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  • 2 textos Jesus Tinha Irmãos? - e Nossa Senhora: Mãe de Deus e nossa Mãe
    Iniciado por César Pedrosa
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Estes textos têm o intuito de demonstrar através da afirmações "literais" do que está escrito, a sua tradução correcta fundamentada noutras situações traduzidas da mesma forma mas que não geram polémica logo não são referidas:)

São muitas as passagens na Bíblia que é afirmada a existência de irmãos de Cristo (por exemplo Mt 13,47: "Disse-lhe alguém: 'Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar-te'").
Só que essas passagens possuem um sentido contrário ao que muitos julgam. Observe:
Primeiramente é importante mencionar que as línguas em que foram escritas a Palavra de Deus eram o hebraico, o grego e o aramaico. Essas línguas são pobres em palavras, ou seja, existem palavras com duplo sentido.
Como por exemplo a palavra "irmãos" que é mencionada na Palavra de Deus, que significa parentes próximos ou primos.
Para provar esta afirmação, vamos passar para uma prova que na própria Bíblia encontramos. Leia as passagens abaixo:
•   Gn 13,8: "Abraão disse a Lot: 'Rogo-te que não haja discórdia entre mim e ti, nem entre nossos pastores, pois somos irmãos'"
•   Gn 11,27-28: "Eis a descendência de Taré: Taré gerou Abraão, Nacor e Aarão. Aarão gerou Lot."
Entendendo:
A primeira citação nos mostra que Abraão e Lot eram IRMÃOS. Já na Segunda citação, analisamos que Abraão é TIO de Lot. Pois o pai de Lot (Aarão), é irmão verdadeiro de Abraão.
Aí está uma das várias provas que existe na Bíblia, provando que Jesus não tinha irmão. Essa análise nos prova que Maria, a Mãe de Jesus, não teve outros filhos e foi Virgem durante toda a sua vida. Aí está a prova de uma das verdades de fé que muitos dizem ser falsa.

