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  • "Vem dar-me um abraço"
    Iniciado por Flavio2
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Há muitos, muitos anos atrás, era eu pequenino (não me recordo que idade tinha), vim passar férias a Portugal, a Olhão (terra dos meus pais),  acompanhado da minha mãe e do único irmão que tinha na altura. Os amigos desse tempo, antigos companheiros de escola dos meus pais, quando souberam que estavamos de férias lá na terra, fizeram uma autêntica "romaria", para nos visitarem. Os meus pais eram pessoas  muito queridas por todas as pessoas,  e os amigos estavam sempre presentes. Um desses amigos, grande tocador de acordeon, foi muito amigo do meu falecido Avô materno, que a par da sua profissão, era um exímio tocador de acordeon e de outros instrumentos musicais. Esse amigo dos meus pais tratava o meu Avô por "Mestre" e o meu Avô estava sempre a "dar-lhe nas orelhas", porque ele não se aplicava como devia ser,  na aprendizagem do acordeon, ao ponto de todos os amigos dele dizerem por graça que "o fole do C.... tem falta de azeite". A casa dos meus Avós era uma casa típica algarvia, com uma açoteia e várias divisões amplas, todas interligadas entre si. Apenas um quarto, aquele onde eu dormia com a minha mãe e o meu irmão,  era um quarto interior. Mas voltando à história que ia contar, esse tal amigo tocador de acordeon foi visitar-nos e passou o serão connosco, a tocar acordeon e a cantar, como se fazia nos tempos em que o meu Avô era vivo. A dado momento, a conversa derivou para o meu Avô e esse amigo exprimiu um desejo que nunca devia ter formulado naquelas circunstâncias. Disse ele "Ai Mestre, que saudades que eu tenho de si. Quem me dera que estivesse aqui, para lhe poder dar um abraço.". Passados uns escassos minutos de ter proferido estas palavras, o homem começou a suar em "bica" e a dizer que queria ir para casa e se alguém podia ir levá-lo. Um dos meus tios acompanhou-o e ele estava aterrorizado. Ficou em casa várias semanas, gravemente doente e nunca mais quis vir a nossa casa. Soubemos depois, contado pela família dele, que ele ouviu a voz do meu Avô, na sala, a dizer: "Vem dar-me um abraço, então". Resta acrescentar que, nessa noite, depois de termos todos ido para a cama,  a minha mãe viu entrar no nosso quarto, uma luz que parecia a chama de uma vela, que entrou pela porta, percorreu as paredes do quarto e veio parar ao lado do meu irmão.  Escusado será dizer que ninguém dormiu nessa noite, por causa do sucedido.

#1
è pá isso é muito interessante. Se é o espírito do teu avô que está em casa talvez seja por querer manifestar algo.
Porque não tentam comunicar com ele? Poderá ter uma mensagem ou algo do género :)
Eles estão no meio de nós!

Isso aconteceu "há muitos, muitos anos atrás", como escrevi. A casa já não existe. No seu lugar surgiu um parque de estacionamento. O meu Avô agora está bem e não tencionamos "incomodá-lo", nem comunicar com ele. Está na luz. Nunca devemos invocar nem chamar  as pessoas falecidas. Devemos orar muito por elas e pedir que se dirijam para a luz. Não o conheci. Dizem que era uma excelente pessoa, muito divertido. Talvez por isso se tenha manifestado naquele dia e tenha querido participar no serão. Ele adorava os amigos e adorava aquele tipo de convívio. Muita Luz para ele e para todos nós também.


Outro tópico a necessitar de "ressuscitar".