impermanentes. Tudo muda constantemente sem parar. Nada é igual nem por um momento. Nada é estável. Um minuto atrás, nós éramos diferentes tanto física quanto mentalmente. O que nos faz sofrer não é a impermanência em si, mas o nosso desejo de que as coisas sejam permanentes, quando elas não o são. Impermanência é movimento, é vida. As coisas só existem na sua forma e cor presentes.

Não-eu. Nada do que existe tem existência em si mesmo, separada e independente. Cada coisa precisa de estar ligada com todo o universo para poder existir. Cada coisa é uma junção de elementos que não são ela mesma. Não existe nada que seja separado do resto, que possa existir de forma independente e definitiva.
Interdependência. Vazio. Nada pode existir por si só. Tudo é criado por várias condições, e todos os fenómenos estão inter-relacionados. É a Unicidade. Quem compreende profundamente esta verdade pratica a compaixão, pois vê que é um com tudo o que existe. Tal pessoa compreende um segredo da vida: que a felicidade só pode ser encontrada na compaixão e no altruísmo, e que seguir os nossos desejos egoístas só nos traz sofrimento e perturbação. A interdependência pode ser resumida no seguinte ensinamento do Buda: "Ensinar-vos-ei o Darma: se isto existe, aquilo vem à existência; do surgir disto, surge aquilo; se isto não existe, aquilo não vem à existência; da cessação disto, aquilo cessa". Todas as ondas (fenómenos) pertencem ao mesmo oceano (unidade, totalidade, verdade) da Vida.
Karma. É a lei de causa e efeito. Construímos karma através das nossas acções do corpo, da fala e da mente. As acções virtuosas geram bons resultados e felicidade; as acções não-virtuosas geram más condições e sofrimento. A retribuição kármica dá-se em três etapas do tempo: nesta mesma vida, na próxima vida ou em vidas posteriores. Momento após momento nós geramos karma e criamos a nossa realidade.
Samsara.
Todos os seres estão sujeitos à roda do nascimento e da morte sucessivos. O Budismo acredita que as energias kármicas emanadas das nossas acções boas e más geram um novo corpo e uma nova mente de acordo com a natureza dos impulsos kármicos. Samsara em sânscrito significa "perambulação" (vaguear, divagar).


Nirvana. Nirvana é a Liberdade Incondicionada. É a libertação total do sofrimento, um estado de paz inabalável e de indescritível felicidade. É um estado para além de todos os conceitos.
As Três Práticas: Ética; Meditação; Sabedoria.
Os Cinco Desejos Básicos: comida/bebida; sono; sexo; riqueza; fama.
Os Três Tesouros: Buda: O ser iluminado, ou o Absoluto; Darma: os ensinamentos, o Caminho; Sanga: a comunidade de praticantes.

Os Cinco Preceitos:
1. Não matar;
2. Não roubar;
3. Não mentir;
4. Não ter conduta sexual imprópria;
5. Não lidar com intoxicantes. Não seguir estes preceitos não é "pecado", é, simplesmente, ignorância. "Enquanto a má acção está verde, o perverso nela se satisfaz; mas, uma vez amadurecida, ela lhe traz frutos amargos." – Dhammapada, 119.

As Duas Verdades:
É a verdade absoluta e a relativa. Em termos relativos, é preciso praticar para extinguir o sofrimento; em termos absolutos, não há sofrimento, nem caminho, nem realização — a onda já é a água. Absoluto e relativo encaixam-se perfeitamente e as duas verdades complementam-se. Devemos viver em contacto tanto com o absoluto como com o relativo.


As Três Qualidades do Darma

Impermanência.
Todas as coisas são impermanentes. Tudo muda constantemente sem parar. Nada é igual nem por um momento. Nada é estável. Um minuto atrás, nós éramos diferentes tanto física quanto mentalmente. O que nos faz sofrer não é a impermanência em si, mas o nosso desejo de que as coisas sejam permanentes, quando elas não o são. Impermanência é movimento, é vida. As coisas só existem na sua forma e cor presentes.

Não-eu, ou Vazio:
Nada que existe tem existência em si mesmo, separada e independente. Cada coisa precisa estar ligada com todo o resto para poder existir. Cada coisa é uma junção de elementos que não são ela mesma. Nada possui uma essência estável e permanente, por isso as coisas só existem assim como elas são agora. As ondas (todas as existências particulares) são manifestações passageiras do mar (o Todo, o conjunto e a fonte de todas as condições).


Nirvana: Nirvana é o estado de absoluta liberdade e de completo silêncio do coração, para além de todos os conceitos. Literalmente, nirvana significa "extinção": extinção das nossas ilusões, desejos, e outros estados mentais negativos. O nirvana já é a base da nossa existência, a natureza búdica sempre foi o nosso verdadeiro ser. O que precisamos é de nos esforçarmos para compreender e manifestar a nossa natureza mais profunda.
As Três Portas da Libertação

Vazio (Sunyata):
O vazio é o Caminho do Meio entre a existência e a não-existência. Vazio significa que nada possui um eu. Quando as nossas acções emanam da consciência da natureza vazia da realidade, são acções iluminadas.

Ausência de Imagens (Animitta):
Imagem é qualquer sinal que está na nossa consciência (sinal provindo de um dos seis sentidos). A realidade encontra-se além dos sinais. Tudo se manifesta através de imagens, mas as imagens enganam-nos.



Ausência de Objectivo (Apranihita):
Nada existe a ser feito ou realizado. A verdade mais profunda da existência é que nós já somos o todo, já somos a natureza de Buda. Nesse sentido absoluto, nada nos falta. A ausência de objectivos é o que permite viver o momento, e ser felizes aqui e agora.

As Quatro Meditações Ilimitadas

Amor:
é o desejo de que os outros seres sejam felizes, e a acção nesse sentido. É um sentimento incondicional, que nasce da compreensão da unidade fundamental de todas as coisas.

Compaixão:
é o desejo de que os outros não sofram e a acção para aliviar a dor alheia. Quando entramos em contacto com o sofrimento do outro, a compaixão brota no nosso coração. Para isso precisamos de atenção plena.

Alegria: a alegria provém naturalmente de um coração que reconhece a preciosidade que é ter nascido como um ser humano e poder praticar o Darma.

Equanimidade:
é o desapego aos opostos, olhá-los de forma igual. Equanimidade significa imparcialidade, não discriminação, equilíbrio mental. É não discriminar "eu" e "outros". É permanecer imóvel ao sofrer palavras e acções injustas, e ao ouvir elogios. É não permitir que surja a irritação, a amargura, o desânimo. É experimentar todas as sensações sem deixar surgir desejo ou aversão.


Os Cinco Agregados

Forma (rupa):
é o nosso corpo físico.

Sensação (vedana):
elas podem ser agradáveis, desagradáveis ou neutras. Todas as sensações são impermanentes e sem substância (como todos os outros quatro Agregados)

Percepções (samja):
nossas percepções são sempre distorcidas pelas nossas aflições mentais já presentes: o medo, o desejo, a raiva.

Formações Mentais (samskara): existem 51 tipos de formações mentais, e duas delas são as sensações e as percepções. Este Quarto Agregado é composto por todas as outras 49 formações mentais. Tudo que é feito de um outro elemento é uma "formação".

Consciência (vijnana): é o alicerce sobre o qual erigimos nossas formações mentais.
Os Cinco Agregados não são sofrimento em si, mas produzem sofrimento ao nos apegarmos a eles.


As Seis Perfeições

Dana
(Generosidade): é o doar, a caridade, a abertura do coração. É dar sem apego. Podemos dar coisas materiais, ensinamentos, ou a nossa presença, estabilidade e paz. Fazer algo com a consciência do seu valor absoluto também é dar.

Sila
(Ética):
é viver de acordo com os preceitos budistas.

Kshanti
(Paciência):
é a capacidade de aceitar tudo e de perdoar, sem rancor, as injustiças que nos foram cometidas. É alargar o nosso coração para que um punhado de sal não deixe a nossa água salgada. É ser como a terra, que tudo acolhe sem reclamar ou discriminar. É absorver tudo o que nos acontece na vida. É semelhante à equanimidade.

Virya
(Esforço):
determinação, energia, perseverança. É não desanimar ou desistir. Não vacilar. Avançar sem recuar, decididamente. O nosso esforço deve ser correcto, e não devemos apegar-nos aos resultados.


