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  • Somos apenas máquinas biológicas.
    Iniciado por joao lourenco
    Lido 8.067 vezes
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Comentando algumas intervenções que tenho lido

- Somos sómente máquinas biológicas, com vida temporária

- Não somos um espirito, mas sim possuirmos um espírito, que entra em nós cerca dos 4 a 6 meses, e nos pertence temporariamente, para experienciar com o nosso corpo

- Qualquer espirito pode manisfestar-se num humano sem que este possa fazer algo, depende de alguns factores, o que contradiz o facto de alguns falarem em protecção, depende de várias situações, essa proteção (tenho experiencias)

- Em nenhum caso vi,  que qualquer religião tenha a ver com os espiritos ou mundo espiritual, estudando e interpelando a vida de espiritos antigos até hoje.

- Nunca vi um espirito se referir que existe deus, fazendo perguntas a "n" espiritos

- Sempre disseram que nos criaram para em nós realizarem as suas necessidades energéticas de purificação

- Sempre nos disseram que não temos capacidade suficiente para compreender o outro estado de vida, por isso quando se emite opiniões com alguma filosofia ou certezas estamos a errar.

- Diria muito mais, não faltaria espaço, para as respostas ás nossas perguntas, feitas ás entidades.

- Se alguém que aqui menciona algo que contradiga estas transmissões, convido, para uma sessão de mediunidade para me tirar duvidas, o que agradeço. Esta é a melhor forma de tirar duvidas é em conjunto se realizar encontros para se aprender algo.

- Base de informação, (diversos espíritos ou entidades)

fialves
#1
Creio que está enganado.

Cita como fontes das suas informações as entidades e espíritos que se manifestaram nas sessões espíritas em que participou. Pois eu sei de outras sessões em que espíritos disseram existir Deus. Como é que você sabe que os espíritos que falam consigo são os que falam a verdade e os que falam comigo são mentirosos?

Já ouvi entidades de luz, guias e espíritos vulgares dizerem o seguinte, em sessões com médiuns de incorporação:


1. Somos formados por um corpo e um espírito (ou alma, na tradição judaico-cristã).

2. Após a morte do corpo, a nossa existência continua, mas apenas em espírito.

3. Temos um só espírito, que está ligado ao corpo através de um vínculo que apenas se quebra no momento da morte (o chamado 'cordão de prata'). De facto, outros espíritos e entidades podem entrar no nosso corpo, se tivermos o chamado 'corpo aberto' (que mais não é do que uma vulnerabilidade nas nossas defesas energéticas), mas o corpo está ligado permanentemente apenas a um espírito.

3. O corpo é uma espécie de "prisão" onde o espírito sofre as provações necessárias à sua evolução rumo à perfeição.

4. Deus existe. Deus criou tudo. Deus é a origem de todas as coisas visíveis e invisíveis.

5. A religião cristã é a mais próxima da Verdade que é Deus. Mas o importante não é a religião, mas sim o facto de se procurar Deus e de se evoluir espiritualmente, abdicando de nós próprios, procurando amar o próximo e fazer o Bem. Em suma, cumprir os dois mandamentos que Jesus fala no Evangelho: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.


Como disse, ouvi isto em sessões com vários médiuns de incorporação (um deles é um dos maiores médiuns portugueses, que posso identificar por mensagem privada, se desejar). Além disso, existem outras fontes de confiança: os registos de Allan Kardec, compilados no Livro dos Espíritos; e os registos dos exorcismos realizados ao longo de séculos pelos padres católicos e ortodoxos. Aliás, nesses exorcismos há numerosas referências de entidades malignas que admitem a existência de Deus (embora O reneguem) e em que essas personagens gozam dos humanos que conseguem enganar, fazendo-lhes crer que não há Deus.

Aliás, o que não falta por aí são médiuns enganados por espíritos mentirosos. Conheço muitos casos desses.

