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  • Wicca
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Lunática


Wicca é uma religião neopagã fundamentada nos cultos da fertilidade que se originaram na Europa Antiga. O bruxo inglês Gerald B. Gardner impulsionou o renascimento do culto, com o nome de Wicca, junto com outros bruxos e bruxas, em meados dos anos 1940 e 1950. Embora essa fundação tenha ocorrido provavelmente na década de 1940, ela só foi revelada publicamente em 1954, quando da época da sanção da última das leis contra a Bruxaria na Inglaterra. A tradição Wicca e seus termos são baseados em diversas culturas do paganismo antigo, modificadas pelo que, segundo Gardner, era uma tradição sobrevivente da bruxaria medieval, mas da qual o conhecimento que temos é obscuro.

Desde seu renascimento, várias tradições da Wicca surgiram, algumas se afastando consideravelmente dos conceitos da década de 50. A tradição que segue os ensinamentos e práticas específicas, conforme estabelecidos por Gardner, é denominada Tradição Gardneriana. Além dela, muitas outras tradições da Wicca se desenvolveram e também existem muitos praticantes que não pertencem a nenhuma tradição estabelecida, mas criam a sua própria forma de culto (ecléticos) aos Antigos Deuses.

Os dados que temos nos mostram que a maioria dos wiccanos dos dias de hoje são solitários, isto é, não participam de um coven (grupo de bruxos). Embora isso não os impeça de se reunirem com outros para realizarem juntos os rituais.

É importante frisar que a Wicca não é uma religião mantida ininterruptamente desde a Antigüidade, ou seja, ela - como toda a natureza - evoluiu e ainda evolui com o passar do tempo. Mas, indubitavelmente, ela tem suas bases fincadas em crenças e rituais antigos (pré-cristãos).

Definição

A palavra "Wicca" vem do inglês antigo, tendo sido reintroduzida no uso moderno daquele idioma por Gerald Gardner, em sua publicação de 1954. Embora Gardner utilizasse a grafia "Wica", popularizou-se o uso de "Wicca", mais coerente à etimologia da língua inglesa moderna.

Os primeiros livros sobre Wicca em língua portuguesa foram traduções da língua inglesa, tendo seus tradutores optado por manter a grafia original. Mais tarde, os livros escritos diretamente em Português mantiveram esse uso. No entanto, não há consenso entre autores e tradutores sobre a palavra a ser usada na língua portuguesa para designar o praticante da religião Wicca, sendo utilizadas mais amplamente as formas "wiccano(a)" e "wiccaniano(a)". É também de uso menos comum a forma "wiccan", como no original em inglês, para ambos os sexos.

Os defensores da forma "wiccaniano" alegam ter sido o primeiro livro sobre Wicca traduzido para o Português o "Feitiçaria Moderna", de Gerina Dunwich, onde foi utilizada essa forma. Os demais termos são normalmente mantidos sem tradução, em sua forma originalmente usada na língua inglesa. Entretanto, atualmente, o termo wiccano(a) é mais amplamente utilizado, pois é a forma mais fácil e mais popularizada.

Embora sejam algumas vezes usadas como sinônimo, Wicca e bruxaria são conceitos diferentes. A confusão se dá porque tanto os praticantes da Wicca quanto os da Bruxaria Tradicional - se denominam Bruxos. Da mesma forma, não devem ser confundidos os termos Wicca e neopaganismo, uma vez que a Wicca é apenas uma das expressões do neopaganismo.

A Wicca é uma religião iniciática e pode ser praticada tanto de forma tradicional quanto de forma solitária. Nas formas tradicionais, os praticantes avançam através dos graus de iniciação da religião e geralmente trabalham em covens (grupos de iniciados que celebram juntos, liderados por uma Alta Sacerdotisa e por um Alto Sacerdote) embora existam Covens em que não se use o sistema de graus. Na forma solitária, os praticantes celebram os rituais sazonais sozinhos ou podem se reunir com outros solitários nestas datas.

Todas as formas de Wicca cultuam A Deusa e O Deus, variando o grau de importância dado ao culto de cada um deles, pois apesar de existirem tradições que cultuam a Deusa com maior ênfase, o culto aos dois com igual dedicação é um ponto forte e mais presente nas crenças wiccanas devido ao trabalho com o equilíbrio entre os Gêneros Divinos, feminino e masculino.

Crenças e Práticas

Há diversas ramificações (chamadas comumente de Tradições) wiccanas. Assim, há uma enorme quantidade de variações sobre as crenças e as práticas wiccanas.

A prática wiccana mais comum cultua duas divindades, A Deusa e O Deus, algumas vezes chamados de Grande Mãe e Deus Cornífero (do latim: "o que porta cornos").

Algumas tradições, principalmente as denominadas Tradições Diânicas, dão mais ênfase ao culto à Deusa. Outras, entretanto, dão ênfase ao Deus e à Deusa como complementares de onde surge toda a criação, em igualdade de condições. Algumas Tradições Diânicas feministas não consideram o Deus. Alguns praticantes discordam dessa posição, dizendo não haver razão para realizar as celebrações ritualísticas mais importantes sem a presença das duas polaridades.

O culto na Wicca é fundamentado no equilíbrio entre as polaridades encontradas na Natureza e entre os Gêneros Divinos. Entretanto, os praticantes da Wicca ainda são politeístas, já que essa é uma característica essencial do paganismo.

Os ritos da Wicca reverenciam a ligação da vida dos praticantes e das divindades com a Terra. Essa reverência se expressa, principalmente, através de rituais cuja liturgia celebra as lunações e as mudanças das estações do ano, através de um antigo calendário agrícola (Roda do Ano). Sem esquecer a crença na reencarnação dentre os bruxos modernos.

Os praticantes da Wicca realizam rituais em honra à Deusa nas noites de Lua Cheia. Esses rituais são normalmente denominados Esbats. Algumas tradições chamam também de Esbbat rituais realizados nas demais fases da Lua.

Esses rituais são celebrações onde se acredita que a Deusa manifesta-se na Suma Sacerdotisa através do ritual de "puxar a lua para baixo", e através dela revela a sua sabedoria. Da mesma forma, existe também o ritual de "puxar o sol para baixo", realizado pelo Sumo Sacerdote. Vale ressaltar que, no caso de um ritual realizado em um coven, apenas a Alta Sacerdotisa e o Alto Sacerdote realizam tal ritual.

O culto à Deusa é vivenciado através das Suas variadas fases:

A Donzela, que representa a pureza feminina, o vigor, a inocência e a sedução (Lua Crescente);
A Mãe, fonte da vida e protetora (Lua Cheia);
A Anciã, Velha e Sábia, conhecedora dos maiores mistérios da vida e da morte (Lua Minguante);
A Iniciadora, seu lado misterioso, sedutor e envolvente (Lua Negra*).
O culto ao Deus também é vivenciado através das Suas variadas fases:

A Criança da promessa, que representa a esperança, a inocência e o início (cultuado no ritual de Yule – solstício de inverno);
O Caçador, representando a fertilidade, a força, coragem e proteção (principalmente cultuado no Beltane– ritual do meio da primavera);
O Grande Pai, seu lado paternal e símbolo do amor entre os o Casal Divino e seus seguidores (em rituais solares).
O Ancião, Velho e Sábio, O Deus do Oculto, conhecedor dos maiores mistérios da vida, da morte e da reencarnação (principalmente cultuado nos rituais da época do outono, como o Mabon e o Halloween);
Vale alertar que não há espaço em nenhuma tradição que esteja inserida no neopaganismo para o conceito de "Mal Absoluto". Caem por terra, dessa feita, as tentativas por parte de outras religiões de ligarem o paganismo, antigo ou moderno, a entidades como do Diabo da mitologia cristã. Os pagãos não só não seguem essas entidades, como também não acreditam na existência de tais entidades.

A Roda do Ano

O ano se inicia em Samhain (lê-se: sou-êin) (também conhecido como Halloween). Quando o Deus, Filho e Consorte da Deusa, morre.
Então do Útero da Deusa Mãe, Ele renasce em Yule (o sabá do solstício de inverno), representando assim o eterno ciclo da reencarnação.
Passa Sua infância em Imbolc, quando é alimentado pelo seio sagrado da Senhora, que agora descansa do parto;
Em Ostara é a Deusa Renascida que surge, trazendo sua força. Ela é a Donzela e ele o Jovem Galhudo (representado por kernunos/cernunos – deus da fertilidade);
Em Beltane Ele se une (em perfeito AMOR e perfeita confiança) à Deusa Donzela, e da Sua união Tudo surgirá;
Em Litha ele é pleno em Seu Poder, o implacável Senhor das Florestas, o Grande Pai, e a Donzela já se tornou a Grande Mãe;
Em Lammas ele começa sua rota ao declínio. Ele é o Deus do Oculto, enquanto a Deusa segue sua trilha para dar à luz novamente o Seu filho, a Criança da Promessa;
Em Mabon (lê-se mêibon) ele é o Sábio Deus Verde, e está se preparando para sua passagem, enquanto a Deusa percebe que Seu amado está partindo;
Volta a morrer em Samhain, realizando a grande espiral do renascimento, ou simplesmente a Roda do Ano.
Quatro Sabbats, chamados Maiores por algumas tradições, celebram o auge das estações. São eles: Samhain (Outono), Beltane (Primavera), Imbolc (Inverno) e Lammas ou Lughnasadh (Verão). Os demais, chamados por vezes de Sabbats Menores, comemoram os solstícios: Litha (Verão), Yule (Inverno) e Equinócios: Ostara (Primavera) e Mabon (Outono).

