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  • Nova Ordem Mundial - os "Judeus" e a conspiração
    Iniciado por All
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All
Boas  :laugh:

Este tópico, como o nome do mesmo indica, tem como objetivo falar da conspiração que de certeza todos já ouviram falar, Nova Ordem Mundial (Novus Ordus Seclorum). Muitos autores e pesquisadores destes assuntos apresentam trabalhos muito interessantes e cheios de informação e fontes fidedignas quanto a esta suposta "teoria", onde qualquer pessoa que vasculhe um bocado sobre alguma informação relativa a este assunto começa de facto a verificar que algo de muito estranho se passa no mundo. O problema está em quando estes autores trazem "à baila" o nome Judeu...
Quando isto acontece surge de imediato para as pessoas a "caça às bruxas", neste caso, a "caça aos Judeus".

Aqui vai o porquê de esta conspiração não ter qualquer conteúdo anti-semita nem ser uma "paranoia" contra os judeus.

Analisando em primeiro lugar o povo judeu, os judeus dizem ser o Povo Escolhido, o povo com quem Deus possui uma aliança, estabelecida entre Abrão e Deus (com esta aliança Abrão é agora Abraão pois Deus o faria "pai de muitas nações" - Gênesis 17). O povo judeu é assim descendente de Abraão, este por sua vez era descendente de Sem, filho de Noé (com quem Deus também havia estabelecido uma aliança - Gênesis 6). É indicado no Gênesis, versículo 17, que Deus deu a Abraão e seus descendentes "toda a terra de Canaã (região correspondente ao atual Estado de Israel). Dai os "judeus" terem durante tanto tempo reclamado a sua terra prometida, a região de Canaã que seria atual Israel.

O problema é o seguinte, nos dias de hoje, devido ao acontecido na 2º Guerra Mundial, pesquisadores e autores que mencionem os judeus no seu trabalho e apresentem o mínimo que seja de qualquer aspeto negativo ou algo do gênero é desde logo apelidade como anti-semita, alguém que é hostil a este povo, alguem que odeia este povo.
Desde logo retiro aqui uma pequena observação que é extremamente importante. Pode-se afirmar que os judeus são semitas correcto? Segundo o wikipedia, o termo semita designa um determinado número de povos que falavam a lingua semítica. De entre esses povos temos os Fenícios, Hebreus (judeus), Amoritas, Árabes, Hicsos, Arameus, Sírios e Cananeus.

Engraçado de facto que quando falamos em anti-semitas falamos apenas no ódio contra os judeus. O expoente máximo desta "proteção" conferida aos judeus encontra-se nos EUA, na Liga de Anti-Difamação. Esta é uma organização internacional não governamental, constituida em 1913, que tem o objetivo de combater o anti-semitismo. Gostaria que fossem ao wikipedia ver em que consiste a expressão anti-semitismo. Sim, é uma expressão que apenas se refere aos judeus (hebreus). Sendo assim a Liga de Anti-Difamação é nada mais nada menos do que um protetorado internacional dos judeus.

Parece-me que fica desde já demonstrado a corrupção do termo anti-semita. Se o termo semita é usado como já referido então o termo anti-semita deve ser usado nos termos correctos também.

"Descendo ainda mais pela toca do coelho", tenho de fazer referência ao povo nomada denominado Khasar (Cazares), para conseguir demonstrar a manipulação por detrás de termos como anti-semitismo e etc.  Se forem ao Wikipédia verificam que os Cazares eram um "povo de origem turcomana seminômade que dominou a região centro-asiática a partir do século VII até ao século X". Uma das grandes curiosidade deste povo é que eles se haviam convertido na sua grande maioria ao judaismo, tornando-se portanto judeus.

Colocando um bocadinho de lógica a esta "história da batata" referente aos "judeus", se os judeus são o povo escolhido, os descendentes de Abraão (veja-se o indicado no Gênesis como já referido), como é possível fazer parte desse mesmo povo escolhido sem pertencer à descendência de Abraão? Como é possível alguém que não é judeu converter-se ao judaismo? Se alguém que não é judeu se converte ao judaismo tornando-se portanto judeu, logicamente fará então parte do povo escolhido tendo assim direito à terra de Canaã (Israel)! Aliás, seria parte da descendência de Abraão não é mesmo?!

Este facto pode-se observar na atualidade onde muita gente não tem qualquer origem judaica e no entanto converte-se ao judaismo. Veja-se o que acontece nos EUA, mais concretamente em Hollywood, onde ser judeu é mais moda e conveniência do que fruto de uma descendência ou apego religioso (quanto à religião judaica, Judaismo, irei expor mais à frente factos que deixarão a cabeça dos que estejam a ler a andar à roda!)