Porém, na verdade, tudo se resume a uma questão: ter fé ou não ter. Não me refiro a uma fé "religiosa", mas sim a ter fé quanto ao que existe depois da morte. A verdade é que ninguém pode dizer, com base em provas científicas ou "racionais", que é assim ou assado. Apenas acreditamos ou não. Apenas temos fé ou não temos.

saudações

Citação de: joao lourenco em 15 setembro, 2013, 23:59
Comentando algumas intervenções que tenho lido

- Somos sómente máquinas biológicas, com vida temporária

- Não somos um espirito, mas sim possuirmos um espírito, que entra em nós cerca dos 4 a 6 meses, e nos pertence temporariamente, para experienciar com o nosso corpo

- Qualquer espirito pode manisfestar-se num humano sem que este possa fazer algo, depende de alguns factores, o que contradiz o facto de alguns falarem em protecção, depende de várias situações, essa proteção (tenho experiencias)

- Em nenhum caso vi,  que qualquer religião tenha a ver com os espiritos ou mundo espiritual, estudando e interpelando a vida de espiritos antigos até hoje.

- Nunca vi um espirito se referir que existe deus, fazendo perguntas a "n" espiritos

- Sempre disseram que nos criaram para em nós realizarem as suas necessidades energéticas de purificação

- Sempre nos disseram que não temos capacidade suficiente para compreender o outro estado de vida, por isso quando se emite opiniões com alguma filosofia ou certezas estamos a errar.

- Diria muito mais, não faltaria espaço, para as respostas ás nossas perguntas, feitas ás entidades.

- Se alguém que aqui menciona algo que contradiga estas transmissões, convido, para uma sessão de mediunidade para me tirar duvidas, o que agradeço. Esta é a melhor forma de tirar duvidas é em conjunto se realizar encontros para se aprender algo.

- Base de informação, (diversos espíritos ou entidades)

MyAngel
Caro Lourenço,

Concordo com o Fialves. Acho que se equivocou nas suas respostas.

Nós somos um espírito que vivenciamos num corpo para passar por vicissitudes. Esse corpo e esse espírito são um só, isto é, só esse espírito tem absoluto controlo sobre esse corpo. Mesmo num caso de possessão, o espírito obsessor pode ser expulso; agora o espírito destacado a esse corpo não, porque se isso acontecer, esse corpo deixa de viver.

Quanto ao resto, não posso exemplificar porque não tenho conversa aberta com espíritos. Somente recebo informações curtas e precisas, nada mais.
Deve ter melhor consciência com que espíritos se informa.

Bem haja.

#3
Citação de: joao lourenco em 15 setembro, 2013, 23:59

- Não somos um espirito, mas sim possuirmos um espírito, que entra em nós cerca dos 4 a 6 meses, e nos pertence temporariamente, para experienciar com o nosso corpo.
- Base de informação, (diversos espíritos ou entidades)

Sem querer contrariar experiencias vividas e conhecimentos obtidos seja atraves de estudos ou contactos com "espiritos" gostaria de colocar uma questão relacionada com esta afirmação:

- Não somos um espirito, mas sim possuirmos um espírito, que entra em nós cerca dos 4 a 6 meses, e nos pertence temporariamente, para experienciar com o nosso, corpo.

Sendo assim o ser em evolução e em estado superior é o corpo certo?

Embora eu não fale com espiritos nem tenha qualquer tipo de mediunidade continuo a acreditar que é o oposto...ou seja há energias que utilizam um corpo para atingir certos objectivos e assim evoluirem.
Não me trates por VOCÊ!!!
Respeito mais tratando-te por TU do que tu a tratares-me por VOCÊ!

fialves
A tese (aparentemente) defendida pelo João Lourenço, de que discordo, levanta ainda várias questões relevantes, para as quais não encontro resposta:

Se somos apenas "máquinas biológicas", do qual os espíritos se servem de seis em seis meses, como responder às seguintes questões:

1- Quem somos? Apenas a carne? Se existem "eles" (os espíritos) e "nós" (os corpos), então o que forma a nossa consciência? Existe apenas no nosso cérebro, como dizem os materialistas?

