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  • Correr o Fado- O Lavrador e o Lobisomem
    Iniciado por tonyBaptista
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tonyBaptista
Antigamente, diz a lenda, que os pais que tivessem sete rapazes ou sete raparigas todos seguidos, o mais velho tinha de ser padrinho do mais novo, se não o mais novo ia "correr o fado", ou seja, à meia-noite ele ou ela transformava-se num animal.

 O corredor durante a noite toda tinha que passar por sete pontes, sete fontes, sete montes, sete encruzilhadas, sete portelas de cão. Depois retornava ao local onde tinha deixado a roupa, metamorfoseava-se de novo ficando uma pessoa normal, vestia-se e ia para casa, deitava-se não se recordando de nada do que lhe tinha acontecido.

 Saber qual a roupa da pessoa que se queria quebrar o "fado", apanhar essa roupa e perseguido pelos "animais" em fúria lançá-la para uma fogueira, previamente preparada, quebrava o encanto. Depois a pessoa batia à porta conforme tinha vindo ao mundo, e nunca mais voltava a correr o fado.

 Quando se encontra um para quebrar o fado deve-se fazer sangue, isto é, fazê-lo sangrar.

À criança e ao borracho
Põe Deus a mão por baixo

 Diziam que os corredores do fado não faziam nenhum mal aos bêbados. Contava o meu Avô que, numa noite, ia um bêbado perto da Fortaleza quando se lhe rodearam um grupo de animais. Este, pegando num ferro, espetou num olho do animal que mais perto se lhe chegou.

 Dias depois alguém lhe bate à porta. Era um grande empresário, com um olho cego, que lhe foi agradecer o facto de ao ter sido picado pelo ferro e ter feito sangue tinha-lhe quebrado o encantamento.

 Quem quisesse quebrar o fado de alguém, fazia um S. Selimão (estrela de cinco pontas, símbolo de protecção) e, dentro dele, tentava puxar com uma corda o animal que previamente tinha visto a pessoa tomar a forma. Os animais diversos (conforme o local onde se tinham espolinhado assumiam a forma desse animal; gato, cão, porco, cavalo ou outro qualquer) corriam em volta do S. Selimão e ele à 1ª oportunidade puxava-o logo para dentro do S. Selimão. A partir daí voltaria s ser uma pessoa normal podendo ser apanhado pela fúria dos outros mas perante a impossibilidade de o fazerem devido à sigla, partiam para correr o seu fado.


DiogoM
A lenda é interessante, desconhecia. ;)
Bom tópico.

tonyBaptista
Citação de: DiogoM em 16 junho, 2011, 00:48
A lenda é interessante, desconhecia. ;)
Bom tópico.
A vida é uma aprendizagem constante, sempre a aprender ;)

Muita luz!

A minha mãe às vezes fala nisso, porque tinha-mos um vizinho que se transformava num cavalo (acho eu)

;)

Já tinha ouvido nisso, mas isso do mais velho ter de ser o padrinho do mais novo, nunca ouvi falar.

Mas o que ouvi falar é que se tivermos 7 filhos (não filhas), que não precisam de ser seguidos, o 7º vira nas noites de lua cheia (ou Nova, já não me lembro) lobisomem.

::)
Morri e é o meu fantasma que está gerir esta conta.

#5
já tinha ouvido falar nesta história, a minha avô também me contou que ao pé da casa dela havia uma encruzilhada, onde um lobisomem passava lá na lua cheia. até apanhar alguém... dizia se que era um homem lá da terra que era o 7º filho ......
Don´t be afraid

