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  • Um sonho meu
    Iniciado por Quothnor
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Quothnor
Boas!

Geralmente os meus sonhos serem sempre "doentios", têm sempre o mesmo padrão e nunca têm um grande "objectivo". Por vezes tenho sonhos, como foi o caso de hoje, que têm uma espécie de "história" e corrente de acontecimentos.
Começo por dizer que para mim os sonhos são sempre apenas sonhos, nunca lhes dei importância, mas tenho curiosidade de como interpretam e/ou o que tinham a dizer num exemplo destes sonhos raros que tenho que têm algo a acontecer. A única nota que tiro de "estranho" é que quando tenho estes sonhos acordo com um feeling estranho.
Vou também poupar-vos algumas descrições mais "gráficas" que costuma ser o habitual nos meus sonhos. Peço também desculpa, porque provavelmente deve de sair um bocado mal contado, nunca tive grande jeito para contar coisas.

O sonho começa comigo numa grande casa, onde parece haver uma festa. Sinto-me desgastado, com fadiga, não por estar cansado, mas aquele "feeling" permanente que se tem como se já estivéssemos cansados de tudo na vida.
Estou vestido como é o meu costume: Uma camisa, calças pretas de fato e sapatos.
Passo por um espelho e olho de relance. Estou bastante mais velho, perto dos meus 30 (tenho 20), estou bastante mais magro e com uma cara com uma expressão que por vezes tenho de quem está bastante cansado.
Junto-me a um grupo que supostamente são amigos meus, só reconheço uma ou duas pessoas, de resto não me lembro de as ver em lado nenhum.
Um deles, que é um amigo meu de longa data, e alguém que me ajudou muito, começa a falar comigo: (Não vou dizer nomes reais, prefiro manter isso em segredo puramente por respeito a eles.)
Amigo 1: "Então Tiago, como está a [Não me lembro do nome]?"
Eu: "Está bem. Está lá por casa, tivemos há pouco tempo uma filha." (Não tenho namorada)
Amigo 1: "Nunca nos chegaste a dizer onde estiveste aqueles anos todos."
Amigo desconhecido 1: "Que anos?"
Amigo 1: "O Tiago por volta dos 2X desapareceu do nada, ninguém sabia dele, mais tarde voltou a aparecer como se nada fosse."
Amigo desconhecido 2: "Se calhar foi ele que matou o violador que apareceu há pouco tempo." - diz-se a rir.
Amiga 1: "Ele sempre foi estranho, mas nunca foi um assassino, ele seria incapaz de matar."
Eu: "Ficariam surpreendidos."

Por esta altura afasto-me e o "Amigo 1" vem atrás de mim. Começa a falar comigo:
Amigo 1: "Olha ali a "Ex-namorada". Olha, lembras-te como é que ela costumava referir-se a ti?"
Olho para a "Ex-namorada" (é a minha ex real de agora, a vida real).
Eu: "Como?"
Amigo 1: [Diz algo que no meu sonho estava distorcido, não percebi o que era.]
Simplesmente encolho os ombros como se não me incomodasse o que ele tivesse dito.
Eu: "Vou buscar algo para comer."
Amigo 1: "Vai lá, vou estar ali com o pessoal."

Ando pela casa e um desconhecido aborda-me. Fala-me em francês, não sei francês, no meu sonho tenho a noção que ele está a falar francês, mas ouço em português:
Incógnito 1: "Saudações [Nome familiar, não é o meu], ouvi dizer que te encontraria aqui."
Eu, falando também em francês: "Que queres?"
Ele aproximando-se do meu ouvido sussurra-me:
Incógnito 1: "Tens uma família muito simpática."
Afasta-se rápido de mim e vai-se embora.

Começo a sentir-me nervoso e tento segui-lo em passo rápido.
Vou parar à entrada da casa, no parque de estacionamento. Vou ao meu suposto carro (que não tenho nenhum) rápido sem perder o sujeito de vista, abro o porta de bagagens e visto um sobretudo preto de cabedal que tinha lá, luvas pretas de cabedal e abro uma caixa de madeira que tem uma katana vermelha (desta vez é algo que tenho mesmo).

Para quem não sabe, uma katana é isto:


Vou em passo rápido ao sujeito sem tirar os olhos dele, ele está a olhar para algum lado. De repente ele tira uma pistola de dentro do casaco, aponta para onde está a olhar e dá um tiro. Vejo para onde ele disparou. Alvejou uma mulher que também nunca vi antes, mas que no sonho reconheci como a minha mulher. Corro para o sujeito e corto-lhe a cabeça, vou imediatamente a seguir assistir a minha suposta mulher.
Eu: "Não te mexas! Deixa-me ver como está isto!"

Levanto-lhe a camisola, analiso, vejo que foi na parte de baixo da barriga, para a direita.
Eu: "Ok, a bala foi de um lado ao outro, tenta não te mexer. Isto vai doer um bocado."

Pego-a ao colo, e levo-a para o carro. Lá dentro pego num estojo de primeiros socorros.
Pego num bocado de ligadura e dobro-a umas 4 ou 5 vezes, meto algo que parece ser betadine e meto sobre a parte da frente da ferida, faço o mesmo para a parte de trás e em seguida enrolo ligadura à volta da barriga dela para segurar os tais dois pedaços em lugar e fazer pressão.

