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  • Espiritualidade - a prática do Amor Verdadeiro
    Iniciado por sofiagov
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sofiagov


Todas as vezes que quisermos ter idéia de qual é a preocupação fundamental de determinada cultura de um país, prestemos atenção às letras de suas canções. Na maioria das culturas, o que aparece é uma concentração no tema do amor. A maioria das canções fala do êxtase de encontrar o amor ou do sofrimento ao perdê-lo. O amor tem sido o tema central da arte, da literatura, da música e da poesia através dos tempos.

O que é esse elemento mágico, esse poder transfigurador, que no enlevo comparamos a 'uma viagem à lua' e na dor da perda 'a vida não merece ser vivida'? Que coisa é essa chamada amor, e aprofundando o sentido espiritual, por que buscamos o Amor Verdadeiro na espiritualidade?

Vamos lá reflectir sobre o tema?

Nós, seres humanos, queremos amar e ser amados. Estes desejos são parte de nossa natureza vivencial como filhos e filhas de Deus. Todavia em muitas das tradições espirituais entre nós seres humanos, o amor pessoal vem sendo através de épocas desprestigiado e muitas vezes fortemente criticado.

Sendo assim, enquanto as religiões promovem os valores da família, os congregados têm sido alertados dos perigos do amor fortuito. Embora sejam no geral bem intencionadas, estas predisposições amorosas fazem os adeptos sentirem-se culpados como estando cometendo erros ao desejar o amor através de relacionamentos pessoais. Podemos adiantar que a conclusão será uma infortunada má interpretação da sabedoria tradicional.

Amor no relacionamento entre pessoas não é necessariamente assunto pecaminoso ou não espiritual. Muito ao contrário! Para nós, seres humanos espirituais, o amor é espiritualmente crucial – importante para nossa auto-estima e fundamental  para vivermos em harmonia como Deus nos criou.
Com estes esclarecimentos, podemos então refletir sobre o que iremos denominar de duas formas de atitudes evolutivas de autocultura espiritual, ou seja, a resultante de nossos esforços de crescimento pessoal e espiritual e o significado do Amor Verdadeiro na espiritualidade.

A primeira atitude evolutiva é direcionada à nossa interiorização. Esta atitude se apóia fortemente no desenvolvimento de nossas energias interiores, as quais já estão conosco desde o nascimento, mas que precisam ser desenvolvidas.
Tal desenvolvimento significará a elevação de nossos níveis de consciência, onde nossa transformação é conseguida através do desenvolvimento de forças vitais e vibrações.



O desenvolvimento de energias está ligado à abrangência de diferentes exercícios de mentalização – quando intencionalmente conduzidas com este propósito – os quais são conhecidos como técnicas místicas mediúnicas. Esta atitude inclui também renúncias, o que aumentará a capacidade vibracional favorecendo seu efeito. A atitude de interiorização também envolverá esforço de auto-entendimento através do qual surgirá o controle, resultando em mudanças de formas de pensamento e de comportamento. Por exemplo: adquirir hábitos de disciplina mental, visualizações ou antevisões relacionadas ao 'fazer' ou ao 'não fazer'. Faz sentido?

A segunda atitude é direccionada à nossa exteriorização. Esta atitude foca nossa disciplina ética, ou seja, nossa conduta humana em relação ao amor universal ou espírito de identificação universal no amor incondicional. Assim, teremos condições de depurar nossas aspirações amorosas, enquanto ao mesmo tempo eliminamos nossas arrogâncias, favorecendo o sentido de responsabilidades pessoais. Especificamente, estas práticas incluem a melhoria da nossa elevação espiritual, mantendo presente as boas intenções, contemplando tanto a verdadeira natureza de nós mesmos como a de todas as outras pessoas, as afectivamente próximas, as conhecidas e as desconhecidas.

Estas técnicas são na sua maioria contemplativas, ou seja, admirar com o pensamento, e neste sentido seu efeito resultante também será de interiorização. Correto?
No entanto, mantemos como sendo atitudes de exteriorização, porque estão se referindo ao nosso relacionamento com o mundo exterior. A atitude autocultura espiritual direcionada à exteriorização também destaca a intimidade do nosso relacionamento com Deus e com a humanidade através do trabalho auto transcendental, ou seja, do que se refere ao conhecimento das condições anteriores à experiência em si.

