Os campos da alma

O Espírito André Luiz, através do potencial mediúnico de Francisco Cândido Xavier, ditou várias obras reveladoras e muito conhecidas dos espíritas.

Transcrevemos, a seguir, do livro "Os Mensageiros", editado pela Federação Espírita Brasileira, um diálogo entre o citado Espírito e outro, denominado Aniceto, entidade benfeitora que atua em equipes de socorro, atendendo seres imersos nas regiões purgatoriais próximas à Terra.

Em dado momento das narrativas do livro, ao adentrarem essas regiões de sofrimento, o referido instrutor estabelece um elucidativo diálogo com seu tutelado:

Este, André, é um domínio diferente. A percepção humana não consegue aprender senão determinado número de vibrações. Comparando as restritas possibilidades humanas com as grandezas do Universo Infinito, os sentidos físicos são muitíssimos limitados. O homem recebe reduzido noticiário do mundo que lhe é moradia.

É verdade que tem devassado com a sua ciência problemas profundos. A astronomia terrena conhece que o Sol, por medidas aproximadas, é 1.300.000 vezes maior que a Terra e que a estrela Capela é 5.800 vezes maior que o nosso Sol; sabe que Arcturo equivale a milhares de sóis, iguais aos que nos ilumina; está informada de que Canópus corresponde a 8.760 sóis idênticos ao nosso, reunidos; mediu as distâncias entre o nosso planeta e a Lua; acompanha certos fenômenos de Marte, Saturno, Vênus e Júpiter; sonda os milhões de sóis aglomerados na Via-Láctea; conhece as estrelas variáveis, as nebulosas espirais e difusas. E não param as observações humanas na grandeza ilimitada do Macrocosmo.

A ciência vai, igualmente, aos círculos atômicos; analisa a materialização da energia, o movimento dos elétrons, estuda o bombardeio de átomos e esquadrinha corpúsculos diversos. Mas todos esse trabalho, com a colaboração de telescópios de alta potência e dos geradores de milhões de volts, ainda é serviço que apenas identifica os aspectos exteriores da vida.

Há, porém, André, outros mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas esferas que se interpenetram. O olho humano sofre variadas limitações e todas as lentes físicas reunidas não conseguiriam surpreender os campos da alma, que exige o desenvolvimento das faculdades espirituais para tornar-se perceptível.

A eletricidade e o magnetismo são duas correntes poderosas que começam a descortinar aos nossos irmãos encarnados alguma coisa dos infinitos potenciais do invisível, mas ainda é cedo para cogitarmos de êxito completo.

Somente ao homem de sentidos espirituais desenvolvidos é possível revelar alguns pormenores das paisagens sob nossos olhos.

A maioria das criaturas ligadas à Crosta não entende estas verdades, senão após perderem os laços físicos mais grosseiros.

É da lei, que não devemos ver senão o que possamos observar com proveito.

Fonte:Redação do blog Espiritismo Na Rede