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  • [Outro] 10 Tratamentos Agonizantes da Medicina Medieval
    Iniciado por Araj
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Qualquer pessoa que conheça o básico sobre história, sabe que a idade média foi uma época meio obscura para as ciências no ocidente, tanto fato foi que é chamada de "idade das trevas" pelos pensadores do ilumismo, diziam ser uma época onde a razão e a ciência não tinham vês


Pois a medicina sofreu duro com essa perseguição. A única ideia que se tinha vinha de crendices das diversas religiões pagãs da europa e essas não eram bem vistas pelo cristianismo medieval, consideradas perigosas para com a fé cristã, basicamente pensava-se que a doença era um teste divino, ou uma possesão demoníaca, portanto para se curar era necessário muita fé e muita resa, aquele que não alcançava a cura não era verdadeiro crente, e não merecia nada além da morte.


Lembro-me do livro "A Cruzada Vista pelos Árabes", que como o nome diz, é uma analise por historiadores árabes sobre os ocorridos nessas guerras, em parte dizia de uma mulher que sofria de incríveis dores de cabeça, existia um médico mercenário árabe no meio do esquadrão europeu, que prontamente lhe recomendou ervas e chás para que as dores passasem.


Visto o alvoroço, um dos padres toma conhecimento da enferma, e na hora pede que seja interrompido o tratamento, lhe faz uma oração com benção, depois perguntando se a enferma tinha melhorado. Ouvindo a negação, pede então para que raspem o cabelo da moça, e com uma espada, fizessem um corte em formato de cruz na cabeça dela, como tudo só pioraria de vez, o padre manda que a matem, pois o demonio ja teria tomado conta de seu corpo.

1. Hemorróidas: a agonia anal tratada com ferro quente


Você leu direito. O tratamento para hemorróidas era queima-las com ferro quente. Há até uma história sobre um monge que, sofrendo com suas hemorróidas enquanto trabalhava no jardim, sentou se em uma pedra que, milagrosamente, o curou do problema. A pedra existe até hoje, com a marca das hemorróidas do monge, e é visitada por muitos que esperam curar seu "problema" até hoje.



2. Clysters: um método medieval usado para injetar remédios... pelo ânus


O "clyster" era uma versão medieval do supositório, um aparelho que injetava fluidos no corpo através do ânus. Era um cano ligado a um recipiente. O cano ia "lá" enquanto, no recipiente, estava o remédio.


3. Parto: mulheres, quando grávidas, eram preparadas para a própria morte


Dar a luz na idade média era tão mortal que a Igreja pedia que as grávidas se preparassem para morrer. E teve uma época em que parteiras mais experientes foram perseguidas como bruxas, já que usavam métodos para aliviar a dor de suas pacientes. Quando um bebê estava morto no útero, uma faca era usada para que ele fosse desmembrado ainda na barriga da mãe, para facilitar a "retirada" do feto.



4. Sangria: a cura para quase qualquer doença


Os médicos da idade média achavam que praticamente todas as doenças eram causadas por excesso de líquido no corpo. Então a solução era tirar o sangue dos pacientes. Havia dois métodos "principais". O primeiro usava sanguessugas para tirar o sangue. O bicho era colocado sobre o local e sugava uma boa quantidade do líquido. O outro era um tradicional corte na veia, normalmente no braço.



5. Cirurgiões em campos de batalha: puxar flechas não é um trabalho fácil


Como remover flechas dos corpos de soldados? Normalmente a ponta da flecha ficava dentro do corpo do soldado, enquanto só era possível tirar o cabo. Esse problema foi "resolvido" com a colher de flecha, que era inserida na ferida causada pelo disparo e "pescava" a ponta da flecha.



6. Bexiga bloqueada: um cateter de metal inserido diretamente na bexiga


O bloqueio da bexiga, devido à sífilis ou a outras doenças venéreas, era comum na época, já que não havia antibiótico. O cateter urinário (um tubo de metal inserido através da uretra até a bexiga) começou a ser usado em meados de 1300. Quando o tubo não conseguia passar pela uretra, outros aparelhos eram usados – provavelmente apresentando um risco tão grande quanto o da própria doença.

