Mediuns é mesmo do demonio ?

 Gente sou novo aqui, e estou com uma duvida

Bom, minha professora ela é muito esperta em coisas espirituais ( chamam ela até de macumbeira ), e esses dias ela disse que sou médium, e eu sei disso porque já tive fatos sobrenaturais.

Então eu queria saber se Médiuns é do demônio, porque eu estou pensando em evoluir minha mediunidade, porem estou com medo de evoluir minha mediunidade por este motivo ( Por ser do Demônio ).

Aproveitando o tópico, queria que me respondessem se eu devo evoluir minha mediunidade

Gente não quero ofender os médiuns, só estou com essa duvida, até por que se eu vesse um médium não teria medo algum.  

Obs: estou com essa duvida porque os médiuns mexem com espíritos e fiquei sabendo que ninguém pode conversar com mortos e sim com o Demônio que se passa por espíritos.


Modificação efectuada de acordo com as Regras Gerais do Fórum, alínea 24

Médiuns não são a mesma coisa que "do demónio".

Quanto ao ires desenvolver a tua mediunidade, isso é contigo. Se achas que sabes o suficiente acerca dela para saberes se realmente a queres desenvolver ou não. Creio que não é uma decisão para tomar de animo leve. 

Gente sou novo aqui, e estou com uma duvida

Bom, minha professora ela é muito esperta em coisas espirituais ( chamam ela até de macumbeira ), e esses dias ela disse que sou médium, e eu sei disso porque já tive fatos sobrenaturais.

Então eu queria saber se Médiuns é do demônio, porque eu estou pensando em evoluir minha mediunidade, porem estou com medo de evoluir minha mediunidade por este motivo ( Por ser do Demônio ).

Aproveitando o tópico, queria que me respondessem se eu devo evoluir minha mediunidade

Gente não quero ofender os médiuns, só estou com essa duvida, até por que se eu vesse um médium não teria medo algum. 

Obs: estou com essa duvida porque os médiuns mechem com espíritos e fiquei sabendo que ninguém pode conversar com mortos e sim com o Demônio que se passa por espíritos.

Bom, Dean, o reino dos espíritos é igual ao nosso. E é verdade que andam por aqui muitos demónios. Portanto, nessa perspectiva, poderás ser objecto de zombaria de espíritos inferiores e até do próprio demónio. Mas também deves considerar que há os espíritos superiores. É tudo igual, diz Allan kardeck, no livro dos espíritos e no livro dos médiuns.

Abraço

Templa

Tens 13 anos e nessa idade o mais indicado é estudares os temas da escola e não optares por desenvolver/educar a tua mediunidade. O estudo e o trabalho no âmbito da mediunidade é algo que exige tempo e dedicação, assim como estudar na escola exige tempo e dedicação. Nesta fase da tua vida o mais importante e aquilo que vai determinar todo o teu percurso é a escola, por isso pensa primeiro na escola e deixa a mediunidade e o seu estudo para mais tarde. Vais ter muito tempo para te dedicares a isso depois da tua formação académica.

A mediunidade ser coisa do Demónio foi uma acusação realizada pela Igreja Católica Apostólica Romana ao Espiritismo. No livro "Céu e o Inferno" - Capítulo X, Allan Kardec responde a essas criticas, rebatendo-as em todo a linha, demonstrando que a mediunidade e os fenómenos mediúnicos não são coisas do demónio. Quanto a isso podes ficar completamente descansado 

Médiuns não são a mesma coisa que "do demónio".

Quanto ao ires desenvolver a tua mediunidade, isso é contigo. Se achas que sabes o suficiente acerca dela para saberes se realmente a queres desenvolver ou não. Creio que não é uma decisão para tomar de animo leve. 

boas
eu consigo ouvir e sentir , então eu posso desenvolver isso?... desculpa a esta pergunta mas é primeira vez que leio o desenvolver a tua mediunidade.....

boas
eu consigo ouvir e sentir , então eu posso desenvolver isso?... desculpa a esta pergunta mas é primeira vez que leio o desenvolver a tua mediunidade.....

Pois, realmente "desenvolver" não foi uma palavra bem aplicada.  A mediunidade já se encontra com a pessoa, é mais uma questão de se aprender a ter atenção a esses fenómenos, compreende-la de modo a a ter uma maior preparação e lidar melhor com o que ela apresenta. Não há uma formula para que aumentes as tuas capacidades mediunicas.
Porém a questão que se levanta é se a pessoa está preparada para este conhecimento, se sabe as implicações que este conhecimento pode acarretar para a sua vida. 

Sim, médiuns são do demónio, pois sem 'ele', não pode comunicar-se com seres do além, nem fazer uso de magias... é preciso de orientação e paciência para lidar com eles, sem que aja maiores consequências.

O próprio filósofo grego Sócrates, atribuia a sua inspiração filosófica a um demónio.

(...)

O próprio filósofo grego Sócrates, atribuia a sua inspiração filosófica a um demónio.

Fenrir, convenhamos que o daimon (isto é, espírito) socrático apenas se manifestava na persecução do Bem: "Sócrates recusa uma atitude teórica perante o saber (atitude característica dos sofistas). Parte do princípio que quem verdadeiramente procura o Bem, só pode viver segundo o Bem. A virtude identifica-se com o conhecimento, ou dito de outro modo: Saber e Moralidade são o mesmo, e estão indissociavelmente ligados. O único que comete o mal é o ignorante, aquele que conhece o bem só pode praticar o bem." (Intelectualismo Moral - Só os ignorantes praticam o mal, de Carlos Fontes)

Ou seja, e como a preguiça aqui está em alta, nada melhor do que as palavras de quem o explica claramente:
"Sócrates costumava dizer que um "demónio" interior, que qualquer coisa de divino, lhe prodigalizava advertências nas circunstâncias difíceis da sua vida. É assim que, na Apologia, Sócrates disse aos seus juízes: "Vós tendes frequentemente e em todo o lado ouvido dizer que um signo divino e demoníaco se manifesta em mim, aquilo que Meleto fez escárnio um dos seus objectivos principais de acusação. Isso começou desde a minha infância; é uma espécie de voz que, quando se faz ouvir, me desvia sempre do que me proponho fazer, mas nunca me incita a isso. É ela que se opõe a que eu me ocupe da política, e creio que é de uma extrema felicidade para mim que ela me desvie disso."” ( em Jean Brun, página 71) 
O demónio de Sócrates era algo de muito específico, que dizia respeito muito particularmente à excepcional personalidade de Sócrates, colocando no mesmo plano de um tipo de "mediunismo" que se fazia presente em certos momentos de concentração muito intensa e em momentos de reflexão bastante próximos aos arrebatamentos de êxtase em que Sócrates mergulhava algumas vezes e que duravam longamente. 

O demónio era o bem que ligava Sócrates ao divino, mas ele detinha-no mais do que o incitava, mais do que conselhos positivos ele formulava interdições, deixando por conseguinte a Sócrates toda a liberdade e toda a responsabilidade para descobrir por si próprio a via a seguir. Como observa G. Bastide  o estudo dos textos conduz a três constatações essenciais:  Primeiro que tudo, Sócrates explica a sua conduta por recurso a um deus interior, a uma advertência íntima, a uma voz demoníaca que nunca o abandona. Em seguida, com uma ou duas excepções talvez esta voz interior toma a forma proibitiva, quando se trata de desviar Sócrates deste ou aquele acto ou deste ou aquele compromisso preciso. Enfim o deus é uma força imperiosa que determina de uma forma total a vocação espiritual de Sócrates. Assim pode-se dizer que ele é simultaneamente um inspirado e um espírito crítico.
Nietzsche, por sua vez,  sublinha que o demónio de Sócrates o advertia sempre que se abstenha mas que ele nunca o incitava a ir para a frente; assim enquanto que em todos os homens produtivos o instinto é uma força crítica e negativa, em Sócrates o instinto torna-se crítico e a consciência criadora, o que para Nietzsche constitui uma «monstruosidade por carência»." (por Olga Maria Pombo Martins, docente auxiliar da Faculdade de Ciências - Universidade de Lisboa)

Demónio na antiguidade, nomeadamente na Grécia, era utilizado para se chamar espírito, sendo por isso uma designação neutral. Depois, por caminhos mais ou menos tortuosos Demónio passou a ter uma conotação mais negativa passando a designar as entidades que vagueiam pelo mundo para perdição das almas.

Mesmo na manifestação de entidades espirituais mais "violenta" de que eu tive conhecimento, quem se manifestou não eram demónios, eram sim espíritos pouco evoluídos moralmente.

Quando um espírito se comunica e se apresentam como Demónio ou Satanás, esse espírito faz isso para atemorizar e fascinar a pessoa. Causa muito mais impacto apresentar-se como Satanás que como o António Manuel, por exemplo...

A crença em demónios era difundida no mundo antigo. Eram considerados seres naturais, e não sobrenaturais. Hesíodo os menciona de passagem. Sócrates descrevia sua inspiração filosófica como obra de um demônio pessoal e benigno. Sua professora, Diotima de Mantinéia, lhe diz (no Banquete de Platão) que: "Todo o demoníaco é intermediário entre Deus e os mortais. Deus não tem contato com os homens". Ela continua: "Só por meio do demoníaco é que existem relações e diálogos entre os homens e os deuses, quer em estado desperto, quer durante o sono".

Platão, o discípulo mais famoso de Sócrates, atribuía um papel elevado aos demónios: "Nenhuma natureza humana investida de poder supremo é capaz de ordenar os assuntos humanos", diz ele, "sem transbordar de insolência e iniquidade...".

Ele negava firmemente que os demónios fossem uma fonte do mal, e não representava Eros, o guardião das paixões sensuais, como um deus, mas como um demónio, "nem mortal, nem imortal", "nem bom, nem mau". Mas todos os platónicos posteriores, inclusive os neoplatônicos que influenciaram poderosamente a filosofia cristã, sustentavam que alguns demónios eram bons e outros maus. O pêndulo balançava. Aristóteles, o famoso discípulo de Platão, considerava com seriedade a afirmação de que o roteiro dos sonhos é escrito pelos demónios. Plutarco e Porfírio afirmaram que os demónios, que preenchiam o ar superior, vinham da Lua.

Texto descaradamente copiado do livro: O mundo assombrado pelos demónios (Carl Sagan).

Mesmo na manifestação de entidades espirituais mais "violenta" de que eu tive conhecimento, quem se manifestou não eram demónios, eram sim espíritos pouco evoluídos moralmente.

E o que te dá tanta certeza? Por um acaso as obras de Allan Kardec... a ideologia espírita?

Falo por experiência: estas "coisas" tem inteligencia e personalidade, não são qualquer espírito moribundo que vaga por aí. Tanto que nas seitas de origem africana, eles são considerados como "entidades ou divindades", e são cultuados.