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  • Jogo do Copo No Porto - O que foi que nos aconteceu?
    Iniciado por TarinHitsugaya
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Eu moro nos arredores do Porto, numa pequena freguesia com muitos campos e, evidentemente, muitas histórias e lendas passadas de boca em boca ao longo dos anos. No entanto, existem aqui algumas coisas que não são somente histórias passadas pelos avós e idosos em geral.

Eu e alguns amigos meus, as nossas idades iam dos 13 aos 15 ou 16 anos, tinhamos a mania de pegar nas bicicletas á noite no Verão e ir para o meio dos campos fumar ás escondidas ou dar uns beijos e nunca nos preocupavamos com nada para além dos nossos assuntos.

Numa destas tristes ocasiões deu.nos para irmos jogar ao "jogo do copo" para o meio de um campo de milho á beira da nossa casa. A mim pareceu-me assustador porque apesar de acompanhar com este grupo "destemido" eu era bastante medricas (eu era quase como o "atrelado" do grupo, nunca me metia em problemas mas como não quera ficar sozinha em casa acabava por ir de arrasto com eles). Eles lá me convenceram a ir e começamos o jogo sem grandes incidentes e eu sempre a pensar que o copo era movido por um dos mais velhos e tal... Eramos 3 raparigas e 4 rapazes, eu era a mais velha das raparigas e para aí a terceira mais velha do grupo todo com 14 anos.

Pelo que eu me lembro, a certa altura, já por volta da meia noite e meia os dois rapazes mais velhos quiseram acabar o jogo, segundo eles porque era aborrecido, mas o tal copo continuava a ir para o NÃO!
Á primeira, segunda e terceira vez até achei piada mas depois tornou-se chato, até porque aos poucos começava a ver na expressão dos meus amigos que a brincadeira acabara e que algo não estava bem.

Sempre me disseram que, no jogo do copo, nunca se deve fazer nada sem a permissão deste e que nunca se deixava um jogo a meio.

Eu devo admitir que estava apavorada, porque aquela coisa do NÃO chegou a prolongar-se quase 10 minutos e nós "presos" a um copo no meio de um campo de milho á meia noite e tal da manhã, quando deviamos estar a jogar umas cartas nas escadas do prédio ou algo do genero. 

Nisto, do nada, uma das outras raparigas, a mais nova, que estava ao meu lado começou a tremer como uma vara verde e a chorar baba e ranho.
No entanto, não parecia assustada nem nada que se parecesse, era mais como olhar para uma folha em branco. Não havia expressão absolutamente nenhuma na cara dela, exceto os tremores e as lágrimas que lhe corriam pela cara.
Os rapazes mais velhos deram logo a sugestão de acabar o jogo, deixar a "~porcaria~ do copo" (segundo palavras deles) para trás e dar o baza dali... eu não queria fazer isso! Porque apesar de estar completamente apavorada eu pensava que seria muito pior se deixassemos o jogo a meio. Mas como a rapariga parecia que ia ter um ataque.. concordei.

Quando tentamos tirar os dedos de cima do copo...não conseguimos!! Tentamos e tentamos e nada.. então um colega meu, um dos mais novos a quem chamavamos "25", sugeriu que todos ao mesmo tempo fizessemos a maior força possivel, arrancassemos os dedos de cima do maldito copo e fugissemos.

Eu e um outro rapaz ( que todos chamavam ironicamente de "Copo") agarramos na miuda que ainda chorava (eramos os que estavam mais proximos dela) para lhe puxar a mão com que estava a tocar no copo e contamos até 3.
Puxamos com quanta força tinhamos e depois de alguma resistencia o copo deu de si e nós agarramos nas bicicletas e fugimos dali.
Mas, enquanto pedalavamos á força toda, sentimos um grande vendaval a varrer o campo de milho, o que, deixem que diga, ainda nos fez pedalar mais rápido.
Tão depressa como começou assim acabou.

A rapariga das lágrimas (Raquel) tinha voltado ao normal assim que largou o copo, mas quando lhe perguntamos (já á entrada do bairro onde moramos) o que se tinha passado durante o jogo para ela ter ficado daquela maneira ela disse que não se lembrava de nada desde que o nosso colega quiz acabar o jogo e até que a agarramos para fugir.

No entanto, referiu que, quando lhe pegamos na mão e a arrastamos para a beira das bicicletas, ela se sentiu como se fosse explodir de raiva, mas que até mesmo esse sentimento desapareceu no espaço de segundos para passar a sentir uma sensação de vazio que a deixou bastante abalada. Nem se tinha apercebido que tinha chorado como uma tola até que lhe contamos tudo.

Hoje em dia esse campo de milho foi vendido e algumas vivendas foram construídas em parte do terreno, a outra parte permanece como um campo de cultivo que está delimitado por um muro alto e um grande portão de ferro.

Sempre que passo lá perto sinto um arrepio na parte de trás do pescoço que me faz ficar em alerta. Os meus colegas, os que ainda fazem o caminho a pé, dizem sentir o mesmo.