Nossa Senhora: Mãe de Deus e nossa Mãe   

Escreveu-me um protestante:
Deus não tem início nem fim, e portanto não pode ter mãe.
Creio que o problema da posição protestante (que pára por aí, ao contrário do raciocínio cristão), é repetir o erro dos nestorianos, condenado no Concílio de Éfeso em 421.
Para Nestório, bispo herético de Constantinopla, a humanidade de Jesus seria apenas o templo ou revestimento do Filho de Deus; a divindade teria passado por Maria, mas não nascera de Maria, o que implicaria haver uma pessoa humana em Nosso Senhor, distinta da Segunda Pessoa da Ssma. Trindade.
Deste modo Nestório protestava contra o título "Theotokos", Mãe de Deus, usado imemorialmente pelos cristãos, e propunha que Nossa Senhora fosse chamada apenas de Mãe de Cristo.
A posição protestante sofre do mesmo erro, sem perceber as suas trágicas consequências. Se há duas pessoas, uma divina e uma humana, não há realmente Encarnação nem morte na Cruz.
Há apenas uma espécie de co-habitação, de "possessão", sem que seja possível haver portanto a fé cristã.
Nós, ao contrário, sabemos que Deus se fez homem, e que em Cristo há só uma pessoa, mas duas naturezas, a divina e a humana. Isso sempre foi crido pelos cristãos, sendo definitivamente afirmado no Concílio de Calcedônia, em 451.
A posição nestoriana, como a protestante, aliás, sofre de uma falta de compreensão do Mistério da Encarnação. É um erro de cristologia, não de mariologia.
Nossa Senhora realmente é Mãe de Deus, a partir da Encarnação. Jesus não é um ser híbrido e composto de uma pessoa divina e outra humana, mas sim uma só pessoa com duas naturezas. Não é um corpo humano (co)habitado por uma pessoa da Santíssima Trindade, mas sim a Encarnação desta pessoa. Uma só pessoa, porém duas naturezas.
Nossa Senhora gerou em seu seio a Jesus, mas não só a seu corpo ou sua alma humanas. O Verbo de Deus se fez um homem em seu seio, mantendo a sua natureza divina e tomando, por intermédio de Maria, também uma natureza humana, na mesma pessoa.
Assim Maria é realmente a Mãe de Deus. Se ela não o fosse, Jesus não seria Deus, mas sim uma "vestimenta" humana para Deus.
Nossa Senhora foi preparada por Deus antes mesmo de sua concepção, exactamente para que o Verbo se fizesse Carne (não "assumisse uma" carne) em seu seio. Ela foi preservada da mancha do Pecado Original, ou seja, não sentiu sequer o desejo de pecar, e foi assim a nova Eva.
Por Eva o pecado entrou no mundo; por Maria a Salvação veio.
Foi ela igualmente que fez com que Nosso Senhor iniciasse o seu trabalho, apesar d'Ele dizer que a Sua hora não havia ainda chegado (bodas de Caná), e foi ela que sempre esteve ao seu lado até a Sua morte na Cruz, sendo então dada aos discípulos como nossa Mãe.
26  Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
27  Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa. (Evang. João 19, 26-27)
Nossa Senhora evidentemente não é uma pessoa da Ssma. Trindade, nem poderia ser. Mas ela é a nossa intercessora (como qualquer cristão pode rezar pelo outro, ela reza por todos nós), a nossa advogada (como nas bodas de Caná, ela nos diz "fazei tudo o que Ele vos ordenar", e ao mesmo tempo pede a Ele que aja em nosso favor, para o nosso bem).
Assim o respeito e a devoção mariana são e sempre foram marcas distintivas do bom cristão. Com Nossa Senhora aprendemos a dizer "sim"a Deus, a dizer "faça-se em mim segundo a Sua vontade"; sabemos que ela é o refúgio dos pecadores, que ela em Seu Imaculado Coração trespassado por dores conforme previsto pelo Profeta Simeão tem sempre um lugar para nós e nos chama à conversão, arrependimento e penitência.
Sabemos assim que Nossa Senhora é a Mãe de Deus, o Auxílio dos Cristãos, a Porta do Céu.
Autor: Carlos Ramalhete
Que a LUZ que nos une prevaleça sobre as trevas que nos afastam.
Bem Hajam

Sem dúvida que é interessante, do ponto de vista argumentativo, a defesa da tese de que Nossa Senhora foi virgem toda a vida.
Essa sempre foi uma preocupação invulgar desde, sobretudo, a Idade Média, onde os pintores renascentistas e até anteriores chegavam ao cúmulo de pintar o nascimento de Jesus por detrás da orelha de Maria, sua mãe.
Bom, quanto a mim, José casou com ela. Tiveram Jesus, em cuja concepção admito intervenção divina se bem que também admita que a fecundação tenha sido de José e o Espírito que repousou sobre a carne (feto) tenha origem puramente divina.
Mas, José, como bom judeu que era e que pretendia que a sua descendência fosse garantida, naturalmente que continuou com Maria porquanto esta lha garantiu, evidentemente. Estamos numa época em que os judeus podiam repudiar a sua mulher se esta não concebesse.
Maria, foi uma mãe extremosa, dedicada, sem mácula no ponto de vista do respeito ao marido e dedicação à palavra de Deus. Mas foi também uma exemplar esposa. Nem Deus quereria o sacrifício duma vida apartada sem relações sexuais entre Maria e seu legítimo esposo, José.
Mas, por que razão sectores da Igreja Católica teimam em criar uma complexidade à volta de Maria, onde a resposta está no mais simples?
A pureza de Maria seria manchada pelo acto sexual de fecundação, é isso? Então por que razão Deus nos deu os órgãos sexuais para a reprodução, a nós que somos suas criaturas? Não seria então melhor uma fecundação por doces palavras que as levavam o vento aos ouvidos (cá está o ouvido do parto da Idade Média!) da mulher?
Não sejais ridículos. É assim que Deus nos criou e assim nos quer.