Qualquer um será então um judeu em potência pois aqueles que não o sejam e se convertam beneficiam do "estatuto" de um...
De facto, as verdadeiras vítimas de tudo isto são os verdadeiro judeus, aqueles de facto descendem de Abraão. Esses são os verdadeiros judeus, agora o problema é saber quem é um verdadeiro Judeu...

Espero que aqueles que estejam a ler este tópico se comecem a aperceber da grande vantagem que é ser um "judeu"... Não me refiro ao verdadeiro judeu (descendente de Abraão), mas áqueles que usam este "rótulo" para se protegerem de pessoas que tentem expor certas verdades e que acabam por ser apelidados de anti-semita, nazi, etc, todo um conjunto de injurias depreciativas e descreditórias, tanto por outras pessoas como principalmente pela Liga de Anti-Difamação.

Como já havia indicado em post´s de outros tópicos que comentei, um caso paradigmático para exemplificar esta situação é o do financiamento da campanha política de Hitler e do regime nazi durante a década de 30. A Alemanha encontrava-se falida devido à 1º Guerra Mundial que acontecera à relativamente pouco tempo e no entando, apesar do endividamento brutal e superinflação que se observava na época, a Alemanha ultrapassou tecnologicamente qualquer superpotência da época...De onde veio o dinheiro para concretizar tal proeza? Como indiquei no respetivo post a um outro tópico que comentei, o dinheiro veio de empréstimos concedidos por Rothschild, mais concretamente através das filiais norte-americanas, o banco Kuhn, Loeb & Co, bem como de Prescott Bush, avô de George Bush, e outros grandes banqueiros. A ironia da coisa era que aqueles que emprestaram o dinheiro eram supostamente judeus!!
Os Rothshild eram uma família de banqueiros judeus, eles moravam na rua judaica de Frankfurt, Alemanha, sobre a porta deles estava a estrela de David! Curioso como o Estado de Israel tenha o mesmo simbolo que a família Rothschild tinha sob a porta da sua casa tendo este Estado adquirido independência da Inglaterra em 1948 (curiosamente após a 2º Guerra Mundial o Estado de Israel adquire a Independência...)

Pois, estas pessoas deviam de ser judeus deviam... Dai quando se tentam expor algumas verdades a coisa fica dificil porque eles eram judeus e portanto isso não seria possível (afinal isso seria financiar a morte do seu próprio povo não é mesmo?!). Eles estavam a borrifar-se para os judeus que morriam porque eles sabem em primeira mão o quanto este "rótulo" ajuda!

Reparem que os próprios Protocolos de Sião, que indicam com precisão o que se passa na atualidade e a própria forma como esta gente (os que verdadeiramente controlam o mundo politicamente, economicamente e financeiramente, muitos dos quais se escondem sobre o rótulo "Judeu") manipula o povo (tendo os mesmos sido publicados ainda antes da 1º Guerra Mundial!), por mencionarem como criadores de tais protocolos alguns judeus caem desde logo em descrédito...

É PRECISO TER EM ATENÇÃO QUE QUANDO SE REFERE AOS JUDEUS COMO AQUELES QUE QUEREM DOMINAR O MUNDO, ESTÁ-SE A REFERIR AOS JUDEUS QUE POSSUEM AS RÉDEAS DO PODER, CURIOSAMENTE ESSES "JUDEUS" NÃO O SÃO DE FACTO...É ai que eles se escondem mas aqueles que estão com os "olhos abertos" não se deixam enganar por estes joguinhos de mau gosto.

Para finalizar este tópico já que está extremamente extenso, ficando ainda por dizer algumas coisas, vou fazer apenas referência como prometido anteriormente a um pequeno GRANDE aspecto da religião judaica.

Se pesquisarem no wikipédia, o Judaismo não é apenas uma religião mas também uma filosofia e o próprio modo de vida do povo judeu (que por tudo o que fora exposto é quase impossível de determinar).
A Bíblia Hebraica diz respeito ao Velho Testamento, como não poderia deixar de ser já que é ai que Deus estabelece a sua aliança com Abraão (Gênesis 17). Um dos principais, senão mesmo o principal texto sagrado do judaismo é o Talmud, o conjunto de leis e mandamentos que supostamente Deus revelou a Moisés no cimo do Monte Sinai (velho testamento).

