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  • O sexo e as religiões
    Iniciado por TinaSol
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TinaSol
A propósito de um tópico anterior sobre a virgindade de Maria, mãe de Jesus, lembrei-me de pesquisar sobre este tema, mas o objectivo não é somente sexo/religião (embora este atraia maior atenção ::)). A ideia do tópico seria uma reflexão que tem a ver com o facto das pessoas dizerem que pertencerem a determinada religião mas, na verdade, não seguem os seus princípios. Já há quem diga que a tendência das religiões é acabarem. Mas também temos necessidade de um suporte espiritual e muitas vezes é em Deus de determinada religião que vamos buscar este apoio. Na minha opinião acho que as religiões deveriam aceitar a mudança, de forma a adaptarem à actualidade (continuam a condenar o uso de contraceptivos, julgam as pessoas e comportamentos - divorciados ou a homosexualidade por ex., na subjugação da mulher, etc.), o que acham?

O SEXO E AS RELIGIÕES
Como disse Voltaire " As leis exercem vigilância sobre os crimes conhecidos, a religião exerce-a sobre os crimes secretos. Mas, a partir do momento em que os homens chegam a abraçar uma religião pura e santa, a superstição torna-se não apenas inútil, mas muito perigosa. A superstição está para a religião como a astrologia está para a astronomia, a filha louca de uma mãe sábia. Essas duas filhas subjugaram durante muito tempo a Terra inteira" (Voltaire, no Tratado Sobre a Tolerância).
A sexualidade é parte da vida quotidiana dos seres humanos e é um tema abordado de maneira muito diferente entre as diversas religiões. Analisando cada religião podemos constatar que sempre existe forte influência sobre a sexualidade e o comportamento das pessoas.
CATOLICISMO - A sexualidade no catolicismo começa com a história de Adão e Eva. Segundo a Bíblia viviam no Jardim do Éden e podiam desfrutar de todas as maravilhas menos de uma coisa: a Maçã da arvore do conhecimento do bem e do mal. Eva se deixou seduzir pela serpente (o diabo disfarçado), comeu a maçã e convenceu Adão a fazer o mesmo. Como castigo Deus condenou todas as mulheres a darem a luz sentindo dor e também a serem dominadas pelos homens. Na teologia católica romana, Adão teria violado sua inocência original por ter mantido relações sexuais com Eva. Este fato passou a ser conhecido como "pecado original".O sexo se transformou numa vergonhosa luxúria, carregado de culpa. Deveria limitar-se à procriação da espécie e não pelo prazer que proporciona. Metáforas e contradições à parte, a verdade é que este sentimento perdura até hoje e dificulta que as pessoas tenham uma vida sexual saudável e prazerosa.
O ano de 1994 (Note-se: final do século XX) foi marcado por um retrocesso ideológico sexual pregando uma castração da liberdade sexual em escala universal. Ressurge a afirmação de que sexo era exclusivamente para reprodução e assim, o casal que quer ter apenas um filho só pode ter relações sexuais até a primeira gravidez; A culpa pela pratica de sexo antes do casamento e a condenação do uso de preservativos ou qualquer outro método anticoncepcional -(apresar da absurda explosão demográfica e da presença da AIDS); A condenação da homossexualidade, acirrando preconceitos geradores de violência; A supervalorização da virgindade numa verdadeira cruzada pela himenolatria, causando frustrações e vergonha para jovens que já haviam perdido a virgindade.
O catolicismo não se posiciona contra as variações sexuais, mas condena veementemente o sexo anal. Em várias partes do mundo houve perseguição a religiosos gays.
JUDAISMO - Não há manifesto sobre sexo antes do casamento ; Proíbe o casamento com adeptos de outras religiões; Condena o adultério e a masturbação; É liberal em relação a variações sexuais; Aconselha o uso de métodos anticoncepcionais naturais -(tabelinha), não aceitando métodos artificiais como a simples camisinha. Em relação aos chamados desvios sexuais o conselho é procurar o rabino que poderá sugerir uma terapia.
UMBANDISMO - não faz restrições quanto ao sexo antes do casamento e nem sobre as variações sexuais; São contrários ao adultério de forma bem radical; Não há restrições sobre o uso de anticoncepcionais ou a prática da masturbação; Em relação às chamadas disfunções sexuais recomendam ajuda médica sob assistência e protecção dos Orixás. Os médiuns são proibidos de praticar sexo nos dias de rituais.
MAOMETISMO - Valoriza a virgindade masculina e feminina; Proíbe o sexo antes do casamento; São contra o aborto e os métodos contraceptivos; Proíbe o adultério e a masturbação; Não permite o casamento com adeptos de outras religiões; Sexo é vinculado à reprodução; As disfunções sexuais femininas são consideradas sem importância e as masculinas são tratadas com ajuda de um profissional.
BUDISMO - O uso de contraceptivos, variações e opções sexuais alem de outros tipos de relacionamentos, são totalmente permitidos desde que não haja prejuízo físico ou emocional para si ou para os outros; Em relação ao aborto é dada orientação no sentido de conhecer e valorizar a vida; Em relação as disfunções sexuais recomendam tratamento considerando que a meta de cada indivíduo é ser plenamente feliz.
EXOTERISMO - Não impõe restrições quanto ao sexo antes do casamento, ao uso de contraceptivos, variações ou opções sexuais, masturbação e homossexualismo; Em relação ao aborto considera um crime contra a vida.
PROTESTANTISMO - Permite o uso de anticoncepcionais para facilitar o planeamento familiar; São contrários ao sexo antes do casamento; Condena e considera  grave pecado o adultério, o aborto e o homossexualismo; Permite as variações sexuais ; Condena o sexo anal e não aceita disfunções sexuais. Das variações sexuais só admite a sexo-vaginal; A masturbação é considerada pecado; Em relação às disfunções sexuais aconselha que seja procurado o pastor para uma orientação.
In:  http://textolivre.com.br/artigos/8013-o-sexo-e-as-religioes