#6
sabiam que antigamente ouvia se falar correr o fado,ja o meu falecido avo me contou...
uma historia semelhente a esta que eu vou colocar...
Em tempos antigos, um rapaz que trabalhava como criado para um lavrador chegava a certa hora do dia e ficava muito cansado e triste. Foi então que o patrão reparou que o rapaz não andava bem e perguntou-lhe o que se passava.
O rapaz não queria falar, mas como estava desesperado e confiava no patrão, contou-lhe que nas noites de lua cheia se transformava em lobisomem e que também corria o fado. Isto porque nesse tempo ouvia-se falar que, se o sétimo filho não se chamasse Adão ou Eva, conforme fosse rapaz ou rapariga, mais tarde iria correr o fado e transformava-se em lobisomem. Como os pais do rapaz assim não o fizeram, o triste fado aconteceu-lhe.
O lavrador, com pena do rapaz, prometeu ajudá-lo. Perguntou-lhe por onde passava quando corria o fado. O rapaz disse-lhe que tinha de passar sete montes, sete pontes e sete fontes.
O lavrador, numa noite de lua cheia, esperou na sétima fonte com uma foice bem afiada e ficou à espera do rapaz.
Quando o avistou transformado em lobisomem, deu-lhe um golpe com a foice e o lobisomem sangrou transformando-se no pobre rapaz.
O lavrador reparou que ao rapaz lhe faltava um dos dedos. Era a marca da foice.
Foi desta maneira que o rapaz deixou de correr o fado e de se transformar em lobisomem.
acreditam nisto?



Tópico movido por existir outro do mesmo tema.
Quanto maiores forem os dons, maior deve ser sua humildade, lembrando de que tudo lhe foi dado como empréstimo...

Citação de: tonyBaptista em 09 junho, 2011, 19:49
Antigamente, diz a lenda, que os pais que tivessem sete rapazes ou sete raparigas todos seguidos, o mais velho tinha de ser padrinho do mais novo, se não o mais novo ia "correr o fado", ou seja, à meia-noite ele ou ela transformava-se num animal.

 O corredor durante a noite toda tinha que passar por sete pontes, sete fontes, sete montes, sete encruzilhadas, sete portelas de cão. Depois retornava ao local onde tinha deixado a roupa, metamorfoseava-se de novo ficando uma pessoa normal, vestia-se e ia para casa, deitava-se não se recordando de nada do que lhe tinha acontecido.

 Saber qual a roupa da pessoa que se queria quebrar o "fado", apanhar essa roupa e perseguido pelos "animais" em fúria lançá-la para uma fogueira, previamente preparada, quebrava o encanto. Depois a pessoa batia à porta conforme tinha vindo ao mundo, e nunca mais voltava a correr o fado.

 Quando se encontra um para quebrar o fado deve-se fazer sangue, isto é, fazê-lo sangrar.

À criança e ao borracho
Põe Deus a mão por baixo

 Diziam que os corredores do fado não faziam nenhum mal aos bêbados. Contava o meu Avô que, numa noite, ia um bêbado perto da Fortaleza quando se lhe rodearam um grupo de animais. Este, pegando num ferro, espetou num olho do animal que mais perto se lhe chegou.

 Dias depois alguém lhe bate à porta. Era um grande empresário, com um olho cego, que lhe foi agradecer o facto de ao ter sido picado pelo ferro e ter feito sangue tinha-lhe quebrado o encantamento.

 Quem quisesse quebrar o fado de alguém, fazia um S. Selimão (estrela de cinco pontas, símbolo de protecção) e, dentro dele, tentava puxar com uma corda o animal que previamente tinha visto a pessoa tomar a forma. Os animais diversos (conforme o local onde se tinham espolinhado assumiam a forma desse animal; gato, cão, porco, cavalo ou outro qualquer) corriam em volta do S. Selimão e ele à 1ª oportunidade puxava-o logo para dentro do S. Selimão. A partir daí voltaria s ser uma pessoa normal podendo ser apanhado pela fúria dos outros mas perante a impossibilidade de o fazerem devido à sigla, partiam para correr o seu fado.



Se não estiver errada, quando são 7 irmãs a mais nova é bruxa. Estou errada?
(ainda bem que só tenho uma irmã  ;D)

Citação de: bspl11 em 09 julho, 2014, 19:04
Se não estiver errada, quando são 7 irmãs a mais nova é bruxa. Estou errada?
(ainda bem que só tenho uma irmã  ;D)

Sim, essa lenda também existe... se bem que, pra ser uma bruxa; basta apenas, ter interesse real pela magia... pelo menos, eu acho?! :-\
✔ Não reze por uma vida fácil, reze por forças, para suportar uma difícil. (Bruce Lee)

e se o corredor n concluir o fado oque q acontece???

#10
Uma amiga minha contou me que se um casal tivesse 7 filhos, o  quinto teria de se chamar adão ou Eva. Caso contrario teria um dom... Não sei até que isto é verdade!