O Talmud, conjunto de leis reveladas por Deus a Moisés, segundo toda a pesquisa e tentativa de "arranjar" um exemplar de qualquer espécie do mesmo levam-me a leis que EU NEM QUIS ACREDITAR QUANDO LI!
Aqui ficam algumas "leis" do Talmud pelas quais qualquer Judeu deveria de se reger:

- "Só os Judeus são humanos, os não-judeus não são humanos mas sim gado" - a expressão para não-judeu (gado segundo o Talmud!) é Goyim

- "Os não-judeus foram criados para serem escravos dos Judeus"

- "Os não-judeus tem de ser evitados ainda mais que porcos doentes"

- "Os Judeus tem sempre que tentar enganar os não-judeus"

- "Todos os Judeus podem mentir e cometer perjúrio se isso levar um não-judeu à ruina"

Estas são apenas algumas supostas leis do Talmud, tendo visto ainda mais que me deixaram enojado, e que supostamente devem ser observadas pelos Judeus (dai os judeus serem o tal povo enganador e tudo mais, que tenta tirar o máximo de lucro...).
Como não posso afirmar com certeza absoluta a veracidade do que indico aqui relativamente a estas leis tentei ainda pesquisar na Internet se existia alguma Sinagoga Judaica em Braga para ir falar com um rabino e questionar o mesmo sobre tais leis. Infelizmente em Braga não parece existir nenhuma Sinagoga Judaica...

Incito assim aqueles que tenham lido este extenso post que pesquisam sobre a expulsão de judeus tanto em Portugal como por toda a Europa. Penso que acharão interessante. Só não irei fazer aqui referência pois tinha dito que não me iria alongar mais devido à extensão do tópico.

Agradeço aqueles que tenham tido a paciência de ler esta pequena parte da minha pesquisa relativamente à Nova Ordem Mundial e a sua ligação ao povo judeu.
Estarei sempre disponível para trocar informações e opiniões com aqueles que verdadeiramente tenham interesse nestes assuntos.


Cumprimentos,

All





Boas,

  Acho o teu tópico interessante li-o todo, mas é relativamente confuso e acho alguns aspetos distorcidos.

  Estes são alguns daqueles que tenho dúvidas:

  Primeiro, designando o termo "semítico", este foi criado no séc. XVIII para designar um conjunto de línguas que detinham um parentesco que fora reconhecido desde de sempre: o hebraico, o árabe e o etíope. Mais tarde, juntaram-se outras línguas, posteriormente decifradas: o fenício, o acádico e finalmente o ugarítico. Inicialmente não designa gentilidades, mas sim grupos linguísticos, que posteriormente foi transportado para os "falantes" das línguas.

  Depois a questão Judaica: o judaísmo integra três componentes históricas. A primeira, é o facto de não é judeu quem quer, quem pratica a religião judia mas sim quem nasce de mãe judia. A outra está relacionada com a presdestinação do povo judeu, enquanto eleito por Deus para continuar o seu projeto na Terra, e depois a promessa de Javé a Abraaõ, a 4000 a.C que se prende com a adjudicação daquele povo á terra de Israel.