TinaSol
ups...acho que me enganei na categoria/temática e não consigo alterar ;D alguém entendido pode fazer o favor ? ;D


Olá!
Sem entrar em opiniões da forma como cada qual deve viver e encarar a sexualidade
direi apenas que devemos ser reponsaveis,adultos,e ver as coisas de forma saudavel.


Porém gosto de "descer" ao fundamental,áquilo que temos de primitivo e arcaico em relação ao assunto.

Partilhamos com os restantes seres vivos "objectos" Psiqucos chamados Instintos.Estes como tal,
quando se querem manifestar,induzem na nossa Consciencia e dos restantes seres vivos
imagens que nos impelem á acção.

Assim se temos fome o instinto de preservação da vida projecta sob a consciencia a imagem de qualquer coisa digamos..saborosa, apartir dai somos impelidos a procurar comida e a comer.

A sexualidade é a mesma coisa,sendo saudaveis e estando em forma,a nossa consciencia é "invadida"por imagens Eroticas,que nos impelem na procura de companhia na mesma circunstancia.
Nos animais as imagens Eroticas são substituidas pelas chamadas épocas de acasalamento,como é obvio.

Portanto nestes dois exemplos vemos que os instintos se ligam fundamentalmente ao Corpo.
A essa força,energia que impele ,deu-se o nome de Libido,como poderse-ia chamar Vitalismo
ou outra coisa qualquer.
A religião entra aqui.Não me vou referir a nenhuma delas no delalhe mas em algo que todas têm em comum.
Sabemos que uma das caracteristicas no Neolitico,foi que o ser humano Sacralisou toda a Naturesa.
Apartir dai a Humanidade deu um salto na sua evolução.Mas tudo isso á custa de um Sacrificio.

O Ser Humano vai adquirindo e formando Consciencia daquilo que o rodeia.O sacrificio foi que
desviamos parte da energia instintiva para a construção da Consciencia.
Dos Objectos dos instintos,por adaptação construimos Cultura.
Quero dizer de uma forma simples,que do acto de comer carne crua aprendemos por adaptação a cozinha-la,
Isto representa a Queda do Homem,a expulsão do paraiso,em que o homem era semelhante ao animal,não tinha grande consciencia de si,a morte ou a vida assim como o mundo,nada significavam.
Ao ser expulso,ganhamos a Consciencia de nós da vida da morte,e tudo isso  foi sacralisado
como representado na arte neolitica e nos monumentos funebres.
Ter consciencia é distinguir pares-de-opostos,o bem e o mal,noite dia etc.
O que têm as religiões a ver com isto????

