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  • Pormenores da viagem astral
    Iniciado por TETRAGRAMA
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Pormenores da VIAGEM ASTRAL

Viagem astral é em síntese a saída consciente do corpo físico. Todos nós saímos do corpo quando dormimos. Só precisamos ter a capacidade de perceber o momento exato dessa saída ou, induzir a saída por nossa vontade. É uma capacidade que pode ser tanto nata como adquirida. Porque ela nada mais é do que ter consciência ao sair do próprio corpo físico. Por natural se entende que essa capacidade faz parte da natureza do individuo e a adquirida como o nome já diz o individuo a adquiri através de um treinamento especifico. Certo é que, algumas pessoas têm mais ou menos dificuldades para sair do corpo físico. Isso é normal e é esperado que assim seja. Por mais que se diga isso ou aquilo sobre viagem astral, a verdade é que todos nós sem exceção saímos do nosso corpo físico durante as horas de sono e viajamos pela dimensão astral, conhecemos lugares e pessoas e temos ali nosso circulo de amizade. Temos relacionamentos sociais da mesma forma que temos no plano físico. Enfim, temos ali uma vida alternativa. E dessa forma vivemos o que se pode dizer uma vida dupla. Entretanto, essa segunda vida que vivemos no plano astral é na grande maioria das vezes desconhecida de nós mesmos. Salvo algumas lembranças que vem a nossa consciência através dos sonhos. Sonhos são fantasias mentais, uma fascinação. Ora, quando estamos acordados podemos perceber que nossa mente não para, não tem descanso. Estamos sempre cheios de desejos, pensamentos e sentimentos, e nos identificamos com tudo isso, vivenciamos tudo isso dentro de nós mesmos. Apesar de nosso corpo físico estar desperto estamos continuamente em um estado de adormecimento letárgico. Estamos sempre presos a pensamentos sobre o futuro ou sobre o passado e poucas vezes estamos cientes do momento presente. Da mesma forma acontece no plano astral. Nossa mente permanece no mesmo estado. Identificada nos mesmos desejos, pensamentos e sentimentos. Esta em constante estado de fascinação. Sonhos nada mais são do que devaneios de uma mente em estado de fascinação. Claro que vez ou outra nossa mente sai dessa fascinação e percebe algo real. Quando nossa mente tem um momento de lucidez ela pode perceber a realidade que se manifesta a ela. Esse momento lúcido da ao sonho uma realidade muito mais vivida, um algo mais, uma coisa estranha que deixa uma marca em nossa psique, que em meio a bagunça desconexa de mil e umas fantasias, algo se sobressai e nos faz lembrar de algo com terrível realidade. Sonhos premonitórios, pesadelos, sonhos orientadores e outras experiências fazem parte dessa classe de sonhos. Sem duvida que fazem parte de sonhos, mas não do sonho comum. São sonhos de conteúdo lúcido. A lucidez mental não é algo fácil de ser conquistado. É, entretanto, imprescindível para a verdadeira viagem astral. Sair do corpo conscientemente não é por si mesmo uma verdadeira viagem astral. Essa só se torna real quando permanecemos lúcidos por completo. Não quero dizer aqui que seja preciso possuir uma consciência desperta ou ter uma evolução espiritual elevada. Refiro-me a um estado de lucidez mental. Lucidez mental é uma mente que não se identifica consigo mesmo, esta ativa e funcional. Uma viagem astral mesmo estando consciente que esta fora do corpo se não tiver lucidez mental não é uma viagem. É o que se conhece comumente como sonho lúcido.
Ao leigo ou projetor inexperiente pode parecer que não existe uma grande diferença entre sonho lúcido e viagem astral. Pois nos dois casos se esta consciente fora do corpo físico. Para muitos, isso já basta e é suficiente para andanças no plano astral. Mas para aquele que almeja ser mais do que um simples andarilho na dimensão astral o sonho lúcido não serve para nada. Existe uma diferença gritante entre um e outro. Essa diferença esta nas possibilidades e nos diversos procedimentos ocultos que pode nos proporcionar. Não se pode fazer nada através do sonho lúcido, a não ser, é claro, passear pela dimensão astral. Já a viagem astral com lucidez mental completa, nos dá a possibilidade de agir de uma forma mais incisiva na dimensão astral ao ponto de interagir sobrenaturalmente com o plano físico. E não somente com o plano físico, mas também com o corpo físico. Como exemplo dessa interação, temos a materialização visível do corpo astral e ate mesmo torna-lo palpável no físico. Mover objetos e ate troca-lo de lugar. Podemos por o corpo físico no astral e nos mover com ele na dimensão astral. É o que chamam de estado jinas. O que antes era considerado extraordinário passa a ser comum.
Esse fato aconteceu antes do casamento, quando ainda namorava minha esposa. Eu gostava dela e estava pensando em me casar. Naturalmente eu iria contar a ela sobre meus estudos ocultos. Para ir preparando-a a fiz passar por algumas experiências estranhas, afim de que eu pudesse ver sua reação. Essa foi a primeira experiência que proporcionei a ela. Ela estudava a noite num colégio não muito distante da minha casa. Estava terminando o 2º grau junto com as irmãs. A aula terminava as 23:00 e ela pegava o ônibus no ponto em frente a escola. Ela não morava longe, mas devido ao bairro ser um pouco perigoso ela vinha embora de ônibus quando eu não ia busca-la. O ônibus pontualmente passava uns 15 minutos após terminar as aulas. Numa noite de sexta-feira avisei que não poderia ir busca-la na escola. As 22:45 deitei em minha cama, relaxei o corpo e a mente e me concentrei nela. Pouco depois estava fora do meu corpo. Fui ate o colégio dela, entrei em sua sala e fiquei por ali ate o sinal tocar. Elas e as irmãs foram para o ponto de ônibus. Acompanhei-as. Esperei ate que o movimento da saída dos alunos diminuísse e fui para o outro lado da rua. Esperei o momento certo e quando umas das irmãs dela estava olhando para o local onde eu estava eu me fiz visível e fiz um sinal para ela. Ela olhou para mim por alguns momentos, me reconheceu e quando estava avisando minha namorada eu desapareci. Fui para perto delas e ouvi-a dizer.