Dhyana
(Meditação):
é a prática do zazen, a prática da atenção plena. É clarear e libertar a mente. É consumir-se por completo naquilo que se está a fazer, estando totalmente presente e consciente.

Prajna (Sabedoria): é a sabedoria da não-discriminação. É a capacidade de ver as coisas como elas são. Prajna Paramita é a mãe de todas as paramitas e a base de seu desenvolvimento. Prajna é a compreensão do vazio.
As seis perfeições, ou paramitas são, em última análise, uma só.

Os Sete Factores do Despertar

Atenção Plena
A investigação dos fenómenos
Esforço
Serenidade
Alegria
Concentração
Equanimidade

Buda disse que, praticando a Atenção Plena, os Sete Factores do Despertar fazem-se presentes.



As Cinco Lembranças
Eu tenho a natureza daquilo que envelhece. Não há como escapar à velhice.
Eu tenho a natureza daquilo que adoece. Não há como escapar à doença.
Eu tenho a natureza daquilo que morre. Não há como escapar à morte.
Tudo o que me é caro e todas as pessoas que amo tem a natureza daquilo que muda. Não há como não me separar deles.
As minhas acções do corpo, fala e mente são os meus únicos pertences verdadeiros. Não há como escapar da consequência das minhas acções. Elas são o chão que eu piso.
Outros

Os Três Mundos: passado, presente, futuro.

Os Três Reinos:
o reino dos desejos, o reino da forma, o reino da não-forma.

Os Três Tipos de Orgulho:
achar-se superior aos outros; achar-se inferior aos outros; achar-se tão bom quanto qualquer um.

Os Quatro Tipos de Apego:
apego aos prazeres dos sentidos, apego às opiniões, apego às regras e ritos, apego à noção de um "eu".

Os Cinco Poderes: fé, esforço, atenção, concentração, sabedoria.

Os Seis Sentidos:
visão, audição, olfacto, paladar, tacto e mente.



Os Seis Grandes Elementos: terra, água, ar, fogo, espaço (akasha) e consciência.

As Oito Consciências:
As cinco primeiras consciências (os cinco sentidos); manovijnana (consciência mental); manas (intelecto, consciência discriminativa); alayavijnana (consciência armazenadora, mente inconsciente).

Os Oito Aspectos da Iluminação:
livre da ganância, capacidade de satisfazer-se; quietude; esforço diligente; memória correcta; concentração; sabedoria; evitar discussões inúteis.

Os Doze Elos da Origem Interdependente: ignorância (avidya); acção intencional (samskara); consciência (vijnana); nome e forma (nama rupa); os seis sentidos; contacto; sensação; desejo; apego, vir-a-ser; nascimento; velhice e morte.



Referências Bibliográficas:

"A Essência dos Ensinamentos de Buda" (Thich Nhât Hanh);

"Textos budistas e Zen-budistas" (Ricardo Mário Gonçalves).

..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

sofiagov
Citação de: Faty Lee em 02 março, 2015, 15:33
Om Mani Padme Hum!


em Português "da lama nasce a flor de lótus"

Obrigada Sofia é isso mesmo. É o meu mantra diário!

Bem-hajas!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

sofiagov
Citação de: Faty Lee em 02 março, 2015, 19:43
Obrigada Sofia é isso mesmo. É o meu mantra diário!

Bem-hajas!
Um bom mantra... :)

Adorei! ;D

Tendo eu me aficionado ao budismo como "última religião" na minha vida e talvez até a mais estudada, senti-me "em casa" ao ler este tópico.

Já não sigo a religião budista como uma religião mas sim como uma opção de filosofia de vida. Ajuda a lidar com o mau da vida e a aprender o bom da morte.

Muitas críticas ao budismo dizem que budistas só vivem no agora. A minha opinião é que por muitas perguntas que o budismo traga, também trás respostas, ensina a aceitar. Ensina que existe um outro caminho para além da violência e ensina a usar-nos a nossa sabedoria para resolver os nossos problemas.

Talvez se mais pessoas conhecessem as filosofias budistas não vivíamos no mundo onde vivemos.