2 - Se somos apenas carne, como é que podemos ser responsáveis pelos nossos actos, do ponto de vista espiritual? Quem é responsável pelo que fazemos, nós ou os tais espíritos inquilinos que vão e vêm de seis em seis meses?

3- Se somos apenas máquinas biológicas, porque é que os espiritos nos dizem para seguirmos determinados princípios éticos? Se somos apenas carne, porque não gozar a vida ao máximo, roubar e violentar os outros? Que adianta sermos bons, se não vamos evoluir espiritualmente, já que somos apenas carne?

4 - Se Deus não existe, quem criou os espíritos? E quem nos criou a nós?

saudações

Ola sou um autentico nabo a responder, sei que perdi imenso tempo e não sei para quem enviei. quanto ao que alguns amigos comentaram, não vou aqui repetir, todos estáo no seu direito de o fazerem. As palavras que proferi não eram comentaveis por mim, apenas as transcrevo.

No entanto colocava em cima da mesa uma reunião mediunica, com alguns que aqui defendem algumas teorias, por mim estou pronto, poderiamos dialogar com as entidades que quisessem e todos publicamente tirariamos conclusões, sobre grandes ou pequenos médiuns que pouco interessa aos espiritos.

Não há que ter medo da experiencia, estou aberto.

MyAngel
A tese do João está incorreta.

Poderemos ser máquinas biológicas, mas não de 6 meses, mas anos, ou enquanto permanecermos no corpo físico.

Nós somos espíritos que reencarnamos na procura de progressão espíritual, ao qual nos são dadas provas de aflição para percebermos o que está mal e mudarmos isso.
Muitos materialistas sabem do seu estado espiritual, mas negam o seu desenvolvimento, apostando na manutenção das suas paixões terrenas. Todas estas loucuras deste mundo prender-se-ão com estados muito pouco desenvolvidos desses seres.

São muitas as vezes que penso para mim mesmo: "Meu Deus, será que também já fui assim?"
É incrível aquilo que sucede neste mundo, e ainda pior é considerarem isso como algo normal.

Quanto à existência ou não de Deus. Ninguém sabe quem é, se realmente existe ou não, mas acredita-se que alguém criou tudo e a esse alguém apelida-se de Deus. Se é verdade ou não, haverá mais alguém que possa confirmar ou não a sua existência.
Até mesmo sobre Jesus Cristo se especula se terá existido ou se será uma invenção para controlo social.

fialves
Como disse acima, acho que ninguém pode afirmar, com base em provas científicas, que as coisas depois da morte são assim ou assado. É uma questão de fé, no sentido de acreditar ou não em algo que é transcendente. Fé com provas não é fé. Pessoalmente, não acredito na reencarnação e não vejo grande vantagem em acreditar. Se estiver enganado, logo saberei. Não vou agir de forma diferente, no meu dia a dia, por saber que existe ou não reencarnação. Procuro fazer o Bem porque é esse o caminho da Luz. O caminho para chegar a Deus. E o caminho para ser verdadeiramente feliz. De um tipo de felicidade que é superior às coisas terrenas.

Quanto à existência de Deus, é possível concluir pela existência de Deus por via da Razão, mas não de forma empírica. Acreditar é uma questão de lógica e de fé.

Saudações

Citação de: MyAngel em 17 setembro, 2013, 01:05
A tese do João está incorreta.

Poderemos ser máquinas biológicas, mas não de 6 meses, mas anos, ou enquanto permanecermos no corpo físico.