-- Ele estava ali. Falava ela apontando para o outro lado da rua. — Fez um sinal pra mim. Eu tenho certeza. Ela estava um pouco confusa e bem assustada. – É melhor você ligar para ele. Pode ter acontecido alguma coisa.
Assim que ela pegou o celular eu voltei para o meu corpo. Logo o telefone tocou.
-- Alo!
-- Oi amor! Tudo bem com você? Perguntou ela.
-- Oi! Tudo bem sim. E você?
-- Tudo bem. To ligando porque a Neide cismou que viu você do outro lado da rua e até acenou pra ela. Ficou preocupada pensando que pudesse ter acontecido algo com você.
-- Só se foi em espírito. Disse eu em tom de brincadeira. Conversamos mais um pouco sobre bobagens.
-- Vou desligar, o ônibus esta vindo. Beijos! Falou e desligou o celular.
Dias depois contei a ela o que havia feito. Ficou mais curiosa do que assustada. Mas ela não disse nada para a irmã que até hoje não sabe da verdade.
Certa vez, uma amiga tendo perdido seu pai há algumas semanas, me procurou pedindo para que eu entrasse em contato com ele. Sinceramente não gosto de me envolver nesses afazeres. Creio que ao partir desse mundo devemos deixar para traz tudo o que pertence ao mundo. Salvo algumas exceções realmente necessárias. O caso de minha amiga não era algo realmente importante. Mas ela era minha amiga e para ela era importante entrar em contato com seu pai. Eu conheci o pai dela, apesar de ser uma pessoa com alguns pontos negativos, era no fundo um bom homem.
Numa noite sai em astral em busca dele. O chamei pelo nome, me concentrei nele. E então como guiado por uma linha telepática fui levado ate ele. Estava no cemitério. Ainda ligado ao seu corpo físico tinha que permanecer ali até que o elo se desfizesse ou ate que o viessem buscar para levar ao seu lugar. Ao me ver ele se assustou e me perguntou se eu havia morrido. O tranquilizei dizendo que apenas estava fora do meu corpo físico. Falei sobre a filha dele e o desejo dela em entrar em contato com ele. Ele ficou feliz e me prometeu que logo faria contato com ela. O que realmente aconteceu alguns dias depois.
Conheci uma garota que morava em outra cidade e começamos a namorar e devido as minhas condições financeiras demorava um pouco para ir visita-la. Ela vivia reclamando que ficávamos longe, que sentia a minha falta, essas coisas de mulher. Bom já que sente tanto a minha falta assim, a noite quando for dormir se concentra em mim que vou ai. Falei para ela. Ela não acreditou muito, mas aceitou. Marcamos um horário para que fossemos nos deitar na mesma hora. Sai em astral e fui ate ela. Ela dormia em sua cama, um sono tranquilo. Infelizmente ela estava inconsciente fora do seu corpo físico e não me percebia. Para confirmar que eu havia cumprido com o combinado fui para o jardim do seu quintal onde tinha varias roseiras floridas. Eu iria pegar umas das rosas e por em seu travesseiro ao lado do seu rosto. Gentilmente pedi ao permissão ao Elemental da roseira para pegar uma de suas flores. Apanhai uma das rosas físicas e levei ate o quarto dela e a pus sobre o seu travesseiro. Certo é que se gasta um bom tanto de energia para transportar objetos sejam esses vivos ou inanimados e os mudar de lugar. A mim requer uma grande concentração, mas já conheci pessoas que o fazem com facilidade. Depois de gastar um bom tempo e muita concentração consegui por em seu travesseiro a rosa física. No dia seguinte ela me liga e antes que ela dissesse algo, eu lhe falei sobre a rosa sobre o seu travesseiro o que a deixou muito assustada e acreditando na minha visita astral.
Isso tudo não é difícil, desde que, é claro, se tenha lucidez mental. Quero deixar claro que essa lucidez mental não esta atrelada a nenhum estado espiritual. Não há necessidade de ser bom ou mal, seguir esse ou aquele caminho. Lucidez mental é algo inerente ao ser humano. Faz parte da nossa natureza espiritual. Então você pode adquirir lucidez mental assim como eu, assim como Vicente e toda gente e Raimundo e todo mundo. Você não precisa ser santo nem diabólico. Não precisa ter dom ou alguma faculdade psíquica. Não precisa ser nada e ter nada. Isso faz parte de você.
Hoje graças a Deus posso sair do meu corpo físico quando quero. Já não tenho mais dificuldades. Mas, nem sempre foi assim. Tive muitas dificuldades e somente através de um treinamento intensivo que pude supera-las. Sei que existem pessoas que tem muita facilidade em sair do seu corpo físico. E outras com muitas dificuldades. Para essas ultimas o desanimo é um companheiro continuo, e por isso quase sempre desistem da viagem astral. E o que é pior, muitos se acham inferiores espiritualmente. Eu Tetragrama afirmo á você. Se você quer você pode. Assim foi comigo e assim pode ser com você.