Não necessitamos de energia cósmica para isso; podemos assumir esta atitude no nosso nível normal de energia. Em outras palavras podemos afirmar que pessoas quaisquer que sejam os níveis ou estados de consciência poderão ajudar a criar uma grande causa. Está claro?
Ao expressarmos nossa relação de ajuda ao ambiente ao nosso redor, praticando o Amor Verdadeiro, estaremos tornando nossas vidas muito mais significativas e valorizadas.
Acima de qualidades individuais, os pré-requisitos necessários estão com nosso sentimento de amor universal, dizendo para nós mesmos: "Você como eu e todos os outros ao redor, somos filhos e filhas de Deus e sendo assim, eu amo Você!".



Amor Verdadeiro na prática da espiritualidade é a característica do Amor que Mestre Jesus recomendou e viveu Seu exemplo para nós.
No Evangelho de Felipe, discípulo de Mestre Jesus que conviveu todo tempo com Ele, cujos escritos foram encontrados e resgatados nas descobertas do que ficou conhecido como Biblioteca Nag Hammadi a partir de 1945, em uma das passagens do Mestre falando sobre Fé e Amor está escrito: "Fé recebe e Amor dá. Ninguém recebe sem Fé. Ninguém dá sem Amor. Para receber, Creia; para Amar, dê. Se você der sem Amor, ninguém saberá qual a fonte, e nem quem deu".

O Amor Verdadeiro já está conosco.
somostodosum

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Tolerância e a Humildade formam os três reinos de nossa natureza. São as ações, e não apenas as palavras, que traduzem esse sentimento grandioso, fazendo com que o Homem eleve suas vibrações e consiga caminhar para o resgate de seus actos transcendentais.
Viver e sofrer, ajudar e compartilhar, alegrar-se com a felicidade dos outros, perdoar e saber pedir perdão, dinamizar o amor no serviço aos necessitados, pela caridade, na Lei do Auxílio, enfim, viver com toda a intensidade a vida nas vidas - são algumas das funções do amor. Segundo Tia Neiva, o amor três fases: o AMOR ESPIRITUAL - o que o Homem traz impregnado em seu espírito, através das várias encarnações, aprimorando-se; o AMOR CONDICIONAL - o sentimento equilibrado por um débito transcendental, amor por nossas vítimas do passado e que hoje estão ao nosso redor, como cônjuge, pais ou filhos, familiares, enfim, espíritos encarnados para os reajustes cármicos; e o AMOR INCONDICIONAL - com tolerância , sem demagogia, sem resignação, dando ao espírito plenas condições de lutar contra o sofrimento e contra as Trevas, usando toda a sua sabedoria e as suas forças dentro da Lei Crística - a Lei do Auxílio. O amor transforma o ódio em alegria.



Não é uma simples emoção provocada por um impulso. O amor é um sentimento que deve ser direcionado, corretamente, pela força de vontade e pela consciência. O amor é que permite a alegria, a esperança e a felicidade. Devemos fazer da vida um ato de amor! Aceitar as pessoas, mesmo quando elas nos desapontam, quando se desviam do ideal que temos para elas, quando nos ferem com palavras ásperas ou ações impensadas - isso é amor! Ouvir, não só pelos ouvidos, mas com nossa alma e nosso coração, as queixas e angústias, descobrindo entre as palavras corriqueiras e superficiais, a tristeza da insegurança e da solidão. Entender o coração dolorido que encobre seu sofrimento pela exteriorização da alegria simulada, do sorriso fingido ou das façanhas inexistentes.




O amor sabe também perdoar, apagando as mágoas, as cicatrizes que a incompreensão e a insensibilidade gravam no coração ferido, extinguindo todos os traços de dor. O amor descobre os segredos e o valor da vida, mesmo os que estão relegados pela rejeição, pela falta de carinho, de compreensão e de aceitação, pelo cansaço das duras experiências vividas em acidentadas jornadas. Quem ama, aprende a se sobrepor à sua própria dor, a seus interesses, ao seu orgulho e a suas ambições quando isso é necessário ao bem estar e à felicidade de alguém.



Vive o Homem uma era de Ciência e Tecnologia avançadas, esquecido de que já viveu momentos iguais em outras vidas, em outras eras, que se perderam pela falta do amor. O amor não pode ser superado pelos avanços do conhecimento e da técnica e, ao contrário, tem que estar presente nas realizações do Homem, para que este se sinta realmente realizado. Sem amor, um lar ou uma fábrica, uma família ou uma universidade, perde sua luz, sua razão de existir, e, pela força da rotina e da insatisfação, vai-se acabando. As vibrações de amor são portadoras das forças divinas, da energia que supera todas as outras, curando, ajudando, libertando.



