Aborto e Espírito

Boa tarde!
Quanto ao título do tópico e o qudro em que o insiro, tenho dúvidas se serão os acertados, mas tem que ver com a questão que pretendo aqui colocarHá uns tempos, em conversa com uma colega a propósito das implicações morais (entre outras) do aborto (voluntário, não espontâneo), a coisa foi fluindo e eis que, muito segura de si, a senhora me diz: "quem aborta deixa um espírito em sofrimento que para sempre acompanhará quem abortou". Fiz uma "leitura psicológica" do que me foi dito e a colega, apercebendo-se, tratou da correcção: "é o espírito do feto que fica retido e permanece ancorado a quem o devia gerar, trazendo um sofrimento e uma dívida que não chegarão mil reencarnações da 'mãe' para as sanar".
Ora bolas, a minha 'deformação racional' tolda-me a interpretação do que me foi dito (até porque em questões de espírito sou francamente pobre e limitada). Porém não descarto eventuais realidades ou crenças, ao que gostaria de perceber se o que me foi dito tem algum fundamento (doutrinário ou outro). Porque um feto abortado, no mundo material em que vivemos, é apenas isso, uma potência de vida que não se concretizou; Falar de espírito, alma, centelha (ou o que entenderem) num feto de semanas, não completamente formado, sem consciência... Confesso que me baralha. Se alguém estiver dentro da "temática" ficaria grata se me pudessem explicar um pouco acerca desta interpretação do aborto e suas consequências espirituais para o abortado (provavelmente um título melhor para o tópico, mas não estou certa!).

Grata desde já  

Excelente tópico Ligeia, e altamente polémico

Na minha opinião que não percebo nada disto, também me baralha um bocado, mas custa-me a acreditar que haja um espírito sem haver consciência, e ainda quando depende do ventre da mãe para sobreviver. Penso que neste caso, o espírito se formará quando nasce e tornar-se-a mais desenvolvido à medida que cresce. Onde encaixa o tema da reencarnação se é que existe, não sei. Acho que os conceitos chocam uns com os outros e não bate a bota com a perdigota.

Cump

Na minha opinião pessoal sempre fui contra o aborto, devido a vários fatores que me leva a pensar um crime contra o criador. A vida existe desde o momento em que o óvulo é fecundado, Ou seja ao cometermos um aborto estamos a tirar uma vida embora minúscula, não deixa de ser uma vida.
Acho um ato horrível e sem consciência, como disseram por ai, no bem bom não pensaram em usar um contraceptivo, nem se preocuparam se tomava ou não a pílula. Deixo aqui um texto que li algum tempo sobre o assunto e que acho interessante

Já vimos porque encarnamos e que somos preparados para isso, vamos ver agora exatamente como se dá a reencarnação.
Sabemos que para encarnar, é lógico, precisamos do corpo físico e que é o perispírito que une o espírito ao corpo. Esta união dá-se exatamente no momento da concepção, quer dizer, quando o espermatozóide fecunda o óvulo. A partir daí, já existe um espírito ligado àquele aglomerado de células que se desenvolverá, formando o feto.
O perispírito, no momento dessa ligação, não possui mais a forma que possuía enquanto o espírito estava na erraticidade. Da mesma maneira que todos os detalhes da encarnação são preparados previamente, a ligação do espírito ao corpo também é preparada.
O perispírito passa pelo que chamamos de restringimento, ele sofre uma regressão até a forma fetal. Isso acontece para que o espírito inicie o seu processo de adequação ao novo corpo.
De acordo com o grau evolutivo, os espíritos têm maior ou menor consciência durante esse processo, mas, via de regra, esse é um período de bastante perturbação para o espírito, normalmente há perda da consciência e são rapidamente revividos, durante a gestação do feto, os estágios evolutivos por que os espíritos passaram. É uma maneira de reforçar as lições já prendidas, adaptando o espírito e preparando-o para a nova jornada.
Daí a necessidade de respeito, atenção e amor para com o feto durante a gestação. Esse é o período de maior vulnerabilidade do espírito, é quando ele precisa de muito carinho para reingressar com possibilidades de sucesso na esfera corporal.
Uma gestação não aceita ou excessivamente instável, dificulta demais a adaptação do espírito, que provavelmente carregará as sensações de rejeição e inadaptação por todo o período em que estiver encarnado.
Agredir uma criança, criticá-la ou desestimulá-la quando do início das aulas, fará certamente com que ela tenha um baixo desempenho escolar, da mesma maneira funciona a gestação.
Sabe-se que a ligação com o corpo material que se iniciou no momento da concepção é progressiva, ocorre uma união mais estreita após o nascimento e a ligação só se completa definitivamente por volta dos 7 anos de idade.
Seria ainda conveniente analisarmos algumas outras questões ligadas ao tema da união da alma ao corpo.
Que dizer das gestações que não se concluem?
Qual a causa e onde está a justiça divina no que diz respeito aos abortos espontâneos?
Como dissemos no início, compreender a vida como um exercício de aprendizado possibilita a compreensão de muitas coisas.
Cada encarnação obedece às circunstâncias que lhe são mais adequadas e obviamente tem a duração apropriada a cada caso. Se dissemos que o espírito se liga ao corpo desde o momento da fecundação, por mais curta que a encarnação pareça aos nossos olhos, é sempre o tempo exato de que o espírito necessita para aprender a lição a que se propôs. E, como as nossas lições pessoais são proveitosas também àqueles que se ligam a nós, os abortos naturais são preciosas lições pelas quais os pais também precisavam passar.
Caso a necessidade de aprendizado seja apenas dos pais, é possível a concepção de um corpo sem um espírito ligado a ele. Nesses casos, logicamente, quando do nascimento, o corpo não sobrevive; uma vez que não há uma alma a animá-lo, ter-se-á uma natimorto.
Há de se considerar ainda um outro caso. É possível que um espírito, temeroso das dificuldades que o aguardam, desista da encarnação durante o período de gestação, ocorrendo assim seu desligamento e consequentemente a morte do feto.
Nesse caso, em que não houve um planejamento prévio para a morte fetal, normalmente o espírito aguarda por mais algum tempo na erraticidade, preparando-se melhor para a nova jornada, sem que, no entanto, possa esquivar-se dela.

Fonte: Site Consciencia Espirita

Olá

Já li muito sobre reencarnação (na qual acredito) e segundo li , o espirito só se une ao corpo bem perto do nascimento ou no momento

do parto. O que é comum acontecer é que o bébé(ser fisico em formação) que irá ser abortado não tem nenhuma alma destinada. E sim

,por vezes acontece (nos casos em que havia algum espirito para reencarnar nesse momento) que ele virá como o seguinte filho.

Eu concordo que a mulher deve ter direito sobre o seu corpo mas não sei se seria capaz de o fazer. Com tantos métodos contraceptivos

ainda se recorre tanto a um acto tão violento para o feto como para a mulher? Mas depois também existem outro motivos como violação

ou deficiências graves do feto...

Pois é...cada caso é um caso e o livre arbitrio existe para o exercermos mas com responsabilidade...

Olá

Já li muito sobre reencarnação (na qual acredito) e segundo li , o espirito só se une ao corpo bem perto do nascimento ou no momento

do parto. O que é comum acontecer é que o bébé(ser fisico em formação) que irá ser abortado não tem nenhuma alma destinada. E sim

,por vezes acontece (nos casos em que havia algum espirito para reencarnar nesse momento) que ele virá como o seguinte filho.

Eu concordo que a mulher deve ter direito sobre o seu corpo mas não sei se seria capaz de o fazer. Com tantos métodos contraceptivos

ainda se recorre tanto a um acto tão violento para o feto como para a mulher? Mas depois também existem outro motivos como violação

ou deficiências graves do feto...

Pois é...cada caso é um caso e o livre arbitrio existe para o exercermos mas com responsabilidade...

Com isto gostava apenas de dizer, que engravidei da minha segunda filha a tomar um método contraceptivo hormonal, a horas certas, por isso julgar não é correcto as coisas ás vezes acontecem... e também nunca fiz nenhum aborto, mas não deve de ser fácil... porque ouvir o coração a bater dentro de nós, é algo de mágico! perfeito seria um mundo onde não fosse necessário ter esta discussão:)

Com isto gostava apenas de dizer, que engravidei da minha segunda filha a tomar um método contraceptivo hormonal, a horas certas, por isso julgar não é correcto as coisas ás vezes acontecem... e também nunca fiz nenhum aborto, mas não deve de ser fácil... porque ouvir o coração a bater dentro de nós, é algo de mágico! perfeito seria um mundo onde não fosse necessário ter esta discussão:)

Desculpa não foi minha intenção por isso eu falei em excepções e no direito a escolhermos o melhor segundo as circunstâncias...

Bjs

Olá

Já li muito sobre reencarnação (na qual acredito) e segundo li , o espirito só se une ao corpo bem perto do nascimento ou no momento

do parto. O que é comum acontecer é que o bébé(ser fisico em formação) que irá ser abortado não tem nenhuma alma destinada. E sim

,por vezes acontece (nos casos em que havia algum espirito para reencarnar nesse momento) que ele virá como o seguinte filho.

Eu concordo que a mulher deve ter direito sobre o seu corpo mas não sei se seria capaz de o fazer. Com tantos métodos contraceptivos

ainda se recorre tanto a um acto tão violento para o feto como para a mulher? Mas depois também existem outro motivos como violação

ou deficiências graves do feto...

Pois é...cada caso é um caso e o livre arbitrio existe para o exercermos mas com responsabilidade...

Já vimos porque encarnamos e que somos preparados para isso, vamos ver agora exatamente como se dá a reencarnação.
Sabemos que para encarnar, é lógico, precisamos do corpo físico e que é o perispírito que une o espírito ao corpo. Esta união dá-se exatamente no momento da concepção, quer dizer, quando o espermatozóide fecunda o óvulo. A partir daí, já existe um espírito ligado àquele aglomerado de células que se desenvolverá, formando o feto.
O perispírito, no momento dessa ligação, não possui mais a forma que possuía enquanto o espírito estava na erraticidade. Da mesma maneira que todos os detalhes da encarnação são preparados previamente, a ligação do espírito ao corpo também é preparada.