O mais importante de tudo é a própria mudança do estado mental no qual se encontram. Porque é esse estado mental que prejudica em muito. Por estado mental se entende o conjunto de dogmas, crenças e tudo o que já esta pré-definido em nossa mente em relação ao espiritual. Se você, por exemplo, acredita que a saída consciente do próprio corpo é pecado e desagradável aos olhos de Deus, isso então se torna um empecilho para você. Os que morrem de medo de que sua atitude seja contrario aos desejos dos seus amparadores ou guias, ou que tenha em sua mente que tudo acontece no tempo certo, ou qualquer sentimento ou pensamento que se enquadre dentro deste contexto, isso também vai ser um empecilho para você. Temos que ter nossa mente aberta, deixar nossos dogmas, nossas crenças e buscar algo real, algo que experimentamos por nós mesmos. Deixar de acreditar no que nos dizem, mas passar a acreditar naquilo que experimentamos. Viagem astral é a primeira porta para os mundos superiores. Mas para que possamos atravessar essa porta nossa mente deve estar preparada para aceitar a verdade que esta ali. Eu sou Tetragrama e não sou nada, nem mestre, nem iluminado, nem nada. Sou o que desenvolvi em mim. Ou seja, um homem que abriu sua mente para a realidade espiritual, não sou dono da verdade, mas o que experimento eu creio ser a verdade, pode ate não ser, mas assim creio porque experimentei. Invoquei anjos e demônios, mortos e elementais, tanto no astral como no plano físico. Saio do meu corpo físico sempre que quero e vou pra onde sinto vontade de ir. Vou para lugares bons e também para lugares ruins, porque esta em mim o buscar conhecimento, buscar o que esta oculto por trás do véu. Sou criticado e ate expulso fui de algumas comunidades, considerado por muitos como mago negro, bruxo, aquele que ensina o lado negro, os procedimentos e tal. Bom isso não me afeta em nada, porque eu e Deus sabemos o que sou e Deus sabe o coração do homem e eu estou de consciência limpa e tranquila. Claro que muitos me consideram e me tem de bom grado e de coração aberto e é justamente para esses que continuo escrevendo e ensinando coisas ocultas que são escondidas por pessoas mesquinhas que desejam tudo para si. Dão apenas migalhas para os que buscam. Eu não sou médium, nem nasci com algum dom. Sou uma pessoa comum que um dia decidiu que iria sair em astral consciente. E assim que me decidi a isso eu me esforcei, busquei, não poupei esforços para conseguir o que desejava. Podem pensar alguns que eu já nasci com tal facilidade em sair do meu corpo, que tenho algum dom, que sou médium e coisas do gênero. Engano. Não tenho nada disso e não sou nada do que pensam. Minha primeira viagem astral foi involuntária. Somente depois de um ano de esforço e perseverança que consegui uma saída consciente por minha própria vontade. E não foi conquistada facilmente não, tive que batalhar muito nesse um ano. Muitos exercícios de concentração, imaginação, muita preparação psíquica. Batalhei e consegui. Então depois de um ano comecei a ter minhas primeiras experiências lúcidas. Ora, e não era também coisa de se conseguir facilmente, às vezes tinha uma ou duas por mês. Mas não fraquejei nem desisti. E hoje estou nesse estado que me encontro agora porque me esforcei e persisti no meu propósito. Portanto, persistência, dedicação e força de vontade são essenciais para o sucesso. Não desista frente aos insucessos, encha-se mais de vontade e determinação. A cada insucesso tenha mais determinação em conseguir. E não desista. Continue e continue e terá sucesso. Tudo depende da sua força de vontade e da sua persistência. Vou relatar aqui algumas experiências que tive no inicio.
Eu devia ter uns 15 anos, pouco mais ou menos quando entrei em contato com as informações sobre viagem astral. Sinceramente fiquei maravilhado pela possibilidade de sair do meu corpo físico. Naquela época não tinha internet e as informações eram somente através de livros. Minha família era pobre e eu não tinha condições de comprar livros. Comprava alguns esporadicamente, mas não tanto quanto gostaria. Então minha única opção era a biblioteca da cidade. Chegava à biblioteca de manha e só saia à tarde. A seção de livros esotéricos e espiritualistas era a minha preferida. Apesar de não ter muitos livros, existiam alguns interessantes. Um destes que foi fundamental para o meu interesse pela viagem astral era um livro gnóstico de Samael Awn Weor. Através deste livro obtive informações sobre os mundos superiores e sobre o plano astral. Então resolvi procurar o movimento gnóstico da minha cidade. Procurei e não achei. Então um dia andando na rua vi um panfleto num poste sobre um curso de viagem astral gratuito. Peguei o endereço e no dia fui. Estava ansioso para conhecer o curso, conhecer as técnicas usadas e tal. Em minha inocência pensava que apenas usando uma técnica, conhecendo a forma correta, já seria suficiente para sair do meu corpo físico. Participei do curso com muita atenção, anotando num papel todas as informações que achava serem importantes. No final da palestra dei meu nome para a matrícula no curso da gnose e comprei o folhetim que estavam vendendo referente ao assunto. Gastei o dinheiro da passagem do ônibus. Eu morava num bairro afastado do centro da cidade. O percurso feito a pé levava mais ou menos 1 hora. Mas fui embora feliz, lendo meu folhetim e ansioso para por em pratica o que havia sido ensinado.