  Um último ponto é a questão da problemática dos judeus ou mais tas tarde dos cristãos novos, que conheceu uma grande intensidade durante o reinado de D. Manuel I e as negociações matrimoniais com os Reis Católicos:
  Ao contrário das várias decisões políticas tomadas no início do seu reinado, que resultaram em grande medida da aplicação de um projecto pensado previamente, a expulsão de judeus não estaria nos planos de D. Manuel e foi a consequência das negociações que levaram ao seu primeiro casamento. Aparentemente, o monarca esperaria que a ordem de expulsão resolvesse o problema e possibilitasse a vinda imediata de D. Isabel para Portugal, contudo a princesa não se satisfez com a simples assinatura de uma lei e desde cedo manifestou a sua intransigência - D. Manuel I queria-a como esposa, mas ela só aceitava ser rainha de um reino habitado exclusivamente por cristãos. Cabia assim ao rei português resolver o problema, perante a ansiedade de seus sogros que desejavam a rápida consumação do matrimónio.
  Deste modo, no início de Janeiro, deu ordem para que fossem tomados os filhos judeus menores de 14 anos; estes foram distribuídos pelas «vilas e lugares do Reino, onde á sua própria custa [o rei] mandava que os criassem e doutrinassem na Fé» (Segundo o cronista Damião Góis). Entretanto, o rei ordenou que os judeus partissem apenas de Lisboa, onde se juntaram cerca de 20 mil pessoas, mas não conseguiram partir dentro do prazo estipulado e acordaram então com o monarca que se tornariam cristãos, que recuperariam os seus filhos e que não seriam devassados durante 20 anos. Ainda assim, muitos judeus partiram para a terra dos mouros. Contudo, em relação aos islamitas, o monarca não tomou este tipo de medidas de coacção temendo qualquer forma de retaliação contra a cristandade.
  Entretanto, adoptou a medida de baptismos colectivos, dos quais o primeiro terá ocorrido a 26 de Março (de 1947?). Nessa ocasião, muitos judeus com idades até cerca de 25 anos foram chamados a Lisboa. Reuniram-se nos Estaus e foram conduzidos á Igreja de Santa Luzia, onde lhes foi administrado o sacramento, contra a promessa de recuperarem os seus filhos. O rei começava a resolver o seu problema, mas não conseguia apagar o passado dos recém-baptizados, que passavam a ser considerados como «cristãos de segunda». – os cristãos-novos. É certo que o monarca se empenhou na sua promoção social. Além disso, tentou que este grupo não se tornasse num corpo social segregado,, pois começou por proibir que os cristãos novos casassem entre si. Caso esta ordem fosse cumprida, a memória da comunidade judaica poderia apagar-se brevemente, mas esta ordem não resistiu á determinação das gentes de ambas as frentes, pelo que sucedeu exactamente o contrário. O rei também proibiu, a 30 de Março de 1497, a existência de livros em hebraico, tendo apenas autorizado que os físicos desconhecedores do latim pudessem recorrer a obras na língua judia.
  Apesar destas medidas e dos numerosos baptismos de Março, na Primavera e Verão de 1497, haviam ainda muitos judeus que tinham escapado ao primeiro baptismo colectivo; alguns saíram do reino, mas alguns ainda permaneceram em Lisboa, situação que desagradava D. Isabel.
  No final de Maio D. Manuel retomou as negociações para a vinda de D. Isabel, contudo esta mostrava-se intransigente na sua ideia de se recusar na vinda para o reino de Portugal, enquanto este não fosse totalmente cristão. A pressão Castelhana levou D. Manuel a investir mais esforços para resolver o problema das minorias religiosas, mas estava igualmente determinado a não perder os seus súbditos, de origem judaica, na sua maioria comerciantes e artífices, que detinham um papel importante na economia do reino. Contudo, as medidas tomadas no início do reino começavam a dar frutos, pois desde a Páscoa uma parte dos judeus já tinha sido baptizada. Os restantes continuavam a afluir a Lisboa, que havia sido declarado o único porto de saída.
  A proibição do judaísmo e do islamismo e do impedimento da partida dos judeus resultou, em 1497, no surgimento de um novo grupo da sociedade portuguesa – os cristãos novos.. Mesmo depois da conversão oficial, este grupo estaria na mira do monarca, que manteve a sua decisão em não os deixar sair do reino, o que nem todos respeitariam , num sinal evidente de que a nova situação gerava incómodos. Assim, a 21 de Abril de 1499, o rei ordenava que os cristãos-novos que saíssem do paísperdessem as suas fazendas, e a 29 de Março de 1500 determinava que os bens dos cristãos-novos deveriam ser entregues ao Hospital de Todos-os-Santos.
  A comunidade muçulmana seria relativamente reduzida, mas a hebraica era numerosa e estava espalhada por todo o país, mesmo antes da vinda em massa dos judeus castelhanos. Esta comunidade marcava uma certa diversidade na sociedade portuguesa, embora o convívio com os cristãos fosse, aparentemente, diminuto. Ainda assim representavam uma mais-valia em vários domínios, pois muitos eram físicos e outros teriam mesmo servido a coroa em domínios da astrologia, tendo contribuído para o sucesso das navegações no final da centúria de quatrocentos.
  D Manuel prometera não pressionar os cristãos-novos durante 20 anos, mas encarregou-se de eliminar rapidamente a memória material da existência da comunidade hebraica.
  Como já foi referido, D. Manuel proibiu a o casamento entre cristãos-novos; contudo ninguém respeitou essa decisão. Se os antigos judeus procuravam sobreviver no turbilhão em que se viam arrastados, os «cristãos-velhos» viam-nos com grande desconfiança, pois suspeitavam das suas convicções, pelo que não desejavam de misturar o seu sangue com o de quase certo hereges, que apesar de baptizados continuavam a renegar o Cristo e o Evangelho, começando num espaço de tempo muito prematuro as primeiras denúncias; o medo da peste também deu o seu contributo para hostilizar as populações, fragmentando ainda mais as comunidades religiosas. A tão desejada uniformização não passava, afinal, de uma ferida que não sarar e que podia reabrir a qualquer momento, o que veio a suceder em Lisboa, entre 19 e 21 de Abril de 1506, quando foram assassinadas cerca de na sua maioria cristãos-novos, cujas casas e bens foram saqueados.
  Segundo Góis, um grupo de cerca de 500 indivíduos, acirrados por dois frades que bradavam «heresia, heresia» começaram a matar todos os cristãos-novos que encontravam pelas ruas,  e os corpos mortos e meio vivos lançavam e queimavam em fogueiras que tinham feitas na Ribeira e no Rossio. No dia seguinte prossegui a matança, tendo os amotinados entrado nas casas dos cristãos-novos, que, apavorados, tinham desaparecido das ruas. Diz ainda o cronista que as autoridades eram poucas e que pouco reagiram á situação, temendo pela sua própria segurança.
  Claro que pelo meio houve quem aproveitasse a anarquia para vinganças pessoais. No terceiro dia, os amotinados já não «achava quem matar, por todos os cristãos novos que mataram, desta tamanha fúria serem postos em salvo por pessoas honradas e piedosas». Nessa tarde «acudiram á cidade Aires da Silva, o regedor, e D. Álvaro Castro, governador», e começou a ser restabelecida a ordem.
  Neste episódio destaca-se um aspecto vital do ponto de vista social: a facilidade com que os cristãos-novos eram identificados na rua, e mesmo com que as habitações eram distinguidas. Note-se que a construção de vinganças foi executada com recurso a marinheiros, estrangeiros que participaram na chacina – ou seja, só os estranhos é que confundiam cristãos novos e velhos, ao contrário dos habitantes da cidade. Este simples facto mostra claramente o modo como a política manuelina relativamente aos judeus fracassara de certo modo, pois a comunidade permanecera segregada.