7. Cirurgia de catarata: dolorido e raramente salvava o olho do paciente


Uma operação de catarata incluía a inserção de uma faca ou de uma agulha pela córnea, forçando as lentes do olho até o fundo do órgão. Posteriormente, uma seringa era usada para extrair por sucção a catarata.



8. Feitiços: rituais pagãos ou penitência religiosa como forma de cura


Tratamentos medievais, normalmente, eram uma mistura de fatos científicos, crenças pagãs e imposições religiosas. Um exemplo é que, quando alguém contraía a peste bubônica, era determinado que ele passasse por um período de penitência, se confessando com um padre. Como a doença era vista como um castigo de Deus, se o paciente admitisse seus pecados, talvez sua vida fosse poupada.



9. "Dwale": um anestésico cruel que podia ser fatal


A cirurgia na idade média era usada somente em casos de vida ou morte. Uma razão é que não havia anestésico "confiável" que pudesse aliviar a dor enorme de um procedimento cirúrgico. Algumas poções usadas para amortecer o paciente ou induzir o sono podiam ser letais. Um dos exemplos é o Dwale, uma mistura de suco de alho, suco de cicuta, ópio, vinagre e vinho que era dado ao paciente antes de uma cirurgia. O suco de cicuta sozinho poderia ser fatal – ele é tão forte como anestésico que o paciente para de respirar.

10. Cirurgia: cruel, suja e terrivelmente dolorosa


Os cirurgiões da época tinham pouquíssimo conhecimento sobre a anatomia humana, sobre antissépticos, que fizessem com que as feridas não infeccionassem, e sobre anestésicos. Não era agradável ser um paciente nessas horas, mas não havia muita escolha. Para se livrar da dor, você era submetido a mais dor. Na maioria dos casos, monges se tornavam cirurgiões, já que eles tinham acesso à literatura sobre medicina. No entanto, em 1215, o Papa pediu para que eles não fizessem mais o trabalho. A tarefa sobrou para fazendeiros que tinham experiência tratando animais, ou para barbeadores, ja que tinham experiencia com navalha.



Fonte:Sinistro ao Extremo

#1
A esperança de vida nessa época devia ser muito reduzida, visto o sofrimento humano, a ignorância, o obscurantismo, estar presente a todos os níveis...

Nessa epoca aos 25 anos era-se quase velho,as pessoas mais pobres eram tratadas com unguentos e ervas medicinais.
As doenças eram encaradas como castigo de Deus,então penso que espiritualmente estavam preparadas para receber o sofrimento.

Para mais sofrimento,  estou a pensar naqueles que nasciam e morriam aos 25 anos, não conhecendo outra condição a não ser de "escravo" , que era muito usual na época. Se existe reencarnação, quantos de nós não fomos???

Acredito que muitos de nós.
Nem só de guerras, religião e trabalho viviam os homens da Idade Média. O lazer era um importante componente quotidiano que servia, muitas vezes, como válvula de escape para os conflitos e tensões quotidianas. Tanto nobres como camponeses tinham estes momentos de diversão.
Os nobres (senhores feudais, cavaleiros, reis, duques, etc) gostavam muito dos torneios medievais. Estes torneios eram espécies de jogos competitivos em que cavaleiros armados se enfrentavam entre si. Montados em cavalos, usando armaduras, lanças e escudos, estes cavaleiros lutavam para demonstram as suas habilidades como guerreiros. Era comum cavaleiros ficarem gravemente feridos ou até mesmo mortos durante a realização destes torneios.
A caça de animais selvagens também era uma outra forma de lazer muito valorizada pela nobreza. Montados em cavalos e acompanhados de cães de caça, os nobres entravam nos bosques e florestas para caçarem raposas, coelhos, alces, javalis e outros animais selvagens.
Eram comuns as festas realizadas pelos nobres nos seus castelos, momento em que convidavam amigos e parentes para um banquete. Nestas festas, eram comuns a presença de músicos, grupos de teatros, dançarinos, mágicos, etc. 
Embora tivessem uma vida muito desgastante e sofrida, os servos (camponeses) também conseguiam arranjar tempo para a diversão. A dança e a música eram as principais formas de lazer entre os camponeses na Idade Média. As crianças brincavam ás lutas e imitavam os cavaleiros que admiravam com  brinquedos feitos de madeira.