A noite chegou e fui para a cama. Segui as etapas descritas no curso e estava ansioso e também com um pouco de medo. Eu iria sair do meu corpo físico e entrar no plano astral. Relaxei o meu corpo seguindo as orientações do curso e me concentrei nas batidas do meu coração. Então percebi que tinha uma péssima concentração. Mas mesmo assim persisti e forçava e forçava. A cabeça começou a doer. Bom isso deve fazer parte do processo. Pensei e continuei forçando. Depois de um tempo a boca começou a ficar meio seca e amarrenta. Agora com dor de cabeça e boca amarrenta. Isso me incomodava. Mas não desisti. Não sei por quanto tempo fiquei assim. Mas dormi e só acordei no outro dia. E nada de sair do meu corpo físico. Fiquei um tanto desanimado, não era tão fácil como havia imaginado. Mas eu estava disposto a sair do meu corpo físico. Sabia que meu ponto fraco era a falta de concentração. Então decidi treinar minha concentração. Naquele tempo não se tinha acesso tão facilmente às informações como é hoje em dia, ainda mais sobre esses assuntos. Após buscar informações em vários livros, encontrei diversos exercícios para o desenvolvimento da concentração. Foram bons e cumpriram o seu papel. Minha concentração melhorou, mas, ainda sentia que não estava bom. Então, encontrei um exercício que foi fundamental para o pleno desenvolvimento da minha concentração. É um exercício pouco conhecido e que ate hoje não o encontrei disponível no meio esotérico e oculto. Arrisco a dizer que é um exercício que se manteve em oculto, escondido do leitor leigo, por qual motivo não sei dizer. Mas, o coloco a disposição dos meus leitores cumprindo assim com o meu objetivo de trazer ao conhecimento publico aquilo que ainda é desconhecido. Sem duvida que esse propósito me tem causado alguns problemas com pessoas que me classificam como mago negro e tantos outros termos negativos. Essas pessoas se assustam e murmuram quando se deparam com algum artigo meu onde falo abertamente daquilo que se deve dizer. Como exemplo fui excluído e excomungado não de uma, mas varias comunidades esotéricas na internet quando publiquei em seu fórum o artigo sobre o órgão Kundartiguador. Mas isso faz parte do meu trabalho e o continuo fazendo com prazer, não tanto quanto gostaria, pois, me falta tempo, mas, o faço sempre que possível.
Para o desenvolvimento da concentração. O exercício mais utilizado pela maioria das escolas esotéricas e que de certa forma não é muito divulgado em sua totalidade se chama "7 portas". Essa técnica esotérica é constituída de sete exercícios. Essa técnica tem como finalidade desenvolver oito graus de concentração. Portanto, é um exercício completo para o desenvolvimento dessa faculdade.
O primeiro exercício se chama "O Ovo", o segundo "O Bastão", o terceiro "O Véu Obscuro", o quarto "A Vela", o quinto "A Rosa", o sexto "O Baú", o sétimo "O Pentagrama".
Antes de começar os exercícios é necessária uma preparação do corpo físico. Essa preparação é o relaxamento. Relaxamento é muito importante, pois através dele preparamos nosso corpo físico de forma que facilite os exercícios posteriores. No relaxamento induzimos nosso corpo à um estado de sonolência e consequentemente com isso abrimos uma pequena porta ao subconsciente o que nos ajuda muito. Portanto, antes de qualquer exercício é preciso fazer um relaxamento do corpo físico.
Deite-se de forma confortável, em decúbito dorsal, ou melhor, dizendo de "barriga para cima", é a posição mais ideal. Entretanto, algumas pessoas não se sentem bem ficando nessa posição. Portanto, desde que se sinta confortável pode escolher a melhor posição para você. O importante não é a posição em si mas sim, você se sentir bem.
Escolhida a posição que melhor se adapte a você, feche os olhos naturalmente. Respire profundamente o máximo que puder e solte o ar devagar e conforme vai soltando o ar sinta que todo o cansaço sai junto com ele. Diga a você mesmo, "relaxe corpo, relaxe corpo". Repita isso por 10 vezes. Após isso deixe sua respiração normalizar por si mesma, ou seja, deixe-a ir diminuindo e diminuindo ate que volte ao normal.
Visualize seus pés, imagine que uma luz envolve seus pés, primeiro o esquerdo e depois o direito. Comece pelo dedão do pé, imaginando que uma luz azul surge nele e vai aumentando e aumentando ate que envolva todo o pé, sinta que a luz vai relaxando os dedos e os pés e vai subindo pelas pernas e relaxando elas, subindo pelas coxas, barriga, tórax, ombros, braços, cabeça, até que todo o seu corpo esteja envolvido por essa luz e que esteja todo relaxado. Então imagine que essa luz entra por sua cabeça e envolve todo o seu cérebro, sinta a mente relaxada. Fique assim por alguns minutos e então comece o exercício que se propõe.
Vamos agora ao exercício. Nesse exercício começaremos a desenvolver a concentração e junto com ela a imaginação. Faça o exercício de relaxamento, estando bem relaxado tanto corpo como a mente. Imaginamos que na escuridão dos olhos, surge um pequeno ponto de luz branca. Mantenha sua atenção nesse ponto luminoso, assim que estiver bem pratico em manter sua atenção nesse pontinho imagine que em volta dele surge uma nevoa esbranquiçada que se movimenta a sua volta. Em meio a fumacinha da nevoa, imagine minúsculos pontinhos luminosos. Então a nevoa é uma fumacinha cheia de pontinhos minúsculos que se movimenta em volta do ponto de luz. Agora imagine que o ponto de luz começa a pulsar e conforme pulsa ele brilha mais. Pulsando e brilhando e depois de algum tempo começa a aumentar o seu tamanho. Pulsa, brilha e aumenta. Faça isso ate que o ponto de luz fique do tamanho e forma de um ovo. Um ovo de luz brilhante e pulsante. Agora através da imaginação vai cobrir esse ovo brilhante com uma casca de ovo branca, ou seja, vai cobrir todo o ovo brilhante com casca, casca de ovo.
Faça pedacinho por pedacinho, imaginando que a luz vai sendo coberta pelas cascas ate que esteja totalmente coberta e na sua mente esta um ovo branco. Mantenha na sua mente por um pouco de tempo essa imagem do ovo, depois lentamente vai descascando ele, tirando a casca e conforme vai tirando pedacinho por pedacinho, imagine que a luz se solta a cada pedacinho tirado como um pequeno raio de luz e que esse raio é absorvido pela nevoa, e conforme a nevoa vai absorvendo os pequenos raios ela se torna luminosa, cada vez mais luminosa, ate que na sua mente exista apenas a nevoa luminosa e cheia de pontinhos brilhantes. Faça esse exercício todos os dias durante uma semana.