Eu: "Vou-te levar o mais rápido possível a casa e peço à minha mãe para chamar o [Nome desconhecido], até lá tenta não fazer nenhum esforço."

Guio até um cais. Encontro uma cadeira de rodas onde meto a minha mulher.
Eu: "Espera aqui uns instantes, venho rápido."
Esposa: "Tem calma Tiago, estou bem. Não faças nada parvo."

Simplesmente afasto-me e vou a uma espécie de balcão que parecia onde compra-se bilhetes para andar de barco.
Eu: "Preciso de um barco rápido que me leve a [...]!"
Homem 1: "Lamento, só temos às [...:...].
Tiro uma pistola com um silenciador debaixo do sobretudo e aponto ao homem.
Eu: "Não foi um pedido."

O homem apressa-se a chamar um barco pelo rádio. Eu volto a guardar a pistola e saio de lá rápido.
Volto à minha mulher.
Eu: "Não te preocupes, vou-te tirar rápido daqui."

Entretanto o barco chega e leva-nos ao longo de um rio. Na outra margem apanhamos um táxi. O taxista olha suspeito para a minha mulher, mas não diz nada.
Mais tarde chegamos ao que seria supostamente a nossa casa. Está lá a minha mãe a tratar do que seria a minha filha que tivemos há pouco tempo.
A casa é-me bastante familiar, especialmente o interior, mas não me lembro de alguma vez a ver antes.
Eu: "Mãe, chama o [...] rápido, a [Esposa] foi atacada, enquanto ficas cá a ver dela e o [...] a trata, preciso de sair rápido."
Mãe: "Voltaste-te a meter em problemas lá por causa do outro sítio?!" - diz ela furiosa.

Enquanto ela fala estou eu a ir ao meu quarto onde abro um estojo com pó, onde tiro uma M4A1.
Eu: "Venho rápido."
Mãe: "Tiago!"

Vou à garagem onde tenho uma mota (que também na verdade não tenho) e vou ao meu bairro actual. Chego a uma casa que hoje em dia mora os familiares de um amigo meu, mas que no sonho está em ruínas.
Pego no telefone e faço uma chama. Quando atendem começo a falar francês.

Eu: "Preciso que me ajudes. Hoje fui atacado por um homem que suspeito ser de [...]."
Homem da chamada: "Lamento, mas não podemos fazer nada sobre isso."
Eu: "É assim que ajudam depois de tantos anos na Legião? Especialmente depois de me terem mandado numa missão daquelas?!" (suponho que estivesse a falar da Legião Estrangeira Francesa, para onde já pensei ir.)
Homem da chama: "Mais uma vez, lamento, mas não temos nada a ver com isso."

Depois disto passa-se um grande segmento do meu sonho que já não me lembro.
Só me lembro de chegar a casa e ver a minha esposa a ser tratada. Acordo logo a seguir a isso.

Sei que é muito estranho, mas é um bocado o meu normal de sonhos. Decidi cá meter simplesmente pela curiosidade do que diriam sobre tal, nunca tiro grande importância de sonhos.
Desculpem pelo grande testamento e se fui um bocado confuso, ahah.

podem ser lembranças de uma vida passada, embora tenhas alguns "factos" desta vida atual
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

#2
Muito impressionante! Parecem me memorias de vidas passadas.Arranja o livro sonhos lucidos em 30 dias se tiveres interesse em aprofundar a razao de ser dos teus sonhos. Eu li o livro e agora tenho sempre respostas atraves de sonhos. Resulta assim para mim. Tiro muito partido dos sonhos. Faço um diario e recordo-me sempre deles.
Eu se fosse a ti tentava perceber o que se trata. Os meus sonhos sao premonitorios mas esses parecem uma mistura de passado e futuro. Estara relacionado com karma que vieste resolver nesta vida?
Até os nossos inimigos vieram à nossa vida para nos ajudar com os desafios que nos lançam.

Estimado Quothnor,

dada a especificidade dos seus sonhos, talvez não fosse má ideia, transcrevê-los diariamente para o papel. Ao fim de uns tempos talvez tivesse um fio condutor que lhe permitisse encontrar a verdadeira sequência histórica.

Citaçãoabro uma caixa de madeira que tem uma katana vermelha (desta vez é algo que tenho mesmo)
Cuidado amigo, sua katana vermelha, pode ser uma Muramasa. >:D



Muramasa foi um antigo ferreiro japonês que, segundo a lenda, orou para que suas espadas fossem "grandes destruidoras". Por causa da qualidade excepcional de suas lâminas, os deuses lhe concederam o pedido e as imbuíram com um espírito sanguinário que iria conduzir seu portador ao assassinato ou suicídio. Há inúmeras histórias de donos de Muramasas ficando loucos ou sendo assassinados.

