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  • Quem Foi Konstantine Raudive
    Iniciado por Zühl
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1 - Konstantin Raudive (1909-1974)



Na história da TCI pelo sistema EVP, o dr. Konstantin Raudive ocupa um lugar proeminente. Se Friedrich Juergenson pode ser considerado o pioneiro da transcomunicação por meio do gravador em fita magnética, K. Raudive bem merece o título de campeão do EVP. Foi seu monumental trabalho, particularmente as 72 mil frases por ele registradas e publicadas em sua obra clássica Unhoerbares Wird Hoerbar (O inaudível Torna-se Audível), que mais contribuiu para a divulgação mundial da TCI.

Konstantin Raudive nasceu em Asune, Letônia, em 30 de abril de 1909, e faleceu em Badkrozingen, Alemanha, em 2 de setembro de 1974. Ele era um notável psicólogo e filósofo europeu, que viveu na Suécia e na Alemanha desde o fim da II Guerra Mundial. Escreveu seis livros incluindo duas novelas. Seu nome é conhecido tanto no âmbito literário como no científico.

Os primeiros contactos de Raudive com a TCI ocorreram, conforme ele próprio revelou em seu livro Unhoerbares Wird Hoerbar, em fins de 1964, época em que apareceu em Estocolmo, Suécia, o livro de Friedrich Juergenson, intitulado Roesterna fraen Rymden (Vozes do Espaço).

Durante toda a sua vida, Raudive preocupou-se com os fenômenos paranormais. Prendia-lhe mais a atenção o problema da sobrevivência após a morte. Em todos os seus livros ele abordou esta questão, particularmente na obra Der Chaosmensch und seine Ueberwindung (O Homem-Caos e sua Conquista).

Por essa razão, Raudive leu com a máxima atenção o livro de Juergenson. A princípio ele teve a impressão de que o autor, um homem de rara sensibilidade e susceptibilidade, poderia estar dando asas à sua imaginação. Mas, no final do livro, ele explicava a técnica para a obtenção das vozes do espaço às quais se referia, e que seriam vozes de pessoas já falecidas! Isto surpreendeu Raudive, que resolveu procurar pessoalmente o autor.

O primeiro encontro entre Raudive e Juergenson ocorreu em abril de 1965. Na ocasião estavam presentes a dra. Zenta Maurina (esposa do dr. Raudive) e a sra. Juergenson. Durante esta visita, Juergenson fez algumas demonstrações de captação de vozes pelo sistema EVP, tendo impressionado positivamente a ambos, o dr. Konstantin Raudive e a sua esposa dra. Zenta Maurina. No início, Raudive considerou que o fenômeno poderia ser o resultado da ação psicocinética inconsciente do operador, ou de sons estranhos captados das radioemissoras. Mas as suas primeiras hipóteses não o satisfizeram suficientemente e, em junho de 1965, ele resolveu fazer algumas pesquisas junto com o próprio Juergenson, no Estado de Nysund, onde este último residia. Raudive visava adquirir prática na gravação das vozes, e ninguém melhor para adestrá-lo do que o próprio descobridor do fenômeno.

Os sucessivos contactos de Raudive com Juergenson, e um conhecimento mais profundo da personalidade deste último, bem como da história de sua vida, confirmaram que ele era absolutamente sincero. Raudive convenceu-se de que Juergenson se achava completamente imerso no mistério do fenômeno das vozes, e firmemente convencido de que lidava com o "mundo do Além", no qual nós penetramos depois da morte e onde continuamos nossas atividades em uma existência transcendental.

Inicialmente, as experiências dos dois juntos só produziram vozes pouco claras e dificilmente discerníveis. A partir do dia 10 de junho de 1965, às 9h e 30 min., passaram a obter bons resultados. Essa gravação foi conseguida por meio do rádio. Esse método, conforme já explicamos antes, consiste em sintonizar o aparelho de rádio acoplado a um gravador, em uma faixa de freqüências situadas entre as duas emissoras contíguas. O ruído resultante é um chiado entremeado de sons confusos de música e falatório. No meio dessa algaravia surgem as vozes perfeitamente discerníveis a um ouvido bem treinado. Elas se destacam pelo seu ritmo peculiar e pela objetividade das sentenças transmitidas em estilo telegráfico.

2 - Margarete Petrautzki - Secretária de Raudive

A gravação captada no dia 10 de junho de 1965, foi submetida por Raudive a várias pessoas. Todos foram unânimes em concordar que uma voz inicialmente chamava: "Friedrich! Friedrich!" - A seguir, outra voz disse suavemente:

"Heute pa nakti" (alemão e letão: Hoje à noite). Em continuação, uma voz feminina perguntou: "Kennt ihr Margaret, Konstantin?" (alemão: Você conhece a Margaret, Konstantin?). A voz prosseguiu em um tom cantante: "Vi tabu! Runa!" (letão: Nós estamos bem distantes! Fale!). O trecho encerra-se com uma voz feminina que diz: "Vá dormir! Margarete!" (sic). (Raudive, 1971, pp. 15 e 16)

