Curso de heavy metal?

Um curso de dois anos em heavy metal ministrado por uma universidade inglesa está envolto em polémica. "Não tem credibilidade para o mercado de trabalho", apontam críticos.
"Opção fácil" e "sem importância". Assim é definido pelos críticos o curso de heavy metal ministrado por uma universidade de Nottingham, em Inglaterra. A razão das alfinetadas: é uma formação "inútil" para arranjar emprego.

Segundo a Metal Hammer, este curso visa ensinar aos estudantes uma panóplia de assuntos associados ao heavy metal, incluindo a composição musical propriamente dita e o efeito desta música na cultura popular, filmes e videojogos. Deverá ser encetado em Setembro, apesar de já causar controvérsia no meio académico e no mercado de trabalho. Os opositores defendem que se trata de um curso que não deve ser levado a sério quando a intenção é procurar emprego.

"Há cursos que não têm credibilidade no mercado de trabalho", alega Chris McGovern, responsável por uma organização que advoga a "real education". "Parece-me que este curso é um desses casos, a não ser que se queira ser uma estrela de heavy metal. Mas nesse caso, será preciso um curso de heavy metal? Pode constituir uma opção atrativa e fácil para algumas pessoas, mas um curso de metal não é preciso. É uma perda de tempo", conclui.

Do outro lado, visão contrária: "o heavy metal nunca foi levado a sério e detém falta de credibilidade quando comparado com outros géneros como o jazz ou a música clássica. Trata-se apenas de um problema cultural", refere o professor Liam Maloy, responsável pelo curso.

- Blitz