Ao proibir a sexualidade rigidamente ,quando deveriam ter atitude pedagogica,elas estão a trancar-nos o regresso ao Paraiso ,ao caos instintivo,pois estes,os instintos nunca nos perdoaram de termos arrancado alguma da sua energeia para construir o que chamamos Cultura.
Com as clausuras das religioes ou sem elas,deveremos sempre ter com os Instintos Versus Cultura uma atitude compensatoria.
Quando comemos algo,este é cozinhado,logo o instinto de preservação é compensado pelo acto cultural de cozinhar.A a sexualidade é a mesma coisa,não é um acto animal puro,envolve um acto cultural seja namorar,"ambiente"...
Mas acima de tudo as religiões com a sua atitude drastica em relação á sexualidade,e não só,mas á manifestação de outros instintos como a gula,fecham-nos a cada instante ao caos que seria a nossa existencia.
...E não sabendo que era impossivel foi lá...e fez

chacalnegro
Citação de: mysterium coniunctionis em 04 fevereiro, 2012, 18:42
Olá!
Sem entrar em opiniões da forma como cada qual deve viver e encarar a sexualidade
direi apenas que devemos ser reponsaveis,adultos,e ver as coisas de forma saudavel.


Porém gosto de "descer" ao fundamental,áquilo que temos de primitivo e arcaico em relação ao assunto.

Partilhamos com os restantes seres vivos "objectos" Psiqucos chamados Instintos.Estes como tal,
quando se querem manifestar,induzem na nossa Consciencia e dos restantes seres vivos
imagens que nos impelem á acção.

Assim se temos fome o instinto de preservação da vida projecta sob a consciencia a imagem de qualquer coisa digamos..saborosa, apartir dai somos impelidos a procurar comida e a comer.

A sexualidade é a mesma coisa,sendo saudaveis e estando em forma,a nossa consciencia é "invadida"por imagens Eroticas,que nos impelem na procura de companhia na mesma circunstancia.
Nos animais as imagens Eroticas são substituidas pelas chamadas épocas de acasalamento,como é obvio.

Portanto nestes dois exemplos vemos que os instintos se ligam fundamentalmente ao Corpo.
A essa força,energia que impele ,deu-se o nome de Libido,como poderse-ia chamar Vitalismo
ou outra coisa qualquer.
A religião entra aqui.Não me vou referir a nenhuma delas no delalhe mas em algo que todas têm em comum.
Sabemos que uma das caracteristicas no Neolitico,foi que o ser humano Sacralisou toda a Naturesa.
Apartir dai a Humanidade deu um salto na sua evolução.Mas tudo isso á custa de um Sacrificio.

O Ser Humano vai adquirindo e formando Consciencia daquilo que o rodeia.O sacrificio foi que
desviamos parte da energia instintiva para a construção da Consciencia.
Dos Objectos dos instintos,por adaptação construimos Cultura.
Quero dizer de uma forma simples,que do acto de comer carne crua aprendemos por adaptação a cozinha-la,
Isto representa a Queda do Homem,a expulsão do paraiso,em que o homem era semelhante ao animal,não tinha grande consciencia de si,a morte ou a vida assim como o mundo,nada significavam.
Ao ser expulso,ganhamos a Consciencia de nós da vida da morte,e tudo isso  foi sacralisado
como representado na arte neolitica e nos monumentos funebres.
Ter consciencia é distinguir pares-de-opostos,o bem e o mal,noite dia etc.
O que têm as religiões a ver com isto????

Ao proibir a sexualidade rigidamente ,quando deveriam ter atitude pedagogica,elas estão a trancar-nos o regresso ao Paraiso ,ao caos instintivo,pois estes,os instintos nunca nos perdoaram de termos arrancado alguma da sua energeia para construir o que chamamos Cultura.
Com as clausuras das religioes ou sem elas,deveremos sempre ter com os Instintos Versus Cultura uma atitude compensatoria.
Quando comemos algo,este é cozinhado,logo o instinto de preservação é compensado pelo acto cultural de cozinhar.A a sexualidade é a mesma coisa,não é um acto animal puro,envolve um acto cultural seja namorar,"ambiente"...
Mas acima de tudo as religiões com a sua atitude drastica em relação á sexualidade,e não só,mas á manifestação de outros instintos como a gula,fecham-nos a cada instante ao caos que seria a nossa existencia.

Excelente análise! Enquanto arqueólogo, ando a dizer há anos que a Expulsão do Paraíso não é senão uma metáfora ao Neolítico. A produção de excedentes leva ao aumento demográfico, por consequência à organização deste contingente populacional em sociedades. Basicamente deixamos de ter espaço para coexistir de forma animal sem que nos aniquilassemos rapidamente. A conduta social/cultural não é senão um meio de coexistirmos com o mínimo de atrito em função dos nossos instintos.

