Casa nas Mouriscas (Abrantes)

Tive a sorte (ou não) de morar numa casa onde aconteciam umas coisas engraçadas outras nem por isso...

esta casa situava-se nas Mouriscas, concelho de Abrantes e tinha sido mandada construir pelo Bastonário da ordem dos médicos da altura, senhor CARLOS ALBERTO RAPOSO DE SANTANA MAIA.

Quando estudei na dita terra, havia um colega da minha turma que já morava nesta casa, um solar bastante antigo de três andares (Rc, 1º andar e sótão), e que um dia nos convidou para irmos explorar o sótão. Na casa apenas vivia na altura este meu colega e a governanta velhota, coxa e quase cega que raramente vinha ao 1º andar e que nunca ia ao sótão.

No 1º dia em que decidimos ir explorar o sótão a Dona Maria (governanta) estava no jardim a tirar umas ervas. fomos directos ao sótão. assim que subimos as escadas e abrimos a 1ª porta tivemos logo a sensação de um sitio em que tinha morado alguém. era uma sala mais comprida do que larga, com cama feita (lençóis já meio amarelados), livros antigos numa estante, uma caixa de cartão quase a desfazer-se com coisas de costura lá dentro e uma bíblia velha debaixo da almofada. parecia que o quarto estava abandonado há muito tempo, a julgar pelo estado das coisas que lá se encontravam e pela camada de pó...

anyway, neste dia não tivemos hipótese de explorar grande coisa porque nos pareceu ouvir a dona Maria no corredor dos quartos do primeiro andar. o meu colega mandou-nos esperar no patamar do sótão, onde encontrámos uma arca com sebentas de antigos alunos da escola primária. ficámos ali à espera, sem suspeitarmos que algo estranho se estivesse a passar. ouvíamos passos, parecia que alguém estava a andar ou a correr de um lado para o outro no corredor. passados uns minutos (ainda nos estávamos a ouvir os passos) o meu colega voltou ao patamar e disse nos para irmos para o quarto dele. quando íamos a descer as escadas pareceu nos que os "passos" se afastavam cada vez mais. quando chegámos ao quarto dele eu perguntei quem é que andava no corredor, quem é que nos tínhamos ouvido. Ao que ele respondeu -"isso também eu gostava de saber". perguntei se não seria a Dona Maria, apesar de ser um pouco improvável ela conseguir correr, mas ele limitou se a apontar para a janela e a Dona Maria continuava no jardim a limpar as ervas. Ela não ía conseguir chegar ao jardim assim tão rapidamente, e não havia mais ninguém em casa além de nós!!  



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Boa história...
Provavelmente alguém não gostou da vossa intromissão e ficou nervoso...


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Uau!
Estas Histórias fazem me lembrar as do Paranormal State...
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Não interrogaram a Dona Maria de quem é que terá vivido no sotão??

Ou se não queriam dizer que la tinham ido,podiam simplesmente perguntar, o que lá havia . . .

Os meus avós são de uma aldeia perto das Mouriscas, Ortiga!
E sinceramente conheço bastante bem a zona epa... se me disserem que os velhos inventam bastante histórias.
aaa aí sim senhor concordo agora haver sítios. epa para já que tenha conhecimento e qe já tenha ido lá não achei nada.

Mas gostei da história!
one more for my colection. =D

Os meus avós são de uma aldeia perto das Mouriscas, Ortiga!
E sinceramente conheço bastante bem a zona epa... se me disserem que os velhos inventam bastante histórias.
aaa aí sim senhor concordo agora haver sítios. epa para já que tenha conhecimento e qe já tenha ido lá não achei nada.

Mas gostei da história!
one more for my colection. =D

não é do sítio mas sim das casas, dos anos que já têm, das pessoas que por lá passaram...

e sim, perguntámos mais tarde à senhoria o que é que havia no sótão e ela ao início ficou visivelmente nervosa, mas depois acabou por confessar que era apenas uma sala atravancada com caixotes e tralhas que ninguém ia deitar ao lixo...  

uma coisa estranha, uma altura ela estava a mostrar-nos fotografias antigas da família e de alguns acontecimentos importantes da aldeia. a dada altura ela estava a explicar o que estava numa foto e eu olhei de relance para a foto que estava em baixo (visto que ela tinha a outra na mão direita e o molho de fotos na mão esquerda). a foto que se seguia era de uma criança vestida com um daqueles vestidos que se usam nos baptizados e comunhões. na foto a criança estava em frente à porta daquele que era na altura o meu quarto. o que achei estranho na foto foi o ar ausente da criança, um olhar vazio, olhando para a máquina fotográfica mas sem prestar atenção...havia ali qualquer coisa estranha. quando a dona Maria passou a foto disse que aquela não interessava e passou à foto que estava a seguir à da criança. apesar de lhe pedirmos para ver a outra foto ela simplesmente não nos quis mostrar, e mostrou-se determinada nisso. uns dias mais tarde eu estava sozinha em casa, e encontrei o tal molho de fotografias. apesar de procurar e ver cada foto atentamente não encontrei mais a foto da tal criança!  

Seria, ela quando pequenina?
Seria a sua Filha??

Ainda há pouco tempo estive mesmo em frente a esta casa e esqueci-me completamente de lhe tirar um foto para completar o tópico...

Terá que ficar para a próxima.

por acaso é uma das grandes lacunas da minha vida durante os três anos que lá morei... não tenho uma única foto da casa, nem dentro nem fora  

combinamos um dia para ir lá dar uma volta Iceburn?  

por acaso é uma das grandes lacunas da minha vida durante os três anos que lá morei... não tenho uma única foto da casa, nem dentro nem fora  

combinamos um dia para ir lá dar uma volta Iceburn?  

Totalmente de acordo, aproveitamos e tiramos também algumas fotos ao antigo museu.

sure! 

 casas com muitos anos fazem barulhos, pode ser as tubagens, pode ser mil e uma coisas não tem que ser fantasmas.

Sim, mas o barulho de alguém a correr em chão de madeira não é um barulhinho qualquer, não tem nada a ver com tábuas a ranger.

Ainda vive lá alguém?

Se fizerem uma investigação a essa casa eu estarei no grupo, só preciso saber quando...

Já lá estivemos mesmo no final de Dezembro. Mas não deu para nada, estava vento e chuva.