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  • Freud e o significado dos sonhos
    Iniciado por MajinBoo
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Segundo Freud a interpretação dos sonhos é a via real que leva ao conhecimento das atividades inconscientes da mente, e também o melhor caminho para o estudo das neuroses, sendo que os sonhos dos neuróticos não diferem dos sonhos de pessoas consideradas normais. A diferença entre ser neurótico ou não, vigoram apenas durante o dia, não se estende a vida onírica. Os sonhos são o ponto de articulação entre o normal e o patológico, são produções e comunicações da pessoa que sonha, e diferente do que muitos pensam, os sonhos não são absurdos, todos possuem sentidos, além de serem manifestações dos desejos. E é através do relato feito pelo sonhador que tomamos conhecimento dos seus sonhos, ou seja, o que é interpretado não é o sonho, mas o seu relato. Para Freud a pessoa que sonha sabe o significados dos sonhos, apenas não sabe que sabe, e isso porque a censura o impede de saber.  O sonho contado passa por distorções causadas pela censura em um processo chamado Elaboração Onírica ou Trabalho do sonho, que tem como objetivo proteger o sujeito da ameaça dos seus sonhos. Para Freud a linguagem é o lugar do ocultamento, o que se apreende através do relato, oculta um significado mais importante, o verdadeiro desejo. A psicanálise vai procurar exatamente a verdade do desejo, tendo como função fazer aparecer o desejo que o relato oculta por causa da censura. Este desejo é o da nossa infância com todas as interdições a que é submetido.

A interpretação é exatamente o caminho que nos leva do conteúdo manifesto dos sonhos, aquele que corresponde ao sonho lembrado e contado pela pessoa, aos pensamentos oníricos latentes, também chamados de pensamentos ocultos, inconscientes.

A Interpretação dos Sonhos, depois de ter passado por críticas e ter sido mal recebido por psiquiatras e cientistas da época de sua publicação, o livro de Freud parecia estar condenado a ficar em completo silêncio. Teve 351 exemplares vendidos nos seis primeiros anos de sua publicação, para anos mais tarde se tornar um dos livros mais importantes do novo século.

Concordo com a visão de Freud em alguns aspectos, mas de acordo com a minha experiência e pesquisas que venho fazendo ao longo de 15 anos, posso afirmar que os sonhos podem ser premonitórios, representativos ou equilibradores. Os sonhos servem na sua essência para repouso físico e emocional, mas sobretudo servem para que o nosso inconsciente processe emoções acumuladas ao longo da vida e de cada dia e faz uma espécie de restauro ao sistema. Nesse processo desencadeiam-se mecanismos que despoletam outras acções, nomeadamente activação de várias áreas do cérebro. O Freud levava tudo mais para uma perspectiva sexual, mas isso é só uma parte.