Em Mateus (XXII, 34 a 40), nos é dito: "Mas os fariseus, quando ouviram que Jesus tinha feito calar a boca aos saduceus, se reuniram em conselho. E um deles, que era doutor da lei, tentando-o, lhe perguntou: Mestre, qual é o grande mandamento da Lei? Disse-lhe Jesus: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o máximo e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a Lei e os Profetas!" Assim, mostrou Jesus a importância do amor a si mesmo. Não o egoismo, que só quer receber, só quer sua satisfação, mas sim o amor, que é dádiva, é doação. Quem não ama a si mesmo não tem condições de amar os outros. Na 1a. Epístola aos Coríntios (XIII, 1 a 7 e 13), conforme algumas traduções, Paulo escreveu: "Se eu falar todas as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver amor, sou como o metal que soa ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom de profecia e conhecer todos os mistérios e o quanto se pode saber, e se tiver toda a fé, até o ponto de transportar montes, e não tiver amor, não sou nada! E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, se todavia, não tiver amor, nada disso me aproveita. O amor é paciente, é benigno; o amor não é invejoso, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece. Não é ambicioso, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre... Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estas três virtudes; porém, a maior delas é o amor!".     
Esse trecho de Paulo, na maioria das traduções, aparece como "a caridade", em lugar de "o amor". Todavia, como a caridade é o amor em ação, fica válida a citação.

alzandoamanhecer

Meu Deus que lindo...!

Realmente, o que somos nós sem Amor?... ::)

O Amor é a resposta! :angel: :angel: :angel:

Lindo tópico!

Eu diria mais... quem somos nós senão Amor!

Amei Sofia... mais uma vez, bem-haja! :)
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Os tópicos são um arraso!

Adorei! Meus parabéns!
;)
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

#4
"Aceitar as pessoas, mesmo quando elas nos desapontam, quando se desviam do ideal que temos para elas, quando nos ferem com palavras ásperas ou ações impensadas - isso é amor! Ouvir, não só pelos ouvidos, mas com nossa alma e nosso coração, as queixas e angústias, descobrindo entre as palavras corriqueiras e superficiais, a tristeza da insegurança e da solidão. Entender o coração dolorido que encobre seu sofrimento pela exteriorização da alegria simulada, do sorriso fingido ou das façanhas inexistentes.
(...)
O amor sabe também perdoar, apagando as mágoas, as cicatrizes que a incompreensão e a insensibilidade gravam no coração ferido, extinguindo todos os traços de dor. O amor descobre os segredos e o valor da vida, mesmo os que estão relegados pela rejeição, pela falta de carinho, de compreensão e de aceitação, pelo cansaço das duras experiências vividas em acidentadas jornadas. Quem ama, aprende a se sobrepor à sua própria dor, a seus interesses, ao seu orgulho e a suas ambições quando isso é necessário ao bem estar e à felicidade de alguém.
(...)
Sem amor, um lar ou uma fábrica, uma família ou uma universidade, perde sua luz, sua razão de existir, e, pela força da rotina e da insatisfação, vai-se acabando. As vibrações de amor são portadoras das forças divinas, da energia que supera todas as outras, curando, ajudando, libertando. "


Bom tópico mais uma vez, querida sofiagov.
Destaquei as frases que mais me tocaram. Para começar devo dizer que a parte a negrito arrancou de mim algumas lágrimas.
Em primeiro lugar, penso que é impossível lidar com o mundo exterior sem que o processo interior esteja bem desenvolvido. Sem nos dominarmos totalmente, mental e emocionalmente, não é possível controlarmos as nossas acções para com o mundo e extrair o melhor dele; o risco é maior. O processo de auto-conhecimento é mais crucial do que a maioria das pessoas pensa: é conhecermo-nos por completo, lixar as arestas ao máximo para encontrar um ponto de equilibrio e paz espiritual e aprendermos a amar-nos, sabendo que damos o melhor de nós. É mais díficil do que soa.

Em segundo lugar, no final de tudo o que nos move é o amor. Muita gente não tem consciência disso mas eu (in)felizmente tenho. Nada tem realmente importância se não nos sentimos amados ou capazes de amar. Comigo o amor funciona como motor de esperança. Sim, é bom ter uma boa carreira, uma boa casa, filhos exemplares...mas se não nos sentirmos em pleno uso do amor, tudo isso não tem qualquer sabor. Olho para o futuro e só tenho uma certeza: quero estar rodeada de pessoas que me amam tanto quanto eu as amo.

Às vezes é dificil acreditar que realmente temos direito a um futuro assim, devido a anos de cansaço, de desilusões, de tormentos constantes...O que para muitos é um dado adquirido na vida, para outros não é. Mas é essa visão de um amor pleno e aconchegante que me faz imaginar a vida como algo que vale a pena.

Amar é estar em paz consigo mesmo e com os outros.