#5
É importante não esquecer que essas práticas foram os primórdios da medicina e, que sem elas, não teráimos chegado aos conhecimentos que temos hoje.

prefiro viver agora ... sempre é menos doloroso, embora haja ainda situações de grande sofrimento
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

e caso para dizer: thank u god for living in the XXI century :))) (desculpem o ingles)
the dreams are the only thing where everything is possible....

sofiagov

#9
Citação de: oculto em 19 janeiro, 2014, 10:34
É importante não esquecer que essas práticas foram os primórdios da medicina e, que sem elas, não teráimos chegado aos conhecimentos que temos hoje.

Discordo totalmente.

O que esta gente fazia, era simplesmente amputar, cortar e furar de forma grotesca e porca o que estivesse errado. Na minha opinião nada teve a ver com a evolução da medicina, bem pelo contrário!
Pois, bem vistas as coisas, antes da Idade Média, a medicina até ia em muito bom caminho (Graças aos Gregos, Romanos, Chineses e aos Árabes), mas, chegando à Idade das Trevas, como aqui foi citado, parece que alguém apagou a luz dos nossos cérebros e virámos umas bestinhas ambulantes ignorantes. Foi um periodo mesmo muito lamentável em diversos aspectos.
Nesta época, oculto, permita-me discordar de si com tanta veemência, mas o que é FACTO é que se deu um retrocesso considerável na medicina (e noutras áreas), devido principalmente ao fanatismo religioso, e à igreja que fazia todos os possíveis para manter o pessoal o mais ignorante e burro possível.

Como disse, antes desta lamentável idade média, a medicina ia em bom caminho, todos demos na escola os avanços que os gregos em especial deram à Medicina.

Podemos dividir a medicina grega em três períodos históricos importantes:
o período pré-hipócrates – vai desde o início da medicina propriamente dita até sensivelmente 460 a.c.
o período clássico – 460 até 146 a.c.  
e o período greco-romano – 146 a.c. até 476 d.c.

Todos já ouvimos falar do Hipócrates, que é considerado o pai da medicina.

Como se pode ver foi muuuito antes da idade medieval, e faço questão de colocar uma "amostra" do que era a Medicina nesta época, para os gregos/romanos:

 
Principais áreas de actuação para PREVENÇÃO de doenças:

   1. Ar que nos rodeia: Dizia genericamente respeito a como o clima, o tempo e a geografia podiam influenciar o aparecimento de doenças e à correcta maneira de respirar;
   2. Comidas e bebidas: Dizia respeito ao tipo, qualidade e quantidade de comida que as pessoas deveriam ou não ingerir, isto é, qual a dieta apropriada;
   3. Exercício e descanso: Dizia respeito ao tipo de exercício mais apropriado para determinado tipo de pessoa e qual deveria ser o balanço entre o exercício praticado e o tempo de descanso;
   4. Sono e despertar: Visto o sono ter sido considerado como um factor importante na manutenção da saúde, era por isso programar uma rotina diária equilibrada, harmonizando o trabalho com o tempo de sono;
   5. Retenção e evacuação de detritos: Maneiras de controlar a evacuação dos detritos corporais e de reconhecer e tratar intoxicações pelos mesmos;
   6. Perturbações da mente e das emoções: Gestão equilibrada entre os vários estados emocionais por que as pessoas passam na sua rotina diária. Curiosamente, para tal era aconselhada uma vida sexual apropriada, activa, satisfatória e apaixonada.

  - Não lesar o paciente;
  -  Abster-se do impossível: não prometer milagres;
  -  Agir contra a causa da doença;
  - Crer na força curativa da natureza

Estes eram os 4 princípios base para tratar qualquer lesão ou doença do corpo. Para melhor os, cumprir o médico hipocrático deveria também obedecer a algumas regras de conduta:

   • Atacar as causas da doença pelos seus contrários (alopatia).

