Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.430
Total de mensagens
369.476
Total de tópicos
26.919
  • Arquetipos
    Iniciado por incertus
    Lido 1.179 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
CitaçãoArquétipo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Arquétipo (grego ἀρχή - arché: principal ou princípio e τύπος - tipós: impressão, marca) é o primeiro modelo ou imagem de alguma coisa, antigas impressões sobre algo. É um conceito explorado em diversos campos de estudo, como a Filosofia, Psicologia e a Narratologia.


Filosofia

O termo é usado por filósofos neoplatônicos, como Plotino, para designar as ideias como modelos de todas as coisas existentes, segundo a concepção de Platão. Na filosofia teísta, em suas várias vertentes, o termo indica idéias presentes na mente de Deus. Pela confluência entre neoplatonismo e cristianismo, o termo arquétipo chegou à filosofia cristã, sendo difundido por Agostinho, provavelmente por influência dos escritos de Porfírio, discípulo de Plotino.
Psicologia Analítica

Arquétipo, na Psicologia Analítica, significa a forma imaterial à qual os fenômenos psíquicos tendem a se moldar.1 C.G.Jung usou o termo para se referir a estruturas inatas que servem de matriz para a expressão e desenvolvimento da psique.
Imagens primordiais

Para Jung, arquétipo é uma espécie de imagem apriorística incrustada profundamente no inconsciente coletivo da humanidade, refletindo-se (projetando-se) em diversos aspectos da vida humana, como sonhos e até mesmo narrativas. Ele explica que "no concernente aos conteúdos do inconsciente coletivo, estamos tratando de tipos arcaicos - ou melhor - primordiais, isto é, de imagens universais que existiram desde os tempos mais remotos" 2

Jung deduz que as "imagens primordiais" - outro nome para arquétipos - se originam de uma constante repetição de uma mesma experiência, durante muitas gerações. Eles são as tendências estruturantes e invisíveis dos símbolos. Por serem anteriores e mais abrangentes que a consciência do ego, os arquétipos criam imagens ou visões que balanceiam alguns aspectos da atitude consciente do sujeito. Funcionam como centros autônomos que tendem a produzir, em cada geração, a repetição e a elaboração dessas mesmas experiências. Eles se encontram entrelaçados na psique, sendo praticamente impossível isolá-los, bem como a seus sentidos. Porém, apesar desta mistura, cada arquétipo constitui uma unidade que pode ser apreendida intuitivamente.3

É importante ressaltar, todavia, que os arquétipos não possuem formas fixas ou pré-definidas. Segundo Jung:3

"    Nenhum arquétipo pode ser reduzido a uma simples fórmula. Trata-se de um recipiente que nunca podemos esvaziar, nem encher. Ele existe em si apenas potencialmente e quando toma forma em alguma matéria, já não é mais o que era antes. Persiste através dos milênios e sempre exige novas interpretações. Os arquétipos são os elementos inabaláveis do inconsciente, mas mudam constantemente de forma.    "

Arquétipos no inconsciente coletivo

O núcleo de um complexo é um arquétipo que atrai experiências relacionadas ao seu tema. Ele poderá, então, tornar-se consciente por meio destas experiências associadas. Os arquétipos da Morte, do Herói, do Si-mesmo, da Grande Mãe e do Espírito ou Velho Sábio são exemplos de algumas das numerosas imagens primordiais existentes no inconsciente coletivo.
Autonomia

Embora todos os arquétipos possam ser considerados como sistemas dinâmicos autônomos, alguns deles evoluíram tão profundamente que se pode justificar seu tratamento como sistemas separados da personalidade. São eles: a persona, a anima (lê-se "ânima" em português do Brasil), o animus (lê-se "ânimus" em português do Brasil) e a sombra. Chamamos de instinto aos impulsos fisiológicos percebidos pelos sentidos. Mas, ao mesmo tempo, estes instintos podem também manifestar-se como fantasias e revelar, muitas vezes, a sua presença apenas através de imagens simbólicas. São estas manifestações que revelam a presença dos arquétipos, os quais as dirigem. A sua origem não é conhecida, e eles se repetem em qualquer época e em qualquer lugar do mundo - mesmo onde não é possível explicar a sua transmissão por descendência direta ou por "fecundações cruzadas" resultantes da migração.
Narratologia

