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  • Antiga Fábrica de Pólvora Paulo Inácio
    Iniciado por Arghallad
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A antiga fábrica de pólvora Paulo Inácio ficava nos Olivais, perto da rotunda da BP, num local onde hoje existe uma empreitada recente de prédios de habitação e quem seguir essa estrada vai dar á Portela de Sacavém. Mesmo ao lado da velha fábrica havia um infantário extremamente antigo. Diz-se que o infantário se encontrava assombrado, e o mesmo foi encerrado por alegados maus tratos a crianças. No entanto e voltando á fábrica. A mesma foi demolida há alguns anos, após vários anos em ruínas depois da sua explosão, na qual morreram algumas pessoas. Como vocês podem e devem imaginar, era expressamente proibido fumar no interior da fábrica, pois a mínima faísca poderia despoletar uma explosão. No entanto, aparentemente foi isso que alguém fez. Ou, pelo menos demasiado perigosamente perto de pólvora. Lembro-me de estar em casa e ouvir a explosão. Acreditem, eu não ouço Metal baixinho (muito menos se estiver sozinho em casa, que foi o caso nesse dia) e ouvi a explosão. A onda de choque foi tal, que o meu pobre cão (que estava na varanda) foi projectado contra a porta. Em várias casas num raio de dois km, várias janelas caíram ou ficaram partidas. Prédios tiveram rachas nas paredes devido á força da onda de choque, sendo que os mais próximos, foram os mais afectados. No entanto, isso acabou tudo a ser desmentido pela Polícia durante a investigação. Foi na verdade um máquina nova que criou a explosão, que resultou em algumas mortes. Devido ao que lá se passou, muitas experiências foram lá tidas por inúmeras pessoas, na sua grande maioria jovens que iam para lá apenas para explorar o local, beber, tomar drogas ou ter sexo. No infantário ao lado, relativamente perto do local da explosão, as crianças diziam ver fantasmas, ou pessoas transparentes. Tanto de dia, e ainda mais á noite era horrível passar por ali devido ao que ali se sentia (e que ainda hoje muito dizem sentir).
   Anos mais tarde, ouve outra morte no local. Dois assaltantes de cobre invadiram o local para roubar todo o cobre que pudessem. Já não havia. Mas o infantário já tinha sido encerrado e a casa é mesmo muito antiga. Quando lá chegaram viram o tesouro. Mas nem imaginavam que o mesmo tinha ainda corrente. Um deles acabou por morrer no local electrocutado, o sobrevivente ficou com parte do corpo queimado e processou o dono da propriedade (vejam o desplante) e ganhou o caso em tribunal, tendo o proprietário sido obrigado a pagar uma indemnização exurbitante por danos graves á integridade física e negligência (conseguem acreditar nisto?). A verdade, é que embora hoje eu pessoalmente já lá não passe, e não tenha agora conhecimento se alguém voltou a sentir algo lá ou a ter experiências no local, a verdade é que quando eu lá passava diáriamente para ir para a escola, sentia-me sempre mal. Pareceu-me ver (atenção, PARECEU-ME) uma vez uma figura transparente no interior das ruínas da fábrica, mas foi pelo canto do olho e pode realmente não ter sido nada.
   A verdade, é que infelizmente não encontrei quaisquer fotos do local antes e depois da explosão, mas encontrei este acórdão do tribunal. Por ser enorme, deixo-vos o link. Fala apenas, da fábrica.

http://http://www.dgsi.pt/jtrl.nsf/e6e1f17fa82712ff80257583004e3ddc/8fa51fae784bcc7680256e54004dcd90?OpenDocument


Foto dos prédios mais próximos ao local da explosão.
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.

Bem que história. Uma pena não haver nada na internet para se explorar informação.
É o que eu digo, a internet não tem tudo e mais alguma coisa acerca de todos os locais. Pode haver uma ou outra pista, no entanto pode não valer de muito.
Gostei da história. Penso já ter ouvido por alto alguém falar nisso, mas não tenho a certeza.

#2
Lembro-me perfeitamente de a minha mãe e as outras cuscas todas do bairro quererem ir ver mais de perto o "espectáculo" que eram aquelas enormes chamas, juntando o som "magnífico" de fogo de artifício, que nada mais eram que balas a dispararem e cartuchos a explodirem devidos ao intenso calor. Ela decidiu pegar em mim e na minha irmã para irmos ver mais de perto. Estávamos todos na avenida que vai dar ao Prior Velho conhecido como o R.A.L.L.I.S. (e sim, ainda hoje lá aceleram á grande, embora agora com menor frequência e maiores problemas a quem o fizer devido a todos os semáforos, lombas de abrandamento e radares ali existentes), e um polícia veio ter connosco, todo suado e coberto de pó e sujidade das chamas, que olhou para a minha mãe e lhe disse a chorar para por favor sair dali com os meninos. " Por favor minha senhora, peço-lhe por tudo, pegue nas crianças e vá embora, já temos mortos suficientes." e a minha mãe dizer com ares de superior "Então, mas aquilo está a arder ali e nós estamos aqui.". O polícia virou-se para ela e disse-lhe "por favor minha senhora. Aquilo está a arder por cima mas o depósito de pólvora fica em baixo nas caves e está cheio até acima. Os bombeiros não conseguem lá chegar por causa das balas que estão a disparar sozinhas por causa do fogo. Se as chamas chegam aos depósitos, isto tudo vai explodir e a bomba de gasolina está já ali com os depósitos também cheios. Se as chamas ali chegam, estamos perdidos. Ficamos com uma catástrofe enorme nas mãos e morremos todos. Por favor minha senhora, pegue nos seus meninos lindos e saia daqui. Vá para o mais longe possível." Só depois disso é que ela pegou em nós e fomos embora. Mas infelizmente (a inteligência dela não serve para mais), levou-nos para casa. Perto o suficiente para no caso de tudo explodir, o prédio ir abaixo. O meu falecido pai (que era taxista e soube pelo rádio da central o que se tinha passado, uma vez que estavam a evacuar uma parte de Moscavide por questões de segurança, onde estava até a antiga Praça de Taxis), é que foi a casa buscar-nos, meteu-nos no carro e arrancou que nem um louco até chegarmos a casa da minha falecida avó, do outro lado de Lisboa. Nunca me esquecerei daquele dia. Ainda agora enquanto relato isto, revejo na minha mente e em frente aos meus olhos o céu pintado de vermelho, negro e cinzento, e sinto na pele o calor abrasador daquelas chamas. Ainda posso ver as chamas e a cara do Polícia...
Chegasteis até aqui,
Não chegarás mais além.

Muito interessante. As pólvora, estão ligadas a morte.
assim, é sem dúvida um tópico muito vasto para trocarmos opiniões e ideias...
Blumah