Há uma grande controvérsia entre os praticantes brasileiros sobre qual a forma mais adequada de escolher as datas dos Sabbats. Vários deles defendem que os Sabbats sejam comemorados nas mesmas datas em que isso é feito no Hemisfério Norte (por exemplo, Yule em Dezembro), enquanto outros defendem a comemoração nas datas em que as estações ocorrem no Hemisfério Sul (Yule em Junho). Atualmente, praticantes australianos, argentinos, porto-riquenhos, uruguaios e brasileiros comemoram, em sua grande maioria, as datas do Hemisfério Sul.

Alguns chamam a Wicca de Religião da Deusa, porque enxergam na Deusa a totalidade. Outros contestam esta afirmação, crendo que em nenhum momento isso se torna verídico, pois a Deusa, na mitologia de algumas tradições wiccanas, realiza a descida até o Deus no Submundo e apenas então recebe, por intermédio das provações, o conhecimento que precisa para se tornar plena. Assim, a Deusa não está completa sem o Deus, nem para portar o conhecimento, nem para realizar o Grande Rito da criação universal, pois apenas dois complementares podem se unir e criar dessa união o Todo. Há vertentes de Wicca que consideram a Deusa completa em si mesma, e outras que enfatizam a crença e culto na polaridade. Não há posturas certas nem erradas, ambas expressam crenças diversas dentro da mesma religião e cada praticante escolhe a de sua preferência. Todas estas Divindades por sua vez são pagãs, normalmente de origem Européia.

Instrumentos e símbolos

Os rituais são realizados no interior de um Círculo Mágico, que é traçado de forma ritualística, após a limpeza e consagração do local, que em geral é realizado em casa ou em pequenos espaços como quartos, salas, quintais etc. Adaptando-se à modernidade quanto aos problemas para ter acesso a um lugar de maior contato com a Natureza, e até à falta de segurança. Preces ao Deus e à Deusa são proferidas, a evocação dos Guardiões dos pontos cardeais é realizada e muitas vezes são feitos feitiços adequados ao rito em condução (o qual é o ponto focal da celebração), e então é realizado o Cone de Poder, que concentra e envia as energias do círculo até o objetivo almejado por todos. Ao final, é tradicional a partilha de pão e vinho em certos rituais e celebrações.

A maioria dos wiccanos usa um conjunto de instrumentos de altar em seus rituais. Esses instrumentos incluem, dentre infinitos outros, vassouras, caldeirões, cálices, bastões, athames (um espécie de punhal de dois gumes, que não é usado para sacrifícios de qualquer espécie), facas ou foices (chamadas bolline, usada para cortar ervas, flores, e gravar símbolos e velas), velas, incensos, etc. Representações da Deusa e do Deus são também comuns, seja de forma direta, representativa, simbólica ou abstrata, e são mais usados os símbolos do Cálice para a Deusa, que é o símbolo de seu útero, e o Athame para o Deus, que é a representação de seu falo. Os instrumentos são apenas isso, instrumentos, e não têm poderes próprios ou inerentes. Apesar disso, são normalmente dedicados ou "carregados" com um propósito específico, e usados apenas nesse contexto. É considerado extremamente rude tocar os instrumentos de um bruxo ou bruxa sem sua permissão.

O pentáculo - um pentagrama, estrela de cinco pontas, inscrito em um círculo - é um dos símbolos mais utilizados por praticantes para representar sua fé. É usado para representar cinco elementos componentes da natureza: terra, ar, água e fogo - mais o espírito (às vezes chamado de akasha ou éter). Muitos Gardnerianos, no entanto, contestam essa atribuição. E quando às vezes utilizado de cabeça para baixo, é atribuído ao Deus Cornífero.

Os praticantes acreditam que cada um deve cultuar a(s) divindade(s) à sua própria maneira. Sem imposições ou leis escritas, mas com consciência em relação à cidadania, à auto-estima e à preservação ambiental, repudiando qualquer forma de preconceito e proselitismo, e incentivando a igualdade de gênero e a liberdade sexual.

A Wicca tem, como leis comuns a todas as tradições, a Lei Tríplice, que dita a regra: "tudo o que fizeres voltará em triplo para ti" (tanto de bom quanto de ruim) e a Rede Wicca que dita: "Faça o que desejar, sem a ninguém prejudicar" ou popularmente repetido como "Faça o que quiseres, desde que não prejudiques nada nem a ninguém". A primeira ilustra bem a importância do número 3 em sua filosofia, também exemplificada nos aspectos da Deusa Mãe (Donzela, Mãe e Anciã), e nos três graus iniciáticos de algumas tradições.

Nomes Mágicos

Os praticantes da Wicca, quando passam pelo ritual de iniciação na religião, ao se apresentarem aos Deuses, se apresentam com o nome dito "mágico" que será de conhecimento dele mesmo e dos Deuses.

Mas também ganham um novo nome, diferente do apresentado aos Deuses, ao entrarem em um Coven, para ser chamado assim dentro do grupo e/ou dentro da comunidade Pagã; alguns preferem usar um outro nome para ser conhecido entre outros Pagãos, diferente dos outros dois, o do Coven e o apresentado aos Deuses. Outros, porém, utilizam um mesmo nome para todas as situações.

O mais importante é saber que o real significado do nome é que ele é um dos símbolos de uma mudança que se iniciou em sua vida, de acordo com sua própria vontade. Por isso, o nome escolhido, na maioria das vezes, representa aquilo que o iniciado mais deseja em sua nova vida, ou até mesmo o nome de um deus ou deusa que possua aquela característica.

Sacerdócio

A iniciação da Wicca corresponde ao mesmo tempo ao sacerdócio. Ou seja, todo wiccano iniciado é considerado um sacerdote, podendo assim realizar e dirigir rituais. A diferença dos sacerdotes da Wicca para os da maioria das religiões monoteístas é a presença de sacerdotisas, sendo que uma das características da religião é a igualdade de direitos entre mulheres e homens.

A Alta Sacerdotisa desempenha o papel de líder do coven junto com o Alto Sacerdote.

O Alto Sacerdote desempenha o papel de líder do coven junto com a Alta Sacerdotisa.

Ancião/Anciã é o nome dado aos membros mais velhos de um coven (embora algumas tradições usem o termo inglês elder). São eles quem tomam as decisões cruciais e tiram as dúvidas sobre questões polêmicas. São muitos respeitados pelos wiccanos (tanto pelos modernistas quanto pelos tradicionais) devido à sua experiência e sabedoria.


Bibliografia:

BUCKLAND, Raymond. Wicca: Um estilo de vida, Religião e Arte: Nova Era, 2003. - 196 p.
CUNNINGHAM, Scott. Vivendo a Wicca: Guia Avançado para o Praticante Solitário. São Paulo: Gaia, 2002. 203 p. (ISBN 8575550012)
DANIELS, Estele & TUITEAN, Paul. Wicca Essencial. São Paulo: Pensamento, 2002. 387 p. (ISBN 8531513375)
GARDNER, Gerald. A Bruxaria Hoje. São Paulo: Madras, 2003. 149 p. (ISBN 8573747293)
GRIMASSI, Raven. Enciclopédia de Wicca e Bruxaria. São Paulo: Gaia, 2004. 320 p. (ISBN 8575550330)
GRIMASSI, Raven. Mistérios Wiccanos: Antigas Origens e Ensinamentos, Os. São Paulo: Gaia, 2001. 283 p. (ISBN 8585351780)
LASCARIZ, Gilberto. Ritos e Mistérios Secretos do Wicca, Sintra. Zéfiro, 2008. 448 pp. (ISBN 9789728958527)
MARTINEZ, Mario. Wicca Gardneriana. São Paulo: Gaia, 2005. - (Coleção Além da Lenda). 185 p. (ISBN 85-7555-068-3)
MILLENNIUM, Wicca-A Bruxaria Saindo das Sombras - São Paulo: Madras, 2004. - (Bruxaria). 192 p. (ISBN 85-7374-920-0)
PRIETTO, Claudiney. Wicca: a Religião da Deusa. São Paulo: Gaia, 2001. 301 p. (ISBN 8585351845)
PRIETTO, Claudiney. Wicca: Ritos e Mistérios da Bruxaria Moderna. São Paulo: Germinal, 1999. 203 p. (ISBN 8586439053)
SHEBA, Lady. Livro das Sombras: os Rituais Sagrados dos Wicca, O. São Paulo: Madras, 2002. 134p (ISBN 8573745150)
McCOY, Edain. Se Você Quer Ser Uma Bruxa. São Paulo: Pensamento, 2004. 207p. (ISBN 85-315-1407-X)
GONZÁLEZ-WIPPLER, Migene. Livro Das Sombras, O. São Paulo: Pensamento, 2002. 200p (ISBN 85-315-1295-6)

Lunática
Wiccan Rede

O Wiccan Rede (Conselho Wiccano) é um poema que apresenta diverso aspectos da religião neopagã Wicca.

"Rede" é uma palavra do Inglês medieval significando conselho, admoestação e é normalmente utilizado nesse formato, sem tradução, pelos wiccanianos lusófonos.

O Poema original é atribuído a Doreen Valiente e constaria do Livro das Sombras da Tradição Gardneriana. Existem, em inglês, diversas versões adaptadas, expandidas, alteradas de acordo com as necessidades dos interpoladores e adeptos dificultando a identificação de uma versão original. Todas as versões, no entanto, mantém traços comuns.

Em resumo esta é a Wiccan Rede:

Oito Palavras Tem a Wiccan Rede. Sem Ninguém Prejudicar Faça O Que Tu Quiseres.
"Eight words the Wiccan Rede fulfill, An it harm none do what ye will"

Lunática
Lei Tríplice

A Lei Tríplice ou Lei de Três, comumente usada na Wicca, é a única lei desta religião, que dita: "Tudo o que fizeres voltará em triplo, para ti", sendo aplicada tanto na própria execução da mesma, quanto nos aspectos gerais da vida. Normalmente, o bruxo praticante da wicca usa esta regra no dia-a-dia, associando-a a um meio de vida. Um exemplo no dia-a-dia não somente do praticante Wicca, é se você der amor, terá amor triplicado. Se enviar negatividade, terá negatividade triplicada.

Um wiccaniano tendo em mente a Lei Tríplice, ou Lei de Três, tem consciência dos seus atos para não praticar algo prejudicial a outra pessoa ou ambiente, pois este sabe que receberá a consequência de seus atos triplicado. A Lei Tríplice é a "lei da magia" mais famosa que existe na comunidade Wicca, pois esta "limita" os praticantes de cometerem atos ilícitos a si e aos outros. Ligada a esta, está a Lei de Ouro: "Faze aos outros o que queres que te façam", lembrando uma menção famosa: "Ame o próximo como ama a ti mesmo"

Lunática
Deusa mãe

Uma deusa mãe (ou deusa-mãe) é uma deusa, amiúde representada como a Mãe Terra; é representada como deidade de fertilidade geralmente sendo a generosa personificação da Terra. Como tal, nem todas as deusas podem considerar-se manifestações da deusa mãe.

O termo Deusa mãe refere-se a um mito universal de divindade feminina relacionada à Natureza, aos ciclos, à fertilidade, e às estatuetas femininas tão distantes quanto as Vênus da Pré-história ou mais próximas como Nossa Senhora. O culto à Deusa mãe foi observado inicialmente na Pré-história (Paleolítico e Neolítico), aonde foram encontradas estatuetas de culto, estendendo-se ao reino da Frígia, aonde ficou mais conhecida como Cibele, e daí à civilizações grega, romana, egípcia e babilônia aonde consolidou-se um enorme panteão de deusas. A existência do culto em várias culturas não-frígias evidência no entanto que Cibele é tão-somente a manifestação local desta divindade, a qual era identificada, entre os gregos, à deusa Réia.

Estudos apontam que a ascensão do patriarcado, iniciada com os hebreus, na religião fez com que a tradição de adoração à deusa se tornasse ameaçadora à consolidação do poder pelos homens, como no culto de Maria (mãe de Jesus), cuja intensa adoração instaura uma competição com a própria idéia de Deus e de Jesus, como reclamaram os protestantes na Reforma.

Esta deusa é representada nas tradições ocidentais de muitas formas, das imagens talhadas em pedra de Cibele a Dione, deusa invocada em Dodona, junto com Zeus, até finais da época clássica. Entre os hinos homéricos (séculos VII-VI a.C.) há uma dedicação à deusa mãe chamado «Hino a Gea, Mãe de Todo». Os sumérios escreveram muitos poemas eróticos sobre a deusa mãe Ninhursaga.

Controvérsia

As deidades que se encaixam na moderna concepção de deusas mães tem sido claramente adoradas em muitas sociedades até a atualidade. James Frazer (autor de A rama dourada) e aqueles a quem influenciou (como Robert Graves e Marija Gimbutas) avançaram a teoria de que todo o culto na Europa e Egeu que incluiu qualquer tipo de deusa mãe tinha origem nos matriarcados neolíticos pré-indoeuropeus, e que as diferentes deusas de localidades distintas eram equivalentes.

Ainda que esta idéia tenha tido boa aceitação como categoria útil para a mitografia, a idéia de que na antiguidade se cria que todas estas deusas eram intercambiáveis não tem sido continuada pelos investigadores modernos, notavelmente por Peter Ucko.

A Bíblia e a Deusa

A arqueologia pré-histórica, como por exemplo no sítio de Çatalhüyük, e a mitologia pagã registram esta origem do culto à Deusa mãe e do ocre vermelho. As mais recentes descobertas de uma religião humana remontam, inicialmente, ao culto aos mortos (300.000 a.C.) e ao intenso culto da cor vermelha ou ocre associado ao sangue menstrual e ao poder de dar a vida. Na mitologia grega, a chamada mãe de todos os deuses, a deusa Réia (ou Cibele, entre os romanos), exprime este culto na própria etimologia: réia significa terra ou fluxo. O académico Joseph Campbell argumenta que Adão (do hebraico אדם relacionado tanto a adamá ou solo vermelho ou do barro vermelho, quanto a adom ou vermelho, e dam, sangue) foi criado a partir do barro vermelho ou argila. A identidade da religião com a Mãe terra, a fertilidade, a origem da vida e da manutenção da mesma com a mulher, seria, segundo Campbell, retratada também na Bíblia: ...a santidade da terra, em si, porque ela é o corpo da Deusa. Ao criar, Jeová cria o homem a partir da terra [da Deusa], do barro, e sopra vida no corpo já formado. Ele próprio não está ali, presente, nessa forma. Mas a Deusa está ali dentro, assim como continua aqui fora. O corpo de cada um é feito do corpo dela. Nessas mitologias dá se o reconhecimento dessa espécie de identidade universal.

Exemplos de deusas mães

Não há disputas sobre fato de muitas culturas antigas adorarem deidades femininas como parte de seus panteões que encaixam com a concepção moderna de «deusa mãe». As seguintes são exemplos:


Deusas sumérias, mesopotâmicas e gregas

Tiamat na mitologia suméria, Ishtar (Inanna) e Ninsuna na caldeia, Asherah em Canaã, Astarté na Síria e Afrodite na Grécia, por exemplo.


Deusas celtas

A deusa irlandesa Anann, às vezes conhecida como Dana, tem um impacto como deusa mãe, a julgar pelo Dá Chích Anann cerca de Killarney (Condado de Kerry). A literatura irlandesa nomeia a última e mais favorecida geração de deuses como 'o povo de Danu' (Tuatha de Dannan), Ceridween.


Deusas nórdicas

Entre os povos germânicos provavelmente foi adorada uma deusa na religião da Idade de Bronze Nórdica, chamada por Jörð que mais tarde foi conhecida como Nerthus na mitologia germânica, e que possivelmente seu o culto persistiu no culto a Freya da mitologia nórdica. Sua equivalente na Escandinávia era a deusa aclamada por "natureza" Jörð e o deus dos mares e da fertilidade Njörðr. Jord possui diversos aspectos parecidos com as outras Deusas, como por exemplo seu nome no Islandês que é Gyðia e quer dizer "Deusa".


Deusas gregas

Nas culturas do Egeu, Anatólia e no antigo Oriente Próximo, uma deusa mãe foi venerada com as formas de Cibeles (adorada em Roma como Magna Mater, a 'Grande Mãe'), de Gea e de Rea.

As deusas olímpicas da Grecia clássica tinham muitos personagens com atributos de deusa mãe, incluindo Hera e Deméter. A deusa minoica representada em achados arqueológicos como selos ou outros restos, a quem os gregos chamavam Potnia Theron, 'Senhora das Betas', muitos de cujos atributos foram logo absorvidos também por Artemisa, parece haver sido un tipo de deusa mãe, pois em algumas representações amamenta os animais que carrega. A arcaica deusa local adorada em Éfeso, cuja estátua de culto era adornada com colares e fajas dos que colocavam protuberâncias redondas, mais tarde identificada pelos gregos como Artemisa, foi provavelmente também uma deusa mãe.

A festa de Anna Perenna dos gregos e romanos no Ano Novo, sobre o 15 de março, cerca do equinócio do inverno, pode haver sido una festa da deusa mãe. Dado que o Sol era considerado fonte de vida e alimento, esta festa também se assemelhavam com a deusa mãe.


Deusas romanas

A equivalente de Afrodite na mitologia romana, Vênus, foi finalmente adotada como figura de deusa mãe. Era considerada a mãe do povo romano, por ser a de seu ancestral, Eneas, e antepassado de todos os subsequentes governantes romanos. Na época de Júlio César se apodava Vênus Genetrix ('mãe Venus').

Magna Dea é a expressão latina para 'Grande Deusa', e pode aludir a qualquer deusa principal adorada durante a República ou Império romanos. O título Magna Dea podia aplicar-se a uma deusa a origem de um panteão, como Juno ou Minerva, ou a uma deusa adorada monoteisticamente.


Deusas mães túrquicas siberianas

Umai, também conhecida como Ymai o Mai, é a deusa mãe dos turcos siberianos. Se representa com sessenta tranças douradas, que parecem raios de sol. Se crêem que uma vez foi idêntica a Ot dos mongóis.

Conceitos de deusas mãe no hinduísmo

No contexto hinduista, o culto a a deusa mãe pode seguir se até as origens da cultura védica, e talvez mais além. O Rig Veda chama o poder divino feminino Mahimata, um termo que significa literalmente 'mãe terra'. Em alguns lugares, a literatura védica alude a ela como Viraj, a mãe universal, como Aditi, a mãe dos deuses, e como Ambhrini, a nascida do Oceano Primordial. Durga representa o poder e a natureza protetora da maternidade. Uma encarnação de Durga é Kali, que nasceu de sua frente durante a guerra (como meio para derrotar o inimigo de Durga, Mahishasura). Durga e suas encarnações são especialmente adoradas em Bengala.

Actualmente, Devi é considerada em múltiplas formas, todas representando a força criativa do mundo, como Maya e prakriti, a força que galvaniza a raíz divina da existência em autoproteção como o cosmos. Não é, pois, meramente a terra, inclusive apesar de esta perspectiva seja coberta por Párvati (a encarnação previa de Durga). Todas as diversas entidades femininas hinduístas são consideradas como muitas facetas da mesma divinidade feminina.

Conceito de Deusa Mãe no Paganismo

As religiões pagãs são, no ocidente, aquelas que mais focalizam os cultos em uma Deusa Mãe.