Salvo raras excepções as religiões são extremamente castradoras. É por essa razão que eu não me identifico nem frequento nenhuma. O meu marido é católico não praticante e quis que os filhos fossem baptizados e fizessem a primeira comunhão e eu fiz-lhe a vontade mas das poucas que fui à missa achei uma seca, um ritual muito repetitivo e maçador. Mas o pior de tudo são realmente a ideias, ficaram parados no tempo.
De todas a que gostei mais foi do Budismo, além de serem mais liberais em relação ao sexo, acreditam na reencarnação.

TinaSol
Citação de: Gawen em 04 fevereiro, 2012, 17:16
Já está, TinaSol ;)
Obrigado Gawen :D

Citação de: chacalnegro em 04 fevereiro, 2012, 19:07
A conduta social/cultural não é senão um meio de coexistirmos com o mínimo de atrito em função dos nossos instintos.
Os animais também vivem e sabem viver em sociedade/comunidade, é a cultura que nos difere deles.

Aqui mencionei o sexo/religiões, mas acabo por crer que numa religião, partido político ou sociedade podemos não concordar exactamente com eles, mas é a que elegemos para termos noções orientativas para o que fazemos mal ou bem.
Entretanto tive oportunidade de ver que já Kant fala desta necessidade:

"As leis morais são universais e necessárias, mas não do mesmo modo que as leis naturais; com efeito, enquanto as leis naturais não-podem-não-atuar-se, as leis morais podem também não atuar-se: a necessidade da lei natural consiste, portanto, em seu inevitável realizar-se [aquilo que é], a necessidade da lei moral consiste, ao contrário, no valer para todos os seres racionais sem exceção [dever ser]" ANTISERI, Dario. História da filosofia: de Spinoza a Kant


Isto soa um pouco a revelia, mas o problema está em saber até que ponto somos "instrumentos" de normas ou leis que são feitas segundo vontade, conveniência ou capricho de alguém e não feitas a pensar no Ser Humano.
"A cada experiência frustrada, recomeçam. Não encontraram a solução: a encontrarão. Jamais os assalta a idéia de que a solução não exista. Eis aí sua força". Por outro lado e na mesma linha - talvez mal comparando, poder-se-ia dizer que o Cristianismo  fracassou rotundamente. Imagine que o personagem histórico Jesus de Nazaré - se é que ele existiu mesmo, há quem duvide, como Brian Fleming... - tivesse oportunidade de verificar de perto as inúmeras e bárbaras atrocidades perpetradas em seu nome pelos anos afora e fosse hoje procurar uma Igreja em que sentisse seu pensamento e seus ensinamentos sendo respeitados e praticados. As atrocidades perpetradas diuturnamente pelos cristãos constitui prova cabal de que as idéias de Jesus   estavam erradas? Pois é...
      A mim causa enorme espanto que os seguidores de um homem capaz de vergastar de azorrague, sem compaixão, os banqueiros de sua época (ainda hoje os críticos do Capital e com muito mais motivo chamamos os mercadores do Capital - parasitas que lucram enormes quantidades de dinheiro com o fruto do trabalho alheio, como banqueiros e jogadores das bolsas de valores de "vendilhões do templo", por sinal). Mas, com o passar dos séculos os que se dizem seguidores de Jesus modificaram tanto as teses e ensinamentos iniciais que há até teorias mirabolantes sobre o quanto o sujeito deve ser rico e estar de bem com o Capital para se sentir e ser tratado como um "vaso de bênção". É evidente que estes criminosos que lucram fábulas vendendo suas religiões em templos luxuosos são ainda mais ateus do que aqueles que ousamos assim nos pronunciar. Se acreditassem, minimamente, am alguma forma de "Juízo Final" se aliariam tão entusiasticamente aos vendilhões do templo humilhando todos os "profetas"?in: www.culturabrasil.org/marx.htm



Exoterismo não é nada, não existe, é uma expressão utilizada para se distinguir do esoterismo mas não existe. Esoterismo é isto:

Citaçãoesoterismo
s. m.
1. Parte de algumas filosofias antigas que se devia ocultar aos não iniciados.
2. Carácter esotérico, obscuro.

in Priberam

O que faz com que não seja uma corrente mas parte de várias...
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

Exotérico é o antónimo de esotérico: enquanto que esotérico é o conhecimento que numa religião, seita ou doutrina não pode ou não deve ser "vulgarizado", sendo só do conecimento de um  número restrito de discípulos, exotérico refere-se ao ensinamento acessível ao público, por se tratar de ensinamento dialético, provável e verossímil. O conhecimento exotérico ou conhecimento do mundo exterior é aquele que percebemos através dos sentidos físicos.

