A noite não é muito agradável

Há cerca de um ano mudei o meu quarto de divisão, passando tudo o que tinha no rés-do-chão para o andar de cima (uma casa de dois andares). Desde aí coisas estranhas têm estado a acontecer-me. Como são muitas, pode tornar-se um bocado confuso.

Antes de adormecer, ouço um barulho semelhante ao som de madeira a estalar. Há uns tempos, assimilei que fosse só isso, mas agora percebo que, se realmente fosse só isso, aconteceria a toda a hora e não somente à noite.

Durante (e apenas) no período de aulas, eu acordo sempre às três da manhã (decerto que muitos de vocês já ouviram falar da hora da morte) e com uma sensação estranha, como se algo/alguém me estivesse a observar. Mas, como sempre, volto a adormecer e precisamente uma hora antes do despertador começar a tocar, ouço a impressora a funcionar (tenho o computador no quarto). Quando vou ver o que é não encontro nenhuma impressão. E isto acontece sempre, tenha ou não folha ou tinta.

Mas creio que isso não se compara com o que ocorreu-me há uns meses (não me lembro exactamente quando). Eu estava a dormir como qualquer pessoa normal quando sinto uma pancada nas costas. Acordei instantaneamente. E não, não era ninguém a fazer de propósito. Na realidade, eu estava sozinha. Recordo-me que naquele momento o meu coração queria soltar-me do peito. Senti-me desesperada, como se alguém me tivesse feito aquilo à beira de precipício.

Será algo que deva me preocupar ou não?

Cara mari20, isso me acontece todos os dias, mas eu ja me habituei a isso. Tambem costumo ouvir os moveis a estalarem, o barulho do sofa, como se alguem acabasse de se levantar dele, e ate vejo o assento a ir para baixo e a vir para cima, mesmo como se alguem estivesse sentado e se levantasse. Tambem costumo sentir todos os dias a me tocarem no corpo, quando estou a dormir e acordo sempre, mas um conselho de uma experiente nestas andanças, por favor minha querida, nunca mostre medo, pois o medo nos parilisa. Mostre-se forte, e ore a DEUS, e peça a SUA proteçao, e aos seus anjos de luz, mas peça com muita fe, voce vai ver, que se ira sentir protegida, e nao ira sentir mais medo. Mas uma coisa eu lhe quero dizer, voce tem luz, e por isso os espiritos tentam entrar em contacto consigo, para obter ajuda, e nem que para isso, eles a tentem assustar, so para lhe chamar a atençao. Muita paz minha querida e tenha muita fe, pois o bem vence sempre.

Se for um mau-espírito ou demônio, e quiser irritá-lo; reze o Credo (Niceno-Constantinopolitano), de trás pra frente.

Mari20, é isso mesmo, não ligue, descontraia-se e faça umas orações, sem mostrar receio nenhum. Faça a sua vida normalmente. Por enquanto ainda não tem razão para se assustar, e se se mostrar forte, decerto que nunca vai ter.

Há cerca de um ano mudei o meu quarto de divisão, passando tudo o que tinha no rés-do-chão para o andar de cima (uma casa de dois andares). Desde aí coisas estranhas têm estado a acontecer-me. Como são muitas, pode tornar-se um bocado confuso.
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Será algo que deva me preocupar ou não?

Do meu ponto de vista a melhor forma de analisar se o que temos pela frente é "bom" ou " mau" deve ter ser em consideração a forma como nos sentimos face a essa situação.
Se não nos sentirmos bem, ou ficarmos incomodados ou com medo, o que quer que seja, e até pode ser uma entidade simpática e amiga, como um familiar ou amigo nosso, essa situação deve ser afastada. Será sempre sem intenção dessa entidade.
Em caso contrário, depende de cada um, das suas crenças, da sua filosofia de vida.

Normalmente, as entidades quando não estão de passagem, têm dois propósitos ou ajudar-nos, qualquer que seja e sua intenção e quaisquer que sejam as nossas necessidades, ou, então para nos prejudicar ou simplesmente nos incomodar, nem que seja apenas para nos "sugar" a energia vital ou parte dela - os tais vampiros psíquicos.
Por vezes acontece aproximarem-se de nós mesmo sem ser com "más" intenções, mas o nível de consciência em que vivem não ser elevado causa-nos perturbações, biologicamente falando, seja no corpo ou na mente - daí os tais pensamentos que muitas vezes sentimos não serem nossos.

Quem aprecie ou sinta necessidade pode rezar ou apelar à ajuda de qualquer entidade com que sinta maior afinidade, embora por vezes, isso seja manifestamente insuficiente. Para estes casos, a meu ver, o mais aconselhável é contactar um centro espírita para tratar o problema.
Questões espirituais resolvem-se a nível espiritual.

A igreja ou o templo podem não ser suficientemente fortes para remover situações de natureza fora do domínio da religião.

Seria importante a Mari20 tentar saber se o seu (actual) quarto tinha anteriormente alguma das situações que agora a perturbam e igualmente saber se as manifestações na impressora
acontecem sem que o cabo esteja ligado.

(...) uma sensação estranha, como se algo/alguém me estivesse a observar.
(...) Recordo-me que naquele momento o meu coração queria soltar-me do peito. Senti-me desesperada, como se alguém me tivesse feito aquilo à beira de precipício.
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A situação descrita pode ser alguém com espírito brincalhão que não tenha verdadeiramente a intenção de a perturbar e não perceber quanto tudo isto a incomoda e assusta.

O medo que nos assalta provêm da nossa ignorância. Da nossa "ignorância fundamental", desde logo saber o que existe para além do mundo físico, material. Mas esse além não está lá longe mas aqui à nossa volta, mesmo que não consigamos ver, ouvir e sentir.
Acabar com o medo só é possível, a meu ver, quando estivermos dispostos a percorrer o caminho para acabar com a nossa ignorância, e isto, minha amiga, é o percurso de toda uma vida, da vida de todos e cada um de nós, tenhamos ou não consciência disso.
Uns começam mais cedo quando se cruzam com o invisível quando este se mostra, nos fala e nos toca. Outros percorreram a vida sem se cruzarem com o "nada" e só encontram coincidências, confusões, imaginações, alucinações, até um dia... nesta ou numa outra vida.

Bom post damiano. Bom conselho.

Abraço

templa

Cumprimento o Damiano, de cuja simpática presença e sábias intervenções já estava com saudades.

Abraço, Damiano e gosto em rever-te por aqui.

Olá Templa e Arph,

Agradeço as vossas simpáticas e amigas palavras.

Eu costumo estar por aqui, mas muitas, a maior parte das vezes simplesmente como leitor.
Reparo que nem sempre são apreciadas palavras ou ideias para além da vulgaridade e da circunstância, e sobretudo, quando aparece alguém fora do domínio das crenças (absolutas) de que tudo é "paranormal" ou de que nada é "paranormal".
Investigar e querer saber dá trabalho, por vezes muito trabalho.

E entrar em conflito com quem as mais das vezes nem sequer tem a mais pequena ideia do que está a falar, adiantando palpites, sem qualquer fundamento, mais vale passar ao lado.
Não pretendo dar lições a quem que seja, mas gostaria de contribuir para o debate, acrescentando sempre qualquer coisa, quanto mais não seja o meu ponto de vista, só isso.