Na religião Wicca acredita-se em uma força superior, a Grande Divindade, de onde tudo veio. Essa força superior é adorada sob a forma de duas divindades básicas: a Grande mãe e o Grande Pai. Esse Casal Divino representa todos os demais deuses das diversas mitologias adotadas pelos wiccanos. Como algumas tradições wiccanas seguem uma infinidade de Deusas e Deuses, a crença pagã é que todas essas deusas e todos esses deuses são aspectos diferentes da Grande Deusa e do Grande Deus. Daí o ditado da Wicca que diz que "Todas as deusas são uma Deusa e todos os deuses são um Deus. A Deusa Mãe é a geratriz de Todo o Universo e de tudo o que ele contém, daí a frase: Tudo vem da Deusa e tudo para ela retorna.

Uma consequência do culto à Deusa Mãe na Wicca é a super-valorização da natureza, justificada pela sua ligação à Terra, na forma de Gaia. Além da Terra, outro símbolo muito importante da Deusa é a Lua, onde se manifesta de três maneiras, na forma de Deusa Tríplice, sendo a Lua Cheia associada ao seu aspecto de Deusa Mãe.

Uma questão que muitas vezes se levanta na Wicca é se A Deusa é mais importante do que O Deus. O que se pode dizer é que é uma discussão inócua. A Deusa e O Deus são de igual importância na Wicca. As duas divindades básicas da Wicca são complementares. Não há hierarquia entre elas.

Lunática
O Deus

Deus Cornífero é um termo moderno, criado para descrever numerosas divindades masculinas, a partir de uma gama de mitologias, mesmo que historicamente não relacionadas.

Essas divindades incluem, por exemplo, o celta Cernunnos, o gaélico Caerwiden, o inglês Herne, o Caçador, o hindu Pashupati, os gregos Pan e sátiros, o nórdico Odin e mesmo pinturas rupestres do Paleolítico como "o Feiticeiro" na caverna francesa dos "Três Irmãos". Os Panteões tradicionais dos deuses corníferos são os europeus, pois que aí se deu o berço de suas crenças.

O Deus Cornífero para um Bruxo Moderno é o Consorte e Filho da Deusa Mãe, a Criadora e Incriada. Esta é a visão dos Neopagãos na religião Wicca.

O Deus Cornífero é o deus fálico da fertilidade. Geralmente é representado como um homem de barba com casco e chifres. Ele é o guardião das entradas e do círculo mágico que é traçado para o ritual começar. É o Deus dos bosques, o rei do carvalho e do azevinho e senhor das matas. É o Deus que morre e sempre renasce. Seus ciclos de morte e vida representam nossa própria existência.

A mais antiga imagem conhecida do Deus Cornífero é aquela do Deus com chifres de cervo ou alce, o Senhor das Florestas. Com o passar do tempo, à medida que a humanidade se tornava sedentária, passando da fase coletora para o desenvolvimento de uma agricultura e a domesticação de animais, surgem as imagens do Deus com chifres de touro e de bode. Em todo caso, todas essas imagens o representam como o Deus portador da renovação e da virilidade.

O antigo Cornífero é o Caçador das Florestas, o Homem Verde, o Senhor dos Animais, o ctônico e escuro Senhor das Sombras que habita o submundo, o Senhor da Morte. O Deus em seu único aspecto celeste representa o Sol – representando o pilar masculino, porém seus principais atributos, que o concretizam como o Deus na Wicca, são esses citados.

Com o surgimento da agricultura, o Deus torna-se associado às culturas agrícolas, como o Senhor das Colheitas, que se oferece em sacrifício para que a humanidade possa sobreviver. A origem dos ritos da comunhão é muito antiga, quando o povo consumia a natureza divina transformada em pão e vinho, unindo-se ao seu espírito. Esses ritos estavam intimamente ligados aos mistérios da transformação e reencarnação, e eram retratados nos ciclos do reino vegetal e no mito da Roda do Ano.

Lunática
Sabbat

Os oito Sabbats, celebrados a cada ano pelos Bruxos se originam nos antigos rituais que celebravam a passagem do ano de acordo com as estações do ano, épocas de colheita e lactação de animais. Os Sabbats, também conhecidos como a "A Roda do Ano", têm sido celebrados sob formas diferentes por quase todas as culturas no mundo. São conhecidos sob vários nomes e aparecem com freqüência na mitologia.

Os quatro Sabbats principais (ou grandes) correspondem ao antigo ano gaélico e são chamados de Imbolc (Candlemas), Beltane, Lammas (Lughnassad) e Samhain. Os quatro menores são Ostara (Equinócio de Primavera), Litha (Solstício de Verão), Mabon (Equinócio do Outono) e Yule (Solstício de Inverno).

Ao contrário da imagem que muitas pessoas têm do Sabbat dos Bruxos, eles não constituem uma ocasião em que as Bruxas se reúnem para realizar orgias, lançar encantamentos ou preparar poções misteriosas. A magia raramente é realizada, se é que isso acontece, num Sabbat de Bruxos. O Sabbat, infelizmente tem sido confundido também com a "Missa Negra" Satânica ou "Sabbat Negro", sendo esse outro conceito errado que muitas pessoas têm e que é decorrente de séculos de propaganda antipagã da Igreja, do medo, da ignorância e da imaginação excessiva dos escritores desde a Idade Média. Uma Missa Negra não é um Sabbat de Bruxos, mas uma prática satânica que parodia o principal ritual do Catolicismo e que inclui supostamente o sacrifício de bebês não batizados, orgias sexuais pervertidas e a recitação de trás para frente do "Pai Nosso".

Nada disso jamais acontece nos Sabbats dos Bruxos. Não há sacrifícios (humano ou animal), não há o que chamam de magia negra, não há rituais anticatólicos. Os Sabbats são apenas datas em que os pagãos celebram a vida e tudo que nela existe, celebram a Natureza, dançam, cantam, deleitam-se com alimentos pagãos e honram as deidades da Religião Antiga (principalmente a Deusa da Fertilidade e Seu Consorte, o Deus). Em certas tradições wiccan's, a Deusa é adorada nos Sabbats de Primavera e do Verão, enquanto o Deus é homenageado nos Sabbats do Outono e do Inverno (visível igualmente na representação dentro do coven).

A celebração de cada Sabbat é uma experiência espiritual intensa e sublime que permite aos wiccanos permanecerem em equilíbrio harmonioso com as forças da Mãe Natureza.

Data dos Sabbats no Hemisfério Sul

Samhain 1 de Maio
Yule 21 a 23 de Junho (Solstício)
Imbolc 30 de Julho
Ostara 21 a 23 de Setembro (Equinócio)
Beltane 31 de Outubro
Litha 21 a 23 de Dezembro (Solstício)
Lammas 1 de Fevereiro
Mabon 21 a 23 de Março (Equinócio)

Data dos Sabbats no Hemisfério Norte

Samhain 31 de Outubro
Yule 21 a 23 de Dezembro (Solstício)
Imbolc 1 de Fevereiro
Ostara 21 a 23 de Março (Equinócio)
Beltane 1 de Maio
Litha 21 a 23 de Junho (Solstício)
Lammas 1 de Agosto
Mabon 21 a 23 de Setembro (Equinócio)

Lunática
Esbás

Os Esbás ou Esbaths são homenagens voltadas à Deusa em seu aspecto lunar. É celebrada na Wicca cada fase da Lua, mais muitos bruxos optam celebrar somente a Lua Cheia como símbolo da Deusa.

Características de cada fase da Lua

Lua Nova: Indica começo de tudo, antecipando o nascimento da Deusa. Feitiços que realizamos nessa época estão sempre voltados às coisas novas: um novo amor, um novo emprego, uma nova casa, enfim uma nova fase da vida.

Lua Crescente: Simboliza o aspecto virginal da Deusa. Feitiços realizados estão ligados ao redimensionamento dos nossos antigos projetos. Podemos investir em uma nova conquista de um amor antes perdido, reconciliar uma velha amizade, ou seja, fazer crescer tudo o que já está em nosso caminho.

Lua Cheia: Simboliza o aspecto materno da Deusa. É o momento decisivo, do julgamento e da realização, as energias da Deusa estão totalizadas e é o momento certo para atuar no caminho que projetamos na Lua Nova e iniciamos na Lua Crescente está no momento de ser percorrido ou abandonado na Lua Cheia.

Lua Minguante: Simboliza o aspecto da Anciã da Deusa. É o estágio final de um ciclo de vida. Jamais comece projetos novos ou faça feitiços de relacionados a começos, se não eles minguarão junto com Lua.

Lunática
Coven

Coven, Coventículo ou Conciliábulo é o nome dado a um grupo de bruxos(as), que se unem num laço mágico, físico e emocional, sob o objetivo de louvar a Deusa e o Deus, tendo em comum um juramento de fidelidade à Arte e ao grupo.

Um Coven tem como filosofia "Perfeito Amor e Perfeita Confiança". Isto quer dizer que dentro do Coven deverá prevalecer a união, pois um Coven é, antes de mais nada, uma família.

Tradicionalmente, ele abriga o máximo de treze pessoas. Quando esse número excede, há uma divisão, e cria-se então os Clãs, formados de vários grupos originados de um Coven inicial comum. Num grupo tão pequeno, todos tornam-se de vital importância, e a falta de qualquer membro é facilmente sentida.

Funcionamento

Em Bruxaria, não existe nenhuma entidade hierárquica. O Coven não precisa ser associado a nenhuma fundação "maior", como um grande "chefe" comandando tudo. No entanto cada tradição tem sua organização própria sendo umas mais piramidais que outras ou ainda mais ou menos fechadas em relação aos novos membros.

O líder do Coven deve possuir sensibilidade e poder interior para canalizar a energia do grupo, para dar início e interromper cada fase dos rituais, ajustando a duração de acordo com o ânimo do grupo. Ele normalmente é escolhido pelo próprio grupo, geralmente tem seu cargo avaliado pelos membros e por si mesmo. Um Grão-Sacerdócio, uma posição de liderança, não é um status vitalício... E sempre que necessário outras pessoas podem tomar estas posições desde que estejam dispostas a trabalhar e de comum acordo com todo o grupo.

Tensões por poder são comuns em todos os lugares. Nessas horas de disputa mesquinha o ideal é que se afastem os membros envolvidos e que se escolha um outro para o cargo. Moderação e diplomacia são sempre preferíveis à decisões ríspidas e autoritárias, mas pulso firme no momento certo, assegura a estabilidade dos laços.

Para tornar-se membro de um Coven, o(a) Bruxo(a) deve primeiro encontrar um Coven e ser iniciado, deve submeter-se a um ritual de comprometimento no qual os ensinamentos e segredos internos do grupo são revelados. A iniciação é seguida de um longo período de treinamento, onde a confiança do grupo é aos poucos conquistada. Ou, se não for possível encontrar um Coven de portas abertas o(a) Bruxo(a) pode escolher uma tradição que admita a auto-iniciação e formar seu próprio grupo de pessoas interessadas, que estudarão, se dedicarão e se tornarão, com um pouco mais de esforço, um Coven...

Características Gerais

Um Coven mantém encontros periódicos para o treinamento, exercícios, troca de experiências, comemoração dos Sabás e Esbás, além de trabalharem juntos em outros rituais. A disciplina é essencial na formação de uma consciência mágica comum ao grupo e de uma Egrégora (que é, para simplificar, a força mágica do grupo e sua repercussão no Astral).

Covens liberais e democráticos em excesso se embaralham em coisas simples. Um pouco de ordem na casa, objetividade e disposição para abrir mão das suas próprias opiniões em pró do grupo sempre ajudam a concentrar esforços numa mesma direção.

Cada Coven tem seu próprio símbolo e nome, suas regras, suas características, seu método de estudo e "carisma mágico próprio". Covens próximos podem e devem trocar influências, porém sempre respeitando a individualidade de cada membro.

Mais que tudo, um Coven é um organismo vivo, pulsante, que responde segundo seus membros. Se alguém está doente, mal-intencionado, desequilibrado, angustiado, isso tudo se reflete no desempenho do grupo, nos resultados dos rituais. Por outro lado se há alguém extremamente bem, feliz, disposto, energizado, isso também é dividido com os membros que sentem a energia do Coven. O Coven une seus membros muito além do plano físico, até mesmo no emocional. A união é uma simbiose mágica. O que um sente é notado por todos, o que um passa é sentido por todos. Reza o ditame: "Os laços de um Coven são mais fortes que o sangue"

Constituintes do Coven

Os Covens não possuem graus hierárquicos. Variando de Coven para Coven, pode existir uma estrutura organizacional, porém todos são vistos como iguais (sacertotes e sacerdotisas dos Deuses). Normalmente os membros são:

- Alta Sacerdotisa - a líder feminina de um Coven, normalmente de 3º grau. Ela representa a Deusa em um ritual.
- Alto Sacerdote - o líder masculino de um Coven, normalmente de 3º grau. Ele representa o Deus em um ritual.
- Anciã(o) - um membro do Coven, com mais experiência, que mereceu seu 3º grau e que seja ou tenha sido uma Alta Sacerdotisa ou Alto Sacerdote em seu próprio Coven.
- Terceiro Grau - completa e total dedicação aos Deuses e à Comunidade Wicca.
- Segundo Grau - completou o seu 1º grau e é qualificado para ensinar estudantes do primeiro grau. É o grau do verbo "fazer".
- Primeiro Grau - aquele que se dedicou a aprender a Arte. Este é o grau do verbo "saber".
- Dedicado - aquele que está aspirando o primeiro grau, e já passou pelo ritual de deidicação ao deuses e ao caminho da Wicca.
- Neófito - uma pessoa interessada em Wicca, mas que ainda não iniciou seus estudos na Arte.
Os Covens devem escolher uma Alta Sacerdotisa e um Alto Sacerdote que sejam democráticos e bons, além de justos e sábios, porque não importa o que os outros membros do Coven falem... É a Alta Sacerdotisa quem dá a palavra final, mesmo que seja essa, contra todos os outros. E se alguém não quiser acatar a ordem da Alta Sacerdotisa, ele deve, humildemente, reunir-se com o coven e expressar o seu desejo de fundar um novo coven. Assim, todos aqueles que quiserem segui-lo deverão fazê-lo e partirão com as bênçãosdos que ficarem, para que não haja atrito e possam os dois covens, portanto, viver em perfeito amor, confiança e harmonia.

Lunática
Feitiçaria

Feitiçaria designa a prática ou celebração de rituais, orações ou cultos com ou sem uso de amuletos ou talismãs (objectos ao qual são atribuídos poderes mágicos), por parte de adeptos do ocultismo com vista à obtenção de resultados, favores ou objectivos que, regra geral, não são da vontade de terceiros.

Pode estar relacionada com cultos às forças da natureza ou aos antepassados já falecidos, sendo que está também frequentemente relacionada com o uso de artes consideradas mágicas, à invocação de entidades , como por exemplo, espíritos, deuses, gênios ou demônios, ou o emprego de diversas formas de adivinhação.

Os praticantes e líderes da feitiçaria, designados de feiticeiros, gozavam de uma considerável influência social em diversas comunidades, sendo encarados como líderes religiosos ou conselheiros.

Etimologia

O termo grego usado para feitiçaria é farmakía, que significa "drogueadores", no sentido de preparadores de drogas com fins terapêuticos a partir de plantas. Para além da intenção de curar, os feiticeiros também usavam drogas para induzir estados alterados de consciência para acender ao Mundo dos Espíritos.

Lendas

Segundo previsões maias e astecas o segundo filho(A) de uma família de 2 pessoas tendo a mãe sendo gerada 7 dias antes do filho primogênito, indiferentemente os anos, o pai nascido 1 mês após e no último dia do mês, o último filho sera amaldiçoado severamente, principalmente se nascer em um dia antes que a mãe,principalmente,indiscutivelmente,e levando em conta a matriz antropologica e referencial da vida soberana e ética humana se for nomeada de um nome de 6 (seis) letras e iniciada com "L".

História

Em tempos remotos, os feiticeiros eram considerados curandeiros (designação de quem procura curar sem conhecimentos de medicina científica) no seio das comunidades.

Fenómeno cultural

Nas culturas xamânicas, o xamã (sacerdote feiticeiro) se diferencia dos demais magos, curandeiros ou feiticeiros, pela forma de comunicação com o Mundo dos Espíritos. Num estado de transe, o xamã transporta-se para outros planos (o chamado "voo mágico"), enquanto os outros invocam os Espíritos para seus rituais e trabalhos mágicos. O xamã é escolhido por um "chamamento", por herança ou por aprendizagem. Logo após a sua escolha, entra num estado alterado de consciência similar ao coma profundo, no qual é levado para a caverna dos antepassados. É então concedido a ele o direito de cura de todas as doenças.

Os feiticeiros, na religião vudu, são as pessoas especializadas na invocação dos Espíritos. Crêem que há Espíritos bons e Espíritos malignos, e acima deles, existe o Espírito Supremo. A prática do Vudu no Haiti é muito mais sincrética do que o Vudu praticado na África. A imagem preconcebida de que o Vudu é apenas um conjunto de rituais de "magia negra" foi propagada por colonizadores europeus e, mais tarde, pela indústria de Hollywood, tanto por racismo como por sensacionalismo. Os rituais de invocação de demónios por parte de algumas pessoas, são considerados um desvio da religião vudu.

Conceito bíblico sobre feitiçaria

O Antigo Testamento comporta repudia a feitiçaria, no entanto, de um lado, em Êxodo lê-se "Não permitirás que viva a feiticeira" , de outro lado vemos em I Samuel 28: 7 a 9 o rei Saul, que havia expulso do reino as necromantes e adivinhos, consultar a pitonisa de Endor para que esta consultasse o espírito de Samuel, para que ele o aconselhasse. De uma forma geral, os teólogos afirmam que Saul foi consultar a pitonisa porque Deus não o respondia por meio dos profetas, e nem por meios tradicionais da época, porquanto tinha se afastado dele, logo Saul errou em consultar a pitonisa. No Novo Testamento, assim como no Antigo, as artes mágicas são repudiadas. Os textos mais antigos do Novo Testamento, as cartas de Paulo, falam do constante intercâmbio dos cristãos primitivos com o plano invisível, no entanto, completamente diferente da feitiçaria, que era praticada por muitos povos pagãos. Como exemplos vide I Coríntios 14; I João 4:1-3 e Tessalonissences 5: 19-21. Paulo entendia como "feiticeiro" aquele que praticava o intercâmbio com os demônios, que nos cultos pagãos eram tidos como deuses ou espíritos de mortos.

Conceito de feitiçaria conforme a Bruxaria

Feitiço é o gênero de magia cujo objetivo é interferir no estado mental, astral, físico e/ou na percepção que outra pessoa tem da realidade. O uso de forças, entidades e/ou energias não pertencentes ao plano físico para interferir no plano físico é magia mas não é feitiçaria, tendo fins muito diversos da interferência no estado mental, astral, físico e/ou na percepção que o sujeito tem da realidade. Cumpre ainda acrescentar que, sendo um dos princípios lapidares da bruxaria jamais interferir no livre-arbítrio de outrem, a feitiçaria deve ser utilizada exclusivamente para fins curativos e, sobretudo, para recuperação em casos de depressão em que a vítima não tem condições de agir por si. Enfeitiçar para fins egoístas consiste, portanto, em mal uso desta prática, geralmente ocorrendo como resultado da usurpação de algum conhecimento sagrado por pessoas pouco evoluídas espiritualmente e não ligados a nenhuma Tradição Bruxa.

