Diálogo com uma flor do meu jardim

Hoje,  depois de um inverno sem fim
Resolvendo o sol no céu despontar
Uma pequena flor do meu jardim
Sorriu e a mim veio cumprimentar
Espreguiçou suas pétalas uma a uma
Matizadas de amarelo e lilás
"Bom dia, saí agora da bruma
O mau tempo ficou enfim para trás
Trago na seiva  toda a Primavera
Podes ver-me durante algumas horas
Contempla-me, hoje sua tua quimera
Não ficarei contigo até deshoras
Meu dia é breve, com o sol desperta
Vivo enquanto ele corre o horizonte
De noite  nunca podere estar alerta
Fechada sobre mim qual flor do monte"
Desculpa flor nem teu nome  eu sei
Nem a espécie de onde tu vieste
Desabrochaste hoje com o astro-rei
Tens a simplicidade de flor campestre
Queria uma graça eu poder dar-te
Um nome que me ficasse na memória
E enquanto eu  não puder batizar-te
Lembrarei simplesmente tua glória
Quantos dias vais tu ficar comigo
E quanto tempo sorrirás p'ra mim?
"Não sei, enquanto o sol for meu amigo
Vida de flor depressa chega ao fim
E agora que a noite está caindo
E com sono sinto as pétalas a enrolar
Eu, flor sem nome dou meu dia por findo
Boa noite, vou dormir, vou descansar"
Boa noite, querida flor do meu jardim
Não tarda tuas irmãs chegarão
Linda e solitária ter-me-ás a mim
Até ver tuas pétalas no chão
E com saudades da tua partida
E a celebração da Primavera
Ensinar-me-á a tua curta vida
Que a vida não passa de uma quimera


Templa

que bonito,Templa,fizeste-me sorrir

que bonito,Templa,fizeste-me sorrir

Bom dia, Primavera, sorri Nita
Eu tenho outra flor a reclamar
Uma sardinheira bem expedita
A que tenho hoje de contentar

Bjs.

Muito lindo, Templa querida,
Fizeste-me rir e quase chorar.
Que seja tulipa, lírio ou margarida,
As pétalas cairão, ao o perfume permaneça a inebriar.

Parabéns!