Raudive ficou fortemente impressionado com esta gravação, porque ele e sua esposa haviam perdido recentemente uma secretária muito ligada a ambos e cujo nome era Margarete Petrautzki. Mas Raudive ainda conservava os resquícios de sua formação acadêmica. Seria mesmo a voz de Margarete Petrautzki, ou algo produzido pela mediunidade de Juergenson? A idéia das possibilidades, até então pouco conhecidas, do inconsciente e da função psicocinética do agente humano, ainda deviam persistir na mente de Raudive. Por isso, ele resolveu tirar a limpo essa questão e verificar se o "fenômeno das vozes" era realmente universal e livre de toda a influência subjetiva. Se fosse esse o caso, as vozes deveriam ser capazes de manifestar-se, elas próprias, independentemente da influência de pessoas, tempo, ou espaço.

Raudive iniciou então suas investigações pessoais em junho de 1965. Após cinco anos de trabalho sistemático e persistente, ele acumulou imensa soma de gravações e uma enorme experiência sobre o fenômeno das vozes. A história das pesquisas desse notável transcomunicador é muito extensa. Em vista disso, vamos abordar apenas alguns aspectos das suas atividades e conclusões; preferencialmente as que considerarmos de maior utilidade para o leitor que pretende desenvolver esse tipo de investigação. Vamos iniciar resumindo a parte concernente aos Métodos de Gravação.


Raudive distingue cinco métodos de gravação pelo sistema EVP: 1) Exclusivamente com o microfone; 2) Através do rádio; 3) Rádio e microfone; 4) Gerador de freqüências; 5) Diodo.



1) Gravação exclusivamente com o microfone:

Este método é inteiramente análogo ao processo de gravar um som qualquer, como música, palestras, entrevistas etc.

É recomendado que se indique previamente a data, a hora, o local onde se está fazendo a gravação, e mais outros dados de interesse, inclusive os nomes dos participantes. Este expediente pode ser usado indistintamente para qualquer um dos cinco métodos indicados.

O tempo de gravação não deve exceder de dez a quinze minutos, pois o exame dos resultados, quando feito com cuidado, costuma demorar até algumas horas.

É óbvio que convém manter-se silêncio durante as gravações, bem como escolher um lugar isento de ruídos, para as experiências. Raudive observou que as vozes captadas por microfone costumam, em sua maioria, ser fracas e rápidas.

Raudive classifica as vozes em três grupos, segundo o seu grau de audibilidade:

Grupo "A"- Nesta categoria colocam-se as vozes claras, bem audíveis e inteligíveis a qualquer pessoa, ainda que não habituada a distinguir vozes gravadas pelo sistema EVP.

Grupo "B" - Consiste em vozes que falam mais rapidamente e mais baixo, porém ainda são perfeitamente audíveis a um ouvido já um pouco treinado e atento. A prática constante desse gênero de pesquisa desenvolve a acuidade auditiva e a capacidade de distinguir vozes, que passariam despercebidas a um ouvido normal. Para as vozes do grupo "B", convém a ajuda de participantes habituados à escuta dessas vozes.

Grupo "C" - Justamente nesta classe é que se encontram as voze capazes de fornecer a maior soma de informações úteis e muitos dados paranormais. Infelizmente, tais vozes podem ser ouvidas apenas fragmentariamente, mesmo por ouvidos muito treinados e de excepcional acuidade, exigindo ajuda técnica para interpretá-las satisfatoriamente.

2) Gravação através do rádio

A gravação das vozes com a ajuda do rádio complica um pouco mais a operação de ouvi-las e distingui-las eficientemente. Raudive cita, a propósito, uma opinião de Friedrich Juergenson: Em seu livro Vozes do Espaço, Juergenson afirma que nenhuma gravação via rádio pode ser feita satisfatoriamente sem um mediador. Essa voz mediadora é geralmente aquela de uma mulher (no caso de Juergenson: Lena) informando qual a estação transmissora, o comprimento de onda, e a hora do dia e da noite a escolher para uma gravação:

"Eu fui capaz de ouvir a misteriosa 'mediadora' de Juergenson em uma de suas fitas gravadas" - diz Raudive - ''Ela pediu-lhe que aguardasse para gravar, até às 21 horas; sugestões acerca de pessoas e eventos também aparecem no conjunto, em sua voz estranhamente sibilante". (Raudive, 1971, p. 23)

O surgimento dessa preciosa colaboração não parece ser assim tão imediata e tão fácil de ocorrer. Raudive, apesar da sua competência e incontestável valor pessoal, teve de aguardar seis meses para ter a sua "voz mediadora". Isso ocorreu em fins de 1965, quando finalmente ele escutou uma voz que respondeu à sua pergunta acerca de quem poderia ser a sua mediadora:

Uma voz do Grupo "B" falou claramente "Spidola" (um nome letão).

