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  • Bilderberg e Revoluções no Mundo Árabe
    Iniciado por Gens
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Deito para o cesto dos papéis todas as teorias da conspiração, não por duvidar de conspirações - que sempre as houve - mas por as achar esquemáticas, cómodas e caricaturais. Contudo, desde que a actual felonia se espalhou pelo norte-de-África e Médio Oriente tive um vago pressentimento de haver algo de perturbador na explosão súbita de violência. As felonias no mundo árabe não têm liderança visível e assim persistem desde a sua eclosão há mais de dois meses. É tão estranha a acefalia dos movimentos - concordantes nos meios e formas de mobilização - que poderia dizer terem sido construídas pela mesma inteligência.

Hoje, ociosamente, fiz uma pequena incursão aos principais sítios web das operadoras do Médio Oriente e fiquei siderado. O maior império é o Orascom e pertence a um tal Naguib Sawiris, que acaba de participar no encontro de Davos. É detentor da Mobinil, o maior operador do Egipto (40% do mercado), o maior operador na Argélia (59%), um dos três maiores na Tunísia e um dos mais interessados grupos no mercado jordano. O sr. Sawaris tem antigas ligações com a Alemanha e é considerado um bom amigo da Suiça. É o único egípcio que participa com regularidade nos encontros do Clube Bilderberg. O director financeiro da companhia é um tal Mareuse e ocupa funções de direcção na Tunísia, Argélia e Paquistão.

Hoje, para fazer uma revolução não é necessário um partido, um movimento armado, nem jornais e televisões que preparem, incitem, espalhem notícias. Ou antes, a Orascom é o maior promotor da CNN no Médio Oriente, facultando-lhe publicidade e visibilidade.

Tudo muito estranho. No dia 4 deste mês, a direcção da Orascom protestou contra o governo egípcio por este estar a utilizar os serviços da companhia para enviar mensagens apelando aos apoiantes de Mubarak. No mesmo dia, Khaled Bichara, the chief executive of Orascom, was seen by a Reuters reporter in the main Tahrir, or Liberation, Square, protesting against Mubarak's rule. ".
O mundo está cheio de coisas estranhas. Infelizmente, as manigâncias plutocráticas tendem a ser ultrapassadas por aqueles que possuem o fanatismo e as convicções. A ver vamos.


Fonte: http://combustoes.blogspot.com/
C'est dans l'air.

A invasão da Líbia pela Nato tem muito que se lhe diga. Acham que querem derrubar o «ditador»? Por que razão não invadem outras ditaduras africanas, bem piores? O Kadafi sempre metia muito ao bolso, mas havia estabilidade no país e quem não trabalhava recebia uma espécie de rendimento mínimo dos lucros do petróleo. Enfim, mais uma guerra encenada, com o apoio do Ocidente e do fascismo islâmico do Irão.
C'est dans l'air.