Nós somos espíritos que reencarnamos na procura de progressão espíritual, ao qual nos são dadas provas de aflição para percebermos o que está mal e mudarmos isso.
Muitos materialistas sabem do seu estado espiritual, mas negam o seu desenvolvimento, apostando na manutenção das suas paixões terrenas. Todas estas loucuras deste mundo prender-se-ão com estados muito pouco desenvolvidos desses seres.

São muitas as vezes que penso para mim mesmo: "Meu Deus, será que também já fui assim?"
É incrível aquilo que sucede neste mundo, e ainda pior é considerarem isso como algo normal.

Quanto à existência ou não de Deus. Ninguém sabe quem é, se realmente existe ou não, mas acredita-se que alguém criou tudo e a esse alguém apelida-se de Deus. Se é verdade ou não, haverá mais alguém que possa confirmar ou não a sua existência.
Até mesmo sobre Jesus Cristo se especula se terá existido ou se será uma invenção para controlo social.

MyAngel
Citação de: fialves em 17 setembro, 2013, 01:23
Como disse acima, acho que ninguém pode afirmar, com base em provas científicas, que as coisas depois da morte são assim ou assado. É uma questão de fé, no sentido de acreditar ou não em algo que é transcendente. Fé com provas não é fé. Pessoalmente, não acredito na reencarnação e não vejo grande vantagem em acreditar. Se estiver enganado, logo saberei. Não vou agir de forma diferente, no meu dia a dia, por saber que existe ou não reencarnação. Procuro fazer o Bem porque é esse o caminho da Luz. O caminho para chegar a Deus. E o caminho para ser verdadeiramente feliz. De um tipo de felicidade que é superior às coisas terrenas.

Quanto à existência de Deus, é possível concluir pela existência de Deus por via da Razão, mas não de forma empírica. Acreditar é uma questão de lógica e de fé.

Saudações


A ciência é material e não espiritual. Para se acreditar são preciso provas, e essas provas surjem com o percorrer da vida. Começa-se a ver espíritos ou a ouvir, a aperceber-se como se movem, com premonições, viagens astrais, ... Tudo isso mostra-se como provas sobre a espiritualidade.
Como se pode acreditar em algo só porque se diz ser verdade? São precisas essas provas, e elas estão à frente de quem as quer ver, e para isso é necessário cumprir algumas regras.
Por mim mesmo, se não tivesse visto o que já vi, não iria nunca acreditar na espiritualidade porque vejo maldade na grande maioria das pessoas, logo somente cumprir regras meramente religiosas não seriam ato de fé para mim.

Procuro igualmente fazer o bem, mas o bem pode diferir de pessoa para pessoa. O que para alguns pode ser um ato de bondade, para outros pode ser de "escovinha" por exemplo. Eu aposto mais num misto de humildade, bondade, retidão e compreensão. Mesmo assim é-se alvo de vários julgamentos.

A minha opinião acerca do assunto, digamos que fundamentando-me com base na Fé que tenho em mim: ;D

O João Lourenço não afirmou que os espíritos se apoderam dos corpos de 4 em 4,  ou de 6 em 6 meses mas que, por altura dessa idade no corpo, passam a fazer parte dele.

Pessoalmente não penso assim, acredito que o espírito vá e venha sem permanecer com o corpo a tempo inteiro até à altura do nascimento, depois disso, não sei, porque todas as memórias que tenho de mim até aos 9 anos são vistas fora do corpo, lembro-me de mim na alcofa, a mudar fraldas, a atravessar ruas de mãos dadas com os meus pais e de brincar no jardim com o meu avô e o meu irmão, mas as imagens são quase todas vistas de cima. Não imagino o que seja isso e como não falo com espíritos ainda não tive oportunidade de lhes perguntar.

Nunca imaginei também que o Fialves não acreditasse na reencarnação, o que faz dele, quanto a mim, uma pessoa com ainda mais valor, precisamente pelo que ele já disse.