Uma voz masculina acrescentou em letão: "Mes dzirdejam. Latviesi tev palidzes". (Nós ouvimos. Os letões ajudarão você). (Raudive, 1971, p. 23)

Na primeira gravação que Raudive fez depois desta última informação, ele ouviu uma voz feminina indicando uma estação emissora totalmente desconhecida: Sak' Peter! (letão - Fala Peter!), isto é, está sendo transmitido da estação emissora Peter! Posteriormente, Raudive teve a certeza de que alguém chamada Spidola o estava assistindo nas gravações das rádio-vozes. Ficou sabendo também que essas vozes-entidades deviam possuir várias estações radioemissoras próprias. Entretanto, tais estações não pareciam estar situadas dentro do nosso espaço universal, e sim em outro espaço fora daqui. As diferentes designações dadas a essas emissoras do Além são as seguintes: estúdio, central, grupo, ponte etc.

Raudive, em seu livro Unhoerbares Wird Hoerbar, fornece o nome de diversas emissoras do Além. Ei-las: Estúdio-Kelpe; Rádio Peter; Kegele; Kostule, Vários Transmissores Ponte Goethe; Sigtuna; Arvides, e Irvines. Porém deve haver muitas mais, pois pelas últimas informações que temos recebido ficamos sabendo que o número dessas pontes cresce continuamente.

Se algum experimentador estiver confiando na possibilidade de ajuda de uma mediadora, poderá tentar da seguinte maneira:

Passar o indicador de sintonia lentamente, de uma ponta à outra da escala de comprimentos de onda do seu rádio, e aguardar cuidadosamente que surja uma voz que dirá em tom sibilante: "agora", ou "comece a gravar!" ou coisa parecida. Aí, nesse exato momento, aciona-se o gravador, o qual já deve estar conectado ao rádio. Mantém-se assim gravando, apesar da música ou fala dos locutores ou quaisquer outros ruídos. Mais tarde, quando a fita for retornada para ouvir-se o que foi captado, os ruídos estranhos da rádio-transmissão deverão ter sido eliminados. Desse modo, as vozes com seu ritmo característico poderão ser distinguidas.

Posteriores experiências mostraram que, mesmo sem a ajuda da voz mediadora, é possível fazer-se a gravação através do rádio. O método mais usual consiste na escolha de faixas intermediárias entre as ondas transmissoras. Escolhem-se aquelas em que há um mínimo de interferência dos rádio-programas. Ouve-se um chiado. Aciona-se o gravador, por alguns poucos minutos, retorna-se a fita e verifica-se, entre os ruídos gravados, se as vozes foram captadas.

O dr. Konstantin Raudive achava que o fenômeno das vozes está intimamente ligado a ondas de rádio que vêm de fora, penetram todas as coisas e criam campos electromagnéticos dentro do chamado mundo físico." (Raudive, 1971, p. 24)

3) Gravação através de rádio e microfone combinados

Diz, Raudive, que este método foi descoberto por acaso. Estava ele retornando uma gravação feita minutos antes, quando notou diferenças na fita gravada. Uma voz pedia incessantemente sinais. Contendo sua admiração, Raudive escutou essa estranha gravação até o fim. Quando a fita terminou, ele colocou outra ainda virgem, pretendendo fazer uma gravação do segundo tipo, isto é, através do rádio apenas. Porém ele se esqueceu de ajustar o gravador, de maneira que a gravação foi feita através do microfone, enquanto a rádio-conexão se manteve em operação. Ao voltar a gravação para ouvi-la, ele descobriu várias vozes! Raudive encontrou, assim por acaso, um novo método de gravação de vozes. Por esse sistema torna-se possível manter conversação com as vozes.

4) Gravação com um gerador de freqüências

Este sistema consiste em operar um gerador de freqüência e usar o ruído da mesmo injetado no gravador. Tal método tem a vantagem de eliminar os sons do rádio que são captados em mistura com as vozes, o que obriga o operador a um esforço de seleção auditiva. O gravador registrará apenas o ruído da onda portadora e, em conjunto, irão distinguir-se com facilidade as vozes captadas.

5) Gravação por diodo

Este é um dos sistemas mais usados embora apresente algumas dificuldades técnicas na ajustagem da antena..

4 - Conclusão

Poderíamos descer mais aos detalhes técnicos desses métodos de gravação das vozes pelo sistema EVP. Porém, preferimos recomendar, aos caros leitores que nos honram com sua atenção, a busca de fontes mais ricas em informações. Entre as inúmeras obras existentes, sugerimos o livro da sra. Sônia Rinaldi, editado pela FE Editora Jornalística Ltda.: Transcomunicação Instrumental - Contatos com o Além por Vias Técnicas.

Fonte:www.comunidadeespirita.com.br/


Believe to see...


Um bom post. Parabéns pela oportunidade  ;)

neptuno
#2
já conhecia mais ou menos o curriculo do SR. Konstantin,e de facto é impressionante o que este Senhor fez na divulgação e estudo de EVP,uma area que para mim é muito interessante.

muito obrigado pelo post,pois assim fiquei a saber mais sobre este Sr.

Belo post, sim senhor... A ver se um dia destes traduzo um artigo que aqui tenho sobre o Spiricom, já que falamos de ITC.