Grande e boa partilha! :)
"Foste tu quem passou dos limites. Esmagaste-os e no seu desespero, eles tornaram-se em homens que eles nunca foram capazes de compreender. Percebes? Alguns homens não procuram nada de lógico. Eles não podem ser comprados, ameaçados ou negociar. Alguns homens, simplesmente gostam de ver o mundo a arder." - The Joker, O Cavaleiro das Trevas

Citação de: Neo_Blue em 11 abril, 2015, 18:55
Muitas críticas ao budismo dizem que budistas só vivem no agora.

E não está correto? Se vivermos no passado, não vivemos. Se vivermos no futuro, não vivemos. Por isso esta crítica não faz qualquer sentido. Viver o presente, o aqui e o agora, fazer com que este seja proveitoso, estamos a preparar o futuro! Se o tivéssemos feito no passado, certamente não estaríamos por aqui hoje ;)
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Citação de: Faty Lee em 11 abril, 2015, 23:08
E não está correto? Se vivermos no passado, não vivemos. Se vivermos no futuro, não vivemos. Por isso esta crítica não faz qualquer sentido. Viver o presente, o aqui e o agora, fazer com que este seja proveitoso, estamos a preparar o futuro! Se o tivéssemos feito no passado, certamente não estaríamos por aqui hoje ;)

Bom como muita coisa, é uma questão de ponto de vista.

O que vivemos é o agora, mas devemos preparar o futuro ou arcar com as consequências.

"Foste tu quem passou dos limites. Esmagaste-os e no seu desespero, eles tornaram-se em homens que eles nunca foram capazes de compreender. Percebes? Alguns homens não procuram nada de lógico. Eles não podem ser comprados, ameaçados ou negociar. Alguns homens, simplesmente gostam de ver o mundo a arder." - The Joker, O Cavaleiro das Trevas

Bolas, eu prefiro viver o presente, pois neste preparo o futuro e arco com as consequências ;D
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Citação de: Faty Lee em 11 abril, 2015, 23:14
Bolas, eu prefiro viver o presente, pois neste preparo o futuro e arco com as consequências ;D

hehe, é uma boa forma de ver as coisas! ;)
"Foste tu quem passou dos limites. Esmagaste-os e no seu desespero, eles tornaram-se em homens que eles nunca foram capazes de compreender. Percebes? Alguns homens não procuram nada de lógico. Eles não podem ser comprados, ameaçados ou negociar. Alguns homens, simplesmente gostam de ver o mundo a arder." - The Joker, O Cavaleiro das Trevas

Citação de: Faty Lee em 11 abril, 2015, 23:08
E não está correto? Se vivermos no passado, não vivemos. Se vivermos no futuro, não vivemos. Por isso esta crítica não faz qualquer sentido. Viver o presente, o aqui e o agora, fazer com que este seja proveitoso, estamos a preparar o futuro! Se o tivéssemos feito no passado, certamente não estaríamos por aqui hoje ;)

Eu penso que viver no passado ou no futuro é impossível. Isso porque, do meu ponto de vista, viver no passado é viver de lembranças, memórias, recordações, e viver no futuro é viver de previsões e expectativas. Ou seja, demasiadas construções mentais, e pouca experiência, pouca vivência. Viver verdadeiramente tem a ver com as experiências e tudo o que as envolve, e elas só são possíveis agora, no presente. Espero ter conseguido transmitir bem a minha ideia...
"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!

Littlelight não é impossível, tanta gente vive à sombra da velha árvore do passado... e tanta gente vive no futuro com expectativas, ilusões, sonhos e não desce ao presente :(

Por isso a vida é vivenciada de forma sofrida, ou na nostalgia ou na expectativa. Eu recuso-me a viver assim ;D
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Quando eu digo impossível, é no sentido de ter a experiência completa do que aconteceu no passado ou do que poderá acontecer no futuro. Não é uma vida completa, digamos assim, pois fazemo-lo através dessas construções mentais; fica a faltar uma componente importante, a vivência não se repete nem acontece antes do tempo. É difícil explicar estas coisas...

Mas compreendo o que quer dizer, eu mesmo ainda tenho muita coisa do passado para limpar...
"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!

Citação de: Littlelight em 11 abril, 2015, 23:38
Mas compreendo o que quer dizer, eu mesmo ainda tenho muita coisa do passado para limpar...

Todos temos. Por isso é que é importante estar ancorada no presente, limpar o passado nesse presente e, ao mesmo tempo, preparar o futuro ;D
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!