No segundo exercício "O Bastão", devemos imaginar que no escuro de nossa mente surge um bastão. A imagem do bastão fica ao seu critério podendo ser um bastão de bambu ou de arvore. Apenas o bastão na sua mente envolto pela escuridão. Do bastão sai luz, uma luz azul e essa luz começa a dar vida à escuridão. Imagine que aos poucos vai surgindo terra, imagine a terra, pedras, tudo de forma mais nítida que puder. O bastão esta fincado na terra, imagine que da terra brota grama verde, imagine que da grama, brota flores multicoloridas, imagine cada flor nascendo desde sua semente ate o seu desabrochar. Imagine que da terra nasce arvores, desde sua semente até seus galhos e folhagens, imagine o vento balançando as arvores, soltando suas folhas secas. O bastão no centro começa a brotar. Se for um bastão de bambu, dele brota um bambu ate que se torne um bambuzal. Se for um bastão de arvore, dele deve brotar a arvore. Crie tudo isso de forma mais nítida possível, folhas, flores, galhos, terra, pedras. Depois de tudo construído na sua mente, faça o inverso. Imagine que as arvores secam e morrem, as flores e a grama, e a terra desaparece, voltando a ficar somente o bastão, e esse por fim desaparece também. Esse exercício deve ser feito durante uma semana.
O terceiro exercício "O Véu Obscuro". Este é um exercício frequentemente utilizado para se penetrar na vida intima de um ser (objeto, planta, animal, ser humano), usado por algumas ordens esotéricas.
Selecione um objeto, preferencialmente um que seja feito de somente um tipo de material, sente-se confortavelmente e coloque o objeto a sua frente de forma que você possa facilmente visualizá-lo. Deve-se optar por objetos simples no começo, pois algo complexo pode distrair sua atenção. Uma vez selecionado o objeto, sente-se confortavelmente, feche os olhos e o visualize a sua frente. Vá aumentando gradualmente o objeto em sua imaginação até que ele se torne bastante grande, grande o suficiente para que, se ele fosse uma porta, você poderia passar através dela. Em seguida imagine que você esta se unindo ao objeto, que você e o objeto estão de fato se tornando um só. Quando você sentir que foi bem sucedido, e que de fato se uniu psiquicamente ao que quer que seja que você esteja usando, tente se tornar sensível a quaisquer sentimentos ou sensações que possam vir para você. Com certa pratica a primeira coisa que acontecerá é que você de fato se sentirá unido ao objeto que escolheu se não fisicamente, então psiquicamente. Dessa forma, enquanto você progredir começará a ter sensações, intuições e até pensamentos reais, que lhe ocorrerão enquanto faz o exercício, e que procedem diretamente desse sentido de união que você produziu. No começo não se deve esperar demais, e logo você descobrirá que com a pratica esta técnica simples pode ser desenvolvida em um instrumento de grande poder.
Depois de haver trabalhado um pouco sobre seu objeto inanimado, será tempo de subir um degrau na hierarquia da consciência e tentar a mesma experiência com uma planta. Você pode usar uma arvore que esteja em seu jardim, ou se preferir apanhar uma folha de alguma arvore. Uma vez que você selecionou seu objeto planta, faça a mesma coisa que você fez com o objeto inanimado. Esse exercício deve ser feito durante quinze dias.
No quarto exercício "A Vela". Nesse exercício alem de treinar a concentração iremos também trabalhar com o elemental do fogo. Um trabalho chamado integração elemental que tem como objetivo uma interação da nossa mente com o elemental. Sobre uma mesa de preferencia redonda e de mármore posicione três velas de qualquer cor da seguinte forma ^, ascenda as velas. Sente em frente a mesa de forma confortável, relaxe bem o corpo e a mente. Com os olhos abertos comece a focalizar sua atenção na chama da primeira vela a sua esquerda, fique alguns minutos com sua atenção focalizada nela, depois passe para a chama da vela a sua direita e depois de alguns minutos passe para a terceira vela. Agora feche os olhos e relaxe totalmente a sua mente. Tente reproduzir a chama da primeira vela, depois da segunda e por fim a terceira. Tendo na sua mente reproduzido as trés velas dispostas num V de cabeça pra baixo ^, se concentre nessas três chamas por um tempo, então devagar imagine que da primeira vela, sai de sua chama uma pequena chama e essa chama vai se ligar a chama da segunda vela, e da segunda vai para a terceira e desta volta para a primeira fechando dessa forma um triangulo. Então teremos na nossa mente as três velas ligadas em si pelas suas chamas. Concentre-se nisso por um tempo, depois imagine que no centro desse triangulo, surge uma cadeira, ou trono, ou mesmo uma pedra e que esta em chamas e sobre as chamas um rosto ígneo. Imagine e se concentre nisso e fique assim por um tempo. No decorrer desse exercício você pode sentir muito calor, suar muito e sentir como se o fogo estivesse pertinho do seu rosto, não se preocupe se isso acontecer pois esta acontecendo o inicio da integração elemental. Se persistir nesse exercício poderá entrar em contato com o elemental do fogo.
No quinto exercício "Exercício da Rosa". Observe uma rosa vermelha de preferência. Observe-a ate guardar na sua mente todos os seus detalhes. Depois disso deite-se de forma confortável, relaxe a mente e o corpo. Imagine que em seu umbigo abre um buraco de luz e no meio dessa luz vá recriando a rosa vermelha. Comece imaginando uma semente, a semente germinando, e imagine as etapas da criação da rosa ate que ela esteja completa e totalmente desabrochada. Então comece a fazer o contrario. Imagine ela murchando, pétalas caindo, secando, e assim vai fazendo ate que ela desapareça completamente e o buraco de luz se fecha. Esse exercício além de praticar a concentração também vai começar a abrir o chacra do plexo solar.