Acreditava-se que as espadas eram amaldiçoadas, e até chegaram a ser proibidas por decreto imperial por Shogun Tokugawa Ieyasu, que as condenou depois que elas se tornaram o objeto que matou quase toda a sua família (seu avô, sua esposa e seu filho adotivo morreram com a escapa, e ele e seu pai foram feridos por ela). No entanto, os problemas de Ieyasu com as espadas provavelmente começaram simplesmente porque elas eram extremamente populares.

Muramasa não era o nome de um homem, mas de toda uma escola de ferreiros. A qualidade das lâminas Muramasa era lendária e a classe guerreira do Japão as usava com frequência. O fato de que foram utilizadas em muitas mortes relacionadas com o Shogun, embora certamente uma coincidência, não é exatamente notável.


Se for o caso, você está em sérios apuros!
✔ Não reze por uma vida fácil, reze por forças, para suportar uma difícil. (Bruce Lee)

Quothnor
Citação de: cleopatra em 03 junho, 2014, 23:07
podem ser lembranças de uma vida passada, embora tenhas alguns "factos" desta vida atual

Não tenho uma crença em concreto depois da morte, por isso não posso afirmar que acredite realmente em vidas passadas, ahah.
Mesmo se acreditasse com certeza em vidas passadas, não diria que fosse o caso. O sonho estava cheio de indícios do tempo actual, desde armas, pessoas, tecnologia, transportes, aspectos da cidade, etc.

Citação de: PoWeRLigHt em 04 junho, 2014, 00:48
Muito impressionante! Parecem me memorias de vidas passadas.Arranja o livro sonhos lucidos em 30 dias se tiveres interesse em aprofundar a razao de ser dos teus sonhos. Eu li o livro e agora tenho sempre respostas atraves de sonhos. Resulta assim para mim. Tiro muito partido dos sonhos. Faço um diario e recordo-me sempre deles.
Eu se fosse a ti tentava perceber o que se trata. Os meus sonhos sao premonitorios mas esses parecem uma mistura de passado e futuro. Estara relacionado com karma que vieste resolver nesta vida?

Não sei exactamente que queres dizer com um karma que vim a resolver, ahah.
O que me acontece muito é em certas fazes da vida, em eventos maiores na minha vida, darem-me um grande sentimento de dejá vu, como se já tivesse sonhado com os acontecimentos do dia. Nunca consigo descobrir com certeza se realmente sonhei com eles ou é só a sensação de dejá vu. Consigo estar durante anos sem essa sensação, que é quando não há grandes acontecimentos e depois acontecer-me com frequência do nada.

Citação de: oculto em 04 junho, 2014, 07:38
Estimado Quothnor,

dada a especificidade dos seus sonhos, talvez não fosse má ideia, transcrevê-los diariamente para o papel. Ao fim de uns tempos talvez tivesse um fio condutor que lhe permitisse encontrar a verdadeira sequência histórica.

Bem, interpretando o meu próprio sonho.
Os anos de que falavam no sonho de eu ter desaparecido poderia ser os 5 anos de contracto da Legião Estrangeira Francesa. Ainda hoje em dia estou a pensar na opção de ir para lá. O que se o fizesse era daqui a pouco tempo, o que temporalmente voltaria para casa nos meus 25-26, no sonho tinha 28-29.
As únicas pessoas que ficariam a saber eram os meus pais, não desejaria que mais alguém soubesse onde eu estaria.
A Legião Estrangeira Francesa, é muito resumidamente mercenários legais com um nome bonito. Costumam fazer publicidade que a Legião trata dos seus, mas há rumores que mal se saia de lá, eles nunca mais querem saber de ti. O que seria verdade no sonho.

Citação de: anormal em 04 junho, 2014, 15:53
Cuidado amigo, sua katana vermelha, pode ser uma Muramasa. >:D



Muramasa foi um antigo ferreiro japonês que, segundo a lenda, orou para que suas espadas fossem "grandes destruidoras". Por causa da qualidade excepcional de suas lâminas, os deuses lhe concederam o pedido e as imbuíram com um espírito sanguinário que iria conduzir seu portador ao assassinato ou suicídio. Há inúmeras histórias de donos de Muramasas ficando loucos ou sendo assassinados.

Acreditava-se que as espadas eram amaldiçoadas, e até chegaram a ser proibidas por decreto imperial por Shogun Tokugawa Ieyasu, que as condenou depois que elas se tornaram o objeto que matou quase toda a sua família (seu avô, sua esposa e seu filho adotivo morreram com a escapa, e ele e seu pai foram feridos por ela). No entanto, os problemas de Ieyasu com as espadas provavelmente começaram simplesmente porque elas eram extremamente populares.

Muramasa não era o nome de um homem, mas de toda uma escola de ferreiros. A qualidade das lâminas Muramasa era lendária e a classe guerreira do Japão as usava com frequência. O fato de que foram utilizadas em muitas mortes relacionadas com o Shogun, embora certamente uma coincidência, não é exatamente notável.


Se for o caso, você está em sérios apuros!

Ahah, quem me dera ter uma Muramasa.
Infelizmente, não é. Tal como anotei no texto, a katana é algo que tenho realmente na vida real. Deixo aqui uma foto dela:



Tal como no sonho, está dentro da sua caixa.