Para Helena Blavatsky o termo "esotérico" refere-se o que está "dentro", em oposição ao que está "fora" e que é designado como "exotérico". (Wilkipedia)


"Somos seres espirituais com corpo físico, e não seres humanos que buscam a condição espiritual." (Sara Marriott).

Citação de: Salomé em 08 fevereiro, 2012, 16:52
Exotérico é o antónimo de esotérico: enquanto que esotérico é o conhecimento que numa religião, seita ou doutrina não pode ou não deve ser "vulgarizado", sendo só do conecimento de um  número restrito de discípulos, exotérico refere-se ao ensinamento acessível ao público, por se tratar de ensinamento dialético, provável e verossímil. O conhecimento exotérico ou conhecimento do mundo exterior é aquele que percebemos através dos sentidos físicos.

Para Helena Blavatsky o termo "esotérico" refere-se o que está "dentro", em oposição ao que está "fora" e que é designado como "exotérico". (Wilkipedia)




Não me apareceu no dicionário, mas agora já aparece:
Citaçãoexotérico |z|
(grego eksoterikós, -é, -ón, exterior, feito para o exterior, público)
adj.
1. Destinado a ser vulgarizado (falando principalmente das doutrinas dos antigos filósofos).
2. [Figurado]  De que não se faz mistério. = COMUM, TRIVIAL, VULGAR ≠ ESOTÉRICO
Confrontar: esotérico, isotérico.

in Priberam

De qualquer maneira continua a não ser uma corrente mas parte de várias.
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

Ó akasha867 , claro que não é uma corrente! Estou completamente de acordo contigo. É o modo como o conhecimento é passado: ou é para todos ou só para alguns.  ;)
"Somos seres espirituais com corpo físico, e não seres humanos que buscam a condição espiritual." (Sara Marriott).

Citação de: Salomé em 08 fevereiro, 2012, 20:04
Ó akasha867 , claro que não é uma corrente! Estou completamente de acordo contigo. É o modo como o conhecimento é passado: ou é para todos ou só para alguns.  ;)

Não entendo como se afirma que o exoterismo diz isto ou aquilo se não é uma coisa una.
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

Citação de: akasha867 em 08 fevereiro, 2012, 21:10
Não entendo como se afirma que o exoterismo diz isto ou aquilo se não é uma coisa una.

No meu entender é assim: o esoterismo tem a ver com aquele tipo de conhecimento espiritual, religioso, conhecimento de iniciados ... enquanto que exoterismo é o tipo de conhecimento que agora chamamos de laico: o que se aprende nas escolas e universidades.

O exoterismo era o nome que se dava ao conhecimento laico na antiguidade, ao conhecimento comum por oposição ao "outro" conhecimento; de notar que a cultura se hoje em dia é acessível à maioria das pessoas (temos escolaridade obrigatória, temos as bibliotecas de acesso a toda a gente, a propria internet...), na antiguidade não era bem assim o conhecimento era só para alguns (muito poucos) e muitas das vezes era conotada e confundida com o que nós hoje em dia, apelidamos de espiritualidade.



"Somos seres espirituais com corpo físico, e não seres humanos que buscam a condição espiritual." (Sara Marriott).

Citação de: Salomé em 09 fevereiro, 2012, 16:06
No meu entender é assim: o esoterismo tem a ver com aquele tipo de conhecimento espiritual, religioso, conhecimento de iniciados ... enquanto que exoterismo é o tipo de conhecimento que agora chamamos de laico: o que se aprende nas escolas e universidades.

O exoterismo era o nome que se dava ao conhecimento laico na antiguidade, ao conhecimento comum por oposição ao "outro" conhecimento; de notar que a cultura se hoje em dia é acessível à maioria das pessoas (temos escolaridade obrigatória, temos as bibliotecas de acesso a toda a gente, a propria internet...), na antiguidade não era bem assim o conhecimento era só para alguns (muito poucos) e muitas das vezes era conotada e confundida com o que nós hoje em dia, apelidamos de espiritualidade.





Como dizem que o exoterismo condena o aborto?
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

TinaSol
Citação de: akasha867 em 09 fevereiro, 2012, 16:08
Como dizem que o exoterismo condena o aborto?