Da mesma forma fiquei admiradíssima com o depoimento do João Lourenço, que acredito lhe tenha sido dito, mas como o seu dom não é o da facilidade de expressão, há muitas coisas que diz que têm de ser bem pensadas e só depois interpretadas, eu não percebi bem ainda, de qualquer forma acho uma excelente ideia, pese embora esse método já ter sido realizado por Allan Kardec, em diversos pontos do globo, foram feitas as mesmas perguntas e registadas todas as respostas para chegar à conclusão que relata nas suas obras.

O que deu para me aperceber com este tópico, que é para mim dos mais importantes que têm sido colocados neste fórum, é a divergência que vem do mesmo meio, sendo as fontes os espíritos desencarnados.

Segundo o que foi transmitido ao João Lourenço nós não somos o nosso espírito mas sim o nosso corpo, desacordo veementemente, eu sou o meu espírito e ocupo este corpo nesta vida, aprendo o que tenho a aprender com ele, depois o corpo morre, liberto-me dele e personifico um novo que me dará a possibilidade de aprender outras coisas diferentes e assim sucessivamente até ter experimentado tudo, por isso se diz que devemos ter respeito pelo nosso corpo, se assim não fosse essa expressão nem fazia sentido.

Portanto, temos que neste momento fico grata a mim mesma por ter Fé sem precisar de provas, pois as únicas em que acreditava eram as ditadas pelos espíritos, agora das duas uma, ou as pessoas interpretam de maneira diferente aquilo que lhes fazem chegar, ou... nem os espíritos se entendem!

De tudo o que li a melhor conclusão que tiro é precisamente o que o Fialves referiu, acerca da Fé, Fé é acreditar sem provas, essa é uma das nossas missões, conseguir acreditar baseando-nos apenas no Amor que sentimos, se houver provas não se trata de Fé mas sim de Ciência, se fosse suporto acreditar em Deus à nascença não nos precisávamos de esquecer tudo o que já vivenciamos, se nos lembrássemos de tudo nem sequer conseguíamos andar aqui, também acredito que conseguimos reparar na maldade dos outros porque já fomos assim, então devíamo-nos sentir felizes por não ter de passar de novo por aquilo que nos desagrada ver nos outros, mas que é nossa responsabilidade ajudá-los a que eles consigam ver isso também, primeiro neles, depois lamentar nos outros e ajudar e assim sucessivamente a caminho da evolução, ou, como alguns chamam, da salvação.

O equilíbrio consegue-se entre o que é espírito e o que não o é.

MyAngel
Devo dizer que a opinião dada pelo João é tão válida como qualquer outra, mas tendo em conta o que referem os livros de Allan Kardec, o mencionado pelo João é que esses mesmos livros estão errados e isso leva-nos de volta à estaca zero.
Daí ser necessário que exemplifique melhor a sua teoria dando provas mais precisas sobre a sua teoria.

Ter fé sem o mínimo de prova é acreditar em algo sem ter noção do que realmente é.
Quando Abraão conduziu os Hebreus ao Egipto, e enquanto este estava no alto do monte a criar os 10 mandamentos, o povo fundiu um bezerro em ouro e adorava-o.
Pois bem, isso pode ser um ato de fé. Quem pode dizer que o povo estaria errado na sua adoração?
Eu acredito em Deus, pois acredito que as coisas não surgiram do nada. E sempre acreditei Nele, mesmo quando voltei costas às religiões, mas se não tivesse recebido provas, acreditaria no quê? Somente que havia um Deus criador? Como saberia eu sobre a Espiritualidade?

O fato de sermos seres pensantes e inteligentes, faz com que possamos acreditar ou duvidar de algo, e procurar indícios que nos mostrem a realidade.