Jung constatou que, além de elementos tipicamente ligados à psique, como os sonhos, os arquétipos do inconsciente coletivo também se expressam através de narrativas, destacando e estudando especialmente o mito e o conto de fada. Ele diz:4

"    Nos mitos e contos de fada, como no sonho, a alma fala de si mesma e os arquétipos se revelam em sua combinação natural, como formação, transformação, eterna recriação do sentido eterno.    "

Outros estudiosos, como Joseph Campbell e Christopher Vogler, considerando a definição junguiana, também sugerem interpretações a respeito da expressão dos diversos arquétipos em uma narrativa, independente de seu caráter fantástico ou não. Para Campbell, os arquétipos fazem parte de todo ser humano, como órgãos de um corpo, fenômenos biológicos.5

Vogler, por sua vez, influenciado pela obra de Vladimir Propp, que observa a narrativa a partir de funções desempenhadas pelos personagens, sugere que os arquétipos sejam tomados como máscaras das quais os personagens de uma história dispõem, utilizando-as temporariamente conforme a necessidade do andamento do enredo.6

Outras perspectivas, também sugeridas por Vogler, são:6

    Enxergar os arquétipos como facetas da personalidade do herói, possibilidades (boas ou más) para o protagonista;

    Entendê-los como personificações das diversas qualidades humanas.


in: pt.wikipedia.org/wiki/Arqu%C3%A9tipo

pouco mais à a explicar sobre arquetipos...  ::)

mas na prática... o que é que isso significa?  :-\

Ora bem...

Vamos por exemplo supor que voce tem um quadro na sala de uma ÁGUIA... que é um dos arquetipos mais poderosos que existem... pois simboliza "a liberdade"... "o poder"... "a visão" sobre todas as coisas... etc...

o mais certo é voce ser um "mandão"...  :P ...e ter a mania de querer "dominar tudo" à sua volta... muitas vezes até se sente mal por isso e não sabe porque é assim... muito simples...

apenas pelo facto de TODOS os dias estar exposto a essa imagem... vai ficar exposto à "energia" que ela transmite... ;)

mas isto pode trazer amarguras...  ::)

vamos por exemplo supor que voce leva uma estátua de uma águia para o escritório... e o seu chefe a vê... TODOS os dias... o mai certo é voce ser despedido... ;) pois a estátua é sua e o seu chefe vai "perceber" isso como uma "afronta"... ou "desafio"...

saber utilizar os arquetipos pode ser uma "arte"... não perceber nada sobre isso... pode ser um erro... ;)
a minha religião é a verdade...

Muito interessante!

Bom post! :)
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

#2
Citação de: César Pedrosa em 25 outubro, 2009, 01:43Para ler com atenção a quem tenha interesse e reflectir... Smiley

Arquétipos
Eles são as tendências estruturais invisíveis dos símbolos. Os arquétipos criam imagens ou visões que correspondem a alguns aspectos da situação consciente. O termo é usado por filósofos neoplatônicos, como Plotino, para designar as ideias como modelos de todas as coisas existentes, segundo a concepção de Platão. Nas filosofias teístas o termo indica as ideias presentes na mente de Deus.