Conceito de feitiçaria conforme a Magia Ritualística

Eliphas Levi, em seu "Ritual e Dogma de Alta Magia" , diferencia a magia divina como a busca pelo conhecimento da natureza divina e sua criação, com a magia prática sendo a ciência que usa esse conhecimento (como exemplo a Cabala Hermética), enquanto a feitiçaria seria a corrupção dessas mesmas forças da natureza para o controle psíquico e satisfação da própria busca pelo poder.

Perspectiva do Espiritualismo

Segundo o Espiritualismo a Feitiçaria é um culto com raízes africanas. Creem que a feitiçaria não foge ao domínio das forças naturais, sendo, os ditos feitiçeiros, homens dotados de capacidades psíquicas e que sempre são secundados por espíritos, em geral de grande poder magnético, mas de moralidade inferior. Os espíritos que atuam nos rituais de feitiçaria, influenciam poderosamente nos resultados desses rituais, em que há troca de energias em ambos os planos. Os espíritos da feitiçaria atuam recebendo pagamentos que são: sangue de animais, bebidas,perfumes,e uma infinidade de objetos que valorizam apesar da dimensão incorpórea em que se encontram. São em geral espíritos arrogantes, agressivos e muito autoconfiantes. Seus trabalhos entretanto não podem afetar pessoas que lhes sejam superiores em moralidade ou cercadas por forças espirituais de ordem superior. Os espíritos dessa ordem, ainda é preciso que se diga, resolvem suas questões muitas vezes mediante o enfrentamento de espíritos contrários que atuam no mesmo dimensionamento, podendo perder ou ganhar uma disputa (demanda, no jargão mágico), de acordo com as falanges que estejam ao seu alcance mobilizar. A associação com determinados médiuns mais ou menos dotados de poderes magnéticos, a determinação e a firmeza com que se postam, ajuda a definir também o alcance das influências a que se entregam. Existem grandes associações de feitiçaria no plano espiritual, tanto quanto existem na Terra. A feitiçaria pode ser classificada como uma ação de interferência no ritmo normal da vida à partir do plano extra-físico, já que aqueles que se entregam a ela sabem que o mundo espiritual determina em grande parte a dinâmica do mundo físico e que, de lá, fica as vezes bem mais fácil influir sobre as situações e as pessoas, pois se conta com a influência mental súbtil e a invisibilidade.

Lunática
#9
Instrumentos mágicos

Na Wicca são chamados Instrumentos Mágicos os instrumentos que são usados na prática religiosa para focalizar a intenção e a atenção do praticante em uma determinada ação. Cada instrumento tem relação com algum dos cinco elementos da natureza: Terra, Ar, Fogo, Água e Akasha.

Pentagrama (ou Pentáculo)
É uma estrela de cinco pontas dentro de um círculo. Pode ser feito de madeira, metal, argila, ou outro material. Em alguns rituais o pentagrama pode ser contornado com pedras

Athame ou Espada Ritual

É um punhal de lâmina dupla e cabo tradicionalmente preto. Também pode ser substituído por uma espada com fins estritamente rituais. É usado para direcionar energias e também para traçar o Círculo Mágico, representa a energia masculina, sendo um símbolo fálico. Representa o elemento fogo (ou ar em algumas tradições). O Athame nunca é usado para derramar sangue, nem deve ser usado para cortar algo físico.

Varinha ou Bastão

Tem simbolismo semelhante ao Athame, usado para direcionar energia e para invocações, também é usado para traçar o Círculo Mágico. Representa o elemento ar (fogo em algumas tradições). Tradicionalmente é feito de madeira de uma arvore sagrada como Aveleira, Carvalho, Macireira, Freixo, Espinheiro, Sabugueiro, Acácia, Loureiro, entre outros, mas qualquer arvore serve, normalmente se toma galhos já caídos, e no caso de cortar sempre se pede permissão à árvore e deixa-se alguma oferenda.

Cálice

Representa o elemento água, é usado para se beber o vinho outra bebida ritual, simboliza o principio feminino relacionando-se, assim como o Caldeirão, ao ventre da Deusa. Pode ser feito de metal, cristal, madeira, pedra, concha do mar, chifre, entre outros.

Caldeirão

O caldeirão simboliza o princípio feminino, representa o útero de Deusa-Mãe, de onde todas as coisas vêem. É usado pelos wiccanos para queimar papéis com pedidos, agradecimentos e orações ou para fazer fogueiras. Tradicionalmente possui três "pés" que representam as três faces da Deusa: Donzela, Mãe e Anciã. O caldeirão está ligado ao elemento Água que denota uma influência psíquica e do inconsciente.

Vassoura

Na bruxaria em geral, e especificamente na Wicca, a vassoura é um instrumento usado para limpar o espaço mágico antes ou depois de fazer algum feitiço ou ritual. A vassoura representa o masculino (através do cabo) e o feminino (através da piaçava). Era comum as bruxas utilzarem vassouras em seus ritos de celebração da natureza, pulando sobre as vassouras em meio a colheita, o que levou à crença moderna de que bruxas voam em vassouras. Nos rituais matrimoniais da Wicca existe uma tradição onde os recém-casados saltam (de mãos dadas) uma vassoura deitada no chão, para marcar o início da vida espiritual em perfeita união.

Livro das Sombras

O Livro das Sombras, muito conhecido como BOS (do inglês Book Of Shadows), é um diário usado por praticantes de magia para registrar rituais, feitiços e seus resultados, bem como outras informações mágicas. Tanto praticantes individuais quanto covens mantêm esse tipo de Livro. Nele são inscritos invocações, receitas de poções, métodos de realização de rituais, contos sobre a mitologia, enfim, tudo relacionado à tradição seguida. Tradicionalmente, muitos preferem que seja preto com um pentagrama cravado na capa, mas isso não é regra. Por ser um Livro pessoal, pode ser de qualquer cor e qualquer material que o praticante desejar, normalmente os praticantes preferem ornamentar com folhas, canela, e também com papel reciclado, mas isso é escolha de cada um.

Bolline

Faca de cabo tradicionalmente branco, geralmente usada para colher ervas e gravar inscrições. É, simplesmente, uma faca prática de trabalho dos wiccanos, ao contrário da puramente ritualística athame. Em algumas tradições é substituída por uma foice.

Sino

O sino é usado na religião Wicca para marcar o início e/ou o fechamento de um ritual, para invocar seres específicos em um ritual e também para despertar da meditação os membros do coven. Também é tocado quando se deseja afastar coisas malignas, para interromper tempestades ou para invocar e circular energias positivas. Nos rituais funerários da Wicca os sinos também são tocados, em honra àquele que partiu.

Outros Instrumentos

Cornucópia

O próprio chifre é um símbolo fálico, representante do sagrado masculino. E como a cornucópia lembra-nos um chifre (como o próprio nome diz) temos nela um dos símbolos mais utilizados na representação do Deus nas religiões pagãs e neopagãs. Entretanto, seu interior simboliza o útero - representado assim a Deusa - quando cheio alimentos que simbolizem a generosidade da terra fértil, representando o sagrado feminino.

Triquetra

Este importante símbolo é uma espécie de estrela de três pontas, geralmente curvadas, o que confere ao símbolo uma graciosa fluidez de movimento. Pode ainda ser definida como um conjunto de três espirais concêntricas. É um dos elementos mais presentes na arte celta, e tem sua origem atribuída aos povos mesolíticos e neolíticos. A triquetra é um antigo símbolo indo-europeu. Também era utilizado por povos germânicos e gregos. Nos rituais da Wicca é utilizado para representar a Deusa Tríplice.

Túnica

A túnica é uma espécie de roupão usado para praticar feitiços.

Incensário

Lunática
Gardnerianismo

A Wicca Gardneriana é uma Tradição de Mistérios que é voltada para o desenvolvimento interior de cada um. É um caminho sacerdotal e iniciático, uma Tradição que não aceita ou reconhece auto-iniciações.

Essa Tradição é passada oralmente, incluindo as suas leis, procedimentos e fundamentos, culminando em ritos. Os seus iniciados servem aos Deuses por meio das antigas práticas, sendo guiados por ancestrais, seguindo um caminho religioso calcado na honra à Deusa e seu Divino Consorte, o Deus, exercendo o Sacerdócio dos Antigos de acordo com a tradição de ancestralidade de seu Clã.

Os membros da Tradição Gardneriana remontam a sua linhagem a uma das Sacerdotisas iniciadas por Gerald B. Gardner, entre as quais, as mais famosas são:

Armeth (Doreen Valiente)
Dayonnes (nunca permitiu divulgar o seu nome civil)
Tanith (Lois Bourne)
Thelema (Patricia Crowther)
Ártemis (Eleonor 'Rae' Bone)
Olwen (Monique Wilson)
A prática da Wicca Gardneriana é restrita aos covens imbuídos da chamada ancestralidade. A razão disso é que o BoS Gardneriano se mantêm em sigilo, sendo passado de Sacerdotes para Sacerdotes em conjunto com o conhecimento Oral.

O conhecimento Oral transmitido nunca pode ou poderá ser escrito, pois ele é a consolidação do aprendizado sobre inúmeras técnicas e práticas. Sendo assim, fica impossível transcrevê-lo em explicação teórica, uma vez que ele pode variar imensamente (conforme a situação, pessoa, etc). Rick Johnson (Alto Sacerdote do Coven Desert Henge) conseguiu exemplificar esse ponto muito bem:

"Posso fazer figuras da posição de Karate, de como quebrar um pedaço de madeira; posso descrever em todos os aspectos, porém só olhando para a mão do aluno vou poder verificar e explicar a posição exata, explicar sobre a intensidade da força e corrigir algum eventual erro."
Oficialmente somente só um Gardneriano pode formar outro Gardneriano, sendo a transmissão de conhecimento essencial e o respeito às polaridades onde um homem inicia uma mulher e esta inicia um homem.

