Sobre a obra do Tibetano e de outros Mestres da Sabedoria

Sobre a obra do Tibetano e de
outros Mestres da Sabedoria

O Mestre Tibetano explica-nos como devem ser estudados os seus textos. Diz-nos que poderemos encontrar, escondida nos seus enunciados, uma grande riqueza de in­formações, desde que saibamos procurar e se os assuntos forem reunidos num todo coe­rente. A nós nos cabe estudar, comparar, ler e investigar, para podermos extrair a Amrita que nos alimente o coração, a mente e a alma. Com efeito, tais informações preciosas es­tão disseminadas e difundidas, como forma de se proteger o Ensinamento e ele não consti­tuir, assim, um real perigo para o público em geral.

Ouçamos as suas importantes palavras, na Introdução da obra Tratado sobre Magia Branca, p. 3, de enorme valor para todo o estudante sério:

Ao se estudar e se examinar com atenção as ideias expostas neste livro, é preci­so ter em conta certos conceitos fundamentais.

1. Aquilo que é mais importante para todo o estudante não é tanto a personalidade de um mestre, mas a medida de verdade que este fornece, e a faculdade do estudante distinguir entre verdade, verdade parcial e erro.

2. Quanto mais o ensinamento esotérico se aprofunda, mais ele arrasta respon­sabilidade exotérica. Todo o estudante deve fazer, pois, um exame atento de si próprio e recordar-se que a compreensão vem pela aplicação da parte de verdade entendida aos problemas imediatos que se apresentam na vida quotidiana, e que a consciência cresce pelo uso da verdade comunicada.

3. O apego dinâmico à via escolhida, com a inquebrantável perseverança que ul­trapassa tudo o que pode acontecer, é uma das condições indispensáveis que conduzem a um reino, uma dimensão, um estado de alma conhecidos subjectivamente. Este estado de realização produz, então, modificações na forma e no meio que correspondem à sua força.

Estes três conceitos merecem madura reflexão e a sua importância e o seu si­gnificado devem ser algo compreendidos para permitirem todo o verdadeiro progresso. O meu papel não é o de indicar como aplicar pessoalmente o ensinamento dado. Cada um deve fazê-lo por si próprio.


Fonte: GEM Grupo de Estudos Maitreya