Para se compreender adequadamente a finalidade dos símbolos, deve-se ter em mente que o homem existe e actua em um quádruplo campo: físico, biológico, psicológico e psíquico. E assim, homem e campo se inter-relacionam através de múltiplas possibilidades, a saber: interacção física, funções biológicas e psicológicas, comunicação, comportamento, campos electromagnéticos (auras), fenómenos psicotrônicos (parapsicológicos), harmonização e simbolização. Logo, os símbolos podem ter diversas classificações, isto é, podem ser naturais, artificiais, objectivos, subjectivos, subconscientes, individuais, colectivos, culturais e Cósmicos ou Universais. Isto conduz ao facto de que são usados para múltiplos fins e sempre novos símbolos são incorporados à galeria dos já existentes. Assim sendo, a Humanidade vem utilizando os símbolos para formular ideias, para poder se comunicar, para preservar conceitos filosóficos, científicos e místicos, para se expressar, para memorizar factos, leis, acordos, nos processos de concentração e de meditação, e, iniciaticamente, para promover integração psicológica e UNIÃO MÍSTICA. Também, como visto, para ameaçar e subjugar. Os símbolos, as imagens e as alegorias cumprem, assim, diversas finalidades, a saber: necessidade de ordem, comunicação, preservação do conhecimento, auto-expressão, recordação, instrução, concentração, meditação e ASCENSÃO MÍSTICA. É importante que fique claro que os símbolos arquetípicos são fundados em PRINCÍPIOS CÓSMICOS, que, por serem PRIMORDIAIS, não podem ser delidos, e, desde sempre, são património inalienável do pensamento humano. Os símbolos, por exercerem activa interferência no desenvolvimento emocional e psíquico do ente, requerem, para serem adequadamente compreendidos e misticamente bem utilizados, o funcionamento harmónico de determinadas funções psicológicas como a imaginação e a memória. De sorte que, um símbolo objectivo está vinculado ao plano físico e um símbolo psíquico manifesta-se mentalmente.
No âmbito do Misticismo, os símbolos sempre resultaram de experiências espirituais ou psíquicas, e são empregados misticamente para compreender e dirigir as LEIS UNIVERSAIS para o BEM, para o BOM, para o BELO e para o JUSTO. Três aspectos básicos regulam a simbologia místico-esotérica:
UNIÃO CÓSMICA
INTEGRAÇÃO COM A NATUREZA
HARMONIUM
Para todo e qualquer místico, HARMONIUM significa unificação harmoniosa da humana dualidade. Em um nível mais esotérico, deve-se pensar na  (7)septenalidade da humana manifestação e na própria existência-manifestação do Universo. O pouco que foi examinado até agora e o que se seguirá são absolutamente incompatíveis com desonestidades, , hipoteticidades, falsidades, matanças, guerras, assassinatos, suicídio, torturas, mentiras, terrorismo, falsos testemunhos, infra-sexo, cativeiros, prevaricações, apoderações ilícitas, seqüestros, armas de destruição individual e/ou em massa, classificação de informações, concussões, tráfico de... , overheads, sobrevalias, mau-caratismos, injustiças conscientes, preconceitos, pistolões... Isto vai longe! Mas, duas coisas os entes não podem fazer: JULGAR E CONDENAR OS ACTOS ALHEIOS. A Justiça é necessária? É. A ordem pública precisa ser respeitada e mantida. Mas ai do carrasco! Complicado esse assunto. O facto é que mandar construir o Taj Mahal ou mandar bombardear o Iraque não faz muita diferença. Esta afirmação pode causar um certo espanto inicial. Mas quem se der ao trabalho acadêmico-literário de estudar todas as implicações que envolveram a construção do Taj, verá que não cometi nenhum absurdo com a comparação. Mutatis mutandis.
7
3 + 4 = UNIDADE HUMANA
(3 + 4)³ = UNIDADE CÓSMICA
DA BÍBLIA...
(DE SEPTENARIIS MYSTERIIS)
Número Oculto, Santo e Portentoso

