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  • o meu 2º caso de contacto.
    Iniciado por ct2hrx
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Boa noite vou contar o meu 2º caso de contacto.
Em 1988 por motivos familiares , onde o meu pai era muito severo para mim. Batia-me constantemente, por vezes sem motivos aparentes. Eu com 17 anos, perto de fazer 18 fugi de casa dos meus pais, andei perto de 15 dias fugido de casa. Mesmo levando tareias do meu pai, mas tendo todo apoio e carinho da minha mãe, que estava grávida nessa altura do meu irmão Hélder comecei a ficar com saudades dos meus pais e irmãos. Telefonei para casa, a minha mãe atendeu o telefone, escusado é dizer que ficamos os dois a chorar ao telefone, ela a pedir-me por tudo para voltar para casa, eu não queria com medo do meu pai. Quando tive a certeza que o meu pai não iria bater-me, voltei.
Não sei se foi pelos nervos causados pela minha fuga de casa, ou do meu regresso, a minha mãe entrou em trabalho de parto e foi levada as presas para  a maternidade no Hospital de Santa Maria em  Lisboa.
A noite quando nasceu o meu irmão Hélder 2 dias depois de ter vindo para casa dos meus pais. Apareceu o meu primo Jorge em minha casa a dizer que tinha fugido de casa dos pais dele, por o pai lhe ter batido, não sei se foi influência minha ou não por ter fugido de casa, o meu primo tinha acabado de fazer o mesmo, mas teve o bom senso de vir a minha casa convidar-me para ir com ele. Disse-lhe para voltar para casa pois andar fugido não levava a lado nenhum, no entanto tinha acabado de nascer o meu irmão, meu primo chateado comigo por não ir com ele saiu de minha casa e não soube nada dele durante essa noite toda, Pensando eu que ele voltaria para casa dos pais.
O meu pai as 5 da manha foi trabalhar, batem-me a porta 5 ou 10 minutos depois do meu pai sair para trabalhar, era de novo o meu primo Jorge. Não tinha ido para casa como já era de dia não o deixei ir só pois ia tentar convence-lo a voltar para casa dos meus tios. Andei com ele o dia todo e não consegui convence-lo ele comprou dois bilhetes de comboio para irmos para o Algarve, onde moram os tios, meus familiares directos por parte da minha mãe pois o meu primo é filho de uma irmã do meu pai.
Chegamos a Faro e fomos directos a casa dos meus tios, mas eles não estavam, só estavam os meus primos. Mentimos para eles, dizendo-lhes que estávamos ali para passar umas ferias. Fomos bem acolhidos e ficamos lá mais ou menos 1 semana, no entanto, nos quarto onde nos ficávamos ficava mesmo por baixo do quarto do meu primo Mário com vinte e poucos anos, que tinha falecido, num ataque cardíaco fulmina-te á mais ou menos um ano, durante a noite ouvia barulhos muito fortes vindos do quarto do meu primo Mário, mas para não assustar ninguém , nem chamarem-me de doido não contava nada aos meus primos. Foi assim os mesmos barulhos durante mais de uma semana. Quando chegaram os meus tios. Como não acreditaram na mentira que contamos aos meus primos, o meu tio Júlio telefona para os meus pais e eles logo confirmaram que eu e o meu primo Jorge andávamos fugidos de casa. Os meus pais, mais os pais do meu primo Jorge vieram logo a Faro buscar-nos. Quando chegaram como já era muito tarde e o meu irmão Hélder tinha uma semana e pouco. Os meus pais e os pais do meu primo, ficaram lá para dormir e vinha-mos embora no dia seguinte.
Os meus pais ficaram no meu quarto e os pais do meu primo ficaram no quarto a onde o meu primo Jorge ficavam, eu o meu primo Jorge e o meu irmão Nuno, ficamos no quarto do meu falecido primo Mário , no mesmo quarto que eu mencionei que vinha o barulho forte, não contei nada a ninguém. O meu falecido primo tinha na mesa de cabeceira uma serie de livros aos quadradinhos do capitão América, pus-me a ler os livros. Por volta da uma ou duas horas da manha não sei dizer, apaguei a luz da mesa de cabeceira e fui dormir, pouco tempo depois sinto alguém a minha cabeceira olho e era o meu primo Mário, comecei aos gritos com o susto que levei o meu primo jorge mais o meu irmão Nuno fugiram do quarto. Eu não conseguia sair do quarto não sei o porque, minhas pernas meu corpo nada se movia. Fiquei paralisado, foi quando  meu Primo falou comigo.
Jorge, sou eu o Mário quero-te pedir um favor, pede a minha mãe que leve o meu filho levar-me um ramo de flores a minha campa, desde que mudei de morada ele nunca foi-me visitar-me. Ai consegui levantar-me, sai do quarto a correr e os meus pais estavas de pé, contei o que se passou á minha mãe e o meu pai só chamava-me de maluco, mas quem teve de ir buscar os cobertores ao quarto do meu primo Mário teve de ser a minha mãe pois ele não quis ir ao quarto.
De manha, quando nos levantamos, a minha mãe e a minha tia arrumaram as coisas para nos irmos embora, apesar da insistência do meu tio Júlio, para ficar-mos uns dias. ao chegarmos a Lisboa, a minha mãe telefona para os meus tios de Faro, para dizer que a viagem tinha corrido bem, e contou ao meu tio Júlio o que se tinha passado durante a noite e o porque de se virem embora as pressas. O meu tio contou a minha mãe que desde a morte do meu primo Mário que não havia ma única noite em que não ouvia um barulho infernal do quarto do falecido filho. No fim de semana seguinte, os meus tios de faro vêem a Lisboa, ai ou conto o que o meu primo Mário me disse.
Assim eles fizeram levaram o filho do meu primo Mário ao cemitério por um ramo de flores na campa do pai.
O meu tio confirmou á minha mãe que nunca mais ouviu os barulhos vindos do quarto do meu primo, e eu nunca mais fui  a faro a casa do meu tio Júlio.
Cumprimentos a todos e as minhas desculpas por este texto logo, mas gosto de contar tudo ao pormenor.

Muito bom. Tens excelentes relatos.
"Não vivas para que a tua presença seja notada, mas para que a tua falta seja sentida" - Bob Marley :angel: