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  • Livros para reflexão.
    Iniciado por Mephisto
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Mephisto

À data em que este livro foi lançado a questão que se levantava consistia em interrogarmo-nos se estávamos perante uma perante uma guerra entre o Islão e o Cristianismo. Garaudy afirma que não!
Então estaremos perante uma guerra entre a fé e o ateísmo? Também não!
Acima de tudo , é um confronto entre o «monoteísmo do mercado», ou seja, do dinheiro, e de todos os que querem que a vida tenha um sentido! Perante a recrudescência do fenómeno religioso num tempo em que segundo os profetas da razão, ele deveria estar morto, o autor interroga as várias religiões e confronta-as com aqueles que, na linha das suas preocupações de sempre, são os grandes problemas do nosso tempo, dos quais depende a sobrevivência da nossa sociedade. A exclusão e a desigualdade entre o Norte e o Sul do planeta, entre os que têm e os que não têm, custam tantas mortes como uma Hiroshima em cada dois dias.
Então, pergunta o autor, como travar esta corrida para o abismo?
Responde ser este o Debate do Século!

Hoje sabemos que tudo se tornou muito mais complexo!!!


Estamos a viver o regresso das religiões? Ou será que a apoteose do religioso mascara o triunfo dos jogos mais básicos da politica? Num mundo rasgado por convulsões com evidentes componentes religiosas, importa perguntar se as religiões não estão, afinal, a compensar o imenso vazio de pensamento-gerado pela perda de critério das ideologias. Roul Vaneigem enfrenta todas estas questões, reconstruindo a lógica profunda do fenómeno religioso desde as suas origens mais remotas. E o que descobre é no essencial perturbante: Do Neolitico até às formas mais avançadas do capitalismo, a religião como instituição está estreitamente associada aos sistemas de produção económica. O seu livro constitui um ponto de vista verdadeiramente «não alinhado», uma reflexão fulgurante que nos obrigará a repensar muitas das nossas certezas históricas e práticas.

«Não é fácil entregarmo-nos à criação em cada dia que vivemos, uma vez que todos os dias predispõem à fadiga, ao envelhecimento, à morte. E a inteligência de si é, seguramente, a coisa menos partilhada, isto numa época que apenas concebe a inteligência como ciência da absurda e crescente inadequação ao que está vivo.»



Os traumas do século XX deixaram uma pesada herança filosófica e ética. Da falência dos grandes sistemas ideológicos a um dramático vazio politico, incapaz de fornecer razões para agir e ter esperança, ao homem do século XXI depara-se uma paisagem de valores (ou de ausência de valores) que põe à prova toda a sua identidade. Ao mesmo tempo, semelhante crise estrutural abre espaço para uma renovada procura interior, para um reencontro com a «mistica». São muitos os sintomas deste estado de coisas, nomeadamente as espiritualidades «vagabundas» que o mundo moderno nos revelou, desde os misticismos de raiz oriental até às novas práticas de introspecção e desenvolvimento pessoal.
Jean Vernette propõe uma abordagem minuciosa de toda esta conjuntura, por um lado, interrogando o nosso património judaico-cristão, por outro, tentando compreender os fenómenos de «desregulação da crença» religiosa para os quais muitos sociólogos nos t~em alertado. No seu horizonte está um século que poderá ser de uma nova procura espiritual, isto é, de uma outra mistica.

«Um livro informativo que ajudará, em muito, a compreender o "regresso" contemporâneo do religioso.»



O budismo, muitas vezes descrito como uma forma de humanismo e espiritualidade, é um pensamento plural, avesso a qualquer simplificação. Existe, então, um budismo ou existem vários budismos? Estamos perante uma religião ou uma filosofia? Bernard Faure enfrenta estas questões a partir de um diálogo estimulante entre o pensamento ocidental e as ideias que vêm da Ásia. O seu livro, ao mesmo tempo didáctico e contagiante, insiste na singularidade do budismo como sistema de racionalidade, afastando-se da nossa tradição lógica sem nos deixar cair no irracional. No limite, este é um desafio ao antagonismo entre «filosofia» e «religião» tantas vezes dominante nos pensadores ocidentais....


Sinopse
Um diálogo informal com Deus, por vezes sérios, por vezes cheio de humor, sobre as questões que mais nos intrigam a todos: o bem e o mal, a vida e a morte, o amor e a fé, a condição humana e o universo misterioso.
Conversas Com Deus - Livro 1 de Neale Donald Walsch

Excerto
Por exemplo, porque é que Tu não te revelas? Se realmente existe um Deus, e tu és esse Deus, por que razão não te revelas de uma forma que todos possamos entender?
Já o fiz muitas vezes. Estou a fazê-lo novamente neste momento.
Não. Refiro-me a um tipo de revelação incontestável, inegável.
Como, por exemplo?
Como aparecer agora diante dos meus olhos.
Estou a fazê-lo.
Onde?
Para onde quer que olhes.
Não; de uma maneira indesmentível. De maneira que homem algum possa contestar.
Que maneira seria essa? Em que forma ou feição gostarias que Eu aparecesse?
Na forma ou feição que realmente tenhas.
Isso seria impossível pois não tenho forma ou feição que possam entender. Podia adoptar uma forma ou uma feição que vocês pudessem entender, mas depois todos partiriam do princípio de que o que tinham visto era a única forma ou feição de Deus em vez de uma forma ou feição de Deus — uma de muitas.


O Anticristo (em alemão: Der Antichrist) é um livro do autor alemão Friedrich Nietzsche, escrito em 1888 e publicado em 1895. É considerado uma das mais ácidas críticas de Nietzsche ao cristianismo,[carece de fontes] célebre pela frase: "O Evangelho morreu na cruz". Seu título original em alemão, Der Antichrist, pode significar tanto "O Anticristo" quanto "O Anti-cristão".[carece de fontes] Ele não se baseou na figura bíblica do Anticristo.

Nietzsche foca sua crítica em Jesus. Ele faz diversos ataques tentando mostrar uma suposta deturpação por Paulo de Tarso e pelo catolicismo. Não obstante, critica também Lutero, sobre o qual afirma ter perdido a grande oportunidade de evitar a decadência alemã.
Sobre o budismo, ele afirma ser a religião do nada, na figura de Buda, o que se abdicou de tudo o que era humano. Contudo, ele predica que o budismo é ruim, mas afirma que o cristianismo é um mal ainda pior, pois tenta elevar os chandala (termo hinduísta para designar a pária, casta inferior).
Nietzsche faz uma comparação entre os livros sagrados cristãos, e o Código de Manu, de origem brâmane. Considerando, o segundo, demasiado superior e que: "esta sim pode ser considerada uma filosofia".
Dentre as outras citações que faz em seu livro destacamos, positivamente para Fiódor Dostoiévski e Goethe e depreciativamente para Kant e os já aponta.
Ele afirma em seu prólogo:
"Este livro pertence aos homens mais raros. Talvez nenhum deles sequer esteja vivo. É possível que se encontrem entre aqueles que compreendem o meu "Zaratustra": como eu poderia misturar−me àqueles aos quais se presta ouvidos atualmente? – Somente os dias vindouros me pertencem. Alguns homens nascem póstumos."




chacalnegro
#1
Epa, deves estar a querer que a malta dê o tilt informativo não!?  ;)
Fora de brincadeiras, boas sugestões. Ainda bem que o fazes!!!

Mephisto
Bons livros de facto  ;) Falta ai a HISTORIA DA FILOSOFIA: DE GALILEU A J.J. ROUSSEAU, orientado por FRANÇOIS CHATELET. Quatro volumes de puro Tilt cerebral  ;D
Entretanto deixarei ai mais uns quantos. Tenho de os "desensacar" que eu e nomes (neste caso particular, títulos) não somos muito amigos.  :-\

chacalnegro
"Para onde quer que olhes.
Não; de uma maneira indesmentível. De maneira que homem algum possa contestar.
Que maneira seria essa? Em que forma ou feição gostarias que Eu aparecesse?
Na forma ou feição que realmente tenhas.
Isso seria impossível pois não tenho forma ou feição que possam entender. Podia adoptar uma forma ou uma feição que vocês pudessem entender, mas depois todos partiriam do princípio de que o que tinham visto era a única forma ou feição de Deus em vez de uma forma ou feição de Deus — uma de muitas."


Brilhante!! Isto faz-me lembrar um amigo que é "céptico profissional" que dizia: "se um dia um anjo me aparecer à frente, não acredito, vou achar que estou maluco"

Isto leva-me a pensar, para quê tornar tangível o intangível? Tal como está no diálogo, não o íamos perceber de qualquer das formas... Há coisas que simplesmente não temos capacidade de as perceber na nossa dimensão humana. "Chama-me pelo que quiseres porque não tenho predicados nem definição..."

Mephisto
#4
Ainda no outro dia tinha dito isso por aqui. Se ele aparecesse em forma humana internavam-no no Júlio. Vai tudo dar ao mesmo. A consciência é colectiva. Já tivemos prova disso. Entretanto mais uma sugestão muito boa  ;)


"Poderá haver uma "morte oportuna"? A morte não é sempre, por definição, inoportuna? Na sua advertência ao leitor, Jacques Pohier refere aqueles que, marcados por uma doença invencível, se encontram sujeitos a violentíssimos sofrimentos, chegando ao ponto de "desejar que a morte ponha cobro às suas provocações". O objectivo deste livro é discutir o nosso próprio olhar sobre a morte, ou melhor, sobre uma vida que passou a considerar a morte, não como uma entidade exterior, mas sim como uma componente interior. O autor manifesta-se contra a dependência terapêutica ou contra as decisões sobre tratamentos tomadas por outros: segundo ele, cada um deve ter o direito de poder decidir a data e a forma da sua própria morte. Para que isso se torne possível, será necessário alterar a legislação vigente"