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
7 Vezes o sangue devia ser espargido sobre o altar...
7 Dias no Egipto toda a água era sangue...
7 Dias os filhos de Israel comeram pães ázimos...
7 Braços tinha o Candelabro, feito de ouro puro, no PRIMEIRO TESTAMENTO...
7 Candelabros Dourados, no SEGUNDO TESTAMENTO...
7 Vezes o Profeta mandou o camareiro banhar-se no Jordão...
7 Espíritos diante do Trono de D'US...
7 Estrelas na mão do jovem e Filho do Homem...
7 São os SELOS que selam o LIVRO...
7 Anjos...
7 Pragas...
7 Taças de Ouro...
7 Trombetas...
7 Trovões...
7 Palavras...
7 Súplicas...
O 7º DIA...
DO PURGATÓRIO...
7 Feridas em Forma de P...
7 Pecados Capitais...
22 Letras...
22 Anos de Exílio...
22 Nomes...
22 Arcanos Maiores...
22: O MUNDO (Alegria decorrente da Verdade... Fé decorrente da Alegria... Movimento... Dança... Acordo dos Ritmos... Bem-aventurança... Sabedoria Alegre... ShOPhIa...)
22 ÷ 7 = 3, 142857
142857 = LUZ. VIDA. AMOR.
142857 = Número da Eterna Evolução do Cosmo Infinito.
1 = ALeF = Princípio Universal = Arcano I = O Mago
4 = DaLeTh = Fogo, Ar, Água e Terra = Arcano = IV = O Imperador
2 = BETh = Cifra da Divisão = Arcano II = A Papisa = Dualidade = Androginia
8 = HeTh = 36 = 666 = Arcano VIII = A Justiça = Senda Óctupla = O Som do Silêncio
5 = HE = Cifra do Homem = TETRAGRAMMATON = YeHoVaH = 26 = 8 = Arcano V = O Hierofante (O Papa)
7 = ZaIN = Lei Universal = A Foice = Arcano VII = O Carro. 7 x 7 x 7 = 343.
Entretanto, todo místico sente intuitivamente que tudo aquilo que tem existência é UM. UM com o UM. A própria concepção ou percepção de dualidade e de multiplicidade são produtos intransponíveis da incapacidade de o ser poder acessar o TODO CÓSMICO. A ilusão (mâyâ) é uma fatal inerência do existir, do estar e do vir-a-ser. Nem os mais Elevados Hierofantes dela podem escapar integralmente. Por isso, o autodesenvolvimento depende insubstituivelmente de TRÊS factores fundamentais:
COMPREENDER O QUE SE DESEJA MUDAR
PERCEBER EM QUE A COISA SERÁ MUDADA
ESTAR CONSCIENTE DA RESPONSABILIDADE PELA MUDANÇA
O uso dos símbolos é geralmente benéfico. Geralmente. Eles são expressão e produto de integração psicológica e um meio EFECTIVO (eficiente + eficaz) para que seja alcançada essa integração. Mas, verdade seja dita, há alguns riscos no processo de simbolização, e todo místico deve estar diligentemente atento para as possíveis armadilhas que a mente não-treinada pode inconscientemente se deixar interagir. O próprio devenir – ilusão do ser que está mas pensa que é – está comprometido com o presente do passado e com o presente do presente, ainda que o ontem, o hoje e o amanhã sejam uma só e a mesma coisa. Assim, é preciso ter cuidado com:
Interpretação equivocada de um símbolo - Uso indiscriminado de símbolos - Concentração desmedida nos símbolos - Utilização dos símbolos para fins mágicos
UM MÍSTICO DEVE TER SEMPRE EM MENTE:
OS SÍMBOLOS SÃO UM INSTRUMENTO CATEGÓRICO PARA QUE SEJA ALCANÇADO O CAMINHO SAGRADO
UM MÍSTICO DA SENDA DIREITA JAMAIS UTILILIZARÁ UM SÍMBOLO:
1. PARA PREJUDICAR QUALQUER ENTE
2. PARA FINS HIPOTÉTICOS
3. PARA SUBMETER O DEVER A INTERESSES PARTICULARES EM DETRIMENTO DA NECESSÁRIA, ESTÁVEL E RIGOROSA OBEDIÊNCIA ÀS LEIS CÓSMICAS
PARA REFLEXÃO
O Simbolismo transforma os fenómenos visíveis em uma ideia e a ideia em imagem; mas de tal forma que a ideia continua a agir na imagem, permanecendo, contudo, inacessível. E, mesmo se for expressa em todas as línguas, ela permanece inexprimível. Já a Alegoria [texto filosófico, teológico, místico ou iniciático escrito de maneira simbólica, que utiliza imagens e narrativas com intuito de apresentar tropologicamente (emprego de linguagem figurada) Leis Universais, Ideias e Concepções concernentes à ACTUALIDADE CÓSMICA ou à realidade temporal (autores como Platão, 427 a.C.-348 a.C.) recorreram a esta forma de expressão] transforma o fenómeno visível em conceito, o conceito em imagem, mas, de tal maneira, que esse conceito continua sempre limitado pela imagem, capaz de ser inteiramente apreendido e possuído por ela e completamente exprimido por essa imagem. (Goethe).