Como disse anteriormente, acredito que somos espírito que reencarnamos num corpo material para passar por provas, e isso nos levar a melhor compreensão sobre nós mesmos; mas sem provas da Espiritualidade, as pessoas não iriam nunca acreditar nela.
Mas as certezas não estão ao meu alcance. Bem gostaria eu de ter melhor sabedoria sobre a vida espiritual.

fialves
#11
Meu caro,

Uma coisa é ter , palavra que, por definição, implica acreditar sem ter provas. O próprio Cristo disse a São Tomé: "felizes os que acreditam sem verem". Eu acredito em Deus porque sim. Não sei explicar. Tenho fé e sinto, no meu íntimo, que Deus existe e que é o Bem supremo.

Por outro lado, não existem provas empíricas da existência de Deus. Ninguém conseguiu até hoje provar que Deus existe com base no Método Científico, porque se trata de uma hipótese não testável, dado que não pode ser falseada (conceito da falseabilidade de Karl Popper, segundo o qual para uma asserção ser refutável ou falseável, em princípio será possível fazer uma observação ou fazer uma experiência física que tente mostrar que essa asserção é falsa).

Toda a hipótese científica tem que ser testável -- e por tal falseável ou refutável. Isso não quer dizer que a hipótese seja falsa, mas antes que pode ser verificada. Isto é, a hipótese científica deve ser proposta de forma em que se possa atribuir-lhes valores lógicos -- verdadeiro e falso --, de modo a que, se ela for realmente falsa, tal seja demonstrado pela contradição entre os factos. Ora a  hipótese da existência de Deus e dos espíritos não é passível de ser testada desta forma.

Recordo que o processo de comprovação científica pode ser definido como "o conjunto de processos e métodos teóricos e práticos, conhecidos como Método Científico, que são realizados para averiguar sistematicamente a verdade e formar a certeza de que um determinado facto ou fenómeno de qualquer natureza é real, mensurável e passível de averiguação a qualquer momento pelos processos e instrumentos de controlo, teóricos e práticos através de provas científicas. Em sentido amplo, as provas científicas são todos os meios legítimos capazes de demonstrar a veracidade de um facto, fenómeno ou alegação, com o objetivo de convencer a comunidade científica da verdade dos fatos apresentados. Para se ter o resultado pretendido, toda a prova científica deve ser suficiente, clara, concludente e baseada em teoremas irrefutáveis".

Recordo a este respeito, também, o conceito de "non overlaping magisteria", enunciado em Rocks of Ages (1999), de Stephan Jay Gold, que estabelece que a ciência e a religião operam em magistérios distintos: "O magistério da ciência opera no reino empírico: do que o Universo é feito (facto) e porque funciona desta forma (teoria). O magistério da religião abrange questões de significado último e de valores morais. Estes magistérios não se sobrepõem nem abrangem todas as questões" (tradução livre minha, da versão original em inglês).

Além disso, no que diz respeito à "vida espiritual", não me parece que as comunicações de espíritos sejam prova empírica do que quer que seja. Muito menos da vida além da morte. Quando muito constituem indícios de que poderá existir algo para além da morte e que essa hipótese científica pode ser testada. Mas há outras explicações possíveis: vigarice por parte do médium, leitura inconsciente dos pensamentos do 'cliente' por parte do medium, múltipla personalidade, etc, etc.

Allan Kardec tentou, no século XIX, estudar a espiritualidade de forma cientifica, muito ao gosto do ambiente positivista da época. Mas falhou: as suas sessões foram denunciadas como fraudes e alguns dos seus livros escritos com base nas ditas comunicações de espíritos foram expostos como invenções. Por exemplo, hoje ninguém fala de um livro de Kardec que narrava a criação do Universo segundo os espíritos... porque estava cheio de falsidades, que encaixavam nos conceitos científicos da época, mas que se vieram a revelar completamente absurdos.

No final de contas, acreditamos naquilo para onde nos inclinamos mais e que nos parece fazer mais sentido. No final de contas, temos fé... ou não temos. À Ciência o que é da Ciência, a Deus o que é de Deus.

saudações



Citação de: MyAngel em 17 setembro, 2013, 17:34
Devo dizer que a opinião dada pelo João é tão válida como qualquer outra, mas tendo em conta o que referem os livros de Allan Kardec, o mencionado pelo João é que esses mesmos livros estão errados e isso leva-nos de volta à estaca zero.
Daí ser necessário que exemplifique melhor a sua teoria dando provas mais precisas sobre a sua teoria.