A Wicca Gardneriana é uma religião de mistérios, transmitida formalmente a partir de um ritual de iniciação; consequentemente não é possível revelar exatamente como é praticada. É de domínio público que muitas vezes é celebrada com os participantes "Vestidos de Céu", ou seja, praticando a nudez ritual, uma vez que acreditam que o corpo humano emana poder. Evocam-se os poderes dos elementos, traça-se o círculo e, com os quatro elementos, purifica-se esse espaço sagrado e os participantes. Celebram-se os Sabás, Esbás e fazem-se reuniões, invocando os Deuses para honrem esses rituais com a sua presença. O clímax dos rituais ocorre no momento do Bolo e Vinho. Ao final, desfaz-se o círculo e restaura-se o espaço do mundo mundano. Os participantes procuram interagir com a natureza ao seu redor e em si próprios, através das técnicas que lhes foram transmitidas.

A Wicca Gardneriana é estudada desde Gardner, que a reconstruiu através de seu trabalho, unindo os conhecimentos que adquiriu nas versões do Livro da Sombra, um compêndio de rituais, conhecimento e ensinamentos, para que a Arte seja revivida com toda a sua força e beleza.

Caso algum Coven deseje praticar a Wicca Gardneriana, é necessário que explique ao novo integrante que praticam os ensinamentos que foram publicados a partir da Wicca Gardneriana, mas que não reivindicam descendência de nenhuma Sacerdotisa Gardneriana e, portanto as suas práticas podem ser consideradas apenas como inspiradas nesta Wicca. Fica redundante enfatizar que além de comunicar aos demais covens Gardnerianos sobre suas práticas, intenções e lisuras, como se for este o caminho escolhido é mais acertado buscar, pelo amor que tem a Arte, uma real iniciação na Tradição para evitar uma transmissão errônea de conhecimento (o que pode ocorrer mesmo nas melhores das intenções). Cabe ressaltar que em nenhum modo se incentiva nenhum coven a praticar a Wicca Gardneriana sem se ter sido devidamente iniciado na Tradição, mas caso isto ocorra que se aja com a maior consideração para com os integrantes de seu grupo e deferência com os Gardnerianos oficiais.

Lunática
Tradição Alexandrina

A Tradição Alexandrina é uma tradição wiccaniana fundada por Alex Sanders juntamente com sua esposa, Maxine Sanders. Surgiu na Inglaterra em meados da década de 1960.

Esta tradição é bastante parecida com a Tradição Gardneriana em sua estrutura, mas apesar de seu embasamento gardneriano é importante frisar que Alex Sanders jamais fora iniciado em um coven regular gardneriano.

Esta Tradição trabalha à maneira de Maxine e Alex Sanders; este dizia terem sido iniciado por sua avó em 1933. A maioria dos rituais são muito formais e embasados na Magia Cerimonial. É também uma tradição polarizada, onde a Sacerdotisa representa o princípio feminino e o Sacerdote o princípio masculino. Os rituais sazonais, na maior parte são baseados na divisão do ano entre o Rei do Azevinho e o Rei do Carvalho e diversos dramas rituais tratam do tema do Deus da Morte/Ressurreição. Como na Tradição Gardneriana, a Sacerdotisa é a autoridade máxima. A Tradição Alexandrina tende a ser mais eclética e liberal. Algumas das regras estritamente Gardnerianas, tais como a nudez ritual, são opcionais. Alex Sanders intitulou-se a certa altura "Rei das Bruxas", considerando que o grande número de pessoas que tinha iniciado na sua tradição lhe dava esse direito. Nem os seus próprios discípulos o levaram muito a sério, e para a comunidade Pagã no geral esse título foi apenas motivo de troça, quando não de repúdio. Janet e Stewart Farrar são os mais famosos Bruxos que divulgaram largamente a Tradição Alexandrina em suas publicações.

Lunática
Tradição Ibérica

A Tradição Ibérica nasceu com o Coventículo do Corvo Sagrado tendo como objectivo o renascimento dos deuses e cultos ibéricos essencialmente na Lusitânia Romana.

O Culto

a Lusitânia o culto era politeísta excepto na tribo Cónia que era monoteísta. O deus dos Cónios era Elohim, mas as restantes tribos veneravam vários deuses não se podendo considerar que a religião destes seja única, mas uma pluralidade delas. Apesar disso existiam alguns pontos em comum, tais como, o culto lunar e solar, e , o culto aos ancestrais e aos mortos. Também existem cultos tutelares de tribos e de locais. Nestes locais adoravam-se árvores, rios, ribeiros, lagos, montanhas,...Na prática religiosa e de forma a apaziguar os deuses estes povos praticavam a imolação. Sacrificavam animais, tais como, a cabra, a ovelha, o touro, o cavalo, e o homem sendo que estes dois últimos eram sacrificados de forma excepcional utilizando para este efeito os prisioneiros de guerra. Uma das características principais das religiões da Lusitânia eram os presságios ou clarividência, por isso utilizavam os astros, as entranhas de animais, a observação das aves e o fogo para o acto de adivinhação.

Os Deuses

Os deuses Lusitanos e Calaicos teriam essencialmente 3 funções: de poderes infinitos (justiça, bem,...), de guerra (bravura, força física, soberania), e, de fecundidade e bem-estar. Por isso verificamos alguns deuses mais venerados: Quangueio (o criador, a fecundidade), Arência e Arêncio (guerreiros, a força), e, Trebaruna (a Soberania) pelos Lusitanos; Bande (a soberania), Nabia (a fecundidade) e Reve (a força) pelos Calaicos; Endovélico (o poder civil), Atégina (a produção social, a fecundidade) e Runesius (a classe militar) pelos Célticos; e, finalmente os Cónios que adoravam o deus único Elohim. Acredita-se que a morada divina dos deuses seria a Constelação da Barca ou a Ursa Maior.

O Panteão Lusitano e Calaico é bastante rico apesar de existir só alguma centena de registos. No entanto acredita-se que no passado existira mais de mil deidades sendo que na sua maioria relacionada com locais, por exemplo, montanhas e rios.

Lunática
Reclaiming

Reclaiming (anteriormente denominada Reclaiming Collective) é uma comunidade internacional de mulheres e homens que trabalham para unificar o espiritualismo baseado na natureza e o activismo político. Reclaiming foi fundado no meio do Movimento de Paz e o Movimento Anti-nuclear, no final da década de 70 e início da década de 80, focando-se no activismo económico, ambiental, político e social progressivo.

A abordagem espiritual da Reclaiming baseia-se na religião e magia da Deusa que é entendida como a força vital iminente, e, não como uma divindade transcendental. Tealogicamente, Reclaiming é muito diversa. O fio comum é uma adoração e defesa activa da Terra. Os ensinamentos e rituais focam-se no apoio a indivíduos e comunidades para tomarem acções

Reclaiming teve a sua origem na década de 1980, em São Francisco, através das influências do poesia de Victor Anderson e da Tradição Feri de Cora Anderson, da Tradição Diânica ensinada por Zsuzsanna Budapest, do feminismo e do anarquismo[1], movimentos de paz e ambiental.

Entre os professores da tradição temos Starhawk, autora de The Spiral Dance e muitos outros; T. Thorn Coyle, autor de Evolutionary Witchcraft; Diane Baker, co-autora de Circle Round: Raising Children in the Goddess Tradition (1998) e M. Macha Nightmare, co-autora de The Pagan Book of Living and Dying.

Actualmente, Reclaiming tem diversas comunidades afiliadas dos Estados Unidos da América, Canadá e Europa. Acampamentos de uma semanas chamados de Witchcamps junta os praticantes de Reclaing de uma dúzia de regiões. Aulas, tais como, "Elements of Magic" "Rites of Passage" e "Iron Pentacle" ("Magia dos Elementos" "Ritos de Passagem" and "Pentáculo de Ferro") partilham habilidades práticas na emancipação pessoal e processo de grupo. Reclaiming tem também produzido diversos CDs de canções e cantos pagãos e publica a revista Reclaiming Quarterly.

Críticas à Reclaiming

O paganismo da Reclaiming sofre algumas críticas de outros grupos e indivíduos neo-pagãos.

Uma das críticas é que os autores e pensadores da Reclaiming, tais como Starhawk, é que os homens são vistos predominamente como negativos, simplistas e fonte de problemas, particularmente nos textos iniciais. Actualmente, as tradições da Reclaiming documenta que são neutros neste tema, e, os encontros e as acções políticas podem ser presenceados por homens. Apesar disso a crítica mantém-se devido às figuras centrais nunca se terem pronunciado relativamente aos textos com ideias androfóbicas mesmo que a maioria dos envolvidos na comunidade da Reclaiming serem homens.

Existem críticas em relação às práticas de rituais nos "Witchcamps" e noutros eventos nos quais as divindades e aspectos masculinos são pouco representados nos rituais e mitos escolhidos para os "temas" dos acampamentos. Outras críticas é as regras de conduta são algumas vezes diferenciadas entre homens e mulheres, e, devem ficar circunspectos nas suas participaçoes nos rituais e actividades da comunidade.

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#14
Lista de termos wiccanos

Esta é uma lista de termos usados ou derivados da religião Wicca, normalmente usados em suas línguas de origem. O propósito principal desta lista é desambiguar grafias diferentes, definir o conceito em uma ou duas linhas, tornar fácil a localização do conceito que o utilizador esteja procurando e prover um guia centralizado para os conceitos Wiccanos.