Fontes: As Primeiras Civilizações: da Idade da Pedra aos Povos Semitas
            Ciência Política: Estudo da Ordem e da Subversão
            D Manuel I, Coleção Reis de Portugal

  Na verdade não compreendo muito bem depois a questão do Talmud, no Egito Antigo se ae matasse um gato era-se condenado á morte...

  Acho que tudo se baseia em um princípio ideológico, uma prática com ideias que já não são pensadas por quem atua.

All
#2
Cara amiga Hammurabi agradeço a paciência e a disponibilidade para ler o tópico em causa.

Quanto ao facto de ter achado o texto confuso, tentei expor os dados de forma rigorosa indicando quando possível algumas fontes de informação. Se o texto é confuso ou não, pessoalmente não penso nada que seja, mas como fui eu que o escrevi talvez para outros o seja.

Quanto à distorção de algumas partes do mesmo, não direi que fiquei magoado, mas fiquei algo incomodado pois não tenho qualquer objetivo de distorcer o que quer que seja, aliás, pesquisei previamente algumas informações relativas ao texto e não disse nada que não corresponda à realidade. Parece-me assim portanto que não cometi qualquer distorção, mas respeito a tua opinião.

Quanto às dúvidas que apresentas quero fortemente contra-argumentar o que mencionas-te.

Relativamente ao termo semítico, tens razão no que dizes, mas penso que não compreendes-te bem o que o meu texto expõe. Se o termo designa "grupos linguísticos" porque é que é ultilizada a expressão anti-semita? Sendo um termo que corretamente refere-se a grupos linguisticos, obviamente que ao utilizar este termo pode-se usar o mesmo com o objetivo de referir os povos que efetivamente falavam essa lingua, o povo hebreu, fenício, árabe... É exatamente isso que é pretendido com o termos anti-semita! Caso fosse utilizado com o sentido de referir um grupo linguístico estariamos a falar em ódio contra pessoas que falam uma lingua semitica... Não te deixes enganar pelo "jogo de palavras" cara amiga Hammurabi, por experiência própria sei bem o quão errado esse jogo pode levar o pensamente de uma pessoa...

Gostei da tua referência ao facto de ser Judeu apenas aqueles que nascem de mãe judia. Gostava então que me pudesses esclarecer em que consiste um filho de uma judia com um goyim...O contrário também me esclareceria...
Já agora, parece-me que neste ponto a cara Hammurabi é que acaba por se tornar confusa já que parece ter "fechado os olhos" ao facto de os Khazares, que não eram judeus, se terem convertido ao judaismo. É um dito "facto histórico". Gostava de saber como fizeram tal proesa... Talvez todas as mães dos mesmos fossem judias, não sei...