Desconheço esta corrente ou religião bem como os princípios.
Não sei se vou dizer um disparate mas pelo que entendi de uma leitura, observei também: se o esotérico ou exotérico condena o aborto, não será pelo facto de acreditarem em vidas passadas e/ou reencarnação (um feto é uma vida)?


1) O que significa esotérico?

Esotérico. Do grego esotericos, "interior", "secreto". Termo empregado nas escolas antigas da Grécia e aplicado principalmente aos discípulos de Pitágoras. É o ensino reservado apenas para os alunos da escola que já possuíam elevada instrução, os completamente instruídos.

2) O que significa exotérico?

Exotérico. Do grego exotericos, "externo", "que pertence ao lado de fora". Ensinamento que, nestas mesmas escolas, era transmitido ao público sem restrição, dado o interesse generalizado que suscitava e a forma acessível em que podia ser expresso, por se tratar de ensinamento dialético, provável, verossímil.

3) O que revela o par de termos esotérico/exotérico?

Este par de termos, "esotérico/exotérico", corresponde à oposição entre interno-externo, secreto-público, reservado-profano etc. Dos dois termos, o esotérico é o mais significativo porque acentua o aspecto positivo da relação, ou seja, o âmbito propriamente reservado e secreto.

4) Como vê-lo historicamente?

Desde as sociedades primitivas até os nossos dias, a oposição esotérica/exotérica está presente no seio da sociedade. O clã, ao transformar-se em tribo, é o primeiro característico desta antítese. Na Grécia antiga, os mistérios elêusicos e órficos são fundamentais para a distinção entre o sagrado e o profano. A formação de várias sociedades secretas, tais como a cabala, a rosa-cruz, a maçonaria e a própria teosofia corroboram a tese do hermetismo e sua veiculação somente aos iniciados. 

5) O termo "esoterismo" da antiguidade é o mesmo do da atualidade?

Não. Na antiguidade, este termo tinha uma significação precisa, ou seja, esotérico era o ensinamento reservado aos alunos que, possuindo algum conhecimento anterior, já estavam preparados para receber novos ensinamentos. Hoje, é sinônimo de oculto e aplica-se à Cabala, à Magia, às ciências divinatórias etc. Usa-se, assim, esoterismo em vez de ocultismo.

6) O que distingue esoterismo de ocultismo?

O esoterismo é fundamentalmente teórico e especulativo: nas escolas filosóficas, o esoterismo pretendia ser a salvaguarda da vida interior de cada escola perante os estranhos, o profanum vulgus. O ocultismo é prático e guarda sob o seu seio uma infinidade de seitas e ciências divinatórias.

7) Jesus era esotérico?

Metaforicamente, diz-se de todo o ensinamento reservado a um círculo restrito de ouvintes. Nesse caso, todos nos somos esotéricos. Jesus não fugiu à regra. Observe o seguinte: Jesus expunha exotericamente as suas parábolas. Depois, a sós com os seus discípulos, dava explicações mais detalhadas. E, mesmo entre eles, não dizia tudo, porque os discípulos não estavam preparados para os ensinamentos mais profundos.

8- O Espiritismo, como doutrina, é esotérico?

Não. Allan Kardec, ao codificar a Doutrina dos Espíritos, preocupou-se em tornar universal a unidade de seus princípios. Para isso, valeu-se de médiuns espalhados pelo mundo todo. Cuidou, essencialmente, de apresentar metodicamente o conteúdo doutrinário, a fim de eliminar quaisquer dúvidas de interpretação, como aquelas ocorridas com os ensinos orais de Cristo. Deixou claro que o Espiritismo, avançando com o progresso, jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem que está em erro acerca de um ponto, ele se modificará nesse ponto.

9) Como situar o lado esotérico do Espiritismo?

A divulgação espírita, para atender aos objetivos da universalidade, deve ser exotérica. Não resta dúvida que na sua propagação existem muitos pontos esotéricos, pois a pedagogia evangélica ensina que não se deve dar pérolas aos porcos, ou seja, a transmissão do conhecimento deve ser proporcional à compreensão do ouvinte. Contudo, essa forma de entender o Espiritismo é completamente diferente daquela usada pelas sociedades secretas, que expõe o conhecimento, somente aos iniciados, reservadamente.

in: http://sites.google.com/site/aprofundamentodoutrinario/esoterismo-e-espiritismo