Uma Alma

Uma Alma

De que destino vieste não sei
Mas ao chegar soube que era o meu
Pois totalmente para ti me voltei
E já quase não mais havia em mim um eu

Entendi que minha era a tua alma
Assim também tua a minha se fez
Rendi ao amor a palma
Não duas almas, uma só, entendi de uma vez

Tu foste meu tudo, meu nada
Em teus braços fui criança, amante
Toda complexidade de mulher apaixonada
Em esplendor de raro diamante

Sem esperas nem perguntas, confiança cega
Teu era o ar que eu respirava
Porém me consumia tal qual a chama que fumega
E eu não via que o próprio amor nos separava

Uma alma em dois corpos diferentes
Unidas pelo dissabor de não se pertencerem
Tal sofrimento nos tornando conscientes
A ver nossos sonhos perecerem

Hoje sou criatura dilacerada
Entre os vivos um ser errante
Pela vida mortificada
Sem o amor do meu amante

Triste fim de um amor indefenso
Triste desta que cativaste
Há apenas o nada, vazio imenso
A alma que habitava este corpo, contigo levaste.

Continuas a brilhar ... 

Abraço

Gostei muito...
O Amor continua a dar asas a estas belas peças...
beijinho 

Gostei muito...
O Amor continua a dar asas a estas belas peças...
beijinho 

O amor e seus desencontros. Tenho a impressão que na vida, muitas vezes, amamos mais intensamente aquele amor impossível... é triste saber que o sofrimento inspira tanto!

Continuas a brilhar ... 

Abraço

Complectamente de acordo, já me faltas as palavras. 

Complectamente de acordo, já me faltas as palavras. 

Obrigada, Azarenta!