IMAGENS, DOCUMENTOS, SÍMBOLOS E ALEGORIAS (VOLUME I)  Rodolfo Domenico Pizzinga

Bem hajam
angel
https://portugalparanormal.com/index.php/topic,2864.0.html



Citação de: coenuno em 09 junho, 2014, 22:37
Entrarei agora em mais um assunto que causa que causa muito dissabor aos praticantes fervorosos do catolicismo e evangélicos... mas antes , só um esclarecimento sobre uma das rações pelo dissabor por parte dos seguidores fanáticos desses segmentos religiosos.... ao excluir a polaridade feminina da Divindade, a Igreja católica e evangélica viram-se diante da dificuldade de superar a força arquetípica do lado feminino na criação. Não era possível através de simples decreto se anular a força de um arquétipo que existira desde épocas imemoriais...... A Trindade clássica que sempre foi citada como Pai - Mãe – Filho..... foi transformada em Pai, Filho e Espírito Santo. Retirando o lado feminino, mas isto não foi seguido por todos os cristãos, conforme pode ser constatado através de todos os evangelhos gnósticos. Algumas vezes Jesus mencionou o Espirito Santo como sua "Mãe"..... Como tal não era fácil apagar da mente humana a presença feminina na Trindade, por isso o povo acabou exigindo a presença feminina junto à Trindade.... neste caso vindo a igreja católica como única a ascender o nome de Maria – Mãe de Jesus.....

O presente texto pretende analisar as representações e a presença no imaginário coletivo de Lilith, a primeira mulher de Adão para as lendas hebraicas, bem como as dos tradicionais arquétipos femininos bíblicos de pecado e redenção, Eva e Maria, no sentido de pensar os vários estigmas e estereótipos gerados a partir destes modelos para as mulheres ao longo do tempo.


LILITH - O Demônio

Na Bíblia, os principais arquétipos femininos são o de Eva, a mulher que trouxe o pecado para a humanidade; e o de Maria, a mulher que trouxe ao mundo aquele que salvaria todos os homens do pecado. Porém, há na mitologia semita, uma terceira mulher cuja trajetória está diretamente ligada à do destino da humanidade: Lilith, a primeira esposa de Adão, a serpente que enganou Eva, o demônio da luxúria.

Existem algumas versões diferentes da lenda de Lilith, na mais aceita pelos estudiosos do mito e com fundamentos na Talmud (um dos livros considerados como fonte da sabedoria rabínica), Lilith é criada por Deus da mesma forma como Adão, ou seja, moldada pelas mãos divinas, só que a partir de lodo e fezes. Os dois são o primeiro casal, responsáveis por cuidar do Éden. Só que com o tempo Lilith se rebela por não se conformar em estar em uma posição inferior a de seu marido, já que ambos foram criados a imagem e semelhança de Deus. A submissão é detectada inclusive sexualmente, onde Lilith exerce poder de sedução e entorpecimento orgástico em Adão e ele, por outro lado, se deita continuamente sobre ela, num sinal de domínio no coito e na relação, o que Lilith não aceita.

Em busca de igualdade, Lilith entra em conflito com seu marido, contesta sua posição de inferioridade, e contesta também o criador, tendo que escolher entre se submeter ou deixar o jardim. Ela escolhe a segunda opção e parte para um exílio no Mar Vermelho, reduto de demônios. Durante algum tempo Lilith se vê impelida por anjos a voltar ao jardim, porém escolhe viver como demônio e abandona de vez Adão . Este, triste por perder sua mulher, adormece, e a partir de sua costela Deus cria Eva, uma mulher que saiu do homem, portanto dependente e submissa a ele, a que seria oficialmente a primeira esposa de Adão, a mãe da humanidade.

Após seu exilo no Mar Vermelho Lilith volta ao Jardim do Éden como um demônio, e na forma de uma serpente é responsável pela tentação de Eva, que levou toda a humanidade ao pecado. Com astúcia, Lilith confunde Eva e desperta nela o desejo de igualdade, não a igualdade com o homem, que a primeira mulher antes desejava, mas a igualdade com o próprio Deus.

Na Bíblia, não temos nenhuma referência à Lilith, e a serpente é identificada com o Diabo, mas no imaginário judaico, já associado às lendas mesopotâmicas, Lilith é o demônio da luxúria – que tentava os jovens sexualmente á noite levando-os a sonhos eróticos e "poluição noturna"-, e mais tarde, com a maior sistematização das crenças de Israel, a lenda foi acoplada à idéia do Diabo e suas hostes. Por outro lado, o mito de Lilith, presente originalmente na cultura dos babilônicos e assírios, perdurou também na tradição oral dos hebreus e nos livros de sabedoria, considerados apócrifos pela cultura cristã. Além disso, a lenda tem sido retomada pelo estudo das religiões, religiões e mitologias comparadas, psicologia e pela astrologia e misticismo, onde Lilith é a lua negra, a face oculta lunar.


EVA - 0 pecado


Eva é, segundo a Bíblia, a primeira esposa de Adão. De acordo com este livro sagrado, depois que todas as coisas já haviam sido criadas, Deus a fizera de uma costela do homem para ser a companheira deste, pois todos os outros animais tinham um par, menos o ser humano. Adão nomeou-lhe, como tinha feito com o resto da criação. (Gênesis, cap. I e II). Ela é também a responsável pelo pecado original, pois sucumbiu aos apelos da serpente e comeu do fruto proibido por Deus, desobedecendo às ordens divinas. Além disso, convenceu Adão a também desobedecer a Deus e comer do fruto da "árvore do conhecimento do bem e do mal", o que levou toda a raça humana à perdição.

Dentre as interpretações que podem ser feitas dos primeiros capítulos de Gênesis, temos a de que Eva foi uma criação imperfeita até ser nomeada por Adão, e a de que a existência dela, e da mulher, só acontece em razão das necessidades de Adão, ou seja, Deus só a criou quando percebeu que o homem estava só e precisava de uma companheira. Daí podemos colocar que Eva só poderia ter sua identidade e existência ligadas a de Adão.