Quanto à expulsão dos judeus de Portugal, como pessoa que gosta de usar um raciocínio lógico e coerente, não me parece que alguém fosse expulsar um grupo numeroso de pessoas só porque a "princesa" não gostava da religião dos mesmos... Além disso, os Judeus começaram a ser expulsos não só de Portugal como de vários paises europeus, Inglaterra em 1290, Bélgica em 1370, França em 1306, Hungria em 1360, Eslováquia em 1380... Enfim, não me parece que em todos estes países os Judeus fossem expulsos porque 1º o Rei se fosse casar e 2º porque a futura esposa não gostasse da religião dos plebeus...

Em último, quanto à "questão" do Talmud, sinceramente fiquei chocado com a não compreensão desta "questão. Como dizes que achas-te o texto confuso, tudo bem, talvez não tenhas percebido este assunto referente ao Talmud, mas sinceramente mais claro como água não podia ter sido.

A "questão" do Talmud prende-se com o facto de que, em toda a pesquisa que fiz sobre este assunto, surgiu-me sempre informação relativa ao racismo e xenofobia que este texto sagrado judeu contém, e que é uma situação muito séria já que o Talmud consiste nas leis supostamente reveladas a Moisés por Deus, o que leva a que um Judeu siga a dita lei à risca.

No tópico em causa, eu expos algumas das supostas leis que o Talmud supostamente contém, e deixa desde já dizer-te que fiquei chocado com tais leis e ainda fiquei chocado pelo facto de não as teres percebido Hammurabi.
Uma das leis do Talmud, mais uma vez relembro que se trata de uma lei sagrada judaica que supostamente teria sido revelada por Deus a Moisés, diz que os não-judeus, portanto eu ou tu (suponho eu que não sejas judeu), não serem humanos mas sim gado. GADO!!

Se a ti parece-te estar tudo OK com os factos expostos tudo bem, só posso crer então que és Judeu seguidor do Talmud (como qualquer judeu ortodoxo).

Uma das outras supostas leis do Talmud diz que os Judeus devem sempre enganar os goyim, os não judeus, bem como enganar e cometer perjúrio caso isso os leve à ruína!! Ainda te parece estar tudo bem caso estas leis de facto constem no Talmud, o texto sagrado mais importante do Judaísmo?!

Se estas leis se encontram presentes no Talmud, de facto não consegui até agora ter acesso ao dito "texto sagrado". Também tinha e tenho o objetivo de falar pessoalmente com um rabino com o objetivo de fazer tal questão, contudo, como disse no post, não me parece que existam sinagogas judaicas em Braga mas de qualquer das formas penso existir uma comunidade portanto um dia destes vou tentar falar com algum membro para me esclarecer do assunto.

Quanto aos judeus terem sido expulsos, como foram, de tantos países num espaço temporal relativamente próximo, só tenho a dizer que lógicamente, se eu fosse Rei de um país, não sendo judeu, e tivesse uns tipos que regessem a sua vida por leis destas, sinceramente eu também os expulsaria. Atualmente iriam-me chamar anti-semita? Concerteza!, mas após o exposto no texto com que abro este tópico bem como pelo exposto neste comentário, eu não estaria minimamente preocupado com tal acusações...



ATENÇÃO: Não tenho nada contra os judeus, apenas contra as ditas leis que caso sejam mesmo leis presentes no Talmud levariam a que, lógicamente, qualquer pessoa tivesse uma palavra a dizer aos indivíduos que se regessem por tais leis...

Fenrir
Judeus, povo "escolhido" de Deus... Só retardado acredita nisso!

Citação de: Fenrir em 20 julho, 2012, 04:27
Judeus, povo "escolhido" de Deus... Só retardado acredita nisso!

Exatamente como o quinto império português...
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

Os "Protocolos dos magos de Sião", foram forjados, como aliás já foi provado por vários especialistas. Ajudaram sim a dar a desculpa para o genocidio e a barbarie nazi.
Sou Anti-Sionista e defendo a auto-determinação da Palestina, assim como não vejo grande sentido na Nação de Israel, no entanto não sou racista, e sangue judeu e árabe todos nós portugueses devemos ter um pouco.