No sexto exercício "Exercício do Baú". Esse exercício era e ainda é muito utilizado no Tibete. Seu objetivo é praticar a concentração e também criar um elemental artificial. Entretanto, o tempo que iremos utilizá-lo não sera o suficiente para a criação do elemental artificial. Relaxe o corpo e a mente imagine um baú fechado com um cadeado. Abra o baú, dentro dele não tem nada, apenas uma pequena nevoa luminosa. A partir dessa nevoa, crie um ser. No tibete era utilizado imagens de Deuses e demônios. O ser que ira criar fica a seu critério. Use a nevoa luminosa dando forma aos poucos ao seu ser, criando parte por parte nitidamente ate que esteja completo. Assim que ele estiver completo, passe a ele a sua consciência de forma que agora você através dos olhos dele vê o seu próprio corpo a sua frente. Então comece a desfazer o seu corpo, parte por parte, começando pelos pês e subindo ate fazê-lo desaparecer sobrando apenas uma nevoa luminosa. Então passe a sua consciência para essa nevoa e comece a desfazer o ser que criou começando pelos pês ate que ele desapareça e sobre apenas uma pequena nevoa luminosa, e por fim essa nevoa se junta a você que também é nevoa. Você entra dentro do baú e fecha a tampa sobre si.
Por fim o "Exercício do Pentagrama". Deitado confortavelmente e bem relaxado imagine que sobre você tem um grande pentagrama posicionado com as duas pontas para os seus pés e a superior para sua cabeça. Imagine que do centro dele sai uma luz violeta e que essa luz começa a girar como um redemoinho e desse redemoinho sai raios e um desses raios atinge você. Preste atenção onde esse raio atinge você. Pois é nesse lugar que tem que se concentrar. E vai fazer da seguinte forma. Concentre-se no local onde o raio atingir, imagine e sinta-o pulsando e que essa pulsação vai aumentando e se espalhando pelo corpo de tal forma que depois de um tempo todo o seu corpo esteja pulsando. Assim que todo o seu corpo estiver pulsando, imagine e sinta que quando pulsa ele se enche e enchendo fica leve e ficando leve começa a subir. Esse exercício alem de praticar a concentração, pode despertar chacras, e sair em astral. Faça um exercício de cada vez. Aconselho a treinar cada um por um mês. Somente depois disso passe para o próximo. No final de todos você vai ter uma ótima concentração.
Conforme minha concentração ficava melhor, meus exercícios para sair do meu corpo físico ficavam mais interessantes. Apesar disso, minhas saídas astrais não eram constantes e ainda muito dificultosas. Um dos obstáculos que me atrapalhava muito era não saber a hora certa de me levantar. Eu me concentrava, chegava ao EV (estado vibratório) com certa facilidade, mas a partir daí não sabia mais o que fazer. Esperava sair naturalmente, o que nunca aconteceu comigo no inicio. Sentia meu corpo formigar, inflar como um balão, mas continuava dentro do meu corpo. E isso se sucedia muitas e muitas vezes. Então percebi que era preciso fazer algo mais. Mas fazer o que? Não conhecia ninguém que soubesse desse assunto. Quanto aos livros, os que eu tinha acesso não mencionavam nada. E quando conseguia sair do meu corpo me deparava com uma serie de obstáculos. O maior obstáculo para a saída astral é o medo.
O sentimento do medo é inerente ao ser humano e que faz parte de sua psique é muito prejudicial no que se refere ao espiritual. E todos nós temos medo, uns mais outros menos, mas todos nós temos e continuaremos a ter. Se você se acha um medroso, não é o único. E se você se acha um grande medroso, não se preocupe nem tenha vergonha de ser assim. Existe e sempre existira grandes medrosos. E se te faz sentir melhor saiba que eu Tetragrama fui um desses grandes medrosos. Pensa num cara medroso, o mais medroso que você conhece, agora multiplica por tres, o resultado era eu. Eu tinha medo do escuro, entrar num quarto escuro nem pensar, ir no fundo do meu quintal a noite muito menos. Pra se ter uma ideia do tamanho do medo que sentia, quando tinha uns 14 anos mais ou menos eu não conseguia ir ao banheiro no meio da noite sozinho, tinha que chamar a minha mãe, então ela acordava, levantava, ascendia a luz, e ia ate o meu quarto. Então eu me levantava e enquanto ela ficava na cozinha eu ia no banheiro, ai ela tinha que me esperar deitar para apagar as luzes e voltar pro quarto dela. Sempre dormia com a cabeça coberta e do lado da parede, só o nariz pra fora. E podia fazer o calor que fosse, eu sempre com a cabeça coberta. Para melhorar a situação pouco tempo depois uma entidade vinha ate o meu quarto e eu sentia ela ali pertinho de mim. Era terrivel o medo que sentia, debaixo das cobertas eu suava e me molhava todo. E toda noite la vinha ela, começava com um barulhinho como de escamas arrastando no chão e vinha chegando ate parar na beira da minha cama e eu debaixo das cobertas suando como um condenado. Então passei a me deitar bem mais cedo, tipo umas oito horas da noite, todo mundo estava acordado ainda e eu me sentia melhor, o medo era menor. Mas numa bela noite eu acordei no meio da madrugada e estava de lado, abri os olhos e vi na beira da minha cama, ali no chão um cachorrinho pequeno que abanava o rabinho e me olhava com uns olhos vermelhos. Meu amigo quase me defequei todo. Em casa não tinha cachorros. Era aquela entidade. Eu rezava, orava e pedia a Deus. E muitas noites de terror depois ela deixou de vir. Mas o medo continuava e assim permaneceu. Numa tarde tive minha primeira experiência astral consciente, foi de forma espontânea e fiquei maravilhado com aquilo. Então comecei a pesquisar sobre o assunto e descobri o astral. Mas também descobri que o astral era o mundo espiritual e ali havia entidades e espíritos. Como explorar esse mundo se eu morria de medo de espíritos, fantasmas e entidades. Bom, comecei a tentar sair em astral de dia, sempre as tardes, de dia o medo era menor. Então eu fazia minhas praticas no decorrer do dia, mas havia