E ainda digo mais que a união completa da-se por volta dos 7 anos de idade. Todos os artigos que li sobre a união da alma diz exatamente o que frisei ai em cima. Não sei onde leste que a criança não tem no útero uma alma destinada. O principio vital do corpo é o espirito ou seja sem espírito somos bonecos que não tem vida. Se o espírito abandona a reencarnação o feto morre. Se assim não fosse outra alma ocuparia o seu lugar e não haveria abortos espontâneos. Nós escolhemos onde vamos reencarnar em que familia e o que queremos para nós para superar as provas.
A vida apos a morte, Ou Vida apos a Vida! Excelente!

Esta é uma questão difícil e complicada.

Na minha opinião o feto tem alma assim que se forma. Mesmo aquela «coisinha» minúscula que se vê ás 6/7 ou 10 semanas já tem uma alma.
Um dia disseram-me que os filhos eram almas prontas a encarnar que nos escolhiam para seus pais pelas mais variadas razões.
Pouco sei sobre o assunto, mas para mim a alma não entra no corpo momentos antes do nascimento, entra sim no momento da concepção.

Quanto ao aborto, nenhuma mulher no mundo toma essa decisão de animo leve. É a pior e mais dolorosa decisão que uma mulher toma na vida.
Contudo, ás mais diversas conjunturas da vida levam muitas vezes a tomar essa «horrível» decisão.

Dizer que essa decisão é «matar», que o feto permanecerá tipo «alma penada» que a mulher pagará por isso toda a vida é, para mim, das afirmações mais absurdas, levianas e insensíveis que já ouvi ou li.

Aquela alma que ficou por nascer, voltou para onde os espíritos «estão» antes de reencarnarem
esta bem e num estagio muito superior ao nosso onde não se apontam esse tipo de culpas e acusações.
Um dia voltará a reencarnar, viverá a sua vida.
De uma forma muito simples é assim que penso que acontece.

É o que digo sempre a amigas que o fizeram e sofrem profundamente, um dia quando voltares a engravidar, uma gravidez desejada «ele» volta para ti, por agora ficou á espera (versão anjinho)

Mas isto sou eu que sou uma lamechas nestes assuntos .

Que as pessoas que não acreditam em nada para além da matéria palpável defendam o aborto, ainda compreendo. Mas m que pessoas que acreditam na vida espiritual e num Deus criador possam defender ou justificar essa prática é algo que me ultrapassa, confesso.

Mais uma vez, as pessoas tendem a querer construir um Deus à semelhança dos seus defeitos e limitações, conforme as conveniências. Ora tudo indica para que a prática do aborto seja sempre contrária à vontade de Deus, tanto pela tradição cristã como Espírita.

A posição cristã é sobejamente conhecida, mas como há por aqui muitos adeptos do Espiritismo e da reencarnação, deixo aqui algumas passagens do Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, que deixam bem clara a posição do movimento sobre o aborto voluntário e o início da vida humana:

«Pergunta – Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?

Resposta – "Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando".


Pergunta – Qual o primeiro de todos os direito naturais do homem?

Resposta – "O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal".


Pergunta – Em que momento a alma se uns ao corpo?

Resposta – "A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.»[/i]


Concluindo, o aborto voluntário é sempre um crime, porque se trata de pôr cobro a uma vida humana que não tem culpa dos nossos erros ou das nossas limitações. Trata-se de um espírito que precisa de encarnar para enfrentar as suas provas e de um ser humano que tem tanto direito à vida como nós. Não o deixar fazer isso equivale a não deixar que esse espírito encarne e realize as provas que Deus lhe destinou.

Os espíritos encarnados nos fetos que são abortados ficam perdidos e desorientados e frequentemente andam atrás da "mãe". Conheço "n" casos de mulheres que, nestas andanças, descobriram que tinham 3, 4, 5 ou mesmo 6 "anjinhos" atrás delas constantemente.

Por outro lado, equivale a rejeitar as provas que Deus nos destinou. É um acto de rebeldia contra Deus, que é o senhor da Vida.

Desta forma, vendo a questão pelo prisma espiritual, aos olhos de Deus realizar um aborto não é menos condenável do que matar uma pessoa feita.

No entanto, não defendo a criminalização das mulheres que o pratiquem, porque o acto em si já é suficientemente traumático.

Além disso, há tantas circunstâncias a ter em conta que a Justiça dos homens não tem capacidade para avaliar devidamente estes casos.

Até porque do ponto de vista moral, essas mulheres não são, muitas vezes, as principais culpadas. As pessoas que as levam a realizar o aborto, por acção ou omissão, podem ser mais culpadas que elas. Quem as pressiona para essa solução, quem as discrimina no emprego, quem lhes nega auxílio e todos aqueles que a levam a dar esse passo podem ser tão ou mais culpados, aos olhos de Deus, do que a mulher que aborta.

Em todo o caso, não devemos julgar os outros, pois só Deus sabe o que os levou a agir de determinada forma. E só Deus pode julgar.

saudações