   • Agir com arte.

   • Não interferir em excesso sobre o corpo doente.

   • Educar o doente.

   • Individualizar o tratamento.

   • Aproveitar a ocasião para a intervenção.

   • Tratar o doente como um todo e não como vários componentes distintos.

   • Agir guiado pela ética.

O hospital romano

Os principais locais de trabalho de um médico romano eram os templos de Asclépio, os vários consultórios espalhados pelo império e os hospitais. Estes últimos eram as estruturas especializadas unicamente no tratamento e cura de doentes, onde trabalhavam os médicos mais capazes do império. Estas estruturas começaram por ser unicamente militares, mas mais tarde tornaram-se instituições públicas. Eram muito importantes para uma cidade, pelo que só as mais importantes é que possuíam pelo menos um.

Havia uma sala operatória na parte central do hospital, complexo de banhos com retretes e autoclismos, cozinhas onde eram preparadas as dietas saudáveis e equilibradas para os doentes em fase de convalescença, pelo menos um dispensário (estabelecimento de beneficência onde davam-se consultas e medicamentos gratuitos), dormitórios e uma casa mortuária.

No geral em termos de organização estes hospitais assemelhavam-se muito aos modernos. A ala espaçosa estava ligada a todo o hospital por amplos corredores de 3,5m de largura por 6 de altura, permitindo um rápido encaminhamento dos doentes a todas as partes do hospital e uma rápida circulação das pessoas e do ar.

É de salientar que a sala operatória era o local mais importante do hospital. Importantes cirurgias ou até pequenas intervenções eram aí realizadas. Assim, de modo a proporcionar as melhores condições de trabalho ao médico e de aumentarem as probabilidades de sucesso da operação, tinha de cumprir certos pré-requisitos: a sala deveria ser espaçosa o suficiente para nela se movimentarem 2 médicos e vários ajudantes; estar orientada para sul (de modo a captar o máximo de luz possível) e possuir equipamento de esterilização como braseiras ou lareiras.

Nos dormitórios eram alojados os doentes. É de notar que estes tinham uma disposição particular em cubículos (cada doente era separado dos outros por duas paredes), com a intenção de minimizar o contágio cruzado entre os doentes.

Na casa mortuária eram armazenados os cadáveres até serem encaminhados para as piras de cremação. Por motivos de higiene e de organização situava-se no segundo andar.

Não eram só as cirurgias e os conhecimentos anatómicos que eram avançados para a época. Também os métodos de desinfecção utilizados, com recurso a álcool e vinho, e de saramento, com utilização de pensos e costuras com fios de seda, eram eficazes. De facto, o único problema que estas intervenções causavam eram algumas infecções, apenas se a seda ou o material do apoio não fossem bem desinfectados.

Uma particularidade dos médicos romanos era que encomendavam o material cirúrgico antes de realizarem as operações. Eram feitos exclusivamente para um tipo de operação com um tipo de material muito especial que não oxidava facilmente e há relatos que os médicos deixavam-no de molho em álcool antes da cirurgia. Este veio a constituir o primeiro aço cirúrgico da história da medicina.


Por favor não me venham dizer que a idade média trouxe conhecimentos importantes para os dias de hoje... Eram uma cambada de carniceiros badalhocos e burros, os gregos é que foram um povo genial e muito à frente.

Depois disto surgiram:
• vacinas (1796)
• Anestesia (éter) - 1846
• Radiografia (1895)
• Antibioticos (1928)
• Transplantes (Anos 20)
• Pilula (1950) (um à parte, as mulheres romanas já tinham umas técnicas anticoncepcionais, como o coito interrompido, e colocar um tampão de tecido na vagina antes das relaçõe sexuais, durante a ovulação).

→ O que está a azul não é da minha autoria, foram excertos que retirei da internet. Basta pesquisar "evolução da medicina" ou "medicina greco-romana" ou "Hipócrates" que acedem aos mesmo conteúdos.
"A ciência não só é compatível com a espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade" - Carl Sagan