um problema, eu também tinha medo de ficar em casa sozinho durante o dia. Mas mesmo com esse medo eu fazia as minhas tentativas de sair no astral consciente, mas era muito dificultoso, qualquer barulho dentro de casa eu me sobressaltava e la vinha o medo tomando conta de mim. Então comecei a fazer minhas praticas escutando musica clássica, a musica abafava os ruídos e eu concentrado nela o medo era menor. Esporadicamente obtinha sucesso em sair no astral consciente, mas mesmo durante o dia, quando estava no astral sentia medo, então voltava para o corpo e sempre era assim. Um pouco de tempo depois já com mais experiência, um dia sai em astral durante o dia, e dentro da minha casa havia varias pessoas eram meninas mui bonitas, umas quatro. Então veio em minha mente fazer um experimento, pus minha mão direita na testa de uma e imaginei um pentagrama, para minha surpresa aquela menina tão bonita, começou a gritar e se transformar numa coisa esquelética e feia. Para minha surpresa não senti medo, apenas me assustei com aquilo, mas não medo. Então percebi que o medo quando estamos fora do corpo não é tão forte quanto dentro do corpo, e ocasiões que supostamente eu poderia sentir muito medo, não sentia o que imaginava sentir. Isso me aliviou um pouco e passei a fazer as praticas a noite, mas como sentia ainda muito medo, esse sentimento me atrapalhava muito nas minhas saídas. Termino aqui meu relato somente para que saibam que Tetragrama já foi um grande medroso, mas nem por isso desisti daquilo que me interessava e nunca poupei esforços para superar isso. Mas agora vamos ao que interessa, vamos entender o medo, o que acontece e como poder modificar isso a nosso favor. O que vou expor aqui é um conhecimento que só é desvendado nas esferas mais desenvolvidas do puro esoterismo e que de forma velada esta contido no caibalion, e que agora rasgo o véu e passo a vocês.
O sentimento do medo causa ao nosso organismo diversas alteraçoes químicas, quando sentimos medo, nosso coração acelera, nossa atenção aumenta, nosso metabolismo produz uma grande quantidade de adrenalina, todo nosso organismo se transforma e fica pronto para o que vier, ou seja, correr e fugir. O sentimento de medo é um estado mental que como um gatilho desperta o nosso instinto de sobrevivência. Esse instinto nos capacita, ou melhor, nos torna aptos para fazer coisas que sem ele não imaginaríamos capazes. Mas tudo o que acontece no nosso corpo físico proveniente da manifestação do instinto de sobrevivência é na realidade uma reação de uma ação muito maior que ocorre na nossa estrutura energética. Uma grande quantia de energia é acumulada em nós, os chacras trabalham a todo vapor, absorvendo, transformando e acumulando essa energia e toda nossa estrutura espiritual se prepara com todas suas potencialidades para evitar aquilo que acha ser o fim. Então o medo nos condiciona a fugir. Todas as potencialidades e energia acumulada são usadas para a fuga. O que o esoterismo nos ensina em relação a isso que podemos mudar essa condição, podemos usar todo esse poder para lutar ao invés de fugir. E de que forma podemos fazer isso? Ora, criando um estado mental oposto ao medo. Um estado mental que é acionado pelo estado mental do medo. Um estado influenciando ou ligando ao outro. Esse estado mental a ser criado é o da coragem. Ao contrario do estado mental do medo que é algo negativo, o estado mental da coragem torna-se oposto a ele, então é positivo. O que vamos realizar é o que segue no seguinte raciocínio. O estado mental do medo toma conta de nós, sendo ele um gatilho para por em funcionamento nosso instinto de sobrevivência, esse sobrevém e poe em atividade toda nossa estrutura espiritual com todo acumulo de energia e potencialidades. Vamos então ligar esse estado mental do medo ao seu estado mental oposto, ou seja a coragem e dessa forma usaremos todo nosso poder que antes era para fugir, para lutar.
Agora vamos passar da teoria para a pratica. Já sabemos o que temos que fazer, mas não sabemos como fazer. É o que vamos aprender agora. Percebemos que para criar um estado mental oposto ao medo temos que fazer o uso da vontade. Uma vontade oposta a vontade do medo. Em outras palavras temos que fazer o oposto do impulso que o medo nos impulsiona. Por exemplo, se temos medo do escuro e esse impulso nos da a vontade de fugir deste, o impulso contrario seria não fugir e sim enfrentar. Quando enfrentamos o medo de algo, criamos então um estado oposto a ele, ou seja, a coragem. Então um exemplo de exercício é o que segue: supomos que tenha medo do escuro, tenha determinação de ir ao escuro e vá, e quando sentir o medo diga "não tenho medo" e diga com determinação e siga em frente com passos firmes, sentindo-se forte e pronto para enfrentar qualquer coisa. Esse exercício deve ser feito se possível todos os dias. Mas isso só não basta, esse exercício no físico apenas cria a base ou esqueleto do estado mental que desejamos criar. Para completar a criação do estado mental oposto ao medo, devemos realizar o seguinte exercício no astral. Quando sair em astral e, estando ali, sentir medo. Você pode fazer o que eu fazia quando comecei a criar esse estado mental de coragem. Ou fazer algo diferente desde que siga a mesma lógica de criação. No astral quando eu sentia medo eu me enchia de determinação e criava o oposto do impulso de fugir. Determinação de lutar. Com essa determinação firme dentro de mim. Eu me imaginava com garras afiadas, dentes grandes como de um animal e me transformava psiquicamente num animal feroz e insano com o único objetivo de destruir e dilacerar. Então avançava com determinação de destruir e dilacerar o que estivesse na minha frente. Com isso eu mudava o estado mental de medo para o estado mental de luta, usufruindo de todo poder que o instinto de sobrevivência me oferecia. E sinceramente nesse estado nunca houve entidade que ficasse a minha frente, nem mesmo a minha volta, pois, eu era naquele momento uma bomba de destruição. Com esse exercício terminamos de criar esse estado mental oposto ao medo e assim podemos usa-lo sempre que sobrevier em nós o medo. Cabe aqui relatar uma experiência que tive nesse sentido. Numa noite sai como de costume em astral, sai da minha casa e fui para a rua e parado no meio da rua ainda decidia aonde ir. Então de repente apareceram ali na rua uma multidão de entidades, seres uns parecidos com humanos outros não, alguns de forma ate que agradável e outros horrendos, eram muitos e me cercavam e me vi encurralado por aquela multidão de entidades e então senti medo. Ora, mas eu havia criado o estado oposto ao medo e me enchi de determinação em enfrentar aquela situação, ou seja, enfrentar o medo que sentia. Então seguindo um instinto que sobreveio a mim comecei a rodopiar, isso é apenas o que me lembro de começar a fazer, rodopiar. Então perdi a consciência quando voltei a ter novamente consciência, toda a minha volta estava destruído, arvores caídas, postes tombados, as casas em ruínas e ate o asfalto havia se trincado numa grande rachadura e não havia mais nenhuma entidade por ali. O que fiz, e o que aconteceu ali não me lembro ate hoje. Mas o fato é que estando de posse de todo aquele poder proveniente do estado criado pelo meu instinto de sobrevivência, o meu subconsciente de alguma forma desconhecida pos em ação um procedimento desconhecido para o meu consciente, um conhecimento adormecido com a função de lutar e defender sem que minha consciência tomasse parte naquilo. É isso que vai acontecer com você e com todos que vierem a criar esse estado contrario ao medo. Nós somos espíritos e no decorrer das eternidades da nossa existência aprendemos muitas coisas e isso tudo esta dentro de nós, adormecido sim, mas latente e quando da necessidade de tal uso, usaremos mesmo sem ter consciência disso.
Esse texto não foi escrito para os de coragem, mas sim para os medrosos. Para aqueles que antes mesmo de sair de seu corpo ja sente medo do que vai encontrar ali. E depois de muitas dificuldades, quando consegue sair do corpo, assim que sai e se vê sozinho em seu quarto, sobrevém o medo e torna a voltar para seu corpo, perdendo assim a oportunidade de ter uma experiência. E dessa forma se frustram ante as inúmeras tentativas para vencer algo que lhes é tão prejudicial. Mudar vibrações, bons pensamentos isso é valido, mas as vibrações do medo são de medo. Primeiro deve-se vencer o medo, criar a coragem, ter tranquilidade. Não é possível ter coragem sem auto-confiança, não se adquiri coragem pensando que é fraco. Temos que nos sentir fortes e se encher de determinação. E assim podemos mudar a vibração do medo, pois esse se alimenta da fraqueza e da falta de confiança em si mesmo. O exercício acima foi valido pra mim, perdi o medo e adquiri coragem. Hoje saio em astral com tranquilidade e sem temor. Saio do meu corpo ao deitar para dormir e volto a ele de manha ao acordar sem a mínima preocupação. No astral não brigo nem arrumo confusões nem sou violento, muito pelo contrario sou de muita paz e abomino a violência seja qual for, mas sei que sou forte, pois tudo posso naquele que me fortalece. Assim eu venci o medo e ensino o que aprendi, funcionou para mim e pode funcionar pra você.
Devemos sentir o oposto do que o medo nos faz sentir. E devemos fazer isso com intensidade. Se o medo nos faz sentir que vamos morrer, então temos que sentir que vamos matar, se nos faz sentir ser destruídos, temos que sentir com poder de destruir, se nos faz sentir ser dilacerados, temos que sentir capazes de dilacerar, se nos faz sentir um rato, temos que nos sentir como monstros. Isso deve ser feito no astral pelo menos umas dez vezes. Se fizeste esse exercicio como o descrito, meus parabéns, você acaba de vencer o medo. Mas isso é apenas consequencia de algo muito maior que acaba de adquirir. Adquiriu uma capacidade, um poder atraves do medo. O poder da transmutação mental. E como isso aconteceu? Veja que pegamos uma grande quantidade de energia, pela vontade a acondicionamos e junto com o desejo lhe demos uma vibração especifica. Vibração de oposição. A vibração de oposição torna-se tão profunda quanto a profundidade do medo. Transmutação mental é a capacidade de mudar e transformar estados mentais em outros. Supomos que tenha o vicio do cigarro. Assim que sentir vontade de fumar, você linka esse desejo ao estado de determinação oposta. De forma automática vai sentir se encher de determinação do mesmo modo e profundidade que oposicionou com o medo. Eu parei de fumar dessa forma. Escolhia um dia, determinava que não fumasse naquele dia, o dia todo, e não fumava de forma alguma. Isso pode ser usado para estados mentais de tristeza, angustia, depressão e melancolia etc..
Com certeza depois desses exercícios, se os levar a serio e com determinação vai ter uma experiência fora do corpo. Mas as dificuldades para o iniciante não acaba aqui. Na verdade é aqui que começam as dificuldades. O iniciante de posse de um novo corpo, ou melhor, dizendo um novo estado de consciência não possui autocontrole. É como uma criança quando começa a andar. Por um momento sai seu corpo e contra sua própria vontade volta de novo para ele. Outras vezes, estando fora do seu corpo não consegue enxergar nada, é tudo uma grande escuridão. Em alguns casos mais comuns do que imaginamos, ficamos fazendo malabarismos, subindo ou descendo com movimentos desconexos e totalmente fora do nosso controle. Isso tudo é perfeitamente normal da mesma forma que é normal uma criança iniciando seus primeiros passos cair e se desequilibrar. Mas assim como a criança não desiste de explorar suas novas possibilidades, assim devemos ser e ter a mesma persistência.
Em breve continuação*******************************************
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