Citação de: AlexH em 20 julho, 2012, 14:42
Os "Protocolos dos magos de Sião", foram forjados, como aliás já foi provado por vários especialistas. Ajudaram sim a dar a desculpa para o genocidio e a barbarie nazi.
Sou Anti-Sionista e defendo a auto-determinação da Palestina, assim como não vejo grande sentido na Nação de Israel, no entanto não sou racista, e sangue judeu e árabe todos nós portugueses devemos ter um pouco.

como és anti-sionista e não racista?
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

Uma coisa é não concordar com a criação, pelas poderosas nações Reino Unido e EUA, de um estado ficticio onde já antes viviam pessoas de quem ninguém quis saber, não concordar que um povo que tanto sofreu como os judeus faça o mesmo com os palestinianos. Outra é pensar que por uma pessoa ter um credo ou uma cor de pele diferente é inferior a mim.
Já agora também não acredito que os judeus adorem o diabo como se dizia na Idade Média, o que justificou que muita gente morresse nas fogueiras às mãos da Inquisição.

Citação de: AlexH em 20 julho, 2012, 14:51
Uma coisa é não concordar com a criação, pelas poderosas nações Reino Unido e EUA, de um estado ficticio onde já antes viviam pessoas de quem ninguém quis saber, não concordar que um povo que tanto sofreu como os judeus faça o mesmo com os palestinianos. Outra é pensar que por uma pessoa ter um credo ou uma cor de pele diferente é inferior a mim.
Já agora também não acredito que os judeus adorem o diabo como se dizia na Idade Média, o que justificou que muita gente morresse nas fogueiras às mãos da Inquisição.


ok
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

#9
Caro All, lamento mas quem se expressou mal fui eu, não tive intenção de mostrar que distorceste factos, apenas que alguns dos pontos que argumentei estavam um pouco confusos nada mais.

Peço imensa desculpa se te levei a pensar mal. Continua a publicar cenas deste tipo, são muito interessantes  :)

  Todavia há uma diferença entre praticar judaísmo e ser judeu. Se esse complexo de superioridade levou a muitas perseguições é verdade, mas nisso sou como Maquievel o Homem é na sua natureza mau e se tiver a chance torna-se ofensivo.

Já agora não sou judia, mas simplesmente temos que ver as sociedades em contexto e abordar certos textos com uma certa imparcialidade, pelo menos na minha opinião. Já passei por judeus na rua  e nenhum ainda me cuspiu  na cara.
  Há que ter em conta a diversidade e a relatividade cultural o que parece errado para nós pode parecer certo para outros. Usar uma mini-saia aqui é banal se formos a um pais com um islamismo conservador é um crime. A mutilação genital feminina é considerado um rito ligado ao crescimento da mulher, mas para a sociedade Ocidental é nefasto. Os romanos crucificavam e enquanto que ao mesmo tempo chamavam de bárbaros aos habitantes de Cartago por sacrificarem recém-nascidos em prol dos deuses. o que é certo e é errado muda.

Cumprimentos

Citação de: UnknownNarrator em 20 julho, 2012, 22:09
Eça de Queirós atrás de Pessoa?...realmente, um era pura inspiração o outro dava no ópio e no alcool sem regras...Pessoa, o superiormente alucinado  ;D
Gosto de alguns escritos de Pessoa e é inegável o seu valor...mas daí a considerá-lo o maior...e nem sequer é uma questão de juízos de gosto, Pessoa é tão grande tal como outros nomes como Gil Vicente, Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda, Luís de Camões, Padre António Vieira, Padre Manuel Bernardes, Francisco Rodrigues Lobo, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Rebelo da Silva, Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, Camilo Castelo Branco, António Lobo Antunes e José Saramago...Pessoa e Camões são expoentes máximos da poesia portuguesa mas isso não esgota a escrita toda  ;)

E pah só por referenciares aí o Padre António Vieira mereces uns parabéns  :) Mas há um poeta que gosto particularmente, que é Bocage  ;D

Mephisto
#11
Citação de: Hammurabi em 20 julho, 2012, 22:13
(...)que é Bocage  ;D
O inconveniente.  ;)

Citação de: UnknownNarrator em 20 julho, 2012, 22:09
Gosto de alguns escritos de Pessoa e é inegável o seu valor...mas daí a considerá-lo o maior...e nem sequer é uma questão de juízos de gosto, Pessoa é tão grande tal como outros nomes como Gil Vicente, Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda, Luís de Camões, Padre António Vieira, Padre Manuel Bernardes, Francisco Rodrigues Lobo, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Rebelo da Silva, Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, Camilo Castelo Branco, António Lobo Antunes e José Saramago...Pessoa e Camões são expoentes máximos da poesia portuguesa mas isso não esgota a escrita toda  ;)
Serão necessários mais exemplos?  ;)

Mephisto
Citação de: Doutrina descatolica em 20 julho, 2012, 22:21
Grandes exemplos de grandes escritores. Ainda assim nem um desses foi melhor que Pessoa. Dizer que Pessoa se inspirava no álcool e no opio é das maiores barbaridades que já li. Pessoa era puro génio, um homem que estava muito à frente no seu tempo. Como já disse em termos de Poesia apenas Shakespeare foi superior a Pessoa.