Pergunto-me o que exatamente nos terá acontecido naquela noite.. espiritos?! fantasmas?! algo mais?!
Tarin_Hitsugaya

#1
Tiveram sorte ao não terem sido perseguidos pela entidade ou entidades que por lá andavam...é que o dito jogo do copo é tudo menos um jogo,é abrirem um portal para o outro lado,é muito perigoso e poderiam ter tido problemas bastante sérios para o resto da vida,consequentemente poderia algum membro ou mesmo alguns membros do grupo terem sofrido possessão demoníaca.

Foi exatamente isso que pensei mais tarde ao analisar tudo o que aconteceu. Eu sabia que era perigoso jogar e muito mais abandonar o jogo a meio e daquela forma :S mas eramos uns miudos e não pensamos.

A forma como a minha colega ficou..? Poderá ter sido possuída?!
Tarin_Hitsugaya

Amiga,

que isso vos tenha servido de lição. Tal como a Nita disse, o jogo do copo não é brincadeira e vocês no meio do mal, tiveram sorte. A sua amiga nunca mais foi incomodada?

Citação de: oculto em 03 janeiro, 2014, 13:19
Amiga,

que isso vos tenha servido de lição. Tal como a Nita disse, o jogo do copo não é brincadeira e vocês no meio do mal, tiveram sorte. A sua amiga nunca mais foi incomodada?

Ela continua muito recetiva a fenomenos estranhos.

Por exemplo, nós continuamos a passar por o local em questão com alguma frequencia, o café onde nos costumamos reunir fica a cerca de 10 minutos a pé do local onde realizamos o jogo, e sempre que por lá passamos ela fica muito calada e já por duas ou tres vezes que parece ficar apática e sem reação quando passamos em frente ao portão que delimita o que resta do campo. Eu fico com arrepios e isso tudo mas a ela parece afetar muito mais.

Certa vez, quando passavamos mais uma vez por esse local, vinhamos para casa a pé depois de termos ido ao café, deviam ser por volta da meia noite, ela ia calada e eu também (ela estava meia adoentada e com febre) e derepente ela parou e ficou a olhar em direção ao portão do campo e perguntou-me se eu tinha dito alguma coisa. Fiquei confusa porque não dizia nada há quase 5 minutos e quando lhe disse que não tinha dito nada ela disse para voltarmos para tras e irmos para casa por outro caminho.

Foi o mais estranho que se passou com ela na minha presença. Quando lhe perguntei ela disse que ouviu alguem a chamar o nome dela.

Tarin_Hitsugaya

Nix
credo :/ !!
Que história.
Pois, como foi dito, tiveste muita sorte em não ter acontecido mais nada para além disso.

Saíram assustados e não fecharam o jogo convenientemente

#7
Segundo a vossa opinião como deveríamos ter fechado o jogo??
é que eu já ouvi tantas opiniões que nem sei qual a verdadeira... :S

Tarin_Hitsugaya

não se deve brincar com as entidades porque não sabemos quem aparece
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Nix
Segundo sei, tem que se pedir premissao para sair, apos isso partir o copo.

#10
Oi :) Realmente aconteceu umas das muitas coisas más que acontecem quando se joga a esses jogos, espero que tu e os teus amigos nunca mais joguem a esse jogo, pois por mais incrivel que pareça podem acontecer coisas piores!
Também já me meti nisso e aconteceram coisas bastantes más, ainda bem tudo acabou bem, mas até acabar tive amigas que sofreram muito e eu tive sorte de não ter sido afetada /:
Espero que como eu tenhas aprendido a lição e tentes impedir mais jovens destemidos que se tentam divertir com esse "jogo".


-Acrescentando, para terminar o jogo pede-se ao espirito para terminar a sessão... E depois deixa-se claro que a sessão terminou, pega-se no copo e parte-se o mesmo. Mesmo que o jogo seja fechado correctamente nada impede que os "jogadores" sejam perseguidos ou que lhes aconteçam coisas estranhas...
" (...)Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam."
-Jack Kerouac

sofiagov
#11
Citação de: TarinHitsugaya em 21 janeiro, 2014, 12:39
Segundo a vossa opinião como deveríamos ter fechado o jogo??
é que eu já ouvi tantas opiniões que nem sei qual a verdadeira... :S



sim o jogo deve ser fechado

A forma de fechar o jogo é dispensar a entidade, agradecer a sua presença e mandá-la embora. Os verdadeiros tabuleiros têm inscrita a palavra adeus, para onde se deve pedir ao copo/espírito que se dirija a fim de fechar o jogo.

"Que minha porta se abra àqueles que habitam fora da riqueza, da fama e do privilégio. Que os que jamais andaram descalços não encontrem o caminho que chega à minha porta....
Que o lugar onde habito seja como uma floresta. Que haja caminhos e veredas para as cavernas e poços e árvores e flores, animais e pássaros, todos conhecidos e por mim reverenciados com amor." A Bruxa, Rae Beth