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  • Porque é que as Mulheres estão associadas ao Mal e ao Pecado?
    Iniciado por BreakGirl
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Não estava para responder. porque esta é uma questão do ovo ou da galinha...mas já que esta a subir de tom a palavra de um homem também deve ser ouvida (ou não se preferirem!!!)

Citação de: lilisoft em 24 abril, 2012, 22:30
Ciêntistas dizem que as mulheres são psicólgicamente mais avançadas do que os homens.(...)Cientistas têm teorias, que no inicio da formação do homem FORAM AS FÊMEAS que caçavam, pescavam e ensianvam aos filhos, a vida (e ainda hoje é).

Na realidade, a história refere que as mulheres ficavam com os trabalhos mais junto dos "acampamentos" (dado que me parece que te referias aos povos ainda primitivos), neste conjunto entra a produção artesanal (cestos, setas,...), a educação dos filhos,...os trabalhos de força, tais como a caça, a agricultura,... caiam sobre os homens, embora existam relatos de mulheres que os executavam.

No entanto, não te tiro a razão. Com a mudança de uma sociedade matriacal (mais primitiva) em que se dava uma relevancia maior á mulher, para uma sociedade mais patriacal a mulher começou a ser colocada em segundo plano, no entanto pela sua "capacidade" procriadora e educadora (que será mais função dentro da familia e da sociedade) ela continuou a ser oprimida e controlada. Não esquecer que esta mania de casar com quem se gosta é relatiamente recente, os casamentos eram combinados e a mulher não tinha poder de decidir nada e era uma pertença do marido. Logo a associação da mulher ao mal surge como uma forma de a limitar mais dissimulada. Verdade seja dita dificilmente elas eram controladas pelo chicote (embora existam gostos muito variados)!
Não concordo muito com os exemplos que deste, mas eles refletem aquela noção de uma mulher independente de complexos sociais e autonomas (amazonas - mulheres autonomas quer na defesa e sem os complexos normais de sexualidade e condutas sociais "normais"; Wiccas (penso que te referes mais as livres pensadoras e que fogem dos Dogmas mais cristanisados) - pelos motivos obvios). Aqui so termino com a noção que os livres pensadores sempre provocaram atrito, tanto homens como mulheres, mas as mulheres pior porque alguém decidiu que elas não deviam pensar e ser somente obdientes.

Pessoalmente, prefiro uma mulher a meu lado, de preferencia uma que pense pela cabeça dela e que ganhe tanto como eu (se possivel), porque desse jeito se não nos quizermos aturar vai cada um para seu lado e ninguém depende de ninguém.

Resumindo, "mulheres dificil viver com elas, impossivel viver sem elas". Mas também refiro " os homens são um diabo, isso qualquer um o percebe, mas toda a mulher gosta de um diabo que a carregue."
Homem!... Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses.»

Esta é a minha opinião: porque os homens sempre tiveram uma certa inveja das nossa capacidade de gerar filhos.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

"A razão porque as orgiásticas pessoas que comem cogumelos(tribos ancestrais, Xamãs) veneram a grande Deusa, a razão porque eles imaginaram o "outro numinoso" como feminino, é porque eles tiveram uma conexão com um tipo de inteligência suprema que eles instintivamente e intuitivamente sentiram como sendo feminina. E ainda hoje retemos isto na nossa linguagem, quando evocamos ideias como "Mãe natureza" e feminidade da terra. Mas estas ideias tornaram-se metáforas distantes."

chacalnegro
Citação de: Stalker em 11 maio, 2012, 19:56
O mundo já foi dominado pelas mulheres e já foi muito bem melhor, mais belo, mais puro.


Quando é que isso aconteceu?

#94
chacalnegro o meu comentário responde de certa forma a essa pergunta, mas para precisar melhor, foi quando Africa começou a secar. Isso aconteceu há 60, 50 mil anos. Porque antes disso, Africa era um conjunto inteiro de florestas tropicais.

Quando Africa começou a secar, progressivamente as florestas transformaram-se em planícies de ervas altas. Hoje muitas dessas planícies já são Savanas ou Desertos.

Foi na época das planícies de ervas altas que o Homem começou a venerar a fertilidade como Deusa.

A primeira noção de divindade é feminina, e isto implica que as mulheres eram o ponto central das comunidades.

Era á volta delas e dos ciclos reprodutivos que as economias tribais giravam.

Eu esta semana traduzi uma palestra dada em 1995 por Terence Mckenna, sobre a evolução da consciência humana, que explica muitíssimo bem tudo isto, apresentando inúmeras evidências em todos os aspectos. Muito bom. Aqui fica:


Terence Mckenna A evolucao da consciencia parte 1 Legendado

chacalnegro
#95
Citação de: aros em 12 maio, 2012, 11:20
chacalnegro o meu comentário responde de certa forma a essa pergunta, mas para precisar melhor, foi quando Africa começou a secar. Isso aconteceu há 60, 50 mil anos. Porque antes disso, Africa era um conjunto inteiro de florestas tropicais.

Quando Africa começou a secar, progressivamente as florestas transformaram-se em planícies de ervas altas. Hoje muitas dessas planícies já são Savanas ou Desertos.

Foi na época das planícies de ervas altas que o Homem começou a venerar a fertilidade como Deusa.

A primeira noção de divindade é feminina, e isto implica que as mulheres eram o ponto central das comunidades.

Era á volta delas e dos ciclos reprodutivos que as economias tribais giravam.

Eu esta semana traduzi uma palestra dada em 1995 por Terence Mckenna, sobre a evolução da consciência humana, que explica muitíssimo bem tudo isto, apresentando inúmeras evidências em todos os aspectos. Muito bom. Aqui fica:


Terence Mckenna A evolucao da consciencia parte 1 Legendado

Boas Aros. O documentário é muito interessante e se foste tu que o traduziste, foi uma tarefa meritória :). No entanto só repete banalidades. Lamento desiludir-te mas não há nenhuma prova científica/histórica daquilo que afirmas. Primeiro porque é impossível verificar qualquer dado não tecnicista do factor cognitivo humano (não significa que não tenham existido, mas sem provas não há argumentos) antes das primeiras manifestações de arte, que ocorrem no Paleolítico Superior (30000/40000 a 10000/8000 aC. conforme a regiões).
A dessecação da África começa há 2/3 milhões de anos e não há 65 milhões de anos. Tem que ver com a deriva continental e, sobretudo com a alternância de períodos glaciares, que começam no Pleistoceno e terminam no Holoceno (10000 a.C). O 65 mil anos que apresentas é mais ou menos quando aparece o Homem Moderno, na África e daí coloniza o outros continentes. No entanto convém referir que, por exemplo, na Europa a essa data, já cá moram outros humanos (neandertais) e há provas da migração de hominídeos para a Península Ibérica há, pelo menos 1,2 milhões de anos (Homem de Orce).
Voltando ao papel da mulher e pegando na arte paleolítica, de facto, a representações femininas são das mais antigas manifestações simbólicas, no entanto, surgem a par da representações de animais e mais tardiamente de feiticeiros/xamãs (Gruta des Trois Frères). É importante que e diga que estes feiticeiros em concreto estão adornados com peles e hastes de cervídeos, o que revela um culto do espírito animal e a propiciação da boa caçada.
Poderíamos pensar numa preponderância do culto da maternidade (simbolizado pelas numerosas estatueta de vénus paleolíticas descoberna na Europa). No entanto, apesar de importante pela sua frequência, não o é mais do que o culto da boa caçada e da virilidade masculina. Ao contrário das representações femininas que só se verificam na arte móvel, as figura masculinas, aparecem em pinturas e gravura rupestres. O melhor exemplo é a figura itifálica (com um pénis de grandes dimensões, simbolizando a virilidade/capacidade de reprodução masculina) do Homem de Piscos (Foz Côa), gravada no período Magdalenense, há 12 mil anos.
Isto tudo para dizer que a feminilidade/maternidade tem um papel relativo no seio das culturas pré-históricas e não significa uma posição social mais ou menos relevante, significa simplesmente o perpetuar do ser humano o que é tão importante como conseguir alimento.
A associação da figura feminina à fertilidade em geral só ocorre depois do Neolítico, a partir do momento em que se abandona um modo de subsistência baeado na recolecção para passar a um modo de produção. É nesta altura que aparece a figura da Grande Mãe, a Deusa. Mais uma vez, a sua importância é partilhada com a/s divindade/s masculina/s, que são responsáveis pela manutenção da ordem cósmica e o contrabalanço reprodutivo. Se olharmos para o megalitismo europeu, vemos que as antas, ligadas ao mundo dos mortos, ao renacimento simbolizam o feminino, ao passo que o menires (que não são mais do que falos erectos em direcção ao céu, estão ligados à fertilização, à chuva, ao maculino, portanto. Mais uma vez não há uma preponderância de nenhum género em termos cognitivos, ambos têm importância como duas partes que se completam.
Em termos sociais, as coisas são diferentes, sei que isto vai chocar, mas ao longo da história, a mulher sempre foi relegada para segundo plano, salvo raras excepções. Isto deve-se sobretudo a 2 aspectos: demográfico e biológico. As mulheres sempre foram mais numerosas, por um lado, e mais frágeis fisicamente, por outro. Em sociedades em que a subsistência depende em grande medida da força física, ambos os aspectos trouxeram uma grande desvantagem às mulheres. Toda a construção mental e até religiosa da sua importância, decorre daqui. Infelizmente foram relegadas para um papel de bastidores em quase todas a culturas, sem qualquer hipótese de chegar ao poder. Quando o fazem é de forma episódica.
Portanto, a questão da Deusa, creio que não passa de uma emulação do séc. XX, que começa com os movimentos feministas e culmina com o fenómeno Wicca e com o Código da Vinci, de Dan Brown.

Stalker, lamento, mas o que dizes não tem qualquer fundamento. Se vires o mito da criação egípcio facilmente comprovas que o ser primordial, o deus inicial é Atum ou Atem, que deu origem ao deus Shu e à deusa Tefnut, cuspindo-a. Se olharmos para a principal divindade egípcia, Amon, um dos aspectos principais do seu culto era a maturbação da sua estátua, no santuário de Tebas. O que quer isto dizer? Muito simples, que o deus cria a partir de si próprio, sem haver intervenção feminina.
Acho que está na altura de reveres a religião egípcia...

#96
eu nunca disse que a dessecação africana começou ha 65 milhoes de anos. E ao bocado expressei-me mal, porque antes dos 60 mil anos que falo, africa já se encontrava obviamente em dessecação. O que eu afirmo é que, a civilização como histórica, ou "consciente", surge de há 50 mil anos para cá.

eu também acredito na homogeneidade entre a valorização do masculino e feminino nas epocas remotas, não duvido disso. 

No entanto a mulher gera, de uma forma visível, um filho. O homem não. Por isso acho que isto é importante no modo em como as sociedades ancestrais organizavam a sua pirâmide de valores ou de crenças.

O filho gera-se e sai literalmente do corpo da mãe. ( e pessoalmente, eu venero a aparência do corpo feminino, para mim, o corpo de uma mulher, é, explicitamente, das coisas mais belas que existem, e isto não tem haver com as minhas ideias. simplesmente sinto-o de uma forma muito intuitiva e intensa. )

Outra cena muito importante e algo ignorada, é a adaptação a nível da dieta, ao novo ambiente, por parte do ancestral do homem.

E seja banalidade ou não, ao contrário do que dizes, o Terence mckenna elaborou uma teoria baseada em fortes factos científicos, tecnológicos e farmacológicos.

Basicamente ele acredita que o que impulsionou a consciência(o aumento do cérebro), foi esta transação geográfica, que introduziu um novo tipo de dieta, que continha alimentos com fortes caracteristicas psico-activas. Tudo isto altamente baseado em coisas cientificamente demonstradas e comprovadas.

E não nos podemos esquecer que existem hoje, tribos, nas floretas tropicais, que mantém o mesmo modo de vida e de "consciencia" que as tribos de há 40 mil anos.
Que mantém os mesmos rituais e técnicas.

O Mckenna conseguiu ter uma proximidade muito íntima com estas tribos, e não só, ele também era um íntimo com toda a gama de disciplinas intlectuais no sec. XX. Isto é o mesmo que dizer que ele era um cientista, na mais apropriada ascenção da palavra.

A civilização egípcia já se situa um pouco afastada desta época que estou a tentar enfatizar... é algo de mais recente.

Mas tens razão, a caça e a virilidade masculina também desempenhavam papéis centrais nas sociedades remotas!

Os xamãs/sacerdotes apareceram depois desse tipo primordial de divinização, sim.

E o mckenna também consegue explicar em que circunstâncias é que as classes sociais de xamâs ou sacerdotes surgiram.

Sinceramente não acho nada banal a cena do rapaz.... para mim ele era um fiel servidor da verdade pura e dura.

chacalnegro
Não contesto o papel da mulheres enquanto produtoras e transmissoras de conhecimento, sejam eles farmacológicos ou técnicos (espero que não pensem que tenho qualquer tipo de preconceito de género). Mas uma coisa é defendermos a igualdade da mulher na sociedade actual, outra são os factos históricos. Aquilo que mcKeena defende em parte não é novidade nenhuma, em parte é uma exacerbação do papel da Antropologia no conhecimento do passado.
A comparação com a tribos actuais, muito em voga no séc. XIX e boa parte do XX, enquanto elemento de caracterização histórica, está em parte abandonado porque pode ser uma armadilha e em certa medida anacrónico. Um caso concreto que tomou foro de anedota nos anos 60: era muito frequente encontrar em povoados pré-históricos uns seixos espalmados com entalhes laterais. Estes objectos causavam alguma perplexidade na comunidade arqueológica, porque ninguém sabia o que era aquilo. Entretanto, alguém em viagem pela Austrália, verificou que os aborigenes utilizavam seixos semelhantes amarrados a um fio e faziam-nos rodar. O ruído ou silvo produzido pelo fio em tensão era uma forma de comunicar com o espíritos. Estava resolvido o problema dos seixos, eram pedras sibilantes usadas em cerimónias xamânicas! Porém, alguns anos depois, foram encontradas numa turfeira dinamarquesa dezenas de pedras destas amarradas a uma rede. Afinal não eram objectos rituais, mas pesos de rede!

chacalnegro
Claro, Stalker estamos aqui a debater opiniões.
A civilização egípcia não tem 14000 anos. Isso é uma ilação tirada do desgaste da Esfinge, que não tem qualquer validade científica. A civilização egípcia como a conhecemos tem 5000 anos de história. O período pré-dinástico começa no final do neolítico com a cultura de Nagada.
Min é o deus da fertilidade, filho de Ísis e Osíris e associado de forma sincrética a Amon, a partir do Império Médio. Há ainda ter em conta que boa parte dos deuses egípcias são avatares de uma mesma divindade, por exemplo, Serket é um aspecto de Ísis, cultuado sobretudo no baixo Egipto.
Eu nunca disse que o culto da "Deusa" era irrelevante, implesmente é um processo conjunto com o princípio masculino. Era tão importante que chegou aos dias de hoje na figura da Virgem Maria, por exemplo.

chacalnegro
Citação de: Stalker em 12 maio, 2012, 21:11
Estás correto em relação ao desgaste da Esfinge (Pirâmides também), e à sua história. Mas, eu acredito que isso é apenas uma parte daquilo que querem que nós saibamos. Há muito mais por detrás disto que ainda não foi revelado. Obviamente, que isso é uma crença minha e quero acreditar que sim. Coloco sempre questões de quem construiu a esfinge e as pirâmides e como existe ainda hoje tantos mistérios por desvender...

Serket é um demónio criado por Ísis. E sim, concordo contigo neste aspecto também, no Kemeticismo existem diferentes faces da mesma divindade, são diferentes formas de manifestações como é o caso de Sekhmet e Bastet. São ambas divindades felinas com diferentes manifestações da mesma energia. Eles chamam a isso de sincretismo.

O Deus Min não é filho de Aset e Osiris, na verdade não sabemos muito sobre o Deus Min, sabemos sim que Aset teve três filhos, um menino e duas meninas. Não sabemos quem são as duas meninas mas sabemos que o menino é Hórus. Eu também já referi isso por aqui que o Cristianismo é um Copy & Past de culturas antigas como é o caso de José + Maria = Jesus. Tal como Isis + Osíris = Hórus. Repara na história de ambas as partes, Isis, uma Deusa pura, cheia de vida e fertilidade, Osíris conhecido como "o faraó justo" e Hórus veio lutar com Seth para se vingar da morte de Osiris. A outra versão copiada... Maria, uma virgem muito fertil, José um pai justo e Jesus o salvador que veio "destruir" o pecado do mundo.

Sim, há muitos mistérios ainda por desvendar sobre o Antigo Egipto, mas não me parece que seja nenhuma chave que mude o destino da Humanidade. O problema do desgaste da Esfinge é que quem lançou a dica da sua construção há 14000 anos se esqueceu que a cabeça da mesma não sofreu do mesmo grau de erosão porque estava acima das areias e o calcário onde foi talhada tem estratos de dureza desigual (como todos os calcários). O desgate das pirâmides chama-se pedreiros romanos e árabes, que desmontaram o seu revestimento para usar noutras construções.
Min é uma divindade pré-dinástica que foi assimilada ao culto de Amon-Rá-Hórus, tornando-se filho assim filho de Ísis isso é visível no seu hino: "Min, senhor da procissões, o da plumas altas, filho de Osíris e Ísis...". Serket, a deusa do escorpião, é um aspecto de Ísis, tal como mais tarde viriam a tornar-se Hator e Mut.
Relativamente à história de Jesus, tens toda a razão, não passa de copy past do mito de Ísis e Osíris, do mito de Orfeu e de outros tantos da bacia do Mediterrâneo, numa tentativa de divinização da sua figura histórica. Isto acabou por escamotear uma parte da mensagem de Jesus, a troco de uma literalidade histórica forçada. 

#100
Bem eu não sou nenhum feminista, nem dan brownista... simplesmente esses assuntos nunca conseguiram prender muito a minha atenção.

Uma coisa eu sei, a mulher é diferente do homem. Isto é claro; é visível.

E se a mulher "sempre esteve" em segundo plano, será certamente por não ser tão forte como o homem, isso também está assente entre nós, ou pelo menos, se em alguma época não era assim, assim passou a ser, depois de um possível momento em que a mulher fosse tomada como "secundária".

"mulher", "mal", e "pecado": estas palavras não se discutem em três tempos, portanto, se alguma vez parecer que nós os 3 estamos a desviarmo-nos do assunto, de facto não o estamos.

Adiante. Acho que colocar de parte todo um leque de hipóteses, só porque algúem se enganou a classificar um determinado seixo nos anos 60, acaba por ser um tanto infantil por parte dos ditos ciêntistas.

Todo o saber(poder) das civilizações anteriores, têm a sua base numa espécie de narrativa divina; numa esécie de culto (cultus - cultura)

E á maneira dos seixos, por exemplo: se os egípcios usavam uma flauta para louvar á divindade ou para a meter no c*zinho, não é muito relevante em termos de que de facto existiam rituais praticados em estados corporais alterados.

E era nesses rituais que se traziam as visões futuras e a ordem divina. O conhecimento de curandeiro(médico) surge da relação que as tribos ancestrias tinham com as diversas plantas e animais que co-habitavam com eles.

Todos os rituais de premonição têm uma coisa em comum: estados corporais alterados. E uma forma extremamente eficaz de se alterar o estado corporal é a ingestão de substâncias, pré-preparadas ou não. Isto é necessário para que as pessoas sejam induzidas num estado de êxtase; para "voarem" até aos deuses; para se inspirarem;
(note-se que hoje em dia os nossos sacerdotes são meros padrecos... os seus rituais não passam de algo como uma pobre mímica visual e verdadeiramente distante daquilo que era  a autêntica experiência de comunicação-divina ancestral.)

Acho que se os trópicos actuais são o local mais parecido com o local onde o homem se destacou enquanto humano, enquanto além-animal, então seria prudente concluir que o tipo de hábitos das pessoas que habitam hoje nos trópicos, são mais semelhantes com os hipotéticos hábitos do ancestral-do-homem, em contraste com qualquer outro hábito que se encontre noutro tipo de clima e estado civilizacional.

As tribos que hoje vivem no meio dos trópicos e têm sacredotes que comunicam com entidades divinas, terão logicamente um tipo de experiência de comunicação divina, a meu ver, mais próximo da génese de todas as formas de culto, do que qualquer teoria sobre a origem do homem baseada na civilização X ou a civilização Y.

Uma civilização, e as ideias que a acompanham, são já um produto de inúmeros hábitos anteriores. de inúmeros cultos anteriores, de inúmeros estados-tribais anteriores.

E será também, implicitamente, uma transfiguração do estado social primeiro.

A dita civilização-berço da europa (Grécia), continha rituais divinos de iniciação, premonição e expansão espiritual, que se faziam através da ingestão ou inalação de substâncias psicotrópicas...

Hoje em dia a forma do culto está presente em todo e qualquer ser humano. Não interessa se prestamos culto a um deus ou a um carro, a uma ideologia, ou a uma marca de bolachas saborosas, ou a tabaco ou a cannabis.... o que interessa é que o objecto de culto proporciona-nos um conjunto de emoções que gostamos e que nos faz ficar viciados (habituados) a esse objecto.

O objecto é Cultivado.

Atrevo-me a dizer que a forma de culto mais difundida nas sociedades "desenvolvidas" é todo o domínio da aparência. Até os cultos de índole religiosa só subsistem hoje através daquilo que neles é aparatoso.

Portanto em função desta forma de culto actual, acho que a mulher está numa posição super favorável. Digo mais: é o auge do poderio da mulher.

A mulher tem mais oportunidades de sucesso em se tornar independente porque têm sempre uma aparência preferível á do homem.

A arte da aparência sempre pertenceu mais ao domínio da mulher do que ao do homem.

Elas são mestras na arte do adorno, na arte do disfarçe. e elas que o digam! =D

Citação de: aros em 16 maio, 2012, 14:31
Bem eu não sou nenhum feminista, nem dan brownista... simplesmente esses assuntos nunca conseguiram prender muito a minha atenção.

Uma coisa eu sei, a mulher é diferente do homem. Isto é claro; é visível.

E se a mulher "sempre esteve" em segundo plano, será certamente por não ser tão forte como o homem, isso também está assente entre nós, ou pelo menos, se em alguma época não era assim, assim passou a ser, depois de um possível momento em que a mulher fosse tomada como "secundária".

"mulher", "mal", e "pecado": estas palavras não se discutem em três tempos, portanto, se alguma vez parecer que nós os 3 estamos a desviarmo-nos do assunto, de facto não o estamos.

Adiante. Acho que colocar de parte todo um leque de hipóteses, só porque algúem se enganou a classificar um determinado seixo nos anos 60, acaba por ser um tanto infantil por parte dos ditos ciêntistas.

Todo o saber(poder) das civilizações anteriores, têm a sua base numa espécie de narrativa divina; numa esécie de culto (cultus - cultura)

E á maneira dos seixos, por exemplo: se os egípcios usavam uma flauta para louvar á divindade ou para a meter no c*zinho, não é muito relevante em termos de que de facto existiam rituais praticados em estados corporais alterados.

E era nesses rituais que se traziam as visões futuras e a ordem divina. O conhecimento de curandeiro(médico) surge da relação que as tribos ancestrias tinham com as diversas plantas e animais que co-habitavam com eles.

Todos os rituais de premonição têm uma coisa em comum: estados corporais alterados. E uma forma extremamente eficaz de se alterar o estado corporal é a ingestão de substâncias, pré-preparadas ou não. Isto é necessário para que as pessoas sejam induzidas num estado de êxtase; para "voarem" até aos deuses; para se inspirarem;
(note-se que hoje em dia os nossos sacerdotes são meros padrecos... os seus rituais não passam de algo como uma pobre mímica visual e verdadeiramente distante daquilo que era  a autêntica experiência de comunicação-divina ancestral.)

Acho que se os trópicos actuais são o local mais parecido com o local onde o homem se destacou enquanto humano, enquanto além-animal, então seria prudente concluir que o tipo de hábitos das pessoas que habitam hoje nos trópicos, são mais semelhantes com os hipotéticos hábitos do ancestral-do-homem, em contraste com qualquer outro hábito que se encontre noutro tipo de clima e estado civilizacional.

As tribos que hoje vivem no meio dos trópicos e têm sacredotes que comunicam com entidades divinas, terão logicamente um tipo de experiência de comunicação divina, a meu ver, mais próximo da génese de todas as formas de culto, do que qualquer teoria sobre a origem do homem baseada na civilização X ou a civilização Y.

Uma civilização, e as ideias que a acompanham, são já um produto de inúmeros hábitos anteriores. de inúmeros cultos anteriores, de inúmeros estados-tribais anteriores.

E será também, implicitamente, uma transfiguração do estado social primeiro.

A dita civilização-berço da europa (Grécia), continha rituais divinos de iniciação, premonição e expansão espiritual, que se faziam através da ingestão ou inalação de substâncias psicotrópicas...

Hoje em dia a forma do culto está presente em todo e qualquer ser humano. Não interessa se prestamos culto a um deus ou a um carro, a uma ideologia, ou a uma marca de bolachas saborosas, ou a tabaco ou a cannabis.... o que interessa é que o objecto de culto proporciona-nos um conjunto de emoções que gostamos e que nos faz ficar viciados (habituados) a esse objecto.

O objecto é Cultivado.

Atrevo-me a dizer que a forma de culto mais difundida nas sociedades "desenvolvidas" é todo o domínio da aparência. Até os cultos de índole religiosa só subsistem hoje através daquilo que neles é aparatoso.

Portanto em função desta forma de culto actual, acho que a mulher está numa posição super favorável. Digo mais: é o auge do poderio da mulher.

A mulher tem mais oportunidades de sucesso em se tornar independente porque têm sempre uma aparência preferível á do homem.

A arte da aparência sempre pertenceu mais ao domínio da mulher do que ao do homem.

Elas são mestras na arte do adorno, na arte do disfarçe. e elas que o digam! =D

Se achas que o principal ponto forte das mulheres é a aparência física andas um bocado equivocado, eu pessoalmente acho que as mulheres manipulam muito mais facilmente que os homens... Alias dos vários documentarios que vi de serial killers, os homens matavam mais pela força ou por coação fisica e as mulheres envenenado e manipulando...
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

#102
tu estás a validar o meu ponto:

quem envenena tem de disfarçar a aparência do veneno.

e manipular pode ser sinónimo de enganar. voltamos à àrea do disfarce.

Citação de: aros em 16 maio, 2012, 16:29
tu estás a validar o meu ponto:

quem envenena tem de disfarçar a aparência do veneno.

e manipular pode ser sinónimo de enganar. voltamos à àrea do disfarce.

Uma coisa é aparencia fisica, o ser bonita outra é saber manipular,,,
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

panito
Citação de: akasha867 em 16 maio, 2012, 16:56
Uma coisa é aparencia fisica, o ser bonita outra é saber manipular,,,

Concordo. As mulheres são a nossa perdição ;)