"Por isso tomo ópio é um remédio
Sou um convalescente do momento
Moro no rés-do-chão do pensamento
E ver passar a vida faz-me tédio."

Fernando Pessoa.

Queres contradizer o próprio, ou queres trocar o lugar cativo dele na Brasileira de manhã e colocar lá a tua estátua? Por amor de Deus  ;)

Bem em termos de literatura não digo nada mas era um extraordinário astrólogo.
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

All
Citação de: Hammurabi em 20 julho, 2012, 15:42
Caro All, lamento mas quem se expressou mal fui eu, não tive intenção de mostrar que distorceste factos, apenas que alguns dos pontos que argumentei estavam um pouco confusos nada mais.

Peço imensa desculpa se te levei a pensar mal. Continua a publicar cenas deste tipo, são muito interessantes  :)

  Todavia há uma diferença entre praticar judaísmo e ser judeu. Se esse complexo de superioridade levou a muitas perseguições é verdade, mas nisso sou como Maquievel o Homem é na sua natureza mau e se tiver a chance torna-se ofensivo.

Já agora não sou judia, mas simplesmente temos que ver as sociedades em contexto e abordar certos textos com uma certa imparcialidade, pelo menos na minha opinião. Já passei por judeus na rua  e nenhum ainda me cuspiu  na cara.
  Há que ter em conta a diversidade e a relatividade cultural o que parece errado para nós pode parecer certo para outros. Usar uma mini-saia aqui é banal se formos a um pais com um islamismo conservador é um crime. A mutilação genital feminina é considerado um rito ligado ao crescimento da mulher, mas para a sociedade Ocidental é nefasto. Os romanos crucificavam e enquanto que ao mesmo tempo chamavam de bárbaros aos habitantes de Cartago por sacrificarem recém-nascidos em prol dos deuses. o que é certo e é errado muda.

Cumprimentos


Cara Hammurabi, concordo contigo quando dizes que ser Judeu não é o mesmo que ser um Judeu praticante, contudo, como penso que dá para perceber pelo meu tópico bem como pelo último comentário que havia feito, o meu problema não é com os Judeus vistos como um todo. Tal como existem católicos não praticantes, também devem existir Judeus que não seguem à risca o Talmud, aliás, até muitos nem devem conhecer sequer um único parágrafo do dito texto sagrado judeu.

Contudo, deixa-me algo "encavacado" o facto de, como indica a Bíblia no Velho Testamento, Gênesis, o povo Judeu descender de Abraão (descendente de Sem, que era filho de Noé), contudo, não percebo como é possível que a maioria dos Judeus atuais sejam pessoas que se converteram a esta religião (é a tal problemática lógica que levanto neste tópico).

Obviamente nenhum Judeu (caso as ditas leis se encontrem presentes no Talmud), vai cuspir na cara de um Goyim (não judeu). Caso o fizesse penso que seria uma das maiores demonstrações de racismo atual. Sinceramente tenho mesmo de saber se de facto estas "leis" se encontram no Talmud, porque caso se encontrem não tenho nenhum problema em afirmar que os Judeus, entendidos como aqueles que se regem pelo Talmud e que pensem que os não judeus sejam gado e não humanos, são de facto um dos povos, senão o povo mais racista que já pisou este planeta...

Gostei do tal choque cultural que referiste Hammurabi, mas uma coisa é não permitir a mulheres uso de sai por exemplo, outra coisa é o racismo patente numa lei "sagrada" que regerá a vida de milhões de Judeus (parto do princípio que um Judeu conhece o Talmud e as suas leis sagradas já que a vida de um Judeu deve ser levada de acordo com o Talmud, como deveria de ser com os Católicos não?!...)

Quanto à referência que fizeste sobre as mutilações genitais, sacrifícios aos deuses, em minha muito humilde e reflexionada opinião, tudo não passa mais do que simples demonstrações da imbecilidade e estupidez do Homem, um ser com capacidade para fazer coisas espetaculares e no entanto, na maioria das vezes, apenas faz coisas que nem parecem de um ser com um cérebro sequer...