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  • Doença de Alzheimer e seus Aspectos Espirituais
    Iniciado por sofiagov
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sofiagov
Psicopatologia da Doença de Alzheimer

O "Mal de Alzheimer", ou Doença de ALZHEIMER, é um quadro demencial, irreversível, com solapamento progressivo, principalmente, da MEMÓRIA do paciente e de outras funções cognitivas (intelectuais).
Em geral, a doença começa a partir dos 65 anos, mas há vários casos de início precoce, isto é, a partir dos 45 anos.
(...) primeiramente é comprometida a "memória de fixação" e "memória de curto prazo", ou seja, a pessoa começa a se esquecer de acontecimentos ocorridos mais recentemente e, com o progredir da Doença, a memória para fatos mais antigos também será deteriorada. (...) no início da Doença de ALZHEIMER o paciente costuma se "perder" em via pública ou mesmo esquecer-se de fatos os mais corriqueiros, pois a memória recente estando comprometida, o paciente fica "desorientado" no tempo e no espaço; além disso, o paciente costuma apresentar alterações "ético-sociais" -, o "pudor" (que é uma função complexa) fica comprometido; consequentemente, (...).
(...)
Enfim, a Doença de ALZHEIMER vai afetando, progressivamente, as funções corticais do paciente, pois o que acontece é que há uma ATROFIA DO CÉREBRO do paciente e, por isso mesmo, as funções cognitivas (intelectuais) e até motoras (de movimento) são deterioradas pela doença, irreversivelmente, porque as células cerebrais não se regeneram, uma vez atrofiadas não são substituídas por outras, (...) "na parte física vemos que a pessoa vai definhando, perdendo o movimento e a noção das coisas."


Visão espírita do "Mal de Alzheimer'

Na época do lançamento de O LIVRO DOS ESPÍRITOS (OLE), de ALLAN KARDEC (1857), não se conhecia a fisiopatologia da Doença de ALZHEIMER, por isso, a Codificação não se refere à Doença especificamente, porém, podemos extrair algum conhecimento sobre o que acontece com o Espírito da pessoa com essa Doença se analisarmos bem a resposta à questão 156 de OLE e, com tal análise, não podemos nos furtar a um melhor entendimento da natureza e propriedades do PERISPÍRITO e suas correlações com a MEMÓRIA e o TEMPO...

Assim, leiamos a questão 156 de OLE e a primeira parte da resposta:
"A separação definitiva entre a alma e o corpo pode verificar-se antes da cessação completa da vida orgânica?
"- NA AGONIA, ÀS VEZES, A ALMA JÁ DEIXOU O CORPO, QUE NADA MAIS TEM DO QUE A VIDA ORGÂNICA (...)".

MORTE CORPORAL E ESPÍRITO
O Espírito desliga-se definitivamente do corpo porque este está morto, mas não é o desligamento do Espírito que causa a morte do corpo, Parece-nos, que nas doenças crônicas em geral, que afetam o cérebro (como é o caso da Doença de ALZHEIMER), estando este deteriorado, ele não mais reagiria ao comando do Espírito - a vida na doença de ALZHEIMER se resumiria, praticamente, à vida orgânica, VEGETATIVA, "a alma já deixou o corpo", embora não definitivamente, pois isto só ocorre na desencarnação...

A Sra. poderia, talvez, argumentar que um corpo não poderia viver sem alma, o que não seria verdade... O que mantém a vida corporal é o "FLUIDO" VITAL e não o Espírito, a vida só se extingue pela exaustão dos órgãos e não pela ausência do Espírito.
o Espírito desliga-se definitivamente do corpo porque este está morto, mas não é o desligamento do Espírito que causa a morte do corpo...
Obviamente, ainda há uma ligação, muito tênue, entre o Espírito e o corpo de uma pessoa com Doença de ALZHEIMER, mas o rompimento de tal ligação só não é definitivo porque a pessoa ainda não desencarnou, pois o Espírito nada mais tem a fazer estando o cérebro sem NENHUM controle seu... Sabemos que a alma desprende-se do corpo, pouco a pouco, gradativamente, nas doenças orgânicas, crônicas e num grau avançado da Doença, acreditamos que a alma está quase totalmente liberta do corpo.
Como um paciente com Doença de ALZHEIMER sente-se interiormente? Parece-nos que isto irá depender não só da evolução espiritual da pessoa, como também, do estágio evolutivo da doença, da demência. Quando as funções cognitivas (intelectuais) estão seriamente comprometidas, a pessoa nada sente, isto é, não há nenhuma repercussão ESPIRITUAL do que se passa no corpo... Aliás, KARDEC afirmava mais ou menos isto, em outras palavras, quando disse que de nada adianta ser um bom violinista se o violino estiver danificado.

Como tocar boa música, nessa situação?
Prezados Srs. leitores e leitoras, o grande sofrimento na doença de ALZHEIMER é dos familiares e da Sociedade, não é do paciente. É muito duro, às vezes desesperador mesmo, ver um ente querido, um ser humano, desconhecer seus próprios parentes, não saber pronunciar seus nomes (na afasia motora) e, às vezes, nem reconhecer as coisas do ambiente (agnosia) e nem ter coordenação para os mais simples movimentos úteis, como vestir uma roupa (apraxia), certamente, como dizem alguns: "é um sofrimento ver uma pessoa tão dinâmica ir definhando aos nossos olhos."... Aí está: a doença de ALZHEIMER é uma PROVA, extremamente difícil para os familiares e exige muita resignação e muito Amor e, antes de tudo, a certeza na IMORTALIDADE DA ALMA e de sua INDIVIDUALIDADE (...).
Enfim, cuidar muito bem dos pacientes, embora acreditemos que não é fácil, mas as dificuldades são postas em nossa vida para crescermos espiritualmente e, quem sabe, se este gênero de prova não foi solicitado pelos familiares. antes de reencarnar?!
(...)
Gostaríamos de dizer que as vivências do Espírito desses pacientes são "qualitativamente" diferentes das dos seus familiares, pois o Espírito deles estão parcialmente EMANCIPADOS do corpo, ao passo que os familiares e nós, encarnados, vivemos as nossas experiências na "prisão" da carne... O "Mal de ALZHEIMER" aniquila a vivência do tempo para o corpo, porque este não "obedece" ao comando do Espírito.

in ongfraterna

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