Opinião de um leitor anónimo

"Um livro fantástico!!! Para quem gostar de ler sobre estes assuntos, recomendo vivamente. O autor foi dominicano entre 1949 e 1989. Entre as suas obras destaca-se o livro "Quand je dis Dieu", livro que originou a sua exoneração da igreja católica. Depois de ser ver privado da sua licença de teólogo, trabalhou para a Associação para o Direito de Morrer com Dignidade, da qual foi secretário-geral e por fim presidente. É com base nessa sua experiência que surge este livro, uma profunda reflexão sobre o direito de cada um poder escolher o momento da sua morte. Não é uma apologia ao suicídio, mas antes uma defesa de uma vida digna, optando por uma morte consciente e "oportuna".

Um livro que fala da morte com um extremo carinho e respeito pela vida.

Um livro que apesar de ir ao encontro de muitas das ideias que professo, me fez reflectir de forma profunda sobre estas questões. Adorei!!!

Prós: O tema, muito bem desenvolvido, sem juízos de valor ou moralidades. A seriedade e respeito com que o tema é abordado.

Contras: Não é bem um contra, pois sabemos que o autor se baseia na sua vivência, mas as partes em que a legislação é analisada pode tornar-se mais abstrato por não ser a nossa realidade legislativa."


Subscrevo.



"Um texto que nos traz uma lição simples e singela: como usar o potencial do presente, como viver no agora. A nossa mente tende sempre a seguir um caudal de pensamentos, dirigindo-se para o passado ou para o futuro, esquecendo-se constantemente do presente. Mas é no presente, e na consciência do presente, que podemos encontrar a paz e a libertação. De forma prática e acessível, esta obra, uma apresentação do misticismo clássico para os tempos modernos, dá-nos a ver como aceder ao poder ilimitado do agora."

Este começa francamente bem. Dá uma pica tremenda inicialmente, embora a partir do meio se torne cansativo, repetitivo com o efeito cobra. Enrola, enrola até quase sufocar. Sugiro porque tem uma base fantástica para reflexão, conseguida a dissociação da "banha da cobra" a granel. Caso se deixem enrolar é mais um para a prateleira dos infindáveis livros de "auto-ajuda" ao estilo Segredo :P. Ou seja, não vale uma ~porcaria~. Já não me recordo quem tinha pedido uma explicação sobre algo a ver com o tempo e futuro acerca de um post meu; está aqui uma óptima dissertação.  ;)

TinaSol
 :) parecem-me boas sugestões, o mal destes livros é que nunca mais me vejo livre deles, demoro muito para os ler, justamente porque me ponho "nas filosofias reflexivas" e valha-me Deus, é uma fumarada... ::).

Há algum tempo a esta parte virei-me para a literatura "light", preferencia comédia ou sátira, e não mais larguei, daqueles que nos fazem parecer maluquinhos a rir sozinhos, e não me obrigam a pensar muito ;D, pode não trazer grande riqueza cultural e espiritual, mas sem dúvida que descontrai os neurónios  ::)


Ligeia
Citação de: Mephisto em 29 março, 2012, 01:19
Bons livros de facto  ;) Falta ai a HISTORIA DA FILOSOFIA: DE GALILEU A J.J. ROUSSEAU, orientado por FRANÇOIS CHATELET. Quatro volumes de puro Tilt cerebral  ;D
Entretanto deixarei ai mais uns quantos. Tenho de os "desensacar" que eu e nomes (neste caso particular, títulos) não somos muito amigos.  :-\

Chatelet é doloroso de se ler, com parágrafos longos, bem à moda francesa... Mas será sempre uma referência obrigatória e incontornável para quem gosta de se movimentar na filosofia, pois expõe a sua história de modo bastante rigoroso.

Atrevo-me a sugerir a leitura de um autor genial na história da ciência/filosofia das ciências: Thomas S. Kuhn, e a sua Estrutura das Revoluções Científicas, aproveitando para aqui deixar um link que conduz a um site obrigatório par todos quantos gostam de ler e pensar: critica na rede (o link leva directamente a um artigo acerca da referida obra de Khun, espero que não seja retirado  :angel:)

(e agora um parecer muito pessoal: a leitura do Anticristo de "Nicha" deveria ser sempre precedida da leitura de a Gaia Ciência e de Assim Falou Zaratustra, um Livro para Todos e para Ninguém, para não se cair numa interpretação falaciosa ou deturpada do que o filósofo escreve na obra sugerida pelo Mephisto)

Mephisto
 ;) Nice Ligeia. Já está nos favoritos para mais logo. Obrigado pela sugestão.