Ter fé sem o mínimo de prova é acreditar em algo sem ter noção do que realmente é.
Quando Abraão conduziu os Hebreus ao Egipto, e enquanto este estava no alto do monte a criar os 10 mandamentos, o povo fundiu um bezerro em ouro e adorava-o.
Pois bem, isso pode ser um ato de fé. Quem pode dizer que o povo estaria errado na sua adoração?
Eu acredito em Deus, pois acredito que as coisas não surgiram do nada. E sempre acreditei Nele, mesmo quando voltei costas às religiões, mas se não tivesse recebido provas, acreditaria no quê? Somente que havia um Deus criador? Como saberia eu sobre a Espiritualidade?

O fato de sermos seres pensantes e inteligentes, faz com que possamos acreditar ou duvidar de algo, e procurar indícios que nos mostrem a realidade.

Como disse anteriormente, acredito que somos espírito que reencarnamos num corpo material para passar por provas, e isso nos levar a melhor compreensão sobre nós mesmos; mas sem provas da Espiritualidade, as pessoas não iriam nunca acreditar nela.
Mas as certezas não estão ao meu alcance. Bem gostaria eu de ter melhor sabedoria sobre a vida espiritual.

... E se entretanto chegarem à conclusão que Deus não existe e nem há vida depois da morte, eu continuo a acreditar, pelo simples motivo que isso me faz feliz, motiva-me a fazer cada vez mais e melhor, inspira-me, faz-me companhia, faz-me ser uma pessoa melhor, faz com que tenha mais amigos, etc, etc, eu escolhi acreditar porque me sinto melhor, não preciso de mais provas nenhumas.
O equilíbrio consegue-se entre o que é espírito e o que não o é.


Viva,

Citação de: fialves em 17 setembro, 2013, 20:07
Meu caro,

Uma coisa é ter , palavra que, por definição, implica acreditar sem ter provas. O próprio Cristo disse a São Tomé: "felizes os que acreditam sem verem". Eu acredito em Deus porque sim. Não sei explicar. Tenho fé e sinto, no meu íntimo, que Deus existe e que é o Bem supremo.

Por outro lado, não existem provas empíricas da existência de Deus. Ninguém conseguiu até hoje provar que Deus existe com base no Método Científico, porque se trata de uma hipótese não testável, dado que não pode ser falseada (conceito da falseabilidade de Karl Popper, segundo o qual para uma asserção ser refutável ou falseável, em princípio será possível fazer uma observação ou fazer uma experiência física que tente mostrar que essa asserção é falsa).

Toda a hipótese científica tem que ser testável -- e por tal falseável ou refutável. Isso não quer dizer que a hipótese seja falsa, mas antes que pode ser verificada. Isto é, a hipótese científica deve ser proposta de forma em que se possa atribuir-lhes valores lógicos -- verdadeiro e falso --, de modo a que, se ela for realmente falsa, tal seja demonstrado pela contradição entre os factos. Ora a  hipótese da existência de Deus e dos espíritos não é passível de ser testada desta forma.

Recordo que o processo de comprovação científica pode ser definido como "o conjunto de processos e métodos teóricos e práticos, conhecidos como Método Científico, que são realizados para averiguar sistematicamente a verdade e formar a certeza de que um determinado facto ou fenómeno de qualquer natureza é real, mensurável e passível de averiguação a qualquer momento pelos processos e instrumentos de controlo, teóricos e práticos através de provas científicas. Em sentido amplo, as provas científicas são todos os meios legítimos capazes de demonstrar a veracidade de um facto, fenómeno ou alegação, com o objetivo de convencer a comunidade científica da verdade dos fatos apresentados. Para se ter o resultado pretendido, toda a prova científica deve ser suficiente, clara, concludente e baseada em teoremas irrefutáveis".