Em alguns casos, pode ser difícil separar os conceitos Wiccanos de conceitos específicos da cultura celta, de outras formas de Neopaganismo ou magia ritual. Muitos desses conceitos têm um significado específico quando utilizados em relação à Wicca.

Utilizadores devem notar que a língua gaélica (de onde vêm muitos dos termos Wiccanos) não possuía alfabeto próprio e que sua transliteração para o alfabeto romano pode gerar grafias diferentes para o mesmo conceito.

Foram também incluídos nesta lista termos utilizados por religiões próximas à Wicca, como o Druidismo, e que comumente podem ser confundidas com práticas wiccanas.

A

Amuleto - objeto natural que visa atrair sorte ao seu portador.
Akasha- a essencia primodial.
Athame - Instrumento mágico, constitui-se numa pequena adaga ou punhal, quase sempre de dois gumes, normalmente utilizado para representação do elemento Ar, ou do princípio masculino. Algumas tradições utilizam o Athame como representação do elemento Fogo.

B

Banir - mandar embora, retirar.
Bastão - Instrumento mágico, normalmente utilizado para representação do elemento Fogo, ou do princípio masculino. Algumas tradições utilizam o Bastão como representação do elemento Ar.
Beltane - Sabbat comemorativo do auge da Primavera, união da Deusa com o Deus
Bolline - Instrumento mágico, constitui-se em uma faca ou pequena foice, normalmente utilizada para o corte de substâncias utilizadas em feitiços e encantamentos.

C

Caldeirão - Instrumento mágico, normalmente utilizado para concocção de poções ou infusões, para a queima de substâncias ou como representação do princípio feminino. Neste último caso, alguns bruxos usam um caldeirão de três pés, representando as três faces da Deusa.
Cálice - Instrumento mágico, normalmente utilizado para representação da elemento Água, e do princípio feminino.
Cornífero, Deus - Representação do Deus, cultuada em alguns ritos wiccanos. "Cornífero" significa "portador de chifres" em latim.
Cone de Poder - energia mágica elevada e dirigida a um objetivo dentro dos rituais. Consagração - ato de tornar algo abençoado, sagrado.
Corpo Astral - a contraparte espiritual do corpo físico.
Coven - Grupo organizado para a prática da Wicca, normalmente com ritos próprios ao Coven.
Coventículo - o mesmo que Coven.

D

Dianismo, Tradição - Tradição cujo culto é, em algum grau, mais focado na Deusa que no Deus.
Druidismo - A visão tradicional mostra os druidas como sacerdotes, mas isso na verdade não é comprovado pelos textos clássicos, que os apresentam na qualidade de filósofos (embora presidissem cerimônias religiosas, o que pode soar conflitante). Se levarmos em conta que o druidismo era uma religião natural, da terra, e não uma religião revelada (como o Islamismo ou o Cristianismo), os druidas assumem então o papel de diretores espirituais do ritual, conduzindo a realização dos ritos, e não de mediadores entre Deus e o homem.
Deus, O - O Deus Cornífero é o Deus fálico da fertilidade. Geralmente é representado como um homem de barba com casco e chifres. Ele é o guardião das entradas e do círculo mágico que é traçado para o ritual começar. É o Deus pagão dos bosques, o rei do carvalho e do azevinho e senhor das matas. É o Deus que morre e sempre renasce. Seus ciclos de morte e vida representam nossa própria existência.
Deusa, A - A Deusa é a energia Geradora do Universo, é associada aos poderes noturnos, a Lua, à intuição, aos lado inconsciente, a tudo aquilo que deve ser desvendado, daí o mito da eterna Ísis com o véu que jamais deve ser desvelado. A Lua jamais morre, mas muda de fase a cada 7 dias, representando os mistérios da eternidade e mutação. Por isso a Deusa é chamada de a "DEUSA TRÍPLICE DO CÍRCULO DO RENASCIMENTO", pois também muda de face, assim como a Lua, e se mostra aos homens de três diferentes formas como: A VIRGEM, A MÃE e A ANCIÃ. Isso não difícil de se entender, pois dentro de Wicca todos os vários Deuses e as múltiplas faces e aspectos da Deusa, nada mais são do que a personificação e atributos da Grande Divindade Universal.
Dragões - Entidades a que alguns praticantes de Wicca atribuem poderes sobre determinadas áreas de atuação mágica ou natural.

E

Elders - cargo dentro de um coven.
Esbat - Rituais em honra à Deusa, normalmente nas noites de Lua Cheia. Algumas tradições chamam também de Esbat rituais realizados nas demais fases da lua.
Eneagrama- A palavra Eneagrama origina-se do grego, "enneas", que significa "nove" e "grammos" que significa "pontos". É representado por um símbolo que tem uma circunferência com nove pontos e linhas que se interligam, formando uma estrela.
Equinócios - (de primavera / Ostara e outono / Mabon), o dia e a noite têm a mesma duração, ambos com 12 horas exatas de claridade e escuridão.
Espada - Pertencente ao elemento ar tem função semelhante ao Athame.

F

Fadas - Entidades a que alguns praticantes Wiccanos atribuem poderes sobre determinadas áreas de atuação mágica ou natural.
Faery Wicca - Nome de uma Tradição, traduzida normalmente como Wicca das Fadas. Além disso, diz-se de toda prática Wiccana conectada a Fadas.

G

Grove - Grupo organizado de Covens
Gardnerianismo

I

Imbolc - Sabbat comemorativo do fim do Inverno e início da primavera

L

Lammas - Outro nome para o Lughnasadh
Livro das Sombras - Diário usado por praticantes de magia ritual para registrar rituais, feitiços, e seus resultados, bem como outras informações mágicas.
Litha - Sabbat comemorativo do solstício de Verão
Lughnasadh - Sabbat comemorativo do auge do Verão

M

Mabon - Sabbat comemorativo do equinócio de Outono
May Pole - (Do Inglês - Mastro de Maio) O May pole é um tronco que é utilizado em Beltane, no qual se prendem fitas coloridas e simbólicas da celebração e realizam danças em torno do mesmo (geralmente mulheres num sentido e homens no oposto), trançando assim as fitas nele. O mastro torna-se um símbolo masculino (o falo) enquanto as fitas o símbolo feminino (vulva), pode-se observar noutras culturas simbologias paralelas como o hexagrama (Estrela de seis pontas, os dois triângulos que mostra o feminino e masculino unidos). Representa deste modo a união do deus e da deusa no auge de Beltane. Durante a dança alem da simbologia da mesma os seus praticantes costumam realizar os seus pedidos.

N

Neófito - um novato nos conceitos wiccans, aquele que se apenas é adepto ou se está a preparar para a iniciação.
Neopaganismo - Nome dado ao conjunto de religiões que buscam recriar, reinstaurar ou reproduzir as antigas religiões pagãs

O

Ostara - Sabbat comemorativo do equinócio da Primavera

P

Pantáculo - Símbolos que funcionam como emissores fluídicos de desejos aos planos sutis. Formas ou desenhos sintetizadores de votos ou desejos.
Pentáculo - Símbolo usado como instrumento mágico, podendo ser usado também como emblema de fé pela maioria dos praticantes da Wicca. Consiste de um pentagrama inscrito em um círculo.
Pentagrama - É uma estrela de 5 pontas entrelaçadas.
Politeísmo - Sistema de crença baseado em muitas Divindades.
Postulante - Um Neófito.

R

Rede Wicca - Código de ética fundamental da Wicca, também designado por Conselho Wicca
Roda do Ano - Ciclo natural das estações, comemorado nos Sabbats.

S

Sabbat - Festivais sazonais, em honra ao Deus, comemorativos da Roda do Ano.
Samhain - Sabbat comemorativo do auge do Outono. (Também conhecido como Halloween)
Solitário - Praticante solitário. (fora de um coven)
Stregheria- Stregheria, Stregoneria ou Bruxaria Italiana são os nomes dados a Velha Religião (Vecchia Religione) da região da Itália. Culto Pagão com origens nos velhos Mistérios Egeu-Mediterrâneos, a Stregheria é uma Religião Iniciática composta de diversos Clãs (Tradições), na maioria Hereditários e extremamente herméticos. Vale ressaltar que Stregheria, ao contrário do que muitos erroneamente pensam, não é Tradição de Wicca.
Solstícios - são os dias em que começam as estações do ano, e estas existem graças à inclinação do eixo da Terra e do movimento dela ao redor do sol. O solstício de verão (Litha) é o dia mais longo do ano, quando temos um período de claridade muito maior do que de escuridão; o solstício de inverno (Yule) é o dia mais curto do ano, quando temos um período de escuridão muito maior do que de claridade.
Sacerdote/Sacerdotisa - Pessoa que foi iniciada na Arte, mas não necessariamente possui todos os graus, e caso não os possua, não poderá iniciar outros.
Alto Sacerdote/Alta Sacerdotisa - Sacerdote (isa) que possui todos os níveis ou graus de iniciação e que preside os rituais de um coven, tendo o direito de iniciar outros.

T

Tradição - Grupo organizado para a prática da Wicca, normalmente com ritos próprios à Tradição. Pode englobar vários Groves, Covens, Círculos e/ou praticantes solitários.
Trivia - Tradição Wiccana que acredita no Deus e na Deusa com três faces e com uma mesma importância.

V

Vanatru - Religião que cultua o Panteão Vanir.
Vassoura - Vassoura comum ou especial, consagrada ao uso mágico
Vestuário - Vestimentas utilizadas ritualmente

W

Wicca - nome da religião vivificada por Gerald B. Gardner. Não confundir com Neopaganismo, tronco cultural/religioso que abrange, dentre outras religiões, a Wicca.

X

Xandrianismo

Y

Yule - Sabbat comemorativo do solstício de Inverno