Otherkin

Tudo o que consigo vislumbrar nesses olhos é a invisibilidade,
Na mais densa multidão, tudo o que sinto é a solidão.
Sou tudo aquilo que não deveria ser, uma mera entidade,
Transbordando de irrealidade, sentido apenas o errado.
Venha a face mais bela, salientando a minha escuridão,
Nos braços deste desconhecimento vil e cerrado.

Não estou onde devia, vou morrer sem a minha missão cumprida.
Aquela hipnotizante luz, morreu no momento em que duvidei.
A alma abandonou o meu corpo, enquanto dormia. Estava perdida.
Criada à luz da besta, nela me tornei sob a sua consciência, nunca chorei.

Venha a voz humana, venha dizer-me o que já sei.
Mas não. Afinal, não o sei. Nem a voz humana o sabe.
Porque nesta melancolia de sentimentos me deixei,
E o lado mais pesado me consome, onde não mais cabe.

Sobra assim esta alma desgarrada,
Que por mais que lute, está abalada.
Por nela apenas existir o sonho,
E se apagar no mundo enfadonho.


Aqui está dos meus poemas.
O que acham?

Lindo Luna, tão depressivo e obscuro que chega a ser ..... lindo ! 

 

Obrigada, @robson@!

Está lindo luna 

Muito bom Luna! Parabéns! Eu sou demasiado tímido para mostrar os meus... :/

^.^ Obgd por terem lido e comentado.

Luta contra essa timidez. Não a deixes levar a melhor. 

Bom poema.

 

*impressionado*

Muita coisa nesse poema é verdade, eu também sinto oque suas palavras descreveram:

"Na mais densa multidão, tudo o que sinto é a solidão." (verdade)
''Sou tudo aquilo que não deveria ser'' (sentimos que devíamos ser diferentes)
''Não estou onde devia, vou morrer sem a minha missão cumprida.'' (que temos algo a fazer/cumprir)
''Aquela hipnotizante luz, morreu no momento em que duvidei.'' (temos uma escuridão interna da duvida)
''A alma abandonou o meu corpo, enquanto dormia. Estava perdida." (sentir-se vazio, em um mundo irreal a suas espectativas, perdido, ou em estado de coma, como se tudo fosse um sonho)   
''E o lado mais pesado me consome" (costuma-se ter algumas irregularidades de humor podendo adquirir uma consciência da sua antiga vida, que esta reprimida, e da seu corpo atual, que esta mais ativa)
''Por nela apenas existir o sonho," (sonhamos em ser 'livres')

digo isso por experiencia própria, pois ACHO aque sou um other-kin também.

Nunca me tinha apercebido deste tópico, fez-me voltar à minha adolescência, em que estudei literatura, muitas pessoas não imaginam a informação que se pode retirar de um poema.
Muitas pessoas têm o dom de descrever e mudar estados de alma e este poema reflecte-o, com certeza que já nos sentimos assim algum dia. Não conheço o autor, mas pelo menos o poema parece pessimista-derrotista, porque fala no sonho "por nela apenas existir o sonho", ora o sonho comanda a vida, é um condutor das nossas aspirações. Aliás isto faz-me lembrar o Manuel Cavaco (que também se confessou pessimista) no Alta Definição dizer qualquer coisa como, que não fez muita coisa que queria ter feito, mas que estas podem ser realizadas através do sonho. Provavelmente é um pessimista que consegue de alguma forma ver as coisas pelo lado positivo. Estamos sempre a aprender... Bonito poema.

*impressionado*

Muita coisa nesse poema é verdade, eu também sinto oque suas palavras descreveram:

"Na mais densa multidão, tudo o que sinto é a solidão." (verdade)
''Sou tudo aquilo que não deveria ser'' (sentimos que devíamos ser diferentes)
''Não estou onde devia, vou morrer sem a minha missão cumprida.'' (que temos algo a fazer/cumprir)
''Aquela hipnotizante luz, morreu no momento em que duvidei.'' (temos uma escuridão interna da duvida)
''A alma abandonou o meu corpo, enquanto dormia. Estava perdida." (sentir-se vazio, em um mundo irreal a suas espectativas, perdido, ou em estado de coma, como se tudo fosse um sonho)   
''E o lado mais pesado me consome" (costuma-se ter algumas irregularidades de humor podendo adquirir uma consciência da sua antiga vida, que esta reprimida, e da seu corpo atual, que esta mais ativa)
''Por nela apenas existir o sonho," (sonhamos em ser 'livres')

digo isso por experiencia própria, pois ACHO aque sou um other-kin também.

Este poema reflecte um estado de espirito, que vivi há algum tempo, numa fase de emoções exacerbadas pelo pessimismo da altura. Eu não me considero um otherkin, mas a forma como me sentia, fez-me lembrar um. Por isso, baptizei este poema como tal. Acredito que num determinado momento da vida, todos damos por nós como se nada do que tivessemos e fizéssemos fosse realmente nosso, sentimo-nos como um otherkin. Talvez seja uma crise existêncial, ou apenas o choque do real. Não é agradável, nem saudável. O que se pode retirar disso é a aprendizagem do ultrapassar, ver para além de nós, para nos compreendermos melhor, ou simplesmente deixarmo-nos levar pela corrente e cair numa cascata de degradação interna. É a escolha que nos define. 

Nunca me tinha apercebido deste tópico, fez-me voltar à minha adolescência, em que estudei literatura, muitas pessoas não imaginam a informação que se pode retirar de um poema.
Muitas pessoas têm o dom de descrever e mudar estados de alma e este poema reflecte-o, com certeza que já nos sentimos assim algum dia. Não conheço o autor, mas pelo menos o poema parece pessimista-derrotista, porque fala no sonho "por nela apenas existir o sonho", ora o sonho comanda a vida, é um condutor das nossas aspirações. Aliás isto faz-me lembrar o Manuel Cavaco (que também se confessou pessimista) no Alta Definição dizer qualquer coisa como, que não fez muita coisa que queria ter feito, mas que estas podem ser realizadas através do sonho. Provavelmente é um pessimista que consegue de alguma forma ver as coisas pelo lado positivo. Estamos sempre a aprender... Bonito poema.

Obrigada TinaSol. ´
A autora deste poema fui eu. Não sou uma escritora a "sério", porque escrevo por inspiração, geralmente, tal como tu descreves, eu escrevo consoante o meu estado de alma/espirito (especialmente quando se encontra mais pesado, depressivo, chamo-lhe a minha face negra). Tens razão. Foi numa fase pessimista-derrotista que o escrevi. Não foi das minhas melhores fases. 

O sonho inspira o homem a agir na sua direcção, porém é o pensamento que comanda a vida e a determinação com que o homem se dedica ao sonho. Pois este pode limitar-se a sonhá-lo, ou batalhar para alcançá-lo.

Obrigada TinaSol. ´
A autora deste poema fui eu. Não sou uma escritora a "sério", porque escrevo por inspiração, geralmente, tal como tu descreves, eu escrevo consoante o meu estado de alma/espirito (especialmente quando se encontra mais pesado, depressivo, chamo-lhe a minha face negra). Tens razão. Foi numa fase pessimista-derrotista que o escrevi. Não foi das minhas melhores fases. 

O sonho inspira o homem a agir na sua direcção, porém é o pensamento que comanda a vida e a determinação com que o homem se dedica ao sonho. Pois este pode limitar-se a sonhá-lo, ou batalhar para alcançá-lo.

Sim, o pensamento tem maior influência na acção mas também racionaliza, o sonho, principalmente aqueles em que sonhamos acordados, são inspiradores (isto torna-se um pouco filsófico...).
E continua a escrever, estás em bom caminho  , acho que a tendência é as pessoas escreverem quando estão em estado de alma "mais carregado", espero ter também a oportunidade de ler um poema teu quando estiveres "in love" ou muito alegre porque com a facilidade que colocas as coisas no papel, vai ser contagiante.

 

Quando me sentir dessas formas com tal intensidade que me compele a escrever sobre isso, eu coloco aqui.

muito lindo adoro poemas,e esse e bem interesante quando é lido com muita atenção
os poemas nos achuda a enfrentar a vida de uma forma diferente

muito lindo adoro poemas,e esse e bem interesante quando é lido com muita atenção
os poemas nos achuda a enfrentar a vida de uma forma diferente

Ou pelo menos a reflectir sobre ela. 
Obrigado pelo teu comentário Fabiana.