São Tomás de Aquino, um dos maiores teóricos do catolicismo, viu no fato de Deus ter criado Eva a partir da costela de Adão um indício de igualdade entre homem e mulher, pois, segundo ele, se Eva fosse criada da cabeça seria uma indicação de superioridade, e se fosse criada do pé, uma indicação de inferioridade. Por outro lado, esse também pode ser um indicativo de profunda ligação e até mesmo dependência entre os dois, principalmente de Eva em relação a Adão, de quem foi gerada, o que transferido para o imaginário pode implicar na idéia de dependência das mulheres para com os homens.
Quando Eva foi tentada pela serpente a Bíblia não revela explicitamente se ela estava sozinha ou em companhia de Adão, porém a não interferência dele no diálogo entre ela e a serpente faz parecer que ambas estavam sozinhas. Eva é tentada a ser como Deus, conhecedora do bem e do mal, caso comesse do fruto da árvore do conhecimento, além disso, não enfrentaria a pena instituída por Deus para a desobediência, a morte. Após analisar o fruto, a mulher decide comê-lo e o oferece a seu marido, que também come. Imediatamente ambos percebem que estão nus e se escondem ao ouvir a voz de Deus (Gênesis, cap. III).

É importante notar que quando Deus pergunta sobre a desobediência, Adão culpa Eva e esta culpa a serpente. Os três são penalizados, a serpente – que segundo lendas tinha asas – rastejaria para sempre; o homem teria que trabalhar para se sustentar; a mulher e a serpente seriam inimigas; a mulher teria dores de parto e seria dominada pelo marido; e por fim a humanidade estava banida do Paraíso. Há ainda a menção do filho da mulher que esmagaria a cabeça da serpente, o que para alguns teólogos faz referência à Cristo e Satanás (Gênesis, cap. III).

Eva é então a culpada pelo pecado original, o que, no imaginário, se dissemina para todas as mulheres. É interessante que Eva, apesar de transgressora, fica ao lado de Adão para ouvir sua sentença, e a cumpri, carregando o estigma de pecado, impureza, fragilidade, ingenuidade e sofrimento remido que se estende para as mulheres na sociedade cristã, como algo inerente a sua natureza. Lilith, por sua vez, escolhe viver sozinha e errante, e como mulher não recebe o castigo da maternidade, ou a maternidade como um castigo, no sentido das dores de parto e do sofrimento, como logo veremos com Maria.

Assim, além de culpada pela desgraça humana, a mulher (a partir de Eva) é também estereotipada como aquela que dá ouvidos ao Diabo, tendo, portanto, propensão a ser enganada por ele e a seguir seus desígnios e ardis. Esse estereótipo perseguiu as mulheres principalmente durante a Inquisição, onde o nascer mulher já era um pressuposto para uma acusação de pactos demoníacos sob a forma de bruxaria ou feitiçaria.


MARIA - a redenção

Em Maria temos a mãe do Salvador da humanidade. Ela é a responsável por trazer ao mundo o Deus encarnado, e tão miraculosa quanto a encarnação divina é a forma como ela acontece, pois Maria engravida do Espírito Santo ainda sendo virgem. Tal qual o Deus, que é Deus e homem, Maria é ao mesmo tempo mãe e virgem. É interessante essa atribuição dada a Maria, pois mesmo com o parto e com o casamento com José ela permanece sempre virgem nas pregações e no imaginário cristão. Maria reúne, portanto, atribuições que remetem a mulher cristã perfeita: aquela sempre casta sexualmente, pois de virgem e pura passa à maternidade sem conjunção carnal, e depois de mãe torna-se assexuada, como todas as mães são ou deveriam ser no imaginário ocidental.

Para Eva, a maternidade foi um castigo para o pecado, pois com ela vieram as dores e o sofrimento. Mas é através do castigo de Eva que vem a honra à Maria e a remissão não só a humanidade como a todas as mulheres.

Assim, Maria ocupa o posto de mãe simbólica da humanidade, que pela lógica deveria ser de Eva, remediando através "do fruto de seu ventre" o desastre que a outra havia cometido. Maria também passa a ser símbolo do catolicismo, e é até hoje ícone dos católicos perante os outros cristãos, através de sua imagem, suas orações e a devoção que a Igreja presta a mãe de Cristo. É importante ressaltar que, dentro de uma sociedade visivelmente machista e de pensamento masculinizado que é a ocidental, fruto das misoginias judaica e ateniense, a maternidade e a geração da prole foram o ápice da vida feminina durante séculos, onde os prazeres sexuais das mulheres, sempre tolhidos, deviam estar associados com a possibilidade de procriação.

Vale salientar que o modelo feminino de Maria é complementar ao de Eva no sentido da maternidade, pois Eva é o exemplo de boa esposa: companheira, submissa, que fica ao lado do marido; e Maria é por excelência o modelo de mãe ideal, sendo o casamento e a geração de prole idéias subseqüentes. Apesar de toda valorização de Maria em oposição ao pecado de Eva há na imagem das duas algumas semelhanças, pois ambas só podem ser percebidas e são diretamente associadas às figuras masculinas que lhe acompanham, Adão e Cristo. Nesse sentido, há a dependência da imagem masculina para complementar o papel feminino nas duas personagens, pois Maria só é Maria pelo fato de ser mãe de Cristo, e Eva só veio a existir pelas necessidades de Adão. Quando se pensa em Maria há a associação imediata dela com seu papel de mãe de Jesus, e quando se pensa em Eva, ela é inseparável de seu companheiro Adão, no binário Adão e Eva, com exceção do momento da tentação e do pecado, onde parece que Eva foi a única culpada pelo pecado original.

Além disso, Maria e Eva coincidem em mais um aspecto: o sofrimento. Para Eva são as dores de parto, para Maria as dores de ver o próprio filho no caminho para o Calvário. Estas imagens nos trazem um modelo do feminino que só se realiza na maternidade, a qual sempre lhe traz sofrimentos, desde o parto e continuamente nas preocupações maternas e, supostamente, instintivas da mãe para com o filho, a querer poupar-lhe sempre e em sofrer com os seus sofrimentos, como se fosse um castigo divino.


A TRINDADE FEMININA - Resumo

Se Eva nega sua ambição e seu desejo de ser igual a Deus, conformando-se em ser dominada por seu marido, arquétipo perfeito da mulher desastrada e submissa; e Maria nega sua sexualidade, sendo mãe e virgem, arquétipo materno; Lilith, por sua vez assume desde sua criação suas convicções, ambições e sua sexualidade, sendo, por isso, até mesmo aquela mulher que assusta, domina e pode destruir, pagando por isso a pena de se tornar um demônio. É o oposto, portanto, ao modelo de mulher tolhida, submissa, arrependida, e que só tem sua identidade ligada a uma figura masculina.

1.   Lilith, representa a Potência Criadora e o tempo que se possui para realizá-la.


2.   Eva, representa a capacidade da forma concreta, distinguindo o espaço concreto para Eva e o espaço geral para o Amor Maior e as mudanças.

3.   Maria, representa a Criação Física Material, nos materializaria as representações de Eva e Lilith.




Quando a Lua transita pelo Zodíaco representa a força que integra os aspectos de Eva por um lado e os de Lilith pelo outro..... Da Lua Nova a Lua Cheia temos o aspecto representativo de Eva, ou seja, criar para destruir...... Da Lua Cheia a Lua Nova temos o aspecto representativo de Lilith, que destrói para criar...... Por isso a Lua na que se pratica a Magia Sagrada é na Lua Nova, pois está em equilíbrio com a fase de construção e destruição......

Sds

Sandoval

Fonte: Forum Portais de Luz
https://portugalparanormal.com/index.php/topic,29889.0.html


o ovo, por exemplo... é o arquetivo que representa "a origem"... a "energia primordial"... outro dos arquetipos mais poderosos...

quando alguém olha para um ovo, normalmente, pode ter duas reações diferentes...

Uns vão-se sentir tentados a protegê-lo...

Outros vão-se sentir tentados a come-lo...  ::)

e ambos pelo mesmo motivo... ;)
a minha religião é a verdade...