Até aqui tudo me faz sentido.

Citação de: fialves em 17 setembro, 2013, 20:07
Recordo a este respeito, também, o conceito de "non overlaping magisteria", enunciado em Rocks of Ages (1999), de Stephan Jay Gold, que estabelece que a ciência e a religião operam em magistérios distintos: "O magistério da ciência opera no reino empírico: do que o Universo é feito (facto) e porque funciona desta forma (teoria). O magistério da religião abrange questões de significado último e de valores morais. Estes magistérios não se sobrepõem nem abrangem todas as questões" (tradução livre minha, da versão original em inglês).


Sim podemos considerar diferentes níveis de causa-efeito, como por exemplo na Fisica e Química: existem operações químicas que se podem representar, ainda que de uma forma muito complexo, em operações físicas. O mesmo para a relação entre a Biologia e a Química. Isto no contexto da Evolução. Já na relação entre a Biologia e a Moral, existem alguns factos como a proteção maternal que se verifica em algumas espécies no reino animal. A Consciência ainda está longe de ser empiricamente relacionada com a Biologia.

Citação de: fialves em 17 setembro, 2013, 20:07
Além disso, no que diz respeito à "vida espiritual", não me parece que as comunicações de espíritos sejam prova empírica do que quer que seja. Muito menos da vida além da morte. Quando muito constituem indícios de que poderá existir algo para além da morte e que essa hipótese científica pode ser testada. Mas há outras explicações possíveis: vigarice por parte do médium, leitura inconsciente dos pensamentos do 'cliente' por parte do medium, múltipla personalidade, etc, etc.

Aqui tenho que discordar. Penso que uma pessoa psicologicamente saudável com capacidades mediúnicas sabe bem distinguir entre alucinações, ou outros distúrbios mentais, e comunicações com entidades falecidas. O que se pode por em causa será o controlo que o médium tem sobre essa experiência. No contexto científico, é essencial também excluir o factor humano das experiências, mas logicamente o factor humano é chave nas comunicações com espíritos - talvez por isso a ciência dita tradicional não consiga avançar neste âmbito.

Da forma como entendo, existe um buraco, no nosso conhecimento empírico; por analogia, como se conhecessemos do zero até 100, e de 1000 até 1100, mas desconhecemos dos 100 até aos 1000. Construimos conhecimento na Fisica, Quimica, Biologia, e por experiência dos médiuns, um outro mundo chamado espiritual, intrinseco a este mundo fisico, mas existe uma falha enorme no nosso conhecimento que nos irá iluminar como é que estes 2 "mundos" tiveram inicio.

Pelo que entendo de Kardec, o corpo é a causa e o espírito é o efeito, uma evolução fisico-quimica natural do corpo, como se uma vibração ficasse permanentemente a vibrar após a morte do corpo físico, sem obstáculos espaço-temporais que fizessem terminar essa vibração.

Pelo contrário, se o espírito é a causa e a matéria o efeito, será que os animais e as plantas não têm espírito? Alguns animais têm espírito? Porquê? Muitas questões que ficam por responder...
[b]Ressonância[/b]: "...Nessas frequências, até mesmo forças periódicas pequenas podem produzir vibrações de grande amplitude, pois [b]o sistema armazena energia vibracional[/b]."

CitaçãoQuando Abraão conduziu os Hebreus ao Egipto, e enquanto este estava no alto do monte a criar os 10 mandamentos

Já que se falou nos 10 mandamentos, fica aqui a questão, serão 10 uma jogada de marketing??

fica aqui um video do falecido George Carlin que tinha uma maneira peculiar de ver vários temas da vida quotidiana.

George Carlin - Os Dez Mandamentos (LEGENDADO)

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