Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.426
Total de mensagens
369.466
Total de tópicos
26.917
  • Somos Deus?
    Iniciado por Merry
    Lido 7.672 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
ricardocosta28
Obrigado por esclarecer chacal, mas da forma que ele fala da a entender outra coisa,alias parece ter uma mentalidade super avançada para a época

chacalnegro
Citação de: ricardocosta28 em 14 outubro, 2012, 02:09
Obrigado por esclarecer chacal, mas da forma que ele fala da a entender outra coisa,alias parece ter uma mentalidade super avançada para a época

Ricardo, a Idade Média não era só Igreja, cruzadas, fanatismo e gente bruta à porrada por "dá cá aquela palha"... ;)

fialves
Antes de mais, estamos no campo das especulações filosóficas. Vamos, por isso, especular um pouco.

Este texto está interessante, mas creio que tem por base um raciocínio assente numa premissa falsa.

Vamos por partes.

Diz o autor que Deus é "absoluto" por ser omnipresente, omnisciente e omnipotente. E que, sendo absoluto, terá de ser tudo, porque senão não será absoluto.

Mas isto, a meu ver, assenta numa premissa falsa. Refiro-me ao facto de Deus ser omnipresente, omnisciente e omnipotente. O que é falso não é o facto de Deus ser estas três coisas: a falsidade está no facto de, por um lado, o autor ignorar que estas três características são atributos de um Deus criador, ou seja, um Deus que não se confunde com a sua própria criação. E de, por outro lado, concluir que estas três características são a prova de que Deus é "absoluto".

Antes de mais, estas três características são os atributos de um Deus criador do Universo. Ele só é omnipresente, omnisciente e omnipotente porque criou o Universo e as leis da física que o regem.

Além disso, estas três características não provam que Deus é absoluto, mas sim que Deus tem poder absoluto sobre todas as coisas, como convém a um Ser que criou todas as coisas.

Por fim, last but not the least, creio que o o conceito de Deus apenas faz sentido se for no contexto de um acto de criação: Deus é Deus porque criou o Universo. Caso contrário, não seria Deus... seria o Universo. E sendo Deus e o Universo a mesma coisa, até que ponto conseguiria ele ser omnipresente, omnisciente e omnipotente, visto que não teria uma inteligência central, um 'design inteligente', capaz de ter estes atributos?

Mas como disse, é um texto interessante:)

abraços



Citação de: Merry em 13 outubro, 2012, 12:01
"Filosofar é uma arte interessante. Entretanto, quando nos aproximamos das fronteiras dos dogmas, ficamos mais suscetíveis aos terremotos das paixões. Mesmo correndo o risco, resolvi incluir este tópico, para ter uma idéia das verdades alheias. Afinal, somos ou não somos Deus?

A dificuldade começa com a definição de Deus, que pode ser tão variada quanto existiram, existem e existirão pessoas na face da Terra. Em que pesem as diferentes opiniões, penso que há uma concordância geral: Deus é onisciente, onipotente e onipresente. Ou seja, Deus é absoluto! Sendo absoluto, poderíamos encontrar algo ou alguém que não fosse Deus?

O absoluto existe por si só. Por definição, o absoluto é! Por definição, o absoluto engloba tudo. E tudo o que não faz parte do absoluto simplesmente não é, não existe, pois se existisse, haveria algo além do absoluto e o absoluto não seria absoluto. Na melhor das hipóteses o que não faz parte do absoluto é apenas uma ilusão. Sou forçado, então, a concluir que somos Deus. Não estou dizendo que somos uma parte de Deus, pois sendo absoluto, Deus não se divide. Também não estou dizendo que somos um deus, pois sendo absoluto, Deus é único. Somos, cada um de nós, Deus!

Se somos Deus, por que não usufruímos nossa divindade? Por que parecemos tão limitados? Após ler o comentário de vários autores muito mais inteligentes e sábios que eu, cheguei à conclusão de que Deus, em um determinado momento que o tempo não consegue medir, decidiu conhecer-se. Para fazê-lo, voltou sua atenção para o que não era, de forma a que pudesse conhecer o que era, como uma luz que apagamos para podermos saber o quanto realmente ilumina, por contraste. Para poder se conhecer plenamente, Deus (ao voltar sua atenção para o que não era) criou a Ilusão-do-não-Deus que, por projeto, pensa ser real e ignora ser Deus. Ignorando tão perfeitamente a própria divindade, o intelecto vê-se incapaz de restaurar sozinho o conhecimento de Si próprio, restando à Ilusão-do-não-Deus apenas a experiência de Ser para poder compreender que É, sempre Foi e sempre Será!

Se o seu cérebro ainda não deu um nó, deve ter entendido que para usufruirmos nossa divindade temos que experimentar a divindade. Todos os atos que estejam de acordo com a grandeza de Deus aproximam-nos Dele, constroem em nosso Ser a certeza da própria divindade. Em contrapartida, todas as ações que não podem se enquadrar em atos divinos reforçam a ilusão e nos mantêm presos a ela.

Isso posto e aceito, será fácil concluir que o egoísmo é uma grande tolice, pois somos os únicos (ou, melhor, o único) a perder. Que quando amamos alguém, amamo-nos a nós mesmos. Que toda solidariedade volta-se para nós. Que todo o bem reverte-se ao doador.

Não é lindo? O que o Deus, que você é, pensa sobre o assunto?"

chacalnegro
Citação de: fialves em 16 outubro, 2012, 02:11
Antes de mais, estamos no campo das especulações filosóficas. Vamos, por isso, especular um pouco.

Este texto está interessante, mas creio que tem por base um raciocínio assente numa premissa falsa.

Vamos por partes.

Diz o autor que Deus é "absoluto" por ser omnipresente, omnisciente e omnipotente. E que, sendo absoluto, terá de ser tudo, porque senão não será absoluto.

Mas isto, a meu ver, assenta numa premissa falsa. Refiro-me ao facto de Deus ser omnipresente, omnisciente e omnipotente. O que é falso não é o facto de Deus ser estas três coisas: a falsidade está no facto de, por um lado, o autor ignorar que estas três características são atributos de um Deus criador, ou seja, um Deus que não se confunde com a sua própria criação. E de, por outro lado, concluir que estas três características são a prova de que Deus é "absoluto".

Antes de mais, estas três características são os atributos de um Deus criador do Universo. Ele só é omnipresente, omnisciente e omnipotente porque criou o Universo e as leis da física que o regem.

Além disso, estas três características não provam que Deus é absoluto, mas sim que Deus tem poder absoluto sobre todas as coisas, como convém a um Ser que criou todas as coisas.

Por fim, last but not the least, creio que o o conceito de Deus apenas faz sentido se for no contexto de um acto de criação: Deus é Deus porque criou o Universo. Caso contrário, não seria Deus... seria o Universo. E sendo Deus e o Universo a mesma coisa, até que ponto conseguiria ele ser omnipresente, omnisciente e omnipotente, visto que não teria uma inteligência central, um 'design inteligente', capaz de ter estes atributos?

Mas como disse, é um texto interessante:)

abraços




Sim, Fialves é uma permissa tão falsa como Deus ser Pai, Filho e Espírito Santo e conservar a sua essência de Deus único... Mas isto é só mesmo filosofando. ;)

fialves
O mistério da Santíssima Trindade é isso mesmo, um mistério, lol

Mas não creio que o facto de Deus ter três pessoas seja impeditivo de ser um Deus único. Um colectivo pode ser visto como uma unidade.


Citação de: chacalnegro em 16 outubro, 2012, 20:25
Sim, Fialves é uma permissa tão falsa como Deus ser Pai, Filho e Espírito Santo e conservar a sua essência de Deus único... Mas isto é só mesmo filosofando. ;)

Sandrareginabr
Citação de: fialves em 17 outubro, 2012, 00:58
O mistério da Santíssima Trindade é isso mesmo, um mistério, lol

Mas não creio que o facto de Deus ter três pessoas seja impeditivo de ser um Deus único. Um colectivo pode ser visto como uma unidade.


permitam-me colocar um texto do meu amado pastor:

DUAS SENHORAS E A TRINDADE

Semana passada conversei longamente com duas distintas senhoras de mais de setenta anos—ambas viúvas—e deleitei-me em observar a vivacidade sábia que elas expressaram.
Uma delas esteve em coma por mais de uma semana. Relata experiências humanas tão reais quanto a realidade material pode ser percebida. Como se estivesse num mundo concretamente igual a este, porém, paralelo. Obviamente que as explicações para o fenômeno são muitas, mas não interessa ao momento.
O certo é que a senhora que esteve em coma me disse ter sido exposta nessa experiência acerca da diferenciação entre o amor de Deus e o amor de Cristo. Alguém, numa das cenas paralelas que ela visitou durante o coma, teria dito que o amor do Pai era maior.
E aqui abro um parêntese para dizer que uma das coisas que sempre me impressionaram no meio cristão foi a percepção de que muitos cristãos elegem que divindade da Trindade que elas gostam mais.
Tem gente que gosta mais do jeito do Pai. Tem gente que se identifica mais com o Filho. E há aqueles que apreciam mais os indecifráveis humores do Espírito Santo.
Parece que são três deuses e que se pode optar por uma devoção mais carinhosa pelo jeito de ser do-daquele deus.
Minha resposta à senhora foi a mais simples possível.
"Nada pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus"—foi tudo.
O resto foi comentário.
Deus é Um. Não Uns.
Deus é Deus. Revela-se como gosta de se revelar.
Eu sou um nada-quase-quase-nada-mesmo-nada.
Se há um só Deus e Ele decidiu se expressar como desejou—amém! Eu amo cada nuance nos sentimentos revelados, mas sei que esse jeitão todo fez Sua síntese absoluta em Jesus Cristo.
Em Romanos 8 Paulo faz questão de embolar desembolavelmente o Pai, o Filho e o Espírito Santo. E faz isso de modo tão natural e sem necessidade de explicação que, com isso, ele dá toda a explicação, a saber: Deus é. Ame-o como Ele é. Pois nada pode separar você do amor de Deus que está em Cristo Jesus. Ele sabe quem você é. A sua melhor oração é a intercessão Dele. E o Pai que poderia condenar, deu o Filho de Graça, e com o Filho todas as coisas. O Filho, que poderia julgar, decidiu Advogar as causas perdidas. E o Espírito sonda a mente de Deus, pois, é segundo a vontade de Deus que Ele intercede pelos santos, conforme também a essência dos santos. Saber disso faz você ficar à vontade com Deus—e é do conhecimento desse Deus que vem a fé-certeza de que nada pode nos separar dele; afinal, esse amor se encarnou em Cristo Jesus. Deu prova histórica de estar falando sério até a morte e morte de Cruz.
Deus estava em Cristo. Nele, Jesus, habita corporalmente toda plenitude da divindade. E tudo acontece no amor do Espírito de Jesus Cristo, Filho de Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo.
Portanto, não é para explicar. É para conhecer em Graça.
As duas senhoras parecem ter entendido. Espero que para você faça algum sentido como verdade, não como explicação.

fonte:www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=00275

chacalnegro
Citação de: fialves em 17 outubro, 2012, 00:58
O mistério da Santíssima Trindade é isso mesmo, um mistério, lol

Mas não creio que o facto de Deus ter três pessoas seja impeditivo de ser um Deus único. Um colectivo pode ser visto como uma unidade.



Exactamente fialves, é um mistério tão grande como Deus ser absoluto. ;)

Citação de: chacalnegro em 17 outubro, 2012, 12:48
Exactamente fialves, é um mistério tão grande como Deus ser absoluto. ;)

Então não estaremos a entre num  henoteísmo? Que é adorarmos um Deus, apesar de se aceitar a existência de outros? Ou estarei redondamente enganada?

É que a santíssima trindade para mim é isso memo:  henoteísmo
"Somos seres espirituais com corpo físico, e não seres humanos que buscam a condição espiritual." (Sara Marriott).

Sandrareginabr
Citação de: Salomé em 19 outubro, 2012, 17:49
Então não estaremos a entre num  henoteísmo? Que é adorarmos um Deus, apesar de se aceitar a existência de outros? Ou estarei redondamente enganada?

É que a santíssima trindade para mim é isso memo:  henoteísmo

::) Bem, não vejo a Trindade assim, para mim ela é a manifestação de um Único Deus, que é Onipresente, Onisciente e Onipotente e não três deuses diferentes ;) é complicado eu sei, mas para mim também, Deus não é para ser explicado, vivendo Ele se explica, de vagar, à maneira dele, no tempo dele...

chacalnegro
Citação de: Salomé em 19 outubro, 2012, 17:49
Então não estaremos a entre num  henoteísmo? Que é adorarmos um Deus, apesar de se aceitar a existência de outros? Ou estarei redondamente enganada?

É que a santíssima trindade para mim é isso memo:  henoteísmo
Salomé, a Santíssima Trindade está bem datada e é adoptada como dogma no Concílio de Niceia. Havia algo muito complicado com o que lidar que, sendo o Cristianismo uma religião monoteísta, como podia aceitar a divindade de Jesus. A resposta mais inteligente, foi a adopção do trinitarismo enquanto dogma fundamentado quer pelo "Espírito de Deus que pairava sobre as águas" do Génesis; os 3 homens que apareceram a Lot e as constantes alusões ao Espírito Santo nos Evangelhos. Enquanto matéria de fé, não é de modo algum errado, tal como o Monofisismo, etc. Em todos eles Jesus trouxe a mensagem que conhecemos, que é o que importa.
Pessoalmente não acredito na divindade de Jesus, mas não posso dizer que seja falsa. É verdadeira para quem acredita.

Cara Merry.

Gostei do seu raciocínio.
Quanto às vozes